Igreja
Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
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das Escolas Bíblicas Dominicais
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LIÇÃO
02 – A SALVAÇÃO NA PÁSCOA JUDAICA (Êx 12.21-24,29)
4º
TRIMESTRE DE 2017
INTRODUÇÃO
Sem
dúvida, a Páscoa era uma das festas mais importantes do judaísmo, e a sua
celebração era carregada de valor simbólico. Quando instituiu a Santa Ceia, por
ocasião da celebração da última Páscoa, Jesus tinha em mente esses fatos. A
libertação da páscoa reveste-se, portanto, de um caráter introspectivo, por
mostrar a necessidade pessoal de libertação por meio da substituição. E um
caráter prospectivo, porque profetizava a libertação antes dela acontecer e
prenunciava a obra de Cristo que prometeu a libertação a todos quantos crerem
nele (Jo 8.32,36; Mt 11.28).
I
– PÁSCOA, A PRIMEIRA FESTA RELIGIOSA DOS JUDEUS
1.1
- Nome da festa. A palavra portuguesa “Páscoa” é usada para designar a festa
dos judeus que, no hebraico, é chamada “Pesach”, que significa: “saltar por
cima”, ou “passar por sobre”. Esse nome surgiu em face do registro bíblico de
que o anjo da morte, ou anjo destruidor, passou por sobre as casas marcadas com
o sangue do cordeiro pascal, quando ele matou os primogênitos do Egito “E
aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue,
passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu
ferir a terra do Egito” (Êx 12.23).
1.2
- A data em que foi celebrada. O nome hebraico do mês que aconteceu a primeira
Páscoa foi em Abibe, que significa “espigas verdes”. Corresponde a Março-Abril
em nosso calendário. Durante o Exílio babilônico foi substituído pelo nome Nisã
que significa “começo, abertura” (Ne 2.1). Ainda hoje o ano civil começa no
outono, com a Festa das Trombetas (Lv 23.24; Nm. 29.1), chamado Rosh Hashanah,
que significa “Ponta do Ano” ou “Ano Novo”.
1.3
- Uma festa em família. O registro bíblico nos mostra que a Páscoa era uma
cerimônia familiar:“Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez
deste mês tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um
cordeiro para cada família” (Êx 12.3). Quando a família fosse pequena demais
deveria unir-se a outra. De acordo com a tradição judaica, a expressão “pequena
demais” significava com menos de dez pessoas. Eles deviam calcular quanto cada
um poderia comer e assim determinar se deviam se reunir com alguma outra
família (Êx 12.4).
1.4
- Elementos da festa. Os participantes da Páscoa deveriam ter os lombos
cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. Conforme o registro bíblico, a
festa da Páscoa deveria ser preparada com os seguintes elementos: um cordeiro
ou cabrito, pães asmos, ervas amargas e o sangue do cordeiro que deveria ser
aplicado nas vergas e nos umbrais da porta. Cada um dos componentes desta
celebração tinha um sentido literal e espiritual, que Deus tinha em mente
transmitir não somente aos filhos de Israel, como a seus descendentes (Êx
12.24-27).
II
– A PÁSCOA E O SEU SIGNIFICADO PARA A IGREJA
Embora
a celebração da festa da Páscoa seja uma ordenança divina para aos judeus (Êx
12; Nm 9.2,4; Dt 16), ela tem um profundo significado para o cristão por
representar a obra de Cristo para a nossa redenção, pois as festas de Israel
eram “sombras das coisas futuras” (Cl 2.17). Observemos algumas similaridades
entre a Páscoa e Cristo:
2.1
- O significado profético da Páscoa. Assim como um cordeiro foi sacrificado no
dia da páscoa para a libertação dos judeus no Egito, Cristo foi sacrificado
para a libertação dos nossos pecados: “…Ele salvará o seu povo dos pecados
deles” (Mt 1.21); “… pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados” (Ap 1.5);
“…Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado” (1Co 5.7). Há uma perfeita
identificação entre o pecado do crente e a oferta pelo pecado (Jo 3.14 ver Jo
1.29).
2.2
- O poder profético do sacrifício de Cristo. Este era o método usado por Deus,
desde os tempos de Adão, para perdoar os pecados: O sangue deveria ser
derramado “Porque a vida da carne está no sangue” (Lv 17.11). “Aquele que não
conheceu pecado, ele o fez (oferta pelo) pecado por nós…” (2Co 5.21). Por isso
“… sem derramamento de sangue não há remissão de pecados” (Hb 9.22). No tempo
do AT o sangue dos animais apenas cobria os pecados, no NT o sangue de Cristo
tira o pecado do mundo (Jo 1.29; Hb 10.10-12).
III
– PRINCÍPIOS QUE A IGREJA APRENDE COM A FESTA DA PÁSCOA
3.1
- A Páscoa significa libertação. Se esta festa era a festa da libertação,
porque então ela foi celebrada antes da libertação propriamente dita? Porque
Deus quis ensinar que o sacrifício expiatório, a fé e a nossa obediência
precedem a plena libertação, afinal, Israel não estava sendo liberto apenas de
Faraó, mas também do Anjo Destruidor. E isto implica que a libertação
espiritual sempre precede a física.
3.2
- A Páscoa significa salvação. Observem que a promessa de Deus era que por meio
do sacrifício de um cordeiro cada casa era salva do destruidor (Êx 12.3). O
Faraó havia dito ao povo hebreu que eles podiam ir, mas sem os seus filhos (Êx
10.8-11) e nisto podemos entender a vontade do Diabo quanto as nossas famílias.
Satanás sempre tentará cativar e destruir nossos filhos.
3.3
- A Páscoa significa redenção. As festas eram “sombras das coisas futuras” (Hb
10.1; Cl 2.17), ou seja, elas tipificavam aquilo que, como no caso da Páscoa,
um dia tornar-se-ia história na encarnação do Senhor. E a Páscoa era exatamente
uma antecipação figurativa da obra de Jesus no Calvário.
CONCLUSÃO
Concluímos
que a Páscoa para os judeus é a memória da ação salvadora de Deus. Para nós, os
cristãos, é a recordação da ação redentora de Jesus em favor da humanidade.
Cristo é a nossa verdadeira Páscoa, o Cordeiro único e o Sumo Sacerdote por
excelência. Seu sacrifício foi definitivo e completo e ilimitado, ou seja, para
todos os homens (Jo 3.16).
REFERÊNCIAS
MCMURTRY,
Grady Shannon. As Festas Judaicas do Antigo Testamento. ADSantos.
VAUX,
Roland de. Instituições de Israel no Antigo Testamento. Vida Nova.
STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
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