segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

LIÇÃO 04 – ESTEJA ALERTA E VIGILANTE, JESUS VOLTARÁ (Lc 17.24-30) - 1º TRIM/2016

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524

LIÇÃO 04 – ESTEJA ALERTA E VIGILANTE, JESUS VOLTARÁ - 1º TRIMESTRE DE 2016 (Lc 17.24-30)

INTRODUÇÃO
Jesus garantiu que voltaria para buscar o seu povo (Ap 22.12). Todavia, ensinou que este dia e hora ninguém sabe (Mt 24.36). Por isso, exortou diversas vezes os seus seguidores a estarem alertas em constante vigilância a fim de não serem pegos de surpresa (Mc 13.33). Nesta lição definiremos a palavra vigiar; destacaremos que tanto Jesus como seus discípulos exortaram os cristãos a estarem em constante vigilância; pontuaremos pelo menos três causas que justificam o porque da necessidade de estarmos vigilantes; veremos ainda de que forma devemos aguardar o arrebatamento; e por fim, trataremos da parábolas dos dois servos, proferida por Jesus para exortar-nos a preparação para a sua vinda.

I – O QUE SIGNIFICA A PALAVRA VIGIAR
O verbo “vigiar” segundo o Aurélio quer dizer: “observar atentamente; estar atento a; tomar cuidado” (FERREIRA, 2004, p. 2061). No hebraico o verbo é “shamar” que significa: “vigiar, guardar”. No grego o termo é “gregoreo” que significa literalmente “vigiar” e é encontrado em 1 Ts 5.6,10 e em mais 21 outros lugares nos quais ocorre no Novo Testamento (por exemplo, em 1 Pe 5.8). É usado acerca de: (a) “manter-se acordado” (Mt 24.43; 26.38.40.41): (b) “vigilância espiritual” (At 20.31; 1 Co 16.13; Cl 4.2; 1 Ts 5.6.10; 1 Pe 5.8; Ap 3.2.3; 16.15) (VINE, 2002, p. 323 – acréscimo nosso). A palavra “vigiar” tem conotação exortativa, visando chamar a atenção dos ouvintes a estarem prontos para o retorno do Messias. Jesus e os apóstolos exortaram a vigilância, como veremos a seguir:

1.1 - Exortação de Cristo. Diversas vezes Jesus chamou a atenção dos seus seguidores quanto à importância de estarem vigilantes para o seu retorno (Mt 24.22; 25.13; Mc 13.33,35; 37; Lc 21.36; Ap 3.3; 16.15). Muitas dessas exortações se percebem através das parábolas, tais como: das dez virgens (Mt 25.1-13); do senhor que confiou o cuidado das coisas que lhe pertenciam aos seus servos, prometendo voltar em breve (Mc 13.34-37); dos servos que aguardam o seu senhor quando voltar das bodas (Lc 12.36-37). “O chamado à vigilância, no entanto, não foi dirigido apenas a eles, mas a todos nós (Mc 13.37)” (ADEYEMO, 2010, pp. 1222,1223).

1.2 - Exortação dos apóstolos. Os apóstolos de Cristo, seguindo a mesma linha escatológica do Mestre, exortaram aos cristãos nas suas epístolas, quanto à necessidade da vigilância, pois a vinda do Senhor está próxima (I Co 16.13; I Ts 5.6; I Pe 4.7). Para Paulo, a volta era tão iminente que ele tinha a expectativa de ainda em vida participar do arrebatamento (I Ts 4.17). Tiago, o irmão do Senhor também falou da proximidade deste Dia (Tg 5.8); bem como o apóstolo João (I Jo
2.18); e, o apóstolo Pedro (II Pe 3.9).

II – QUAIS AS CAUSAS DA EXORTAÇÃO A VIGILÂNCIA PARA A VOLTA DE JESUS
2.1 - A fragilidade humana. Sabendo da fragilidade humana, Jesus exortou os apóstolos a estarem vigilantes, para vencerem as tentações (Mt 26.41; Mc 14.38). Fomos perdoados e libertos dos nossos pecados (I Jo 2.12; Rm 6.22), todavia, ainda não estamos livres da presença do pecado na nossa natureza humana. Isto somente se dará quando nosso corpo for glorificado, por ocasião do arrebatamento da Igreja (I Co 15.51-54). Até este acontecimento, precisamos viver vigilantes, afim de não sermos vencidos pelo pecado (Rm 6.11,12; I Co 15.34). “Quem quiser ter um discipulado produtivo, precisa disciplinar o corpo para não ceder às paixões” (ADEYEMO, 2010, p. 1192).

2.2 - A astúcia do Diabo. Além da fragilidade humana, o crente precisa vigiar também porque “[...] o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (I Pe 5.8). Toda tentação é proveniente da própria natureza humana (I Co 10.13; Tg 1.13-15), todavia, o principal agente da tentação é Satanás (Mt 4.3; Lc 4.2; I Ts 3.5; Tg 4.7). Precisamos estar vigilantes e fortalecermo-nos no Senhor a fim de vencer as batalhas espirituais, que somos submetidos (Ef 6.10-18). Jesus exortou os crentes de Esmirna a serem fiéis até a morte, mesmo diante das tentações do diabo (Ap 2.10). Da mesma forma, falou aos crentes de Filadélfia, dizendo: “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3.11).

