segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

LIÇÃO 01 – DEUS DÁ A SUA LEI AO POVO DE ISRAEL (Êx 20.18-22,24; 24.4,6-8) - 1º TRIMESTRE 2015

Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE
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Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524

LIÇÃO 01 – DEUS DÁ A SUA LEI AO POVO DE ISRAEL - 1º TRIMESTRE 2015
(Êx 20.18-22,24; 24.4,6-8)

INTRODUÇÃO
A lição do primeiro trimestre de 2015 tem como título: A Lei de Deus – Valores imutáveis para uma sociedade em constante mudança, onde teremos a oportunidade de estudar treze lições baseadas nos Dez Mandamentos. Nesta primeira lição, definiremos a palavra Decálogo usada acerca dos Dez Mandamentos; destacaremos algumas características da Lei que a faz mais sublime que qualquer outra legislação; e, por fim, veremos cada mandamento e a sua devida explicação e aplicação tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.

I – O DECÁLOGO: OS DEZ MANDAMENTOS
Essa palavra vem do grego “deka” dez e “logos” palavra, ou seja, “dez palavras”. “Esse é um titulo usado para indicar os Dez Mandamentos. Esses mandamentos, dados por Deus a Moisés, no monte Sinai, tornaram-se a base da legislação levítica. Uma das mais duradouras legislações de todos os tempos. Em sua forma mais familiar, esses mandamentos acham-se em Êxodo 20:2-17. O decálogo é mais que um código de leis. Antes, é a base do pacto teocrático (governo de Deus) que separou o povo de Israel como um veículo do favor divino, como um elemento através do qual a mensagem espiritual haveria de ser transmitida. Os inúmeros preceitos que aparecem em seguida, governando cada aspecto da vida diária, ensinam-nos que Deus está atento a todos os aspectos da nossa vida. Esse elaborado sistema tinha o intuito de governar a vida física dos israelitas, mas também tinha funções educativas. O próprio decálogo estabelece alguns princípios perfeitamente éticos, cuja aplicação pode ser vasta e abrangente” (CHAMPLIN, 2004, pp. 25,125 – acréscimo nosso).

II – CARACTERÍSTICAS DA LEI

2.1 Origem divina (Êx 20.1). Embora muitas vezes a Lei do Senhor dada através de Moisés seja chamada de Lei de Moisés (Js 8.31; I Rs 2.3; Ed 7.6; Lc 2.22;24.44; I Co 9.9); o registro do capítulo 20 do livro do Êxodo nos mostra que Deus é a origem da Lei. “Durante todas as negociações entre israelitas e egípcios, quando os primeiros eram escravos dos últimos, o papel de Moisés era, antes de mais nada, o de mediador. Deus não falou com Faraó, mas mandou Moisés lhe falar. Ele continuou nesse papel durante a Páscoa “Falai a toda a congregação de Israel” (Êx 12.3) e o êxodo “Fala aos filhos de Israel” (Êx 14.2). No Sinai, sua função continuava sendo a de transmitir a palavra de Deus ao povo “Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel” (Êx 19.6). Por outro lado, na revelação do Decálogo esse aspecto foi omitido. Moisés ouviu juntamente com o povo, ao qual Deus falou de modo direto (Êx 20.1). Essa é uma forma de a Bíblia nos dizer que, quando lemos o Decálogo, estamos frente a frente com a excelência da vontade de Deus para seus seguidores, no que diz respeito a estilo de vida e compromisso moral. Observe a sequência aos Dez Mandamentos: “eu falei convosco desde os céus” (Êx 20.22), não do Sinai (HAMILTON, 2007, p. 215 – acréscimo e grifo nosso).

2.2 Princípios imutáveis (Êx 24.12). A Lei foi escrita em tábuas de pedra pelo próprio Deus. “Nos países orientais, a pedra simbolizava a perpetuidade da lei, ali contida. As tábuas de pedra estavam escritas em ambas as faces, indicando quão completa era aquela legislação. Subsequentemente, as tábuas de pedra foram guardadas no lugar sagrado do tabernáculo, salientando o ato e a importância da revelação divina” (CHAMPLIN, 2004, p. 125).

2.3 Objetivos definidos. Todo o povo precisa ter leis, e até as tribos mais primitivas contam com sua legislação, formal ou informal. Com o povo de Israel não podia ser diferente. Deus revelou sua Lei para os israelitas no Sinai (Êx 20.1,2). A Lei era necessária por pelos menos três motivos:

2.3.1 Proporcionar uma norma moral para os redimidos. A Lei revelava a vontade de Deus quanto a conduta do seu povo (Êx 19.4-6; 20.1-17) e prescrevia os sacrifícios de sangue para a expiação pelos seus pecados (Lv 1.5; 16.33). A Lei não foi dada como um meio de salvação para os perdidos. Ela foi destinada aos que já tinham um relacionamento de salvação com Deus (Êx 19.4; 20.2) a fim de instruí-lo na vontade do Senhor, para que pudesse realizar o propósito de Deus (Êx 19.6). Logo, a revelação foi dada “não para dar, mas para orientar a vida” (Lv 20.22,23).

2.3.2 Demonstrar a natureza e o caráter de Deus. A Lei expressava a natureza e o caráter de Deus, isto é, seu amor, bondade, justiça e repúdio ao mal, e sobretudo que o Deus de Israel é Santo (Lv 11.44,45; 19.2; 20.7,26; 21.8). A Bíblia denomina Deus de “santo” (Sl 99.3). Ele é chamado de o “Santo de Israel” no (Sl 89.18); e, no livro do profeta Isaías, aproximadamente trinta vezes (Is 1.4; 57.15). A santidade é uma característica da própria natureza de Deus, e não somente expressão de um procedimento santo. Ele mesmo diz: “Eu sou santo” (Lv 19.2; Sl 99.6,9; I Pe 1.16).

2.3.3 Mostrar à humanidade seu estado pecaminoso e revelar que só pela graça podemos ser salvos. O apóstolo Paulo disse que “nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado” (Rm 3.20). Ela não fôra dada como um meio de se alcançar a salvação, mas “nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados” (Gl 3.24). A palavra grega traduzida por “aio” é “paidagõgos” que significa “instrutor”, “professor” e indica um escravo, cuja tarefa era cuidar de uma criança até que ela chegasse a idade adulta. A Lei serviu de aio para mostrar os nossos pecados e nos conduzir a Cristo (Gl 3.25).

