segunda-feira, 25 de novembro de 2019

LIÇÃO 09 – O REINADO DE DAVI – (2 Sm 5.1-12) 4º TRIMESTRE DE 2019


Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543

LIÇÃO 09 – O REINADO DE DAVI – (2 Sm 5.1-12)
4º TRIMESTRE DE 2019

INTRODUÇÃO
Nesta lição aprenderemos sobre o estabelecimento do reinado de Davi e os principais fatos que marcaram este reino; destacaremos algumas lições práticas que podemos aprender sobre o exercício da monarquia davídica; e, por fim, veremos as similaridades entre o reinado de Davi e o reino messiânico de Cristo.

I – O ESTABELECIMENTO DO REINADO DE DAVI EM ISRAEL
1.1 - A morte de Isbosete. Abner capitão do exército de Israel, havia constituído o quarto filho de Saul chamado Isbosete, como o substituto de seu pai no trono (2Sm 2.8-10). No entanto, essa coroação foi ilegítima, uma vez que o escolhido por Deus para ser rei era Davi (1Sm 16.1,13; 2Sm 3.9,10), e esta consagração não era da sua competência, visto que Abner era um capitão e não um profeta ou sacerdote (1Sm 10.1; 1Rs 1.39,45; 19.16; 2Rs 9.6; 11.12). Após a morte de Abner (2Sm 3.26,27), houve consternação e confusão ao povo de Israel e a Isbosete (2Sm 4.1). Neste ponto, dois dos capitães das tropas de Saul, chamados Baaná e Recabe, filhos de Rimom da tribo de Benjamim (2Sm 4.2), decidiram conspirar contra Isbosete. Os dois conspiradores foram ao meio-dia, para a casa do rei (2Sm 4.5,6). Ao encontrarem Isbosete reclinado em sua cama, mataram-no covardemente (2Sm 4.7).

1.2 - Os anciãos de Israel procuram a Davi. Após a morte de Isbosete, todas as tribos de Israel vieram a Davi (2Sm 5.1,3). Eles lembraram que:
(a) Davi já havia se revelado um líder militar sob as ordens de Saul: “[…] sendo Saul ainda rei sobre nós, eras tu o que saías e entravas com Israel […]” (2Sm 5.2-a; ver 1Sm 18.30); e,
(b) estavam cientes da promessa que Deus havia feito a Davi: “[…] Tu apascentarás o meu povo de Israel e tu serás chefe sobre Israel” (2Sm 5.2-b).
As qualificações para o rei de Israel encontravam-se escritas na lei de Moisés (Dt 17.14-20). O primeiro e mais importante requisito, era ser alguém escolhido pelo Senhor dentre o povo de Israel (Dt 17.15). Israel sabia que Samuel havia ungido Davi para ser rei cerca de vinte anos antes e que era da vontade de Deus que Davi subisse ao trono (1Sm 16.1,13; 2Sm 3.9,10). A nação precisava de um pastor, e Davi era exatamente a pessoa certa para este ofício (1Sm 16.11,19; 17.15,34,35; Sl 78.70-72).

1.3 - Davi é ungido o rei de Israel. Abner estava morto, mas havia preparado o caminho para Davi ser proclamado rei das doze tribos (2Sm 3.17-21). Na sequência, os líderes de todas as tribos reuniram-se em Hebrom e coroaram Davi com o seu rei. À luz do contexto, destacamos que: (a) quando Davi era adolescente, havia recebido a unção de Samuel em particular (1Sm 16.13), (b) os anciãos da tribo de Judá o haviam ungido quando se tornou seu rei (2Sm 2.4), e, (c) nessa última reunião porém, os anciãos de todo Israel ungiram Davi e proclamaram-no seu rei (2Sm 5.3). Com a coroação de Davi sobre todo o Israel, o reino estava finalmente reunificado. A Bíblia diz que Davi reinou por quarenta anos, sendo que, sete anos e meio em Hebrom e trinta e três anos em Jerusalém (2Sm 5.4,5).

II – FATOS QUE MARCARAM O REINADO DE DAVI EM ISRAEL
2.1 - Jerusalém como capital do reino. Um dos marcos da liderança de Davi sobre Israel, foi a mudança da capital do reino, visto que, Abner e Isbosete haviam estabelecido em Maanaim (2Sm 2.8). A mudança para Jerusalém, foi um ato engenhoso de Davi: 
(a) por estratégia política, já que a cidade de Jerusalém, chamada de Jebus, era habitada pelos jebuseus (Jz 19.10; 2Sm 5.6; 1Cr 11.4,5) e localizada na fronteira entre Benjamim (a tribo de Saul) e Judá (a tribo de Davi), Jerusalém não havia pertencido a nenhuma das tribos, de modo que ninguém poderia acusar Davi de favoritismo na instituição de sua nova capital; e,
(b) pela localização geográfica, construída sobre um monte rochoso, a cidade era uma fortaleza natural cercada de três lados por vales e montes, sendo assim, Jerusalém era símbolo de segurança (2Sm 5.7-9; Sl 48.2; 50.2) (WIERSBE, 2010, p. 309). Após a coquista de Jerusalém, esta se tornou conhecida como a cidade de Davi (2Sm 5.7,9), e ali o monarca estabeleceu sua moradia (2Sm 5.9,11).

2.2 - A vitória contra os inimigos. A despeito da presença de Deus manifesta na vida de Davi e a confirmação divina de seu reinado (2Sm 5.10,12), isso não o isentou de enfrentar ataques por parte dos filisteus (2Sm 5.17-25). Aqueles que estiveram satisfeitos em ver a nação divida em dois reinos pequenos e hostis sob os governos de Isbosete e Davi, viram na união das doze tribos de Israel, uma séria ameaça. Ao ouvirem dizer que Davi havia sido ungido rei, os filisteus empreenderam uma batalha contra o monarca (2Sm 5.17,18). Apesar da resistência destes inimigos (2Sm 5.22), Davi foi vitorioso como cumprimento da promessa divina (2Sm 5.19,24,25). Vencendo aos inimigos de Israel que estavam à sua volta: os filisteus (2Sm 8.1; 21.15-22); os moabitas (2Sm 8.2); os arameus e sírios (2Sm 8.3-12); e, os edomitas (2Sm 8.13,14), sempre com a ajuda de Deus (2Sm 8.14).