2.3 - A vinda do Senhor será repentina. A necessidade da vigilância para o retorno de Cristo se dá também pelo fato de ser um evento repentino. Diversas vezes, Jesus exortou os seus discípulos sobre isso (Mt 24.36,42,44; 25.13; Mc 13.33; Lc 12.46). Infelizmente, não são poucos aqueles que têm a promessa do Senhor como tardia, ao ponto de desacreditarem dela (II Pe 3.4). Todavia, Jesus nos assegurou que viria sem demora (Ap 3.11; 22.12,20). Estejamos vigilantes para não sermos pegos de surpresa e sermos achados dormindo naquele dia (Mc 13.36; Lc 21.34). Jesus e os apóstolos usaram algumas figuras que retratam muito bem que a imprevisibilidade do seu retorno, como veremos a seguir:

FIGURAS QUE RETRATAM A REPENTINA VOLTA DO SENHOR
  • Ladrão (Mt 24.43-44; I Ts 5.2-4; II Pe 3.10; Ap 16.15)
Explicação - O que aprendemos aqui é que, como um ladrão que aparece de forma inesperada, assim será a volta de Cristo para buscar Sua Igreja. Por isso, o cristão deve estar sempre vigilante para o retorno do Senhor.
  • Relâmpago (Mt 24.27)
Explicação - Um relâmpago é um fenômeno repentino. De forma parecida, sucederá o súbito dia do Filho do Homem. Quando o Senhor retornar, Ele virá de forma instantânea.
  • Abrir e fechar de olhos (I Co 15.52)
Explicação - Paulo ensinou que “num momento” (grego atoma), num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta, nós seremos transformados. De imediato, o corruptível se revestirá de incorruptibilidade.

III – DE QUE FORMA DEVEMOS ESPERAR A VOLTA DE JESUS
3.1 - Vigiando em oração. A Bíblia nos exorta a aguardarmos o Senhor vigiando em oração (I Pe 4.7). É por meio desta prática constante (I Ts 5.17) que o cristão mantém contato com Deus (Jr 33.3; Tg 4.8). Ela expressa uma atitude de sujeição e inteira dependência da sua graça, ou seja, quem ora reconhece que precisa da ajuda divina para vencer as batalhas e dificuldades da vida (Is 38.1-5; II Cr 20.3,4). Faz-se necessário entender que, os últimos dias da Igreja de Cristo aqui na terra, serão dias de esfriamento espiritual na vida de alguns cristãos (Mt 24.12; Ap 3.15,16). Portanto, devemos ter cuidado para não sermos cristãos superficiais, mas de profunda comunhão com Deus. “O mundo está se movendo em direção ao seu objetivo final. Diante dessa realidade, os cristãos devem manter um relacionamento próximo com Deus em oração” (ADEYEMO, 2010, p. 1561).

3.2 - Vigiando em santidade. Jesus anunciou que antecipadamente que os dias que antecedem a sua vinda, serão de extrema corrupção moral, comparando com o período antediluviano e geração de Sodoma e Gomorra (Mt 24.37; Lc 17.28). Os apóstolos também fizeram a mesma afirmação (II Tm 3.1-5; II Pe 3.3). Sabedores disto, nós cristãos, devemos no meio desta geração pervertida, vigiar em santidade, a fim de não contaminarmos com o pecado (Fp 2.15). A santidade é tipificada na Bíblia como vestes (Ap 19.8,14). Por sua vez, a falta de santidade pode ser retratada como vestes sujas ou a nudez (Zc 3.3,4; Ap 3.18; 16.15). A exortação bíblica é que devemos estar vestidos e com vestes limpas em todo tempo (Ec 9.8; Ap 3.4).

3.3 - Vigiando em todo tempo. Já vimos que a palavra “vigiar” significa: “estar atento”. O contrário da palavra “vigiar” é justamente “dormir” (Mc 14.37; Ef 5.14; Rm 13.11). Do ponto de vista bíblico, o sono espiritual, tem conotação negativa, pois leva o homem a um estado de invigilância. Jesus falou disto quando disse: “Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo” (Mc 13.35,36). Foi quando as dez virgens cochilaram que chegou o esposo “E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram” (Mt 25.5). A “demora” da volta de Cristo se constitui num teste de resistência e fidelidade para aqueles que professam segui-lo. Por isso, somos exortados a perseverança (Mt 24.13; Lc 8.15; Rm 2.7; I Tm 4.16; Ap 3.10-11). Devemos também exorta-nos uns aos outros (Hb 10.25).

IV – A PARÁBOLA DOS DOIS SERVOS
“Em Mateus 24.45-51 encontramos uma parábola, falada por Jesus, denominada de “os dois servos”. Nessa ilustração o Mestre tem uma exortação para todos os seus servos. Nela, como sempre, Cristo liga a fé ao comportamento. Se cremos em sua vinda, devemos nos portar de acordo com o que acreditamos. Não podemos viver como desejamos, se verdadeiramente cremos que ele pode vir a qualquer momento. Essa esperança deve governar a nossa vida no lar e impedir-nos de viver uma vida sem moderação e sem disciplina. Se nos conscientizarmos da volta do Mestre, e deixarmos que essa conscientização impere em todos os aspectos da nossa vida, então viveremos. Quando o servirmos de maneira a honrá- lo, teremos verdadeira comunhão uns com os outros, santidade de vida e estaremos vigilantes. Para aqueles servos maus que escarnecem da verdade de sua vinda e arrogantemente destratam os outros, e se associam com os glutões, há uma condenação repentina e veloz. Que a graça nos seja concedida para que possamos viver de tal maneira que não sejamos envergonhados perante ele em sua vinda!” (LOCKYER, 2006, p. 300 – acréscimo nosso).

CONCLUSÃO
A Vinda do Senhor é certa. Disto nos garantiu, Jesus e os apóstolos em seus ensinamentos. Diante desta verdade, só nos resta estarmos alertas e vigilantes em oração e santidade para que naquele Dia possamos estar aptos para adentar as mansões celestiais.