III – OS DEZ MANDAMENTOS E SUA INTERPRETAÇÃO
Constituindo-se na essência do Pentateuco, o Decálogo é a mais perfeita das leis escritas. Vejamos na tabela abaixo quais os princípios morais dos Dez Mandamentos ensinados no AT e reafirmados no NT:


CONCLUSÃO
Após a saída do Egito o povo de Israel recebeu no Sinai a Lei do Senhor a fim de andar de forma agradável aos seus olhos. Assim como Israel, Deus nos resgatou do cativeiro do pecado e nos presentou com a Sua Palavra a fim de guiarmos a nossa vida segundo a sua perspectiva. Os princípios morais do Decálogo são imutáveis, e, portanto servem tanto para Israel como para a Igreja.

REFERÊNCIAS
 CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
 HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. CPAD.
 HOFF, Paul. O Pentateuco. VIDA.
 STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

Revista Ensinador Cristão Nº 61 - CPAD



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Lição Bíblica da CPAD - Adultos - 1º Trimestre de 2015 - Esequias Soares




Lição 1 - Deus Dá a sua Lei ao Povo de Israel
Lição 2 - O Padrão da Lei Moral
Lição 3 - Não Terás outros Deuses
Lição 4 - Não Farás Imagens de Esculturas
Lição 5 - Não Tomarás o Nome do Senhor em Vão
Lição 6 - Santificarás o Sábado
Lição 7 - Honrarás Pai e Mãe
Lição 8 - Não Matarás
Lição 9 - Não Adulterarás
Lição 10 - Não Furtarás
Lição 11 - Não Darás Falso Testemunho
Lição 12 - Não Cobiçarás
Lição 13 - A Igreja e a Lei de Deus


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Os Dez Mandamentos - Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança - Esequias Soares (Livro da Lição Jovens e Adultos CPAD - 1º Trimestre de 2015)



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LIÇÃO 13 – O TEMPO DA PROFECIA DE DANIEL (Dn 12.1-4; 7-9,11-13) - 4º TRIMESTRE 2014

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LIÇÃO 13 – O TEMPO DA PROFECIA DE DANIEL - 4º TRIMESTRE 2014
(Dn 12.1-4; 7-9,11-13)

INTRODUÇÃO
Em Daniel, capítulos 10-12, o profeta recebe a revelação dos últimos acontecimentos com a nação de Israel. A nação escolhida fará um acordo de paz por sete anos com o Anticristo - o chifre pequeno (Dn 7.8). Na metade do tempo proposto, o Anticristo desencadeará uma grande perseguição contra o povo judeu. Todavia, Deus protegerá os fiéis. Nesta lição destacaremos o cuidado divino com o Israel fiel durante esse período turbulento; veremos informações sobre a Grande Tribulação; e, ainda pontuaremos como se dará a conversão  dos judeus durante a angústia de Jacó.

I – O CUIDADO DIVINO COM ISRAEL DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO
“As profecias de Daniel até 11.35 podem ser com relativa facilidade relacionadas a acontecimentos da história antiga, os quais lhes deram cumprimento, mas, a partir daí até o final do capítulo 12, não encontramos qualquer correspondência com a história passada, pois dizem respeito a eventos que ainda estão porvir” (GILBERTO, 2010, p. 62 – acréscimo nosso). O capítulo 12 do livro de Daniel inicia mostrando que Deus dará proteção ao remanescente judeu:

1.1 Proteção espiritual (Dn 12.1). Deus protegerá o seu povo remanescente através do arcanjo Miguel no período sombrio da Grande Tribulação. “Este ser angelical é citado nas Escrituras como um anjo guerreiro; seu nome significa: “Quem é semelhante a Deus?”. Ele é sempre citado em conexão com a guerra (Dn 10.13,21; 12.1; Ap 12.7). Em Dn 10.13,21, ele é apontado como o anjo guardião da nação de Israel (Dn 12.1). Miguel é o chefe, o comandante, o capitão dos exércitos celestes, em oposição as hostes espirituais das trevas. A expressão o “Arcanjo” designa algum altíssimo poder angelical, dotado de autoridade sobre larga área, celestial ou terrena; “arcanjo” ou “arca”, como já ficou demonstrado, sugere um “anjo comandante”, principal e poderoso” (SILVA, 1986, p. 195 – grifo nosso). “Miguel não só aparece num momento especifico, mas há um tempo em que ele será ativo, um período que coincidirá com a época do Anticristo (Dn 11.45). Miguel também se levantará quando o Anticristo começar sua carreira (Dn 11.36), ou, mais provavelmente, no meio da carreira do Anticristo, quando ele volta sua atenção para a terra gloriosa (Dn 11.41). Ele está pronto para lutar, pois é um momento crítico para Israel. O agente de Satanás, o Anticristo, está prestes a desatar o mais horrendo genocídio jamais experimentado na história da humanidade” (TOKUNBOH, 2010, p. 1038 – grifo nosso).

1.2 Proteção física (Dn 11.41). Tanto o profeta Daniel como João o escritor do livro do Apocalipse nos mostram que, durante o tempo da Grande Tribulação haverá uma área demarcada por Deus, diante da face do destruidor, que ele não terá acesso. Esta área servirá de “refúgio” para o seu povo: o remanescente. “Tanto no Antigo como no Novo Testamento, esse lugar de “refúgio” tem vários nomes: 

(a) O lugar preparado por Deus (Ap 12.6); 
(b) O refúgio (Is 16.4); 
(c) O quarto (Is 26.20); e, 
(d) O isolamento (SI 55.5-8). 

Na simbologia profética, isso significa “o deserto dos povos” (Ez 20.35). Será, sem dúvida, o que está depreendido do presente texto: “Edom e Moabe, e as primícias dos filhos de Amom”. Esses países serão os únicos a escaparem da influência do Anticristo. Essa região será demarcada por Deus naqueles dias sombrios da Grande Tribulação e servirá de “refúgio perante a face do destruidor” (Is 16.4). O monte Sião será também demarcado (Ob v.17; Ap 14.1). Todos esses lugares acima mencionados se transformarão no “deserto de Deus”, preparado para a “mulher” (o Israel Fiel) durante a época da Grande Angústia (Sl 60.8-12; Is 16.4; 26.20; 64.10; Jr 32.2; 40.11; Ez 20.35; Dn 11.41; Os 2.14; Mt 24.36; Ap 12.6,13-17) (SILVA, 1986, pp. 222,223 – acréscimo e grifo nosso).

II – QUANDO E COMO SERÁ A GRANDE TRIBULAÇÃO
A Bíblia nos diz que o Anticristo aparecerá logo após o Arrebatamento da Igreja (II Ts 2.6). Ele proporá a algumas nações e a Israel um pacto de sete anos “E ele firmará aliança com muitos por uma semana” (Dn 9.24-a). Todavia, após o término da primeira fase do seu governo (três anos e meio), o Anticristo irá se voltar contra Israel, rompendo a aliança de paz que havia feito com os judeus por sete anos e desencadeará uma grande perseguição contra este povo e sua religião “e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação [...]” (Dn 9.27-b; cf. Dn 7.25).