2.3 - A arca da aliança trazida a Jerusalém. Depois da reunificação do reino, Davi trouxe a Arca da Aliança para Jerusalém, trazendo a restauração do culto ao Senhor algo que havia sido negligenciado no reinado de Saul e Isbosete. Uma vez que sua perda ocorrera durante uma das primeiras batalhas contra os filisteus (1Sm 4.5), a determinação de Davi em recuperá-la, seguida de sua impressionante vitória contra os filisteus foi muito significativa. Essa transferência aconteceu em dois estágios: um malsucedido (2Sm 6.1-11) e outro que obteve êxito (2Sm 6.12-19). A Arca da Aliança para os israelitas simbolizava: 
(a) a presença visível de Deus (Êx 25.22);
(b) um sinal da proteção de divina (Js 3.3; 4.10); e,
(c) sua presença trazia júbilo e alegria para os israelitas (1Sm 4.4-6; 2Sm 6.15,21).

III – LIÇÕES QUE APRENDEMOS COM O REINADO DE DAVI
3.1 - A certeza que Deus cumpre com as sua promessas. Davi havia sido ungido para ser rei ainda muito jovem (1Sm 16.13), mas a sua coroação não aconteceu imediatamente, entre a promessa e o cumprimento há um tempo, uma trajetória a ser percorrida. Muitos desafios Davi enfrentou até tornar-se, de fato, rei sobre todo o Israel, porém, nada pôde impedir que ele reinasse sobre as doze tribos de Israel. Como disse o Senhor a Jeremias: “[…] eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la” (Jr 1.12). Davi teve que aprender a esperar pacientemente o tempo de Deus em sua vida (1Sm 22.3; Sl 40.1), cofiando que Deus cumpriria a promessa que lhe havia feito, uma vez que o Senhor é fiel para cumprir com sua palavra (Dt 7.9; Nm 23.19; Sl 33.4; 146.5,6; Is 54.10; 2Tm 2.11-13). Sobre as promessas de Deus, a Bíblia afirma:
(a) o Senhor é fiel para as cumprir (Hb 10.23);
(b) Ele nunca as esquece (Sl 105.42; Lc 1.54,55);
(c) não hão de falhar (Js 23.14; Is 40.8); e,
(d) se cumprem no devido tempo (Jr 33.14; At 7.7; Gl 4.4).
Diante disso, aprendemos que o homem chamado por Deus deve ser paciente e aguardar o cumprimento das promessas (Hb 6.15).

3.2 - A necessidade de depender da direção divina. Era muito comum antes de dar um passo importante, Davi buscar a vontade do Senhor (1Sm 23.2,4; 30.8; 2Sm 2.1), e contra os filisteus após assumir o reinado de Israel não foi diferente. Em se tratando de guerra, Davi não era presunçoso, por isso, consultou ao Senhor para saber se deveria e como atacar os inimigos (2Sm 5.19,23) e os derrotou utilizando exatamente as táticas fornecidas por Deus (2Sm 5.20-21,22-25). O rei Davi foi bem sucedido onde Saul havia fracassado, porque agiu em perfeita obediência ao planos do Senhor (2Sm 5.25). Desse modo, aprendemos que, aos que desejam ser bem sucedidos em todas as áreas de sua vida, precisam nos submeter a direção de Deus (Sl 16.7; 25.12; 37.23; 43.3; 48.14; Pv 2.6-8; 3.6; 16.1,9; 20.24; Is 58.11).

3.3 - A humildade de atribuir a Deus as conquistas alcançadas. Desde muito cedo na vida de Davi, havia um reconhecimento público que ele era um instrumento para trazer vitórias nas guerras travadas pelo exército de Israel (1Sm 18.5,6,13-15; 2Sm 5.2). O seu reinado cresceu e se fortaleceu de maneira inimaginável (2Sm 5.10), ganhando popularidade até mesmo entre os estrangeiros (2Sm 5.11), de modo que seu nome se tornou notável entre os homens (1Sm 18.30; 2Sm 7.9; 8.13). No entanto, o rei Davi reconhecia que a razão de todas estas conquistas, se dava pela ação Deus em sua vida (1Sm 17.37,45-47; 18.14; 23.14; 2Sm 5.12,24; 8.14), o mérito era divino e não humano. Todos devem render ao Senhor a glória que lhe é devida (1Cr 16.28; Sl 115.1; Is 42.8; 1Co 10.31; Rm 11.36; 15.18; 2Co 3.5; Fp 4.20).

IV – O REINADO DE DAVI UMA FIGURA DO REINO MESSIÂNICO
Uma vez que Davi na tipologia é uma figura do Messias, o seu reinado prefigura o reino messiânico de Cristo, que será estabelecido no milênio ao final da Grande Tribulação (Ap 20.1-4). Vejamos portanto em ambos os reinos, algumas similaridades:

REINO DAVÍDICO
1 - Jerusalém, capital do reino de Israel (2Sm 5.7; 1Rs 2.10; 1Cr 13.13; 15.1).
2 - Justiça como marca de sua administração (2Sm 8.15);
3 - Foi marcado pela paz em decorrência da ação divina (2Sm 7.1);
4 - Desfrutou de alegria como resultado da presença simbólica de Deus entre o povo (2Sm 6.15,21).

REINO MESSIÂNICO
1 - Jerusalém será a sede do governo mundial de Cristo (Is 2.3; 60.3; 66.2; Jr 3.17);
2 - A justiça caracterizará o governo do Messias (Is 62.1,2; 33.5; Is 32.1);
3 - Haverá paz como fruto do reino do Messias, o Príncipe da paz (Is 9.6; 2.4; 9.4-7; 11.6-9; 32.17,18; 33.5,6; 54.13; 55.12; 60.18; 65.25; 66.12; Ez 28.26; 34.25,28; Os 2.18; Mq 4.2,3; Zc 9.10);
4 - A alegria será marca característica da era milenar (Is 9.3,4; 12.3-6; 14.7,8; 25.8,9; 30.29; 42.1,10-12; 60.15; Jr 30.18,19; 31.13,14; Sf 3.14-17; Zc 8.18,19; 10.6,7).

CONCLUSÃO
A biografia de Davi e sua liderança a frente da nação de Israel, é uma comprovação da fidelidade e soberania de Deus na história humana, onde encontram-se atitudes que agradam ao Senhor, para que assim como Davi, sejamos crentes segundo o coração de Deus.

REFERÊNCIAS
CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. vl 02. SP: HAGNOS, 2004
HOWARD, R.E, et al. Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1997.
WIERSBE Warren W. Comentário Bíblico Claro e Conciso AT – Históricos. SP: GEOGRÁFICA, 2010.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

LIÇÃO 08 – O EXÍLIO DE DAVI - (1 Sm 22.1-5) 4º TRIMESTRE DE 2019


Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543

LIÇÃO 08 – O EXÍLIO DE DAVI - (1 Sm 22.1-5)
4º TRIMESTRE DE 2019

INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos as grandes lições que podemos extrair da vida de Davi quando este estava na caverna de Adulão; veremos as características dos homens que ajudaram este monarca de Israel; pontuaremos o que podemos aprender com a liderança de Davi; e por fim, analisaremos as qualidades do filho de Jessé como líder no exílio.