REFERÊNCIAS
LOCKYER, Herbert. Todas as parábolas da Bíblia. VIDA.
RADMACHER, Earl D. et al. O Novo Comentário Bíblico: AT. CENTRAL GOSPEL.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

LIÇÃO 03 – ESPERANDO A VOLTA DE JESUS (Mt 24.42-46) - 1º TRIMESTRE DE 2016

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524

LIÇÃO 03 – ESPERANDO A VOLTA DE JESUS - 1º TRIMESTRE DE 2016 (Mt 24.42-46)

INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos a definição da palavra esperança, analisaremos as bases bíblicas na perspectiva pré- tribulacionista para a iminente volta de Jesus, estudaremos quando se dará o Arrebatamento da Igreja. Pontuaremos que todos os hereges que marcaram a volta de Cristo, unanimemente se equivocaram, pontuaremos os fundamentos bíblicos para a promessa da volta de Jesus, e por fim, veremos como esperar esta promessa.

I - DEFINIÇÃO DA PALAVRA ESPERANÇA
1.1 Esperança. O Aurélio define esperança como: “o ato ou efeito de esperar o que se deseja”, “expectativa”, “fé em conseguir o que se deseja” (FERREIRA, 2004, p. 808). Esperança é uma das virtudes cristãs, através da qual o crente é motivado a crer no impossível. É a certeza de receber as promessas feitas por Deus através de Cristo Jesus (Rm 15.13; Hb 11.1) e uma sólida confiança em Deus (Sl 33.21,22). O termo deriva-se do grego “elpis” e significa “expectativa favorável e confiante” (Rm 8.24,25). Já o verbo esperar significa: “ficar à espera de, aguardar, contar com a realização de uma coisa desejada ou prometida” (Ídem, 2004, p. 808).

II - BASES PRÉ-TRIBULACIONISTAS PARA VOLTA IMINENTE DE JESUS
Duas coisas trazem esperança na vida crente. A primeira é o Arrebatamento da Igreja (1Ts 4.18), e a segunda é a ressurreição do corpo (1Co 15.1-58). O pré-tribulacionismo é a doutrina segundo a qual Jesus virá arrebatar a sua Igreja antes da Grande Tribulação (ANDRADE, 2006, p. 304). Quando pensamos na vinda de Cristo é inevitável refletir sobre o Arrebatamento dos santos.

2.1 A Igreja não passará pela grande tribulação. Quem ama a Palavra de Deus tem a certeza de que Cristo “aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação” (Hb 9.28). O arrebatamento poderá ocorrer a qualquer momento (Mt 24.36,42,43,44). Temos observado que a iminência da volta de Jesus constitui-se num dos principais sustentáculos de afirmação dentro do modelo pré-tribulacionista. De acordo com o dicionário a palavra “iminente” significa: "aquilo que está para vir; que ameaça acontecer brevemente; que está em via de efetivação imediata ou muito próxima" (FERREIRA, 1074, p. 808). No texto acima, Jesus deixa claro que o crente deve esperar pelo cumprimento de todos os sinais profetizados por Ele, os quais ocorrerão antes da sua volta. Quando Jesus prossegue e diz aos seus discípulos que era impossível saber o dia e a hora da sua volta e que eles deveriam vigiar porque não sabiam a que hora haveria de vir o Senhor. Nas Escrituras lemos a Doutrina da Vinda Iminente de Jesus Cristo à Sua Igreja nos seguintes textos Sagrados (1Co 1.7; 16.22, Fp 3.20; 4.5, 1Ts 1.10; 4.15-18; 5. 6; 1Tm 6.14; Tt 2.13; Hb 9.28; Tg 5.7-9; 1Pd 1.13; Jd 21; Ap 3.11; 22.7; 12,20; 22.17,20).

2.2 Cristo virá buscar seus fiéis, a Igreja, no arrebatamento. Cristo tirará a Igreja antes da Grande Tribulação, pois esta tem como propósito encerrar o tempo dos gentios e preparar o povo de Israel para a restauração no milênio, governado por Cristo. Há um tratamento diferente entre dois povos: judeus e gentios, visto que são grupos distintos. Há um plano de Deus exclusivo tanto para Israel como para a Igreja, sendo que a Grande tribulação é uma período onde Deus tem como objetivo tratar com Israel e não com a Igreja, que já teve o seu período de salvação na Dispensação da Graça. Neste caso, seria incoerente a Igreja passar pela Grande Tribulação devido esses propósitos, ou seja, o propósito da Grande Tribulação é preparar a conclusão do plano geral de Deus para a humanidade e não purificar ou testar a Igreja, mas, Israel (Rm 8.19-25; 1Co 1.7; Fl 4.5; Tt 2.13; Tg 5.9; Jd 21; 1Ts 4.18).

III - QUANDO SE DARÁ O ARREBATAMENTO DA IGREJA?
Durante seu ministério na terra, Cristo fundou sua Igreja e deu-lhe uma promessa: Ele voltaria novamente para buscar aqueles que receberam a Cristo como Salvador e viveram de acordo com sua Palavra (1Ts 4.16-17; 1 Co 15.50-52). Ninguém sabe quando se dará este fato, só é possível saber que o evento é iminente, pois os sinais se identificam no decorrer da história. “Não vos pertence saber os tempos ou épocas que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (At 1.7). Tentar estabelecer uma data para vinda de Cristo é perder tempo. “daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai” (Mt 24.36).