2.1 A grande tribulação (Dn 12.1-b). É a “provação a que sera submetida a descendência de Israel durante a Grande Tribulação. A expressão usada pelo profeta Jeremias nos dá uma ideia desse momento difícil: “Ah! porque aquele dia e tão grande, que não houve outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; todavia, há de ser livre dela” (Jr 30.7). Angústia fala de um aperto sem referências, quer na história sagrada, quer na história secular do povo de Deus. É o sofrimento dos sofrimentos! (ANDRADE, sd, p. 21 – acréscimo e grifo nosso). Em Marcos 13.19, Jesus acrescenta ainda mais informações. Eis algumas informações sobre este período de tentação que há de vir: 

(a) durará três anos e meio (Dn 7.25; Dn 12.1,7; Ap 11.2; 13.5,6); 
(b) será um tempo de angústia incomparável (Jr 30.7; Dn 12.1; Mc 3.19; Lc 21.25 ) e, 
(c) alcançará Israel e o mundo gentio (Dn 7.24,25; Ap 3.10).

2.2 Haverá salvação durante este período (Dn 12.1-c). É importante destacar que durante o período sombrio da Grande Tribulação “muitos judeus e gentios aceitarão a Cristo no período posterior ao Arrebatamento da Igreja, mas serão martirizados. Em Apocalipse 7.1-8, o apóstolo João foi informado de que 144.000 israelitas, 12.000 de cada uma das tribos enumeradas, seriam selados por Deus no decorrer da Grande Tribulação. Em Apocalipse 14.1, eles aparecem sobre o monte Sião. Em Apocalipse 7.9-17, muitos serão martirizados, crentes de todos os países e raças. Estes aparecem triunfantes, nos céus. Eles serão mortos na Terra, durante a Grande Tribulação, pelo ditador mundial, que exigirá que todos o adorem sob pena de morte (Ap 13.15)” (WALWOORD, 2002, p. 240 – grifo nosso).

III – A CONVERSÃO DE TODO ISRAEL NO PERÍODO DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Alguns teólogos afirmam que Deus rejeitou para sempre a nação de Israel, que a mesma está debaixo de maldição, e que a Igreja tomou o lugar de Israel no plano e propósito divinos. Consequentemente, essa APLICAÇÃO ERRÔNEA de termos, significaria que a nação judaica está eternamente separada de Deus. Jamais poderá voltar a gozar do favor divino. Mas em Romanos caps. 9 a 11, o apóstolo Paulo claramente revela a restauração da nação e que no plano de Deus o povo judeu ainda será muito abençoado. Israel será por “cabeça das nações e não por cauda” (Dt 28.13).

3.1 Primeira parte (Israel confessa o pecado). “Naqueles dias, os lideres de Israel por fim reconhecerão o motivo de a tribulação ter vindo sobre eles, o que deverá ocorrer por intermédio do estudo das Escrituras, da pregação dos 144.000, das palavras das duas testemunhas. Muito provavelmente, será uma combinação de todos estes fatores, mas os líderes, de alguma forma, dar-se-ão conta do pecado da nação. Embora, no passado, tenham levado a nação a rejeitar o messiado de Jesus, agora farão com que a nação o aceite. A regeneração da nação, portanto, virá através da confissão nacional. Então, toda a nação será salva, cumprindo a profecia de Romanos 11.25-27. “Todo o Israel” significa exatamente isto, ou seja, todo judeu que estiver vivo naquele momento. Será o terço sobrevivente dos judeus que estavam vivos no inicio da Grande Tribulação (Zc 13.8-9)” (LAHAYE, 2010, pp. 115,116 – acréscimo e grifo nosso). (Cf. Ez 37.11).

3.2 Segunda parte (Israel clama pelo Messias). “O segundo aspecto que conduz a segunda vinda é a súplica de Israel pela volta do Messias, a fim de salvar a nação dos exércitos do mundo, os quais tencionam destruí-la e encontram-se reunidos nas cercanias de Bozra. A intercessão dos judeus é abordada em muitas partes das Escrituras. Zacarias 12.10-13.1 descreve este evento. O rogo pela volta do Messias não ficará restrito aos judeus de Bozra, mas também se estenderá aos judeus que ainda estiverem em Jerusalém. Eles confessarão o pecado da nação e orarão pelo retorno de Jesus, para que os salve das aflições daquele momento. Clamarão por aquEle a quem crucificaram. Este será o resultado do derramar do Espirito Santo (Zc 12.10), da lamentação de Israel pelo Messias (Zc 12.11-14) e da purificação dos pecados da nação (Zc 13.1)” (LAHAYE, 2010, p. 116). (Cf. 37.9-14).

IV – A SEGUNDA FASE DA SEGUNDA VINDA DE JESUS PARA IMPLANTAR O SEU REINO
A segunda fase da Segunda Vinda de Cristo é conhecida como a “manifestação gloriosa” (veja Tt 2.13), e é descrita em detalhes em Apocalipse 19.11-20. “A Bíblia nos mostra que finalmente chegará o “grande dia do Senhor” e a pedra cairá “nos pés” da estátua (nos dias do Anticristo). Então... “o ferro, o barro, o cobre, a prata, e o ouro, serão esmiuçados como a pragana das eiras, no estio” (Dn 2.34,35; 8.25; 9.27; 11.45; M t 21.44; 2 Rs 2.8; Ap 19.20.) Todos sabemos que este império de ferro tem atravessado séculos e até milênios, mas “chegará ao seu fim” como está predito na “Escritura da Verdade”. Cristo (a grande pedra) como sabemos, não cairá na cabeça (Império Babilônico) da estátua, nem em seu peito (Império Medo-persa), nem no ventre (Império Grego), nem nas suas pernas (Império Romano) compreendendo de 754 a.C. a 455 d.C. Todos sabemos que, quando Jesus veio a este mundo como meigo Salvador, não destruiu o Império Romano, pelo contrário, este poder de ferro o crucificou, e prosperou ainda por cinco séculos. Mas, como já ficou demonstrado acima, chegará o dia em que a pedra cairá “nos pés” da estátua (no Armagedom), e tudo que diz respeito a esse sistema político mundial terminará no vale de Armagedom pelo triunfo de Cristo (Ap 19.11-21)” (SILVA, 1986, p. 226 – acréscimo e grifo nosso).