I – LIÇÕES DA CAVERNA DE ADULÃO
Quatro capítulos foram dedicados ao período da vida de Davi em que ele foge da perseguição de Saul (1Sm 21-24). Davi se exilou na caverna de Adulão na planície de Judá, em torno de 26 quilômetros a sudoeste de Jerusalém para preservar sua vida. O termo exílio vem do latim “exilium” e significa: “banimento; degredo; desterro; deportação; ermo; expatriação; isolamento do convívio social; ostracismo; proscrição; solidão” (HOUAISS, 2001. p. 1284). É o estado de estar longe da própria casa (seja cidade ou nação) e pode ser definido como a expatriação voluntária ou forçada de um indivíduo. Notemos algumas lições que aprendemos com Davi na caverna de Adulão:

1.1 - A caverna foi um lugar de refúgio. Na caverna de Adulão Davi se refugiou: “Davi retirou-se dali e se refugiou na caverna de Adulão [...]” (1Sm 22.1-a). Davi recorreu à caverna de Adulão que em hebraico significa: “refúgio, abrigo, esconderijo” para se proteger das constantes perseguições, ameaças e afrontas de Saul que procurava a todo custo destruir sua vida e a sua família. A caverna de Adulão foi um lugar de tratamento na vida de Davi e não podemos esquecer que as cavernas, assim como os vales e desertos da vida não são permanentes e sim temporários. Portanto, por mais pedregosos que sejam os vales, por mais extensos que seja os desertos, e por mais sombrios que seja as cavernas, são apenas lugares de passagens, não são e jamais serão o estado definitivo de nossas vidas, mas sim momentos de aprendizados, amadurecimento e crescimento (Hb 11.38). Na caverna Davi procurou refúgio e segurança (Sl 46.1), na caverna ele se escondeu dos inimigos (Sl 91.1). Os Salmos 57 e 142 foram compostos por Davi enquanto ele esteve escondido na caverna de Adulão.

1.2 - A caverna foi um lugar de reconciliação. Na caverna de Adulão toda sua família juntou-se a Davi no exílio: “Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que eu saiba o que Deus há de fazer de mim” (1Sm 22.3b). A família toda de Davi juntou-se a ele na caverna, o que significa que seus irmãos desertaram do exército de Saul e tornaram-se fugitivos com o Davi. Na caverna de Adulão aconteceram três coisas com Davi e sua família:
(a) Ele se reencontrou com sua família;
(b) se reconciliou com sua família; e,
(c) ele cuidou de sua família (1Sm 22.1).
Depois, Davi tratou de levar seus familiares para Moabe e acampou na fortaleza conhecida como Massada (1Sm 22.4). Davi honrou o pai e a mãe e procurou protegê-los, de modo que pediu ao rei de Moabe que lhes desse abrigo até o final do exílio. Os moabitas eram descendentes de Ló (Gn 19.30-38) e nos dias de Moisés os moabitas não eram um povo muito estimado pelos israelitas (Dt 23.3-6), mas Rute, bisavó de Davi, era de Moabe (Rt 4.18-22), o que pode ter ajudado Davi a conseguir o apoio e abrigo para sua família (1Sm 22.4). Também é possível que Davi estivesse contando com a inimizade entre Moabe e Saul (1Sm 14.47).

1.3 - A caverna foi um lugar de reconhecimento. Na caverna de Adulão foi onde a família completa de Davi o reconheceu como rei. Davi, que no passado nem havia sido valorizado por sua família agora é procurado por ela: “… quando ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu pai, desceram ali para ter com ele” (1Sm 22.1). Antes ele tentava provar sua capacidade, mas não era reconhecido (1Sm 17.28-30). Na caverna, Davi formou um grande exército e passou a ser respeitado, não somente pelo povo, mas também por sua família que o havia desprezado (Sl 27.10).

1.4 - A caverna foi um lugar de restauração. Davi é o modelo de líder que recebe homens angustiados pela vida, para torná-los capazes para o serviço: “Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito [...]” (1Sm 22.2). Na liderança de Davi homens desprezados se tornaram em um exército de valentes vencedores, oficiais, ministros e governadores o famoso grupo conhecido como os “valentes de Davi”: “São estes os principais valentes de Davi, que o apoiaram valorosamente no seu reino [...]” (1Cr 11.10-12). Na caverna os desamparados foram acolhidos; os enfraquecidos foram fortalecidos e encorajados; e os desanimados foram animados. A grande lição de Davi para esses homens é que os que desejassem reinar com ele deveriam aprender a sofrer com ele. Podemos comparar Davi a Cristo que se dirigiu aos miseráveis, aos cansados, aos oprimidos, aos amargurados, aos Publicanos e aos pecadores, e todos foram transformados pelo seu poder e passaram a fazer parte do seu reino (Mt 11.28,29; Lc 15.1; Mt 22.9,10).

II - CARACTERÍSTICAS DOS HOMENS DA CAVERNA DE ADULÃO
Davi enfrentou altos e baixos em sua vida e nessa ocasião, liderou um exército. Vejamos as características desses homens:

2.1 - Homens que estavam em “aperto”. O primeiro grupo, segundo o texto, era formado por homens que “se achavam em aperto” (1Sm 22.2-a). Essa expressão se refere a pessoas perseguidas, assim como Davi. Ou seja, homens que estavam sob pressão e em dificuldade. O conceito de “aperto” aqui é o de pessoas oprimidas ou perseguidas. Essas pessoas certamente se identificaram com Davi por causa do “aperto” que ele também sofria. Eram homens que precisavam de ajuda, e que não tinham muito a oferecer.

2.2 - Homens que estavam “endividados”. O segundo grupo era formado por homens endividados. Talvez aqui a referência seja a homens que tinham se tornado escravos por causa de enormes dívidas. Assim, a expressão “homens endividados” é sinônima de “homens escravizados” (1Sm 22.2-b). O termo hebraico usado neste texto é “nashah” que significa “tomar dinheiro emprestado a juros, ter vários credores” Ou seja, eram pessoas que não tinham condições de pagar suas dívidas.