3.1 Jesus em sua natureza humana não sabia quando voltaria (Mt 24.36,42; 25.13). Ao se fazer homem, o Senhor Jesus aniquilou-se “esvaziou-se” a si mesmo; e, conquanto não tenha deixado de ser Deus (1Tm 3.16; Cl 2.9), ele abriu mão de parte de seus atributos divinos e da glória que desfrutava junto ao Pai (Jo 1.14; 2 Co 8.9; Fp 2.5-8). Na Terra, Jesus sujeitou- se temporariamente às limitações humanas (Hb 2.14). E foi nessa condição temporária que Ele declarou não saber quando se daria o Arrebatamento (Mt 24.36; Jo 14.28). Com a vitória cabal alcançada na cruz (Jo 19.30) e a sua ressurreição, Jesus reassumiu a glória que tinha antes de o mundo existir (Jo 17.5). Não foi por acaso que declarou: “É me dado todo o poder no céu e na terra” (Mt 28.18), pois de fato Ele é o Todo-Poderoso (Ap 1.8). Não há razão para acreditarmos que Ele tenhadeixado de saber definitivamente o dia do Arrebatamento. Em Apocalipse, as suas convictas palavras indicam o seu pleno conhecimento sobre o assunto: “venho sem demora”; “presto venho”; “cedo venho” (Ap 3.11; 22.7,12).

3.2 Jesus prometeu que voltaria (Jo 14.3; Ap 22.20). Os anjos corroboraram as suas palavras (At 1 9-11). Os profetas dos tempos do AT também anunciaram a Segunda Vinda, mesmo não tendo a devida compreensão acerca dela (Dn 7.13; Zc 14.4; Ml 3.2). E os escritores do NT fizeram o mesmo: Paulo (1Co 15.51,52); Tiago (Tg 5.8); Pedro (2Pd 3.10); João (1Jo 2.28; 3.1-3); Judas (v. 14); e o desconhecido autor de Hebreus (Hb 9.28). Ademais, o testemunho da Ceia do Senhor, por Ele ordenada, é mais uma evidência de sua volta (1Co 11.26). Não podemos estar desapercebidos, pois “fiel é o que prometeu” (Hb 10.23,37). E o fato de não sabermos quando Ele voltará (Mt 24.42-44) deve estimular-nos à vigilância (Mt 25.I-I3). Quanto a nós, além de não sabermos quando Jesus voltará, é nos totalmente vedado fazer especulações (At 1.7; I Ts 5.1). “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt 25.13).

IV - FUNDAMENTOS BÍBLICOS PARA A PROMESSA DA VOLTA DE JESUS
Ao lermos a Bíblia vamos encontrar tanto no AT (Zc 14.3-4) como no NT (Tg 5.7; 1Pe 1.7,13; 1Ts 4.13-18; Hb 9.28). No entanto, é no NT que esta doutrina é mais difundida e explicada. O próprio Senhor Jesus fez esta promessa (Jo 14.2-3), os anjos falaram acerca desta promessa (At 1.11) e os apóstolos escreveram acerca desta promessa. Vejamos:

a) Será repentino "num abrir e fechar de olhos" (1Co 15.51,52). Isto significa que não haverá tempo para preparativos de última hora (Mt 25.6-10);

b) Será “em dia e hora que não sabemos” (Mt 24.36,44). Todos que se atreveram determinar o dia do Arrebatamento da igreja se decepcionaram. Esperaram e Cristo não veio! Portanto, melhor do que prever ou datar este dia, é estar preparado;

c) Será “como nos dias de Noé” (Mt 24.37-39). Ou seja, um dia como outro qualquer, em que as pessoas estarão em suas atividades normais: comendo, trabalhando, casando etc (Mt 24.40-42);

d) Será pessoal (At 1.11; Ap 22.12). Assim como em um casamento, Cristo virá pessoalmente buscar a sua noiva;

e) Será em duas fases. A Segunda Vinda de Cristo dar-se-á em duas fases distintas, uma antes, e outra depois da Grande Tribulação. A primeira fase é o Arrebatamento da Igreja (1Co 15.52; 1Ts 4.16,17). A segunda fase da vinda de Cristo será sua descida sobre o Monte das Oliveiras, juntamente com a igreja, para livrar Israel das garras do anticristo (Zc 14.4; Mt 24.30; Ap 1.7; 19.11-21; 20.1-6).

VI - COMO ESPERAR A VINDA DE JESUS
A esperança de todos os que obedecem a Deus, que acreditam sem reservas na Sua existência e no Seu poder, está na vinda do Senhor Jesus (1Ts 4.16,17). As Escrituras descrevem, não apenas a promessa, mas também nos ensina como devemos esperar esta promessa. Vejamos:

a) Devemos esperar com vigilância. Diversas parábolas foram proferidas pelo Senhor Jesus, com o intuito de nos ensinar acerca da vigilância (Mt 24.32,33; Mt 25.1-13; Mt 24.45-47; Mt 24.37-39; Mt 24.43,44; Lc 12.39,40; 1Ts 5.2,3; 2Pd 3.10; Ap 3.3). O ladrão não avisa a hora da noite em que vai arrombar a nossa porta e roubar a nossa casa, do mesmo modo o Senhor Jesus não vai avisar a hora em que virá buscar Seu povo. Então, Ele pede que vigiemos para não sermos pegos de surpresa.

b) Devemos esperar com santidade. Somente aqueles que estiverem vigilantes e em santidade poderão desfrutar das bênçãos advindas da Segunda Vinda de Cristo (1Ts 5.23; Hb 12.14; 1Jo 3.3).

c) Devemos esperar em alerta. “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mt 24.27). Isto significa que ninguém terá tempo extra para se preparar. Devemos vigiar. Jesus falou que este episódio seria semelhante aos dias de Noé (Mt 24.36-44) Jesus contou algumas parábolas sobre sua volta (Mt 24.45-51; Mt 25.1-13; Ef 4.30).

d) Devemos esperar evangelizando. “Bem-aventurado aquele servo a quem o Senhor, quando vier, achar fazendo assim” (Lc 12.43). “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa” (Jo 4.35).