CONCLUSÃO
Como pudemos ver, a nação de Israel pagou um alto preço por ter rejeitado o Jesus, o Messias. Setenta semanas de anos foram determinadas sobre o povo. Todavia, o povo judeu não foi rejeitado por Deus. Quando o seu povo se sentir acoado pelo Anticristo e seus exércitos no vale do Armagedom, eles clamarão por livramento e o Cristo a quem eles haviam crucificado descerá para lhes proporcionar livramento e implantar o Reino Milenial como anunciado pelos santos profetas.

REFERÊNCIAS
 ADEYEMO, Tokunboh. Comentário Bíblico Africano. Mundo Cristão.
 GILBERTO, Antonio. Daniel & Apocalipse. CPAD.
 LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de profecia bíblica. CPAD.
 OLSON, Nels Laurence. O plano divino através dos séculos. CPAD.
 SILVA, Severino Pedro da. Daniel versículo por versículo. CPAD.
 STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

 WALVOORD, John F. Todas as Profecias da Bíblia. VIDA.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

LIÇÃO 12 – UM TIPO DO FUTURO ANTICRISTO (Dn 11.1-3,21-23,31,36) - 4º TRIMESTRE 2014

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 LIÇÃO 12 – UM TIPO DO FUTURO ANTICRISTO - 4º TRIMESTRE 2014
(Dn 11.1-3,21-23,31,36)

INTRODUÇÃO
O capítulo 11 do livro de Daniel, descreve a quarta e a última visão do conteúdo profético do livro. A visão diz respeito aos reinos que se seguirão sucessivamente até chegar ao governo do Anticristo, prefigurado na pessoa de Antíoco Epifânio, um rei selêucida, que surgiu no período Interbíblico. Veremos nesta lição, o período entre os Testamentos; a ascensão do governo de Antíoco Epifânio; quem foi Antíoco Epifânio e, a semelhança do seu governo com o do Anticristo.

I – O PERÍODO INTERBÍBLICO
O período entre os dois Testamentos foi um espaço de quatrocentos anos, conhecido como Interbíblico ou Intertestamental. Esta época compreende o retorno dos judeus do exílio até o nascimento de Jesus e, é considerado como operíodo do silêncio divino. Contudo, nesta época, acontecimentos proféticos cumpriram-se na íntegra, trazendo o surgimento de um personagem importantíssimo tanto para a história bíblica, quanto para a história secular. “As condições gerais desse período podem ser relembradas sabendo-se que houve quatro tempos distintos em que esses quatrocentos anos podem ser divididos:

(1) o período persa, 430-322 a.C.;
(2) o período grego, 321-167 a.C;
(3) o período da independência,167-63 a.C; e
(4) o período romano, 63 a.C. até Jesus Cristo” (CHAMPLIN, 2013, vol. 5, p. 226 – acréscimo nosso).

II – O SURGIMENTO DO GOVERNO DE ANTÍOCO EPIFÂNIO
Com a queda do Império Persa em cerca 331 a.C., Alexandre o Grande, tronou-se um imponente imperador, conquistando também a Palestina em cerca de 332 a.C. Em cumprimento do que está escrito em (Dn 11.3,4), Alexandre o Grande morreu precocemente no apogeu do seu poder e, o seu reino foi divido e repartido entre quatro dos seus generais, a saber, Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu.


Seleuco - Governou a Síria, a Babilônia e a Média (o Reino do Norte); e, 
Ptolomeu - Governou o Egito (o Reino do Sul). A princípio, a Palestina ficou debaixo do controle sírio, mas não muito depois passou para o controle egípcio, ficando assim durante cerca de cem anos, até 198 a.C. Neste ínterim, os selêucidas (o Reino do Sul) reconquistaram a Palestina, e nos anos 175-164 a.C., os judeus foram severamente perseguidos por Antíoco IV ou Epifânio, que estava resolvido a exterminá-los, juntamente com a sua fé em Deus. (CHAMPLIN, 2013, vol. 5, p. 226 – acréscimo nosso).

III – ANTÍOCO EPIFÂNIO NA VISÃO HISTÓRICA E NA VISÃO PROFÉTICA DE DANIEL
 
“Antíoco Epifânio (175 a 164 a.C.); filho de Antíoco o Grande, rei dos selêucidas, do Reino do Norte; governou onze anos e, morreu no ano 164 a.C. Foi o grande perseguidor dos judeus na Palestina. Ele foi em sua geração, o homem mais desprezível, narrado nesta profecia; um tipo do futuro Anticristo,

“[...] o homem do pecado, o filho da perdição” (2Ts 2.3);” (SILVA, 1986, p. 211 – acréscimo nosso). “Antíoco tentou incorporar os judeus em seu programa de helenização, ou seja, implantar nos judeus a cultura grega; mudando suas leis, proibindo o culto e os costumes religiosos deles sob pena de morte” (CHAMPLIN, 2013, vol. 1, p. 194 – acréscimo nosso). Abaixo destacamos informações bíblicas a respeito deste homem.

3.1 “Depois se levantará um homem vil...” (Dn 11.21a).
“Antíoco Epifânio é apresentado como um homem vil, alguém em quem não se pode confiar; um aquinador e um impostor. É o ‘pequeno chifre’ citado no livro de Daniel 8.9-27. Ele é chamado de o Anticristo do Antigo Testamento e, é visto prefigurando o Anticristo do fim dos tempos” (ADEYEMO, 2010, p.1037 - acréscimo nosso).

3.2 “[...] ao qual não tinham dado dignidade real...” (Dn 11.21b).
“Antíoco Epifânio não estava na linha da sucessão, mas tornou-se rei por manipulação, traição e lisonjas, isto é, a política usual. O trono deveria ser de Demétrio Soter, filho e sucessor direto de Seleuco IV Filopater, o atual rei do Reino do Norte, que segundo a profecia morreu “sem ira e sem batalha” (Dn 11.20), envenenado por Heliodoro, seu irmão de criação.” (CHAMPLIN, 2001, vol. 5, p. 3423). “Demétrio Soter, estava sendo mantido refém em Roma. E com o trono desocupado, Antíoco usurpou o trono e assumiu o poder na Síria” (MACARTHUR, 2010, p. 1095 – acréscimo nosso).

3.3 “[...] mas ele virá caladamente...” (Dn 11.21c, 24).
A expressão “caladamente” no texto revela a sagacidade deste tirano. “Antíoco Epifânio era um pensador hábil e um orador habilidoso, cujas guerras com palavra eram tão eficazes como suas guerras com armas. Gostava de valer-se de traições, lisonjas e truques. A palavra hebraica para as lisonjas é 'halaqlaq'que tem o sentido básico de 'esperteza suave' (CHAMPLIN, 2001, vol. 5, p. 3423 – grifo nosso). “Conforme a descrição dos escritos antigos, Antíoco Epifânio às vezes fugia secretamente da corte e ia para cidade disfarçado, fazendo amizades com os estrangeiros mais desprezíveis que visitavam o país. Ele praticava os caprichos mais esquisitos, levando alguns a acreditar que fosse um imbecil e, a outros que fosse um louco” (HENRY, 2010, p. 897 – acréscimo nosso).