2.3 - Homens de “espírito amargurados”. O terceiro grupo era formado por homens “amargurados de espírito” (1Sm 22.2-c). No original hebraico, o termo é “maar néphesh” e significa: “estar com a alma atormentada”. Na verdade, estes homens eram desqualificados e despreparados. Mesmo assim, não foram rejeitados por Davi: “[…] se fez chefe deles” (1Sm 22.2). E foi com estes homens que Davi enfrentou e venceu grandes batalhas (1Sm 23.1-5; 27.8-12; 30.7-21). Aqueles homens estavam sendo preparados para se tornarem o exército dos valentes de Davi. Como líder, Davi trabalhou na vida daqueles homens desesperançosos, modificando as suas vidas, encorajando-os e dando-lhes uma nova perspectiva de vida.

2.4 - Homens que eram “valentes”. Na caverna só ficaram aqueles que realmente eram valentes e fiéis (2Sm 23.8; 1Cr 11.10). Davi ficou com quatrocentos excelentes guerreiros, número que posteriormente subiu para seiscentos (1Sm 22.2; 23.13; 25.13; 27.2; 30.9), e destes valentes trinta eram maiorais, e destes, destacam-se três: (a) O primeiro comandante da guarda se chamava Josebe-Bassebete comandante da guarda do exército de Davi era muito experiente com sua lança e em uma determinada guerra matou oitocentos homens com essa arma (2Sm 23.8); (b) O segundo comandante da guarda se chamava Eleazar que era mestre no manuseio da espada. Em uma determinada guerra contra os filisteus e não se cansava e lutou tanto que teve uma espécie de câimbra na mão, a ponto de mesmo cansado, não conseguiu largar a espada (2Sm 23.9,10); e, (c) O terceiro comandante da guarda se chamava Sama que era mestre em estratégia de guerra (2Sm 23.11,12). Esses três homens eram tão leais ao rei Davi que arriscaram suas vidas em favor do rei. Ao ponto que Davi ansiou por um pouco de água do poço em Belém e estes três fiéis e valentes passaram pelas linhas inimigas a fim de buscá-la para seu líder (2Sm 23.13-17).

III - LIÇÕES QUE APRENDEMOS COM A LIDERANÇA DE DAVI
O verdadeiro líder é aquele que é chamado por Deus. Nenhum líder do povo de Deus terá êxito, se não for escolhido por Ele. O segredo do sucesso de um líder depende, principalmente, de sua chamada. E Davi foi escolhido pelo próprio Deus (1Sm 16.1-13; 2Sm 12.7). Muitas lições podemos aprender com a liderança de Davi. Vejamos algumas:

3.1 - Davi depositou sua confiança em Deus. Apesar de contar com aqueles homens para a batalha, Davi sempre depositou a sua confiança em Deus. Antes de sair à peleja, ele costumava consultar ao Senhor (1Sm 23.2; 30.8; 2Sm 2.1). Pois, ele sabia muito bem que a vitória não dependia de seus homens, e sim, do seu Deus (Salmos 55, 57 e 59).

3.2 - Davi não descartou seus liderados. Liderar não é uma tarefa fácil, principalmente quando se trata de liderar pessoas que estejam em “aperto, endividados e desgostosos”, como aqueles homens liderados por Davi (1Sm 22.2). Na caverna os desamparados foram acolhidos; os enfraquecidos foram fortalecidos e encorajados; e os desanimados foram animados. Na liderança de Davi homens fracassados se tornaram em um exército de valentes e vencedores.

3.3 - Davi ensinou seus liderados. Davi sempre aproveitava as oportunidades para ensinar seus homens (1Sm 24.7,8; 26.8-10). Enquanto Saul contava com um poderoso exército de homens bem treinados e alimentados, Davi dispunha apenas de um pequeno grupo de homens desqualificados. Mas, o grande e bem preparado exército de Saul não pôde impedir que ele fosse derrotado e morto (1Sm 31.1-13); enquanto que, aqueles fracos homens de Davi, puderam vê-lo sendo constituído rei de todo o Israel (2Sm 5.1-12). Nos vários estágios da vida de Davi, ele demonstrou sabedoria; quer seja quando estava cuidando das ovelhas de seu pai (1Sm 17.15,20); quer seja quando estava no palácio, à serviço do rei (1Sm 18.5,14); quer seja quando estava fugindo da presença de Saul (1Sm caps. 24,26): “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Sl 111.10; Pv 9.10).

3.4 - Davi foi humilde. Humildade significa: “ausência de orgulho e de soberba” e ser humilde é o mesmo que “ser simples”, “modesto”. É uma das principais características de um líder. Davi era um homem humilde e nunca se autoproclamou rei de Israel, nem revelou a ninguém que iria substituir a Saul, mesmo depois de haver sido ungido como rei (1Sm 16.1-13).

3.5 - Davi foi motivador. Uma das principais características de um líder é a capacidade de motivar seus liderados, principalmente diante dos desafios e das dificuldades. Davi soube motivar, não só os seus liderados (1Sm 22.23; 23.1-5) como também seu próprio líder, Saul (1Sm 17.32).

3.6 - Davi foi paciente. Davi soube passar pelos muitos estágios em sua vida (Sl 40.1-5), pois foi pastor de ovelhas (1Sm 16.11); músico do rei (1Sm 16.23); pajem de armas (1Sm 16.21); capitão do exército de Israel (1Sm 18.13,30; 2Sm 5.2-a;); líder de um exército de quatrocentos homens (1Sm 22.1,2); e, depois, de seiscentos homens (1Sm 30.9). Na verdade, estes estágios em sua vida foi um período de preparação para que ele se tornasse, finalmente, rei de todo o Israel (2Sm 5.1-5).

CONCLUSÃO
Se não foi fácil para Davi liderar sobre aqueles fracos homens, também não foi fácil para eles serem liderados por Davi, pois, naquela ocasião, ele não tinha nada a lhes oferecer. Não tinha emprego, salário, posses, e nem despojos par repartir com eles. No entanto, eles se submeteram à liderança de Davi, mesmo que, aparentemente, nada pudessem receber em troca.Tivessem eles rejeitado à liderança de Davi, não teriam tido o privilégio de, tempos depois, servirem ao rei de Israel. Por isso, aprendemos, não só com Davi, mas também, com sua equipe de liderados a sermos obedientes e submissos a Deus e aos nossos líderes.