CONCLUSÃO
Diante dessa gloriosa promessa, devemos estar vigilantes, vivendo em santidade, esperando este dia em que estaremos definitivamente livres de todo sofrimento e estaremos para sempre com o Senhor. Que fiquemos com as palavras do apóstolo Paulo: “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem sua vinda” (2Tm 4.9).

REFERÊNCIAS
ICE, Thomas. Profecias de A a Z. ACTUAL.
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. CPAD.
LIETH, Nobert. O Sermão Profético de Jesus. ACTUAL.
RENOVATO, Elinaldo. O Final de Todas as Coisas. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
ZIBORDI, Ciro Sanches. Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

LIÇÃO 02 – SINAIS QUE ANTECEDEM A VOLTA DE CRISTO (Mt 24.3-8; 11-14) - 1º TRIMESTRE DE 2016

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524

LIÇÃO 02 – SINAIS QUE ANTECEDEM A VOLTA DE CRISTO (Mt 24.3-8; 11-14)
1º TRIMESTRE DE 2016 
INTRODUÇÃO
Embora o Senhor Jesus não tenha revelado o dia de Sua vinda, em seu sermão profético, proferido no monte das Oliveiras, Ele mencionou diversos sinais que ocorreriam no mundo, antes daquele grande e glorioso Dia! Semelhantemente, os apóstolos também mencionaram diversos sinais que antecederiam a Volta de Cristo. Nesta lição, estudaremos alguns dos muitos sinais que evidenciam o breve retorno de Cristo.

I – O SERMÃO DO MONTE DAS OLIVEIRAS E OS SINAIS DA VOLTA DE CRISTO
O sermão profético de Jesus no monte das Oliveiras, foi proferido como resposta a três questionamentos dos discípulos: “Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” (Mt 24.3). Jesus, então, mencionou uma série de sinais que ocorreriam no mundo antes de Sua vinda, tais como: falsos cristos, falsos profetas, fome, epidemias, terremotos, aumento da iniquidade e esfriamento do amor, além de outros. Embora estes sinais estejam relacionados mais especificamente à segunda fase de Sua vinda, ou seja, a vinda de Jesus em glória (Mt 24.40), podemos afirmar que eles também ocorrerão nos dias que antecedem ao Arrebatamento da Igreja, como os que estão acontecendo em nossos dias.

II – O QUE SÃO OS SINAIS DOS TEMPOS
Segundo o pastor Claudionor Corrêa de Andrade (ANDRADE, 2006, p. 333): “São o fiel cumprimento das profecias bíblicas, nos mais diversos setores da vida religiosa, política e social da humanidade, bem como no âmbito dos fenômenos naturais”, que tem por objetivo três coisas:
a) Alertar a Igreja quanto à proximidade da volta de Cristo;
b) Advertir os incrédulos, a fim de que se arrependam e tomem parte através do arrebatamento; e
c) Mostrar a soberania de Deus sobre todas as coisas, evidenciando sempre a supremacia de seu reino.
III – SINAIS NA ÁREA RELIGIOSA
3.1 - Falsos Cristos (Mt 24.5). O surgimento de falsos Cristos é um prenúncio dos tempos do fim (Mt 24.24; Mc 13.22). Muitos enganadores tem se levantado dizendo ser o próprio Cristo, o Filho de Deus reencarnado. Um dos mais conhecidos é Henry Crist, que em 1982 fundou a Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade. Ele costuma vestir-se de túnica branca, manto vermelho e possui uma coroa de espinhos na cabeça. Ele costuma aparecer na mídia, dar entrevista e conscientizar a população de sua missão. Henry Crist confessa que foi um homem pecador até 1969, quando Deus revelou a sua identidade e, então, passou a viver de acordo com o dom de Deus. Ele afirma que tem seguidores em mais de trinta países. Como advertiu o Senhor Jesus: “Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos” (Mt 24.5).

3.2 - Falsos Profetas (Mt 24.11). Se um profeta é um mensageiro divino ou um porta voz de Deus, consequentemente, um falso profeta é alguém que de forma enganosa e fraudulenta fala em nome dEle. Embora os falsos profetas tenham existido desde os tempos bíblicos (Dt 18.21,22; II Cr 18.4-7, 18-22; Jr 15.15; 20.1-6; 26.8-11; Am 5.10; II Pe 2.1-3,12; I Jo 2.22; 4.1), eles estão se tornando cada vez mais comum em nossos dias, em cumprimento a Palavra de Deus. Diariamente podemos ver estes falsos profetas através da mídia, pregando um falso evangelho, baseado em novas ideologias e falsas teologias, profetizando mentiras, vendendo bênçãos, tornando-se mercantilistas da fé e construindo grandes impérios às custas da ingenuidade de seus “mantenedores” ou “parceiros” ministeriais. Como disse o Senhor Jesus: “E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (Mt 24.11; Mc 13.22).