3.4 “E com os braços de uma inundação...” (Dn 11.22).
“Antíoco Epifânio era alguém que sabia falar, mas também era um bom guerreiro. Alcançou êxito em sua primeira ação militar, no momento em que as suas forças militares arrasaram os exércitos egípcios como se fosse uma enchente/dilúvio, uma expressão usada para ataque militar (Dn 9.26)” (CHAMPLIN, 2001, vol. 5, p. 3423 – acréscimo nosso).

3.5 “[…] como também o príncipe do concerto” (Dn 11.22).
“Ele encomendou o assassinato do sumo sacerdote de Jerusalém, Onias III, a quem a profecia se refere como príncipe da aliançaque foi morto pelo seu próprio irmão, Menelau, que o traiu, a pedido do próprio Antíoco” (MACARTHUR, 2010, p. 1095 – acréscimo nosso). “Em Daniel 11.28,30 e 32 a palavra 'aliança' ou 'concerto' é usada para se referir ao Estado judeu, que na época era uma teocracia (o Governo de Deus), tendo o sumo sacerdote como seu líder” (ADEYEMO, 2010, p.1037 - acréscimo nosso).

3.6 “[...] seu coração será contra o concerto...” (Dn 11.28,31).
“Na sua viagem para o norte, através de Israel para a Síria com as suas riquezas, Antíoco propagou uma sedição, ou seja, uma sequência de assassinatos bárbaros, roubos, catástrofes. Ele atacou o templo de Jerusalém, colocando no lugar Santo uma imagem do deus grego, Zeus; esse altar a Zeus é o que osjudeus chamam de abominação desoladora; profanou os ritos dos sacrifícios quando ofereceu uma porca no altar do Senhor” (MACARTHUR, 2010, p. 1095 – acréscimo nosso); “os judeus consideravam os porcos imundos (Lv 11.4,7,8); além disso, os sacrifícios eram normalmente feitos com animais machos (Lv 8.18-21). Desse modo, o sacrifício de uma porca foi uma tentativa de sujar e desonrar a religião judaica” (DYER, sd, p.12) . “Antíoco ainda massacrou 80.000 judeus, levou 40.000 como prisioneiros de guerra e, vendeu outros 40.000 como escravos” (MACARTHUR, 2010, p. 1095 – acréscimo nosso).

3.7“E esse rei fará conforme a sua vontade...” (Dn 11.36).
Neste ponto, o autor apresenta um rei que governará “no fimdo tempo” (Dn 11.40). O seu reinado de terror inaugura um ‘tempo de angústia’ sem paralelos na história humana (Dn 12.1; Mt 21.21,29-31)este rei não pode ser Antíoco Epifânio, mas é um personagem perverso e tirânico do fim dos tempos. Esta descrição está em conformidade com a descrição deste personagem, apresentado em outras passagens da Bíblia (Dn 7.8-11,20-27; 2 Ts 2.3,10; Ap 13.4-8; 19.19-20), e foi aceita por toda a História da Igreja (por exemplo, Crisóstomo, Jerônimo, Teodoreto e Lutero) (DEFESA DA FÉ, 2010, p.1363).
 
IV – SEMELHANÇAS DO GOVERNO DE ANTÍOCO EPIFÂNIO COM O GOVERNO DO ANTICRISTO

“Aqui, as histórias dos dois “anticristos” são colocadas de costas uma para a outra, não simplesmente por ênfase, mas porque ambas envolvem o ódio aberto contra Deus e a perseguição aos judeus, à plataforma de ambos os governos se assemelham.” (ADEYEMO, et al, 2010, p.1037 - acréscimo nosso).


CONCLUSÃO

Como podemos ver, Antíoco Epifânio prefigura o Anticristo que há de vir. Assim como este perverso imperador perseguiu os judeus com roubos, assassinatos, profanando o sagrado e com tantas outras catástrofes, semelhantemente, o Anticristo, o homem do pecado, perseguirá os judeus, cometendo as maiores atrocidades, a fim de destruí-los, mas assim como Antíoco Epifânio foi extirpado, o Anticristo com o seu governo também será, pois o Senhor, que é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, destruirá o Anticristo pelo assopro da sua boca e pelo esplendor da sua vinda (2 Ts 2.8).

REFERÊNCIAS

ADEYEMO, Tokunboh. Comentário Bíblico Africano. MUNDO CRISTÃO.
Bíblia de Estudo Defesa da Fé. CPAD
Bíblia de Estudo MacArthur. SBB.
CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblias, Teologia e Filosofia, vol. 1. HAGNOS.
CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblias, Teologia e Filosofia, vol. 5. HAGNOS
CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento Interpretado: Versículo por versículo, vol. 5. HAGNOS.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento. CPAD.
SILVA, Severino Pedro da. Daniel versículo por versículo. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

LIÇÃO 11 – O HOMEM VESTIDO DE LINHO (Dn 10.1-6; 9,10,14) - 4º TRIMESTRE 2014

Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
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LIÇÃO 11 – O HOMEM VESTIDO DE LINHO - 4º TRIMESTRE 2014
(Dn 10.1-6; 9,10,14)

INTRODUÇÃO
Veremos que os três últimos capítulos de Daniel constituem “uma unidade profética”, pois, não anunciam novos oráculos. Estes últimos capítulos (Dn 10 a 12), preenche os detalhes do futuro de Israel, concentrando-se no período do Anticristo e na questão relacionada com "as últimas coisas" a saber: a Grande Tribulação, a ressurreição dos mortos, as recompensas e os castigos finais. Estudaremos também a visão do homem vestido de linho, que é uma aparição de Cristo no Antigo Testamento.

I – INFORMAÇÕES SOBRE A VISÃO DE DANIEL CAPÍTULO 10
Os capítulos 10, 11 e 12 de Daniel faz parte da “última visão” do profeta Daniel. Como vimos em lições passadas, Daniel viveu tempo suficiente para ver a profecia de Jeremias se cumprir e o primeiro grupo de judeus exilados voltar para a terra e começar a reconstruir o templo. Se o profeta, como já estudamos em lições passadas, estava entre 14 a 17 anos quando foi levado para a Babilônia. Então na época desta visão, ele estava entre seus 80 e 87 anos, alguns sugerem 90. A visão foi dada no ano terceiro de Ciro (Dn 10.1), “dois anos após o retorno dos judeus à Palestina”. Ora, Ciro decretou o regresso dos judeus do Exílio no “primeiro ano do seu reinado” (Ed 1.1-5). Então o “terceiro ano de Ciro”, rei da Pérsia era (c. 536 a.C.). A restauração e a reconstrução do templo já começara (Ed caps. 1 ao 3), mas foi interrompido por pressão dos inimigos (Ed 4.4-5). Tais notícias devem ter ferido o coração de Daniel estimulando-o a buscar a face de Deus uma vez mais. “Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por três semanas...” (Dn 10.2,3) (ADEYEMO et al, 2012, p. 1034).