REFERÊNCIAS
HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. SP: OBJETIVA, 2001.
JOSEFO, Flávio (Trad. Vicente Pedroso). História dos Hebreus. RJ: CPAD, 2007.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1997.
WIERSBE Warner W. Comentário Bíblico Claro e Conciso AT – Históricos. SP: GEOGRÁFICA, 2010.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

LIÇÃO 07 – DAVI É UNGIDO REI - (1 Sm 16.1-13) 4º TRIMESTRE DE 2019


Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543

LIÇÃO 07 – DAVI É UNGIDO REI - (1 Sm 16.1-13)
4º TRIMESTRE DE 2019

INTRODUÇÃO
Introduziremos esta lição definindo o verbo “ungir” e explicando que aqueles que eram escolhidos por Deus para serem reis em Israel eram ungidos com azeite; falaremos da rejeição do rei Saul e da escolha divina de outra pessoa para ocupar o trono real; veremos informações detalhadas sobre Davi o escolhido de Deus para substituir Saul; destacaremos três verdades sobre a unção; e, por fim, concluiremos falando sobre o reinado de Davi, o rei segundo o coração de Deus.

I – DEFINIÇÃO DO TERMO UNGIR
O verbo “ungir” significa: “untar ou friccionar com óleo” (HOUAISS, 2001, p. 2804). A expressão hebraica deste verbo “mashah” que significa: “untar, ungir, consagrar”. O AT usa a expressão “mashah” comumente para indicar “ungir” no sentido de uma separação especial para um ofício ou função (VINE, 2002, p. 318). No AT, reis, sacerdotes e profetas recebiam a unção com óleo, literalmente falando, para ocuparem suas respectivas funções (Êx 29.16; 1Sm 9.16; 1 Rs 19.16). A unção do rei era oficializada por um representante divino, geralmente um profeta ou sacerdote (1Sm 10.1; 1 Rs 1.39,45; 19.16; 2Rs 9.6; 11.12). O azeite era derramado sobre a cabeça do rei como símbolo de sua consagração ao ofício. Devido ao costume de se ungir os reis, a frase “ungido do Senhor” tornou-se sinônimo de “rei” (1Sm 12.3,5; 24.6,10; 26.9,11,16,23; 2Sm 1.14,16; 19.21; Sl 20.6; Lm 4.20).

II – A REJEIÇÃO DO REI SAUL E SUA SUBSTITUIÇÃO
Por causa de sua rebeldia (1Sm 15.10,11), Saul foi rejeitado para não mais exercer o reinado sobre a nação de Israel (1Sm 15.26,28; 16.1). Ele ficou ocupando o cargo, mas o Senhor já não era mais com ele pois o tinha rejeitado (1Sm 16.1,14). O reino de Israel seguia a regra da hereditariedade, ou seja, era de pai para filho. No entanto, quando pecou, Saul perdeu a hereditariedade do seu reino e Deus concedeu o trono a outro, que não era seu parente: “Porém agora não subsistirá o teu reino; já tem buscado o SENHOR para si um homem segundo o seu coração, e já lhe tem ordenado o SENHOR, que seja capitão sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou” (1Sm 13.14).

III – A ESCOLHA DE UM NOVO REI PARA ISRAEL
O Senhor incumbiu a Samuel a tarefa de ungir um dos filhos de Jessé (1Sm 16.1). Ao chegar na casa de Jessé, os sete filhos foram apresentados ao profeta, mas, nenhum deles foi escolhido pelo Senhor. Samuel, então, perguntou: “Acabaram-se os moços? E ele lhe respondeu: Ainda falta o menor, que está apascentando as ovelhas” (1Sm 16.11). Jessé, então, mandou chamá-lo, e, ao chegar, Davi foi ungido pelo profeta, e o Espírito do Senhor se apoderou dele (1Sm 16.13). A escolha de Davi contrariou a lógica humana pelos seguintes fatores:

(a) Davi não era o primogênito (1Sm 16.11);
(b) Na época, Davi não fazia parte do exército de Israel (1Sm 17.13); e,
(c) Davi era um simples pastor de ovelhas (1Sm 16.11; 1Cr 17.7).

Abaixo destacaremos algumas informações importantes sobre Davi. Notemos:

3.1 - Seu nome. O nome de Davi significa “amado”. Sua história está registrada em mais de sessenta capítulos da Bíblia; cerca de 60 referências são feitas a ele no Novo Testamento, além de figurar na genealogia do Senhor Jesus (Mt 1.1); até hoje ele é lembrado como o maior rei de Israel e, por duas vezes na Bíblia ele é chamado de “homem segundo o coração de Deus” (1Sm 13.14; At 13.22).

3.2 - Sua família. As Escrituras trazem a genealogia de Davi várias vezes, sendo a primeira vez em Rute 4.18-22. Ele é descendente direto de Judá, Perez, Esrom, Rão, Aminadabe, Naassom, Salmom, Boaz (o marido de Rute), Obede (filho de Boaz e Rute) e Jessé, seu pai (1Cr 2.5-16; Mt 1.3-6; Lc 3.31-33). Davi era o mais novo dos oito filhos de Jessé, um efrateu de Belém (1Sm 17.12-14).

3.3 - Sua Ocupação. Davi tinha como principal ocupação pastorear as ovelhas de seu pai (1Sm 16.11). Como pastor aprendeu a cuidar dos animais, bem como a protegê-los dos predadores. Essa experiência o ensinou pelo menos duas coisas:
(a) depender do Senhor, conforme ele mesmo diz ao rei Saul (1Sm 17.37); e, (b)
lhe deu chance de aprender a coragem que ele veio a usar em seus anos como guerreiro (1Sm 17.34,35).

3.4 - Suas Habilidades. Davi possuía muitos talentos e quando Saul estava atormentado por um espírito maligno, seus servos lhe aconselharam que ele mandasse chamar alguém que tocasse harpa. Então, ele mandou que lhe trouxessem alguém que tocasse bem. E, um dos moços lhe disse: “Eis que tenho visto a um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é valente e vigoroso, e homem de guerra, e prudente em palavras, e de gentil presença [...]” (1Sm 16.18-a). Davi destaca-se por seu talento musical, sua bravura, eloquência, boa aparência, mas, sobretudo pela presença do Senhor em sua vida “o Senhor é com ele” (1Sm 16.18-b). Davi possuía um total sete características de alguém muito especial.

IV – DAVI FOI UNGIDO REI DE ISRAEL
Acerca da unção de Davi como rei de Israel devemos destacar três aspectos na sua vida: Vejamos:

4.1 - A unção separou. A unção separa a pessoa ungida para o seu ofício, falando sobre o caráter sagrado de sua chamada e comissão. Assim foi com Davi. Ele foi ungido no meio dos seus irmãos: “Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos” (1Sm 16.13).

4.2 - A unção marcou. Davi jamais esquecera o dia em que foi ungido. A expressão bíblica diz: “e desde daquele dia em diante” (1Sm 16.13), mostrando quão marcante foi essa experiência (Sl 23.5).