3.3 - Apostasia (ITm 4.1; IITm 4.3). “O termo “apostasia”, do grego, “apo”, que significa “fora” e “histemi”, que quer dizer: “colocar-se”, significa “afastamento” ou o “abandono premeditado e consciente da fé cristã” (ANDRADE, 2006 p. 56). No AT, a apostasia ocorreu, principalmente, quando Israel deixou de servir e adorar ao Único Deus Verdadeiro (monoteísmo) e passou a prestar culto a outros deuses (politeísmo), como podemos ver em (Êx 32.1-18; II Rs 17.7-23; Is 1.2-4; Jr 2.1-9). No NT, o termo aparece duas vezes com o sentido de cortar o relacionamento salvífico com Cristo, ou apartar-se da união vital com Ele (At 21.21; II Ts 2.3; Hb 3.12). Logo, apostatar significa rejeitar, depois de haver crido nos ensinos de Cristo, e passar a crer em doutrinas contrárias (I Tm 4.1; II Tm 4.3). Sendo assim, a apostasia só é possível para quem já experimentou a salvação (Lc 8.13; Hb 6.4,5). Embora a apostasia tenha ocorrido também no passado, podemos afirmar que ela ocorrerá com mais frequência nesses dias que antecedem a vinda de Cristo!

3.4 - Escarnecedores (Jd 1.17,18). O apóstolo Pedro predisse que nos últimos dias surgiriam escarnecedores que andariam segundo a sua própria concupiscência e negariam a vinda do Senhor (II Pe 3.3,4). Escarnecer: significa “zombar”, “criticar”, “ridicularizar”. Embora muitos escarnecedores tenham surgido no passado (Mt 27.29,31,41; Lc 23.11,36; At 17.32) eles estão se tornando cada vez mais comum em nossos dias, principalmente por parte dos ateus, céticos e incrédulos, que zombam da Bíblia e escarnecem do evangelho. O que não dizer da “parada gay” onde a fé cristã foi ridicularizada e os símbolos do cristianismo profanados em praças públicas, numa clara e evidente demonstração de desrespeito e preconceito para com os evangélicos. Como disse o apóstolo Judas: “Mas, vós, amados, lembrai-vos das palavras que vos foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, os quais diziam que, no último tempo, haveria escarnecedores que andariam segundo as suas próprias  concupiscências” (Jd 1.17,18).

IV – SINAIS NA ÁREA SOCIAL
4.1 - Fome (Mt 24.7; Mc 13.8; Lc 21.8). A fome é outro sinal da vinda de Cristo, e embora a fome tenha ocorrido no mundo desde os tempos remotos (Gn 26.1; 41.30,54; Êx 16.3; II Sm 21.1; II Rs 6.25; At 11.28), ela cresce a cada dia no mundo. “Hoje, calcula-se que 800 milhões de pessoas passam fome no mundo. Quatrocentos e sessenta milhões estão por morrer de inanição. Estima-se que trinta pessoas morrem de fome por minuto no mundo e que 60% dos africanos tem a sua disposição menos alimento que a quantidade diária que a ONU considera a mínima necessária para sobreviver” (LIETH, 2005, p. 189).

4.2 - Epidemias (Mt 24.7). Jesus também falou acerca de pestes ou epidemias que haveria no mundo antes de Sua vinda. Apesar do avanço tecnológico e científico em todo o mundo e do desenvolvimento da indústria farmacêutica, as doenças e epidemias crescem assustadoramente, em cumprimento as palavras do Senhor Jesus. “Segundo um relatório da Organização Mundial de Saúde, por exemplo, a tuberculose e o agente da malária estão avançando novamente com desconhecida agressividade. A cólera e a febre amarela aparecem em regiões que eram consideradas seguras. Somam-se a elas doenças infecciosas completamente novas” (LIETH, 2005, p. 189). Atualmente, o Brasil vive uma epidemia de dengue, chikungunya e zika vírus, doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegypti. Segundo o site UOL Notícias Ciência e Saúde, foram identificados 1,5 milhão de casos de dengue no país de janeiro a novembro deste ano, um aumento de 176% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 555,4 mil casos.

V – SINAIS NA ÁREA POLÍTICA E NO MUNDO
5.1 - Guerras e rumores de guerras (Mt 24.6; Mc 13.7; Lc 21.9). Outro sinal da vinda de Cristo são as guerras e os conflitos armados, onde podemos citar o avanço do grupo radical islâmico e outros como exemplos. Apesar de as guerras existirem desde os tempos mais remotos (Gn 14.2; Êx 17.1-15; II Rs 3.7), nos últimos anos elas vêm ocorrendo com muito mais intensidade. Nunca na história da humanidade, o homem investiu tanto em fabricação de instrumentos de guerra, bombas atômicas e armas nucleares. E, o que parecia ser a solução para a paz mundial, trouxe na verdade prejuízos irreparáveis à humanidade e os chefes e governantes das nações perderam completamente o controle sobre as guerras. Segundo o site G1, somente a guerra na Síria matou mais de 240 mil pessoas desde março de 2011 e mais de 54 milhões de pessoas buscam desesperadamente refúgio em outros países.

5.2 - Terremotos e inundações (Mt 24.7; Mc 13.8; Lc 21.11). Jesus também falou acerca dos terremotos que ocorreriam no mundo antes de Sua vinda. “Do século I ao século XVI, houve menos de dez terremotos a cada cem anos. No século XVII, houve dez terremotos, indicando aumento significativo. No século XIX foram registrados 15 terremotos na terra; no século XX, o número de abalos sísmicos subiu para quase 100 por ano, e, entre 1970 a 1979, ocorreram 1153 tremores de terra. Nos últimos anos, estima-se que ocorram de 300.000 a 500.000 terremotos por ano, embora que a maior parte deles são imperceptíveis aos seres humanos e detectados pelos equipamentos de medição de intensidade sísmica (RENOVATO, 2015, p. 29). Cientistas e sismólogos em todo o mundo, estão tentando descobrir por que os terremotos ocorrem, cada vez com mais frequência em menos tempo, no mundo. Mas, nós sabemos: Jesus está voltando!