II – ANALISANDO A REVELAÇÃO DE DANIEL
O fato de Daniel estar junto ao rio Hidéquel (rio Tigre) oferece-nos a razão dele não ter voltado a Jerusalém com os demais peregrinos. Aparentemente, esse retorno era impossível para Daniel, primeiro devido à sua idade, segundo por causa de suas ocupações como um dos administradores do império (Dn 6.1-3). É possível que sua presença no rio Tigre se devesse a negócios do governo, e aí o profeta vê em visão o próprio Filho de Deus na sua preencarnação (GILBERTO, 1984, p. 53), através de uma teofania, do grego “theos” Deus e “phania” manifestação em forma humana (cap. 10) (ANDRADE, 2006, p. 339). Daniel registrou o momento em que recebeu esta visão: “No dia vinte e quatro do primeiro mês, estando eu à borda do grande rio Tigre” (Dn 10.4). Analisemos esta visão:

2.1 - A preocupação do profeta Daniel (Dn 10.1-3). Daniel havia jejuado, orado e não se ungiu com óleo durante três semanas enquanto buscava o Senhor. Um dos motivos para isso era, provavelmente, sua preocupação com os quase cinquenta mil judeus que haviam saído da Babilônia e viajado para sua terra natal a fim reconstruir o templo. Uma vez que Daniel tinha acesso a relatórios oficiais, sem dúvida ficou sabendo que o remanescente havia chegado em segurança em Jerusalém e que todos os tesouros do templo estavam intactos. Também deve ter ouvido que os homens haviam lançado os alicerces do templo, mas que o trabalho havia sofrido oposição e, por fim, parado (Ed 4). Sabia que seu povo estava sofrendo privações na cidade arruinada de Jerusalém e perguntou-se se Deus iria deixar de cumprir as promessas que havia feito a Jeremias (Jr 25.11, 12; 29.10-14) (WIERSBE, 2010, p. 368).

2.2 - O duplo sentido dos 70 anos. É possível que Daniel não tivesse compreendido que a profecia dos setenta anos tinha uma aplicação dupla, primeiro para o povo e depois para o templo. Os primeiros judeus foram deportados para a Babilônia em 605 a.C., e os primeiros cativos voltaram em 535 a.C., exatamente setenta anos depois. O templo foi destruído pelo exército babilônio em 586 a.C., e o segundo templo foi completado e consagrado em 516 a.C., outro período de exatamente setenta anos. Daniel estava aflito para que a Casa do Senhor fosse reconstruída o quanto antes, mas não percebeu que Deus estava realizando seus planos com perfeição. As obras foram interrompidas em 536 a.C., continuaram em 520 a.C. e foram completadas em 516 a.C. Esse adiamento de dezesseis anos manteve tudo dentro do cronograma. (WIERSBE, 2010, p. 368).

III - UMA VISÃO EXTRAORDINÁRIA

3.1 - O MOTIVO DO JEJUM DE DANIEL. “Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por três semanas completas” (Dn 10.2). A razão do seu lamento e tristeza acompanhada de jejum é certamente explicada pela data mencionada no versículo 1: "No terceiro ano de Ciro". É que por volta do terceiro ano de Ciro, a obra iniciada da reconstrução do templo, fora embargada (Ed 1-3; 4.4,5). Daniel, como patriota e membro da nação eleita, preocupava-se com o futuro de sua nação; como já vimos este exemplo na sua oração do capítulo 9. Contudo, havia ainda outro motivo para Daniel jejuar e orar: desejava entender melhor as visões e profecias que já havia recebido e ansiava por mais revelações do Senhor sobre o futuro de israel.

3.2 - A DURAÇÃO DO JEJUM DE DANIEL. “Alimento desejável não comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca... até que se cumpriram as três semanas” (Dn 10.3). O presente versículo apresenta um jejum intensivo feito por Daniel por 21 dias. A perseverança do profeta na oração e no jejum por três semanas pela situação do povo em
Jerusalém ocasionou a resposta divina (Dn 10.12). O israelita jejua quando está de luto (1Sm 31.13; 2Sm 1.12; 3.35), ou quando está em graves dificuldades e espera de Deus o auxílio de que necessita (2Sm 12.16; 1Rs 21.27; Sl 35.13). Também se jejua em preparação para receber a revelação de Deus, como bem pode ser depreendido do texto de Êx 34.28 e do presente texto, ou antes de um empreendimento difícil (Ed 8.21-23; Et 4.16) (SILVA, 1986, p. 187). 

3.3 - O TEMPO DO JEJUM DE DANIEL. “E no dia vinte e quatro do primeiro mês...” (Dn 10.4). Alguns pesquisadores defendem que três dias depois do fim de seu jejum de três semanas, Daniel teve uma visão assustadora quando estava à beira do rio. Já outros dizem que a expressão “no dia vinte e quatro do primeiro mês” quer dizer que Daniel iniciou esta abstinência no terceiro dia do mês e concluiu no 24º dia. O rio Hidéquel traz este nome que em assírio e grego corresponde ao rio Tigre. Era um dos rios que assinalavam a localização do jardim do Éden (Gn 4.2,14) (SILVA, 1986, p. 187).

3.4 - A RESPOSTA DO JEJUM. "[…] o príncipe do reino da Pérsia". (Dn 10.13). Esse “príncipe” não era de origem terrena, tratava-se de um anjo diabólico tão forte, que a vitória só foi decidida quando Miguel, o poderoso arcanjo, entrou em ação e assim a resposta da oração chegou a Daniel (Dn 10.13). Assim como Deus tem anjos que protegem nações, Satanás também tem os dele, que operam, mas a seu modo. Ao que parece, há anjos perversos específicos incumbidos nas diversas nações; que alguns estudiosos de angelologia chamam esses seres de "espíritos territoriais". Esse anjo mau da Pérsia controlava os destinos desse país, mas foi desbancado pelos anjos de Deus. “E eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia” (v. 13) (GILBERTO, 1984, p. 55).