4.3 - A unção capacitou. A pessoa ungida ritualmente recebia a virtude divina em nome do Senhor. Lhe era conferido o Espírito de Deus (1Sm 10.10). Foi o caso de Davi também: “Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi” (1Sm 16.13). A unção indicava a preparação para o serviço (1Sm 10.1,9; 16.13; Is 61.1; Zc 4.1-14).

V - O REINADO DE DAVI APÓS A MORTE DE SAUL
Após a morte de Saul, Israel enfrentou um período de turbulência e o reino foi dividido. Isto porque, comumente, o herdeiro do trono deveria ser um herdeiro de Saul. Mas, o Senhor havia escolhido a Davi, que não era seu descendente. Vejamos alguns incidentes desse período:

5.1 - Isbosete reinou em Israel. Depois da morte de Saul, Abner, seu general, colocou o quarto filho de Saul, Isbosete (também conhecido como Esbaal), no trono de Israel. Ele reinou sobre Israel, Gileade e sobre as tribos de Efraim e Benjamim (2Sm 2.8-10).

5.2 - Davi reina em Judá. Embora Davi soubesse que um dia se tornaria rei (1Sm 16.13; 23.17; 24.20), e que Saul já estava morto (2Sm 1.1-16); e, pesar de tudo parecer favorável e oportuno, Davi não partiu em busca do apoio dos israelitas, nem se precipitou em subir a nenhuma cidade de Judá, sem antes consultar ao Senhor: “Subirei a alguma das cidades de Judá? E disse-lhe o Senhor: Sobe. E falou Davi: Para onde subirei? E disse: Para Hebrom” (2Sm 2.1). A cidade de Hebrom ficava na região montanhosa de Judá, cerca de trinta quilômetros a sudoeste de Jerusalém. Nesta cidade Davi reinou sobre Judá por sete anos e meio antes de se tornar rei sobre todo o Israel (2Sm 5.5).

5.3 - Guerra entre Judá e Israel. Com a existência de dois reis, Davi reinando em Hebrom sobre Judá; e Isbosete, filho de Saul, reinando sobre Israel, em Maanaim (2Sm 2.8-10), os homens de Davi e Isbosete se enfrentaram em uma batalha sangrenta. O exército de Judá, liderado por Joabe; e o exército de Israel, liderados por Abner saíram à peleja (2Sm 2.12-3.1). Nessa batalha, Davi saiu vencedor e a Bíblia nos diz que: “Houve uma longa guerra entre a casa de Saul e a casa de Davi; porém Davi ia se fortalecendo, mas os da casa de Saul se iam enfraquecendo” (2Sm 3.1). Abner foi morto à traição por Joabe, general de Davi, sem que Davi soubesse do fato (2Sm 3.22-30); e Isbosete, herdeiro do trono de Saul foi assassinado por dois dos seus servos (2Sm 4.1-12).

5.4 - Davi reina sobre todo Israel. Após a morte de Isbosete, todas as tribos de Israel vieram a Davi e lhe disseram: “Eis-nos aqui, somos teus ossos e tua carne. E também outrora, sendo Saul ainda rei sobre nós, eras tu o que saías e entravas com Israel; e também o Senhor te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel, e tu serás príncipe sobre Israel” (2Sm 5.1,2). A Bíblia diz que Davi reinou por quarenta anos, sendo que, sete anos e meio em Hebrom e trinta e três anos em Jerusalém (2Sm 5.4,5). Era Davi de trinta anos quando começou a reinar sobre Israel (2Sm 5.4), e com a coroação de Davi sobre todo o Israel, o reino estava finalmente unificado mais uma vez. A unificação do reino foi um marco importante para a nação israelita. Vejamos:

- Com a unificação, um único rei, Davi, tornou-se chefe de todo o Israel (2Sm 5.3);
- A unificação pôs fim à batalha entre Judá (no sul) e Israel (no norte) (2Sm 5.1);
- A unificação trouxe crescimento para o reinado de Davi (2Sm 5.10-12);
- Com a unificação, Israel e Judá deixou de ser um grupo de tribos rivais para se tornar uma força política unida e respeitada por todos os povos da região.

CONCLUSÃO
A escolha de Davi para ser o segundo rei de Israel nos mostra que ninguém é insubstituível na obra e que Deus conta até mesmo com o mais humilde dos homens para estabelecer o Seu propósito na terra.

REFERÊNCIAS
ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
TENNEY, Merril C. Enciclopédia da Bíblia. CULTURA CRISTÃ.
VINE, W. E, et al. Dicionário Vine. CPAD.

DIDAQUÊ

Didaquê, ou “Instrução dos 12 Apóstolos” (do grego Διδαχń) significa “doutrina”, “ensino” ou “instrução”; É um documento que até no meio cristão é pouco conhecido. Trata-se de breves instruções (doutrina) aos apóstolos – por isso o nome Didaquê.
Estima-se que os textos são anteriores a destruição do templo de Jerusalém, entre os anos 60 e 70 d.C. Ou seja, poucos anos após a morte e ressurreição de Jesus Cristo e, sendo assim, contemporâneo às cartas de Paulo e primeiros Evangelhos.
Acredita-se que o texto de Atos 2:42 refere-se à Didaquê, mas não há menção efetiva a seu respeito nos textos do Novo Testamento, embora a Didaquê cite textos que também podem ser encontrados nos evangelhos.
"É uma compilação anônima de diversas fontes derivadas da tradição viva, de comunidades eclesiais bem definidas". Willy Rordorf
Entre estudiosos há consenso que a Didaquê não tenha sido escrito pelos doze apóstolos, ainda que o título dele lhes faça menção. Ao que parece, é fruto da reunião de diversas fontes orais e escritas e que bem retratam a tradição das primeiras comunidades cristãs.
O texto foi mencionado por escritores antigos como por exemplo Eusébio de Cesareia que viveu no século III, em seu livro “História Eclesiástica”. [2]
A descoberta desse manuscrito na íntegra (em grego) ocorreu somente em 1873 em um mosteiro em Constantinopla (atual Istambul, Turquia): o chamado Codex Hierosolymitanus, um códice de 1056.
Devido a falta de autoria e mais referências históricas e textuais, a Didaquê é considerada um apócrifa, embora seja de grande valor histórico e teológico.  No total, a Didaquê é constituída por 16 capítulos e contém recomendações a respeito do Evangelho de Jesus, citação do Pai Nosso e a afirmação do Apocalipse quanto a volta de Cristo. Apesar de ter sido redigido nos primórdios do Cristianismo, sua mensagem é válida para os dias de hoje.
Veja o que está escrito na Didaquê:

O Caminho da Vida e o Caminho da Morte
A Celebração Litúrgica
A Vida em Comunidade
O Fim dos Tempos

CAPÍTULO I
1. Existem dois caminhos: o caminho da vida e o caminho da morte. Há uma grande diferença entre os dois.
2. Este é o caminho da vida: primeiro, ame a Deus que o criou; segundo, ame a seu próximo como a si mesmo. Não faça ao outro aquilo que você não quer que façam a você.
3. Este é o ensinamento derivado dessas palavras: bendiga aqueles que o amaldiçoam, ore por seus inimigos e jejue por aqueles que o perseguem. Ora, se você ama aqueles que o amam, que graça você merece? Os pagãos também não fazem o mesmo? Quanto a você, ame aqueles que o odeiam e assim você não terá nenhum inimigo.
4. Não se deixe levar pelo instinto. Se alguém lhe bofeteia na face direita, ofereça-lhe também a outra face e assim você será perfeito. Se alguém o obriga a acompanhá-lo por um quilômetro, acompanhe-o por dois. Se alguém lhe tira o manto, ofereça-lhe também a túnica. Se alguém toma alguma coisa que lhe pertence, não a peça de volta porque não é direito.
5. Dê a quem lhe pede e não peças de volta pois o Pai quer que os seus bens sejam dados a todos. Bem-aventurado aquele que dá conforme o mandamento pois será considerado inocente. Ai daquele que recebe: se pede por estar necessitado, será considerado inocente; mas se recebeu sem necessidade, prestará contas do motivo e da finalidade. Será posto na prisão e será interrogado sobre o que fez… e daí não sairá até que devolva o último centavo.
6. Sobre isso também foi dito: que a sua esmola fique suando nas suas mãos até que você saiba para quem a está dando
CAPÍTULO II
1. O segundo mandamento da instrução é:
2. Não mate, não cometa adultério, não corrompa os jovens, não fornique, não roube, não pratique a magia nem a feitiçaria. Não mate a criança no seio de sua mãe e nem depois que ela tenha nascido.
3. Não cobice os bens alheios, não cometa falso juramento, nem preste falso testemunho, não seja maldoso, nem vingativo.
4. Não tenha duplo pensamento ou linguajar pois o duplo sentido é armadilha fatal.
5. A sua palavra não deve ser em vão, mas comprovada na prática.
6. Não seja avarento, nem ladrão, nem fingido, nem malicioso, nem soberbo. Não planeje o mal contra o seu próximo.
7. Não odeie a ninguém, mas corrija alguns, ore por outros e ame ainda aos outros, mais até do que a si mesmo.
CAPÍTULO III
1. Filho, procure evitar tudo aquilo que é mau e tudo que se parece com o mal.
2. Não seja colérico porque a ira conduz à morte. Não seja ciumento também, nem briguento ou violento, pois o homicídio nasce de todas essas coisas.
3. Filho, não cobice as mulheres pois a cobiça leva à fornicação. Evite falar palavras obscenas e olhar maliciosamente já que os adultérios surgem dessas coisas.
4. Filho, não se aproxime da adivinhação porque ela leva à idolatria. Não pratique encantamentos, astrologia ou purificações, nem queira ver ou ouvir sobre isso, pois disso tudo nasce a idolatria.
5. Filho, não seja mentiroso pois a mentira leva ao roubo. Não persiga o dinheiro nem cobice a fama porque os roubos nascem dessas coisas.
6. Filho, não fale demais pois falar muito leva à blasfêmia. Não seja insolente, nem tenha mente perversa porque as blasfêmias nascem dessas coisas.
7. Seja manso pois os mansos herdarão a terra.
8. Seja paciente, misericordioso, sem maldade, tranquilo e bondoso. Respeite sempre as palavras que você escutou.
9. Não louve a si mesmo, nem se entrege à insolência. Não se junte com os poderosos, mas aproxima dos justos e pobres.
10. Aceite tudo o que acontece contigo como coisa boa e saiba que nada acontece sem a permissão de Deus.
CAPÍTULO IV
1. Filho, lembre-se dia e noite daquele que prega a Palavra de Deus para você. Honre-o como se fosse o próprio Senhor, pois Ele está presente onde a soberania do Senhor é anunciada.
2. Procure estar todos os dias na companhia dos fiéis para encontrar forças em suas palavras.
3. Não provoque divisão. Ao contrário, reconcilia aqueles que brigam entre si. Julgue de forma justa e corrija as culpas sem distinguir as pessoas.
4. Não hesite sobre o que vai acontecer.
5. Não te pareças com aqueles que dão a mão quando precisam e a retiram quando devem dar.
6. Se o trabalho de suas mãos te rendem algo, as ofereça como reparação pelos seus pecados.
7. Não hesite em dar, nem dê reclamando porque, na verdade, você sabe quem realmente pagou sua recompensa.
8. Não rejeite o necessitado. Compartilhe tudo com seu irmão e não diga que as coisas são apenas suas. Se vocês estão unidos nas coisas imortais, tanto mais estarão nas coisas perecíveis.
9. Não se descuide de seu filho ou filha. Muito pelo contrário, desde a infância instrua-os a temer a Deus.
10. Não dê ordens com rudeza ao seu escravo ou escrava pois eles também esperam no mesmo Deus que você; assim, não perderão o temor de Deus, que está acima de todos. Certamente Ele não virá chamar a pessoa pela aparência, mas somente aqueles que foram preparados pelo Espírito.
11. Quanto a vocês, escravos, obedeçam aos seus senhores, com todo o respeito e reverência, como à própria imagem de Deus.
12. Deteste toda a hipocrisia e tudo aquilo que não agrada o Senhor.
13. Não viole os mandamentos do Senhor. Guarde tudo aquilo que você recebeu: não acrescente ou retire nada.
14. Confesse seus pecados na reunião dos fiéis e não comece a orar estando com má consciência. Este é o caminho da vida.
CAPÍTULO V
1. Este é o caminho da morte: primeiro, é mau e cheio de maldições – homicídios, adultérios, paixões, fornicações, roubos, idolatria, magias, feitiçarias, rapinas, falsos testemunhos, hipocrisias, coração com duplo sentido, fraudes, orgulho, maldades, arrogância, avareza, palavras obscenas, ciúmes, insolência, altivez, ostentação e falta de temor de Deus.