5.3 - O retorno de Israel à sua terra (Ez 37.1-28). Em seu sermão profético, Jesus disse: “Olhai para a figueira e para todas as árvores. Quando já começam a brotar, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as que está perto o verão” (Lc 21.29,30). O retorno do povo judeu à sua terra é um dos sinais dos tempos do fim. “Por causa da rejeição ao Messias, Deus permitiu que Jerusalém fosse invadida pelas tropas romanas no ano 70 d.C. e o povo judeu foi disperso pelo mundo. Mas, depois de quase vinte séculos, o povo judeu pôde voltar à sua terra. “Em maio de 1948, por desígnio de Deus, e intermédio da ONU, Israel foi restabelecido como Estado soberano e independente, com direito a retornar à sua terra. Isaías profetizou: Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos.” (Is 66.8) (RENOVATO, 2015, p. 25).

5.4 - Outros Sinais. A Bíblia menciona ainda outros sinais dos tempos do fim, tais como: o progresso científico (Dn 12.4; Na 2.4); o aumento da iniquidade e o esfriamento do amor (Mt 24.12); tempos difíceis e trabalhosos (II Tm 3.1-5; Tg 5.1-8); perseguição física e ideológica ao povo de Deus (Mt 24.9; Mc 13.9-13).

CONCLUSÃO
Os sinais dos tempos do fim, que antecedem ao retorno de Cristo estão se cumprindo em nossos dias. Quando a mia anuncia estes sinais, está dizendo: Jesus está voltando. Podemos dizer, então: Maranata, ora vem Senhor Jesus!


REFERÊNCIAS
· ICE, Thomas. Profecias de A a Z. ACTUAL.
· LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. CPAD.
· LIETH, Nobert. O Sermão Profético de Jesus. ACTUAL.
· RENOVATO, Elinaldo. O Final de Todas as Coisas. CPAD.
· STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
· ZIBORDI, Ciro Sanches. Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD.

sábado, 2 de janeiro de 2016

LIÇÃO 01 – ESCATOLOGIA, O ESTUDO DAS ÚLTIMAS COISAS (Mt 24.4-5; 11-13; I Ts 1.10) - 1º TRIMESTRE DE 2016



Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
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LIÇÃO 01 – ESCATOLOGIA, O ESTUDO DAS ÚLTIMAS COISAS (Mt 24.4-5; 11-13; I Ts 1.10) - 1º TRIMESTRE DE 2016

INTRODUÇÃO
A lição deste primeiro trimestre de 2016 tem como título:“O Final de Todas as Coisas – Esperança e glória para os salvos”, onde teremos a oportunidade de estudar treze lições baseadas em uma das disciplinas da Teologia Sistemática – a Escatologia. Nesta primeira lição, introduziremos o assunto trazendo importantes informações sobre a Escatologia, tais como: definição, conteúdo, propósito; importância; quais povos são contemplados com a doutrina das últimas coisas; qual o método de interpretação mais fiel as Escrituras; quais aplicações práticas que temos com a Escatologia; e, por fim, veremos um resumo dos eventos escatológicos que estaremos estudando pormenorizadamente. 

I – SOBRE A ESCATOLOGIA
1.1 - Definição. Escatologia é a área da teologia sistemática que trata das últimas coisas. “O termo deriva de uma combinação das palavras gregas “eschatos”, que significa: “último; fim”, e “logos”, que significa: “palavra” (o sufixo português “logia” significa “estudo, ciência ou doutrina”). A escatologia lida com realidades extremamente pessoais, como a morte, a condição imediatamente posterior ao arrebatamento e a glorificação. Ela também aborda, contudo, questões mais cósmicas e gerais, como a segunda vinda de Cristo, o Milênio, o Juízo Final, recompensas e castigos eternos, novos céus e nova terra. A escatologia é tanto pessoal como universal, tanto individual quanto cósmica” (LAHAYE, 2010, pp. 167,168). 

1.2 - Conteúdo. A escatologia é essencialmente profética, ou seja, trata exclusivamente de predizer eventos futuros que já se cumpriram, estão se cumprindo ou irão se cumprir (Ap 1.19). “Cerca de vinte e cinco por cento da revelação divina têm natureza preditiva. Esse fato demonstra a importância do assunto. As teologias mais antigas negligenciavam o assunto; mas, nos tempos modernos, à medida que os eventos se aproximam, se desperta um interesse cada vez maior sobre a questão” (CHAMPLIN, 2004, p. 437 – acréscimo nosso). 

1.3 - Propósito. A Escatologia tem o propósito de revelar a soberania de Deus na história e sua presciência acerca dos eventos que estão porvir. “Na esfera da profecia, a capacidade divina é claramente vista como alguma coisa que transcende as limitações humanas. Deus parece ter prazer em seu poder de predizer o futuro; ao menos, esse poder é evidentemente usado, a fim de despertar a mente humana para as maravilhas do seu Ser. A parte da revelação divina, o homem nada sabe do que vai acontecer. Para Deus, o fim é conhecido desde o princípio” (CHAFER, 2003, p. 621). 

1.4 - Importância. Sem sombra de dúvida a importância da Escatologia se dá pelo fato de mostrar o que acontecerá no futuro com a humanidade. O homem é por natureza curioso com o porvir, podemos observar isso estampado na pergunta dos apóstolos, feita ao Senhor Jesus Cristo: “Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” (Mt 24.3). A mesma ansiedade também tinha os crentes de Tessalônica (I Ts 4.1-10). A Bíblia é o único livro que satisfaz plenamente os anseios do homem em todos os aspectos, até quanto ao que virá a acontecer no futuro. 