3.5 - GABRIEL E MIGUEL: DOIS MENSAGEIROS DO SENHOR. "[…] e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me..." (v.13). A expressão "primeiros" é literalmente "principais". Isto mostra que os anjos dividem-se em categorias, já a palavra "príncipe", no hebraico "sor", corresponde a “chefe; aquele que domina”. O arcanjo Miguel é anjo guardião de Israel (Dn 10.21; 12.1). A palavra “arcanjo” do grego “archangelos” significa “anjo principal”. O prefixo “arch” sugere tratar-se de um anjo chefe, principal ou poderoso. Na Bíblia Sagrada, mais precisamente em Judas v.9 e I Tessalonicenses 4.16, aparece a menção de apenas um arcanjo: Miguel. Seu nome em hebraico significa: “Quem é como Deus”. Nas Escrituras, Miguel é descrito como: o arcanjo (Jd v.9); o líder das hostes
angélicas no conflito com Satanás e os seus anjos maus (Ap 12.7); um dos primeiros príncipes (Dn 10.13); “vosso Príncipe” (Dn 10.21); e o grande príncipe, “defensor dos filhos do teu povo” (Dn I2.I). Gabriel, cujo nome quer dizer “homem de Deus” ou “herói de Deus”. Significa, também, “o poderoso”, evidenciando o que o nome sugere (GILBERTO et al, 2008, p. 454,455).

IV - A DESCRIÇÃO DO HOMEM VESTIDO DE LINHO
Se considerarmos como dizem alguns teólogos que esse “homem vestido de linho” dos versículos 5 ao 9 é o mesmo ser que tocou e falou com Daniel nos versículos 10 a 15, então, teríamos de optar por Gabriel ou algum outro anjo, pois é impossível que Jesus precisasse da ajuda de Miguel para derrotar um anjo perverso como está escrito no versículo 13. Contudo, o ser que tocou Daniel e que falou com ele nos versos 10 a 15, não foi o mesmo “homem vestido de linho” que lhe apareceu na visão anterior. A descrição do “homem vestido de linho” assemelha-se a descrição do Cristo glorificado que encontramos em (Ap 1.12-16), e a reação de João frente a este homem “E, eu, quando vi, caí a seus pés como morto...” (Ap. 1.17) foi a mesma de Daniel “... e não ficou força em mim; e transmudou-se em mim a minha formosura em desmaio, e não retive força alguma” (Dn 10.5). Esse homem em ambas referências era o Cristo pré-encarmado, pois a linguagem é semelhante nestes dois livros e as características também são as mesmas (Dn 10.5-9; comparar com (Ap 1.12-20). O ponto de vista da maioria dos estudiosos da escatologia bíblica, é que de fato, é a pessoa de Jesus no livro de Daniel. A vestimenta de linho fino, a veste celeste, os lombos cingidos de ouro puro, o seu corpo luzente como berilo, o rosto como um relâmpago, os olhos como tochas de fogo, os braços e os pés luzentes e como se fossem de bronze polido, e a voz como a voz de muitas águas, são características INERENTES EXCLUSIVAMENTE ao Filho de Deus e não de algum anjo seu.

CONCLUSÃO
Vimos que apesar de ter vivido durante oito décadas numa terra pagã, Daniel manteve seu coração e sua vida puros diante de Deus. Orava para que o remanescente que habitava em Jerusalém fosse um povo santo para o Senhor, a fim de que fossem abençoados em seu trabalho.

REFERÊNCIAS
 ADEYEMO, Tokunboh. Comentário Bíblico Africano. Mundo Cristão.
 GILBERTO, Antonio. Daniel & Apocalipse. CPAD.
 _______________. et al. Teologia Sistemática. CPAD.
 SILVA, Severino Pedro da. Daniel versículo por versículo. CPAD.
 STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
 WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento. Vol. IV. Geográfica.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

LIÇÃO 10 – AS SETENTA SEMANAS (Dn 9.20-27) - 4º TRIMESTRE 2014

Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE
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LIÇÃO 10 – AS SETENTA SEMANAS - 4º TRIMESTRE 2014
(Dn 9.20-27)

INTRODUÇÃO
Em Daniel 9.3-27 vemos a oração do profeta, para que Deus desse inicio ao regresso de seu povo, do cativeiro Babilônico. Diante do clamor insistente de Daniel, Deus lhe envia um mensageiro angélico com a resposta da sua petição, mostrando-lhe o panorama profético, por Deus estabelecido para restaurar completamente a nação de Israel.

I – O CENÁRIO HISTÓRICO DA PROFECIA
“No ano primeiro de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus” (Dn 9.2). “A expressão “No primeiro ano de Dario […] constituído sobre o reino dos caldeus”, nos mostra que Daniel não o confunde com Ciro. Ele (Dario) não era constituído rei sobre o império medo-persa, mas apenas sobre a Babilônia. Este registro histórico data aproximadamente de 539-538 a.C. sessenta e sete anos depois de Daniel ter sido levado no verão de 605 a.C.; cerca de cinquenta e nove anos do começo do cativeiro do Rei Jeoaquim (II Cr 36.9,10; Ez 1.1); um pouco menos que cinquenta anos a partir da destruição final de Jerusalém em 586 a.C. Isto explica o interesse de Daniel em Jerusalém (Dn 9.2). Ele imaginou que o tempo já estava sendo contado” (MOODY, sd, p. 57).

II – A ATITUDE DE DANIEL ANTE O TÉRMINO DO CATIVEIRO DE JUDÁ
O texto de Daniel capítulo 9 nos mostra que o profeta desejou compreender melhor a vontade de Deus a cerca do povo de Israel. Para tanto, ele resolveu tomar duas sábias decisões: 

2.1 - Examinou a profecia a cerca da restauração do povo (Dn 9.2). “Daniel possuía uma biblioteca, cujos livros ele estudava. Ele menciona aqui, no versículo 2, as profecias de Jeremias. A profecia de Jeremias, em apreço, diz: “Toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; estas nações servirão ao rei de Babilônia setenta anos. Acontecerá, porém, que, quando se cumprirem os setenta anos, castigarei a iniquidade do rei de Babilônia...” (Jr 25.11,12). Esse rei de que fala a profecia já fora castigado (Dn 5). Daniel considerava então que já estava no tempo para terminarem as “assolações de Jerusalém”, a qual continuava destruída” (GILBERTO, 2010, p. 45 – acréscimo nosso).

2.2 - Daniel intercedeu pela restauração do seu povo (Dn 9.3). A oração, na vida de Daniel, era um costume regular. No seu aposento de janelas abertas, na direção de Jerusalém, ele podia ser encontrado orando três vezes por dia (Dn 6.10). “Nesse tempo desta oração, quase setenta anos que Daniel fora levado para o cativeiro. Ele tinha mais de oitenta anos de idade, e breve iria “pelo caminho de toda terra”. Mas o coração ainda ardia pela revificação espiritual da obra do Senhor, pelo retorno do povo de Deus à terra da promessa, pela reedificação da cidade querida e pela reconstrução do seu Templo em ruínas” (BOYER, p. 73, 2009).

III – CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS SETENTA SEMANAS REVELADAS A DANIEL

3.1 - O sentido da profecia. A profecia das setenta semanas foi dada a Daniel, esta diz respeito ao futuro IMEDIATO e ESCATOLÓGICO de Israel. Enquanto Daniel, orava, no período de três da tarde (Dn 9.21), um anjo, chamado Gabriel, foi enviado por Deus para lhe entregar uma mensagem explicativa “Daniel, agora saí para fazer-te entender o sentido”
(Dn 9.22-b). “O anjo apresenta a profecia no sentido completo, e depois mostra a Daniel as suas divisões (Dn 9.24), que são vistas nos versos 25 a 27. A recomendação a Daniel feita pelo anjo “considera, pois, a palavra, e entende a visão” (Dn 9.23-b), foi, sem dúvida, por tratar-se de uma profecia cujo tema era de alcance muito vasto; ela alcança séculos e milênios. Entre os hebreus, em lugar da palavra “semana” usava-se a palavra “shabua”. Em hebraico “shabua” significa, literalmente, um “sete”. Pode ter o sentido de um “sete” de dias como também um “sete” de anos. Precisamente nesta profecia tem o sentido profético de anos e não de dias (Nm 14.34; Ez 4.6) Assim sendo, estas “setenta semanas” são setenta “grupos de sete anos”, ou seja, 490 anos (SILVA, 1986, p. 178 – acréscimo nosso). 

3.2 - O porque deste tempo de castigo. A Bíblia nos mostra que Deus puniu o seu povo com o cativeiro por pelo menos dois motivos: 

(1) eles haviam dado as costas ao Senhor e serviram aos ídolos (Jr 3.13; 18.11; 19.13; 25.5,6; 35.15);e, 
(2) os setenta anos de cativeiro sobre a nação foi para “que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da desolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram” (2 Cr 36.21). “Deus ordenou a Israel, no deserto, que trabalhasse seis dias em sete e, semelhantemente, seis anos em sete (Êx 20.9,10; Lv 25.1-7). A guarda do sábado a risca foi observada por Israel logo no deserto, e um homem foi morto porque o violou (Nm 15.32-36). A segunda ordem de Deus para que se guardasse o ano sabático só entraria em vigor com a entrada da nação na terra prometida (Lv 25.2-4) Isto significa que todo o “tempo pertence a Deus”. Durante esse ano de repouso, a terra não era lavrada, o fruto era livre, e a confiança do povo em Deus era provada. Aprendemos de Deuteronômio 31.10-13, que este ano era empregado para dar instrução religiosa ao povo. Durante os 490 anos da monarquia, esta lei não foi observada, como devia ter sido por 70 vezes. Por isso, foram dados ao povo 70 anos de cativeiro” (SILVA, 1986, p. 166).

IV – CRONOGRAMA JUDAICO DOS ACONTECIMENTOS PROFÉTICOS ACERCA DE ISRAEL
Além do cronograma gentio (Dn 2;7;8), Daniel também recebeu um cronograma judaico dos acontecimentos proféticos sobre Israel (Dn 9). Essas profecias são muito mais exatas quanto aos anos e dias, e localizam os acontecimentos principais da redenção e restauração de Israel. Esta profecia é o futuro de Israel no plano de Deus.


V – O QUE ACONTECERÁ COM ISRAEL DURANTE A ÚLTIMA SEMANA DE 7 ANOS
“Essas semanas tratam das provações e sofrimentos pelos quais Israel terá de passar antes que o seu Libertador apareça, para que, como diz o final do versículo 24 da profecia em estudo, os pecados de Israel tenham fim, e para trazer a justiça eterna. Estas "semanas" não se referem à Igreja, mas a Israel. "Sobre o teu povo [o povo de Daniel], e sobre a tua santa cidade" (a cidade de Jerusalém - v. 24)” (GILBERTO, 2010, pp. 48,49). Nesse período seriam realizados os seguintes seis importantes eventos (Dn 9.24): 

(a) “fazer cessar a transgressão”. Esta declaração indica por fim à rebelião secular de Israel contra Deus. Israel crucificou o Messias quando Ele chegou ao mundo, e consequentemente foi castigado. Sua incredulidade será transformada em fé à Segunda Vinda de Cristo, quando essa nação aceitará Jesus como Messias. Toda a nação “nascerá de novo” (Rm 11.25-29; Is 66.7-10; Ez 36.24-30); 

(b) “dar fim aos pecados”. Isto é, por um ponto final aos muitos pecados e à rebelião de Israel, evento que se realizará depois da Tribulação (Ez 36.24-30; 37.24-27; 43.7; Zc 14.1-21); 

(c) “expiar a iniquidade”. Realizar a expiação em favor desse povo espiritualmente perverso. Isso aconteceu na cruz do Calvário em favor do mundo todo, mas Israel, como nação, até hoje não se valeu dessa maravilhosa providência divina. Mas à vinda de Cristo, Israel se arrependerá dessa atitude (Zc 13.1-7; Rm 11.25-27); (d) “trazer a justiça eterna”. Isto é, a justiça que Cristo proveu pela morte na cruz (Is 9.6,7; 12.1-6; Dn 7.13,14,18,27; Mt 25.31-46; Rm 11.25-27); 

(e) “selar a visão e a profecia”. Isto é, chegar ao cumprimento das profecias concernentes a Israel e Jerusalém. Todos conhecerão ao Senhor, desde o menor até ao maior deles (Jr 31.34; Is 11.9); e, 

(f) “ungir o Santo dos Santos”. Está claro que isto significa a purificação do lugar santíssimo do templo dos judeus e a cidade de Jerusalém dos efeitos da “abominação da desolação” e demais sacrilégios praticados pelos gentios durante a Tribulação. Incluirá também a consagração do templo milenial previsto em (Ez 40-43; Zc 6.12,13).

CONCLUSÃO
Através das visões concedidas a Daniel, aprendemos que Deus não desistiu de Israel. Pelo contrário, ele tem estabelecido um plano onde irá restaurar física, moral e espiritualmente o seu povo escolhido, cumprindo assim as suas palavras anunciadas através dos seus santos profetas.

REFERÊNCIAS
• ANDRADE, Claudionor Correia de. Dicionário de Escatologia Bíblica. CPAD.
• GILBERTO, Antonio. Daniel & Apocalipse. CPAD.
• OLSON, Nels Laurence. O plano divino através dos séculos. CPAD.
• PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody: Daniel. Editora Batista Regular. • SILVA, Severino Pedro da. Daniel versículo por versículo. CPAD.
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

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