II – O ALCANCE DA ESCATOLOGIA BÍBLICA 
“A Escatologia Bíblica está relacionada com os três grupos de povos em que Deus mesmo divide a raça humana. Os povos da terra considerados sob o ponto de vista humano estão divididos nos mais diversos grupos étnicos, mas Deus, considerando a humanidade sob o ponto de vista divino, divide-a em três segmentos que são: Os judeus (Israel), os gentios, e a Igreja de Deus (1 Co 10.32): 
(a) A Igreja. Para com a Igreja, a descida do Senhor aos ares para ressuscitar os que dormem e transformar os crentes vivos é apresentada como constante expectação e esperança (1 Co 15.51,52; F1 3.20; 1 Ts 4.14-17; 1 Tm 6.14; Tt 2,13; Ap 22.20); 
(b) Os judeus (Israel). Para o povo escolhido, a vinda do Senhor é predicada para cumprir as profecias que dizem respeito ao seu ressurgimento nacional, a sua conversão, e estabelecimento em paz e poder sob o Pacto Davídico (Am 9.11,12; At 15.14-17); e,
(c) Os gentios. A Bíblia nos mostra que para os gentios, isto é, as nações em geral, Jesus virá como o Rei dos reis e Senhor dos senhores, e Juiz, para julgá-las, e, após isso, reinar sobre elas com justiça (Sl 2.6-10; 96.13)” (GILBERTO, 2007, p. 09 - acréscimo nosso). 

III – INTERPRETANDO A ESCATOLOGIA
A forma mais coerente de interpretação da Escatologia é a forma literal. O literalismo “é a interpretação bíblica que leva em conta o que, realmente, está escrito, sem quaisquer subterfúgios alegóricos. É a abordagem do texto em sua forma mais óbvia e concreta” (ANDRADE, 2006, p. 255). Esta forma de interpretação das Escrituras Sagradas são mais aceitas no meio cristão, por vários motivos, eis alguns:
(a) Este sistema de interpretação é a maneira aceita em todas as línguas, povos e nações; 
(b) As Escrituras Sagradas só fazem sentido se interpretadas de forma literal;
(c) Esta forma de interpretação respeita as parábolas, sonhos e simbologia – bem presente nos livros de Daniel, Ezequiel e principalmente, no Apocalipse; 
(d) No sentido literal de interpretação é possível fazer comparações com outros textos das Santas Escrituras; 
(e) Esta forma de interpretação considera todo o contexto e não só uma parte do texto isolado das demais;
(f) O Senhor Jesus, os profetas e apóstolos, utilizaram esta forma de interpretação das Escrituras.

IV – A IMPORTÂNCIA PRÁTICA DA ESCATOLOGIA 
4.1 - Esperança. Nada proporciona mais consolo a alma do fiel que saber que um dia Deus “aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor DEUS as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra [...]” (Is 25.8). Confira ainda (Ap 21.4).“Na natureza da fé cristã, uma firme esperança quanto à escatologia é essencial. Um cristianismo sem futuro não seria autêntico. Em contraste, entretanto, com a escatologia das religiões pagãs, que pintam um quadro sombrio do futuro, a esperança do cristianismo é límpida e brilhante, e oferece ao cristão a verdade fundamental de que, para ele, a próxima vida é melhor que a presente(Rm 12.12; 15.4; II Co 1.7; Cl 1.5; Tt 2.13)” (WALWOORD, 2002, p. 08 – acréscimo nosso).

4.2 - Vigilância e santidade. A Escatologia exorta-nos a vigilância e a santificação. “O verbo vigiar significa ficar acordado, alerta, dar total atenção, para evitar que por negligência ou indolência algumas calamidades destrutivas atinjam a vida de alguém (Mt 24.42; 25.13; Ap 16.15), ou ainda para evitar que alguém negue ou abandone a Cristo (Mt 26.41) ou caia em pecado (1 Ts 5.6; 1 Co 16.13; 1 Pe 5.8; Ap 3.2)” (WYCLIFFE, 2010, p. 2018). De igual forma a santificação é condições indispensável para estarmos aptos à entrada nos céus (Mt 5.8; Mc 13.33,35; Lc 21.36; Hb 12.14; I Jo 3.2). A santificação é um ato divino, que também inclui a participação humana (Jo 17.19; Ap 22.11).

4.3 - Serviço e recompensa. O NT promete que os crentes fiéis receberão galardão em reconhecimento dos seus serviços em prol do Reino de Deus. Biblicamente esse evento é denominado de Tribunal de Cristo. A certeza dessa volta iminente e da recompensa pelos nossos serviços nos impele a trabalhar com afinco e incansavelmente na obra do Senhor (Rm 14.10; I Co 15.58; II Co 5.10; Hb 6.10,11).
V – QUAIS OS TEMAS ESTUDADOS NA ESCATOLOGIA
Em que ordem às últimas coisas devem acontecer? Apresentamos abaixo uma sequencia geral acompanhada de passagens bíblicas, para que, estudando-as, tenhamos em mente todo o cenário escatológico. Seria muito útil ao estudioso dessas doutrinas, examinar com cuidado, em meditação, cada referência mencionada na relação abaixo:



CONCLUSÃO
Deus, em seu infinito conhecimento, deixou-nos em Sua Palavra o registro dos acontecimentos futuros a fim de que entendamos que Ele é soberano sobre a história e que, no tempo certo, tudo convergirá para que o seu eterno propósito seja estabelecido por meio de Jesus Cristo, Seu Filho. Tal esperança nos trás consolo de que um dia o mal terá seu fim, e o bem será estabelecido para sempre. Maranata! Ora, vem Senhor Jesus! 

REFERÊNCIAS 
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. CPAD.
GILBERTO, et al. Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD.
CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática. CPAD.
CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Profecia Bíblica. CPAD.
WALWOORD, John F. Todas as profecias da Bíblia. VIDA.

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