2. Nesse caminho trilham os perseguidores dos justos, os inimigos da verdade, os amantes da mentira, os ignorantes da justiça, os que não desejam o bem nem o justo julgamento, os que não praticam o bem mas o mal. A calma e a paciência estão longe deles. Estes amam as coisas vãs, são ávidos por recompensas, não se compadecem com os pobres, não se importam com os perseguidos, não reconhecem o Criador. São também assassinos de crianças, corruptores da imagem de Deus, desprezam os necessitados, oprimem os aflitos, defendem os ricos, julgam injustamente os pobres e, finalmente, são pecadores consumados. Filho, afaste-se disso tudo.
CAPÍTULO VI
1. Fique atento para que ninguém o afaste do caminho da instrução, pois quem faz isso ensina coisas que não pertencem a Deus.
2. Você será perfeito se conseguir carregar todo o jugo do Senhor. Se isso não for possível, faça o que puder.
3. A respeito da comida, observe o que puder. Não coma nada do que é sacrificado aos ídolos pois esse culto é destinado a deuses mortos.
CAPÍTULO VII
1. Quanto ao batismo, faça assim: depois de ditas todas essas coisas, batize em água corrente, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
2. Se você não tiver água corrente, batize em outra água. Se não puder batizar com água fria, faça com água quente.
3. Na falta de uma ou outra, derrame água três vezes sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
4. Antes de batizar, tanto aquele que batiza como o batizando, bem como aqueles que puderem, devem observar o jejum. Você deve ordenar ao batizando um jejum de um ou dois dias.
CAPÍTULO VIII
1. Os seus jejuns não devem coincidir com os dos hipócritas. Eles jejuam no segundo e no quinto dia da semana. Porém, você deve jejuar no quarto dia e no dia da preparação.
2. Não ore como os hipócritas, mas como o Senhor ordenou em seu Evangelho. Ore assim: “Pai nosso que estás no céu, santificado seja o teu nome, venha o teu Reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão-nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai nossa dívida, assim como também perdoamos os nossos devedores e não nos deixes cair em tentação, mas livrai-nos do mal porque teu é o poder e a glória para sempre”.
3. Orem assim três vezes ao dia.
CAPÍTULO IX
1. Celebre a Eucaristia assim:
2. Diga primeiro sobre o cálice: “Nós te agradecemos, Pai nosso, por causa da santa vinha do teu servo Davi, que nos revelaste através do teu servo Jesus. A ti, glória para sempre”.
3. Depois diga sobre o pão partido: “Nós te agradecemos, Pai nosso, por causa da vida e do conhecimento que nos revelaste através do teu servo Jesus. A ti, glória para sempre.
4. Da mesma forma como este pão partido havia sido semeado sobre as colinas e depois foi recolhido para se tornar um, assim também seja reunida a tua Igreja desde os confins da terra no teu Reino, porque teu é o poder e a glória, por Jesus Cristo, para sempre”.
5. Que ninguém coma nem beba da Eucaristia sem antes ter sido batizado em nome do Senhor pois sobre isso o Senhor disse: “Não dêem as coisas santas aos cães”.
CAPÍTULO X
1. Após ser saciado, agradeça assim:
2. “Nós te agradecemos, Pai santo, por teu santo nome que fizeste habitar em nossos corações e pelo conhecimento, pela fé e imortalidade que nos revelaste através do teu servo Jesus. A ti, glória para sempre.
3. Tu, Senhor onipotente, criaste todas as coisas por causa do teu nome e deste aos homens o prazer do alimento e da bebida, para que te agradeçam. A nós, porém, deste uma comida e uma bebida espirituais e uma vida eterna através do teu servo.
4. Antes de tudo, te agradecemos porque és poderoso. A ti, glória para sempre.
5. Lembra-te, Senhor, da tua Igrreja, livrando-a de todo o mal e aperfeiçoando-a no teu amor. Reúne dos quatro ventos esta Igreja santificada para o teu Reino que lhe preparaste, porque teu é o poder e a glória para sempre.
6. Que a tua graça venha e este mundo passe. Hosana ao Deus de Davi. Venha quem é fiel, converta-se quem é infiel. Maranata. Amém.”
7. Deixe os profetas agradecerem à vontade.
CAPÍTULO XI
1. Se vier alguém até você e ensinar tudo o que foi dito anteriormente, deve ser acolhido.
2. Mas se aquele que ensina é perverso e ensinar outra doutrina para te destruir, não lhe dê atenção. No entanto, se ele ensina para estabelecer a justiça e conhecimento do Senhor, você deve acolhê-lo como se fosse o Senhor.
3. Já quanto aos apóstolos e profetas, faça conforme o princípio do Evangelho.
4. Todo apóstolo que vem até você deve ser recebido como o próprio Senhor.
5. Ele não deve ficar mais que um dia ou, se necessário, mais outro. Se ficar três dias é um falso profeta.
6. Ao partir, o apóstolo não deve levar nada a não ser o pão necessário para chegar ao lugar onde deve parar. Se pedir dinheiro é um falso profeta.
7. Não ponha à prova nem julgue um profeta que fala tudo sob inspiração, pois todo pecado será perdoado, mas esse não será perdoado.
8. Nem todo aquele que fala inspirado é profeta, a não ser que viva como o Senhor. É desse modo que você reconhece o falso e o verdadeiro profeta.
9. Todo profeta que, sob inspiração, manda preparar a mesa não deve comer dela. Caso contrário, é um falso profeta.
10. Todo profeta que ensina a verdade mas não pratica o que ensina é um falso profeta.
11. Todo profeta comprovado e verdadeiro, que age pelo mistério terreno da Igreja, mas que não ensina a fazer como ele faz não deverá ser julgado por você; ele será julgado por Deus. Assim fizeram também os antigos profetas.
12. Se alguém disser sob inspiração: “Dê-me dinheiro” ou qualquer outra coisa, não o escutem. Porém, se ele pedir para dar a outros necessitados, então ninguém o julgue.
CAPÍTULO XII
1. Acolha toda aquele que vier em nome do Senhor. Depois, examine para conhecê-lo, pois você tem discernimento para distinguir a esquerda da direita.
2. Se o hóspede estiver de passagem, dê-lhe ajuda no que puder. Entretanto, ele não deve permanecer com você mais que dois ou três dias, se necessário.
3. Se quiser se estabelecer e tiver uma profissão, então que trabalhe para se sustentar.
4. Porém, se ele não tiver profissão, proceda de acordo com a prudência, para que um cristão não viva ociosamente em seu meio.
5. Se ele não aceitar isso, trata-se de um comerciante de Cristo. Tenha cuidado com essa gente!
CAPÍTULO XIII
1. Todo verdadeiro profeta que queira estabelecer-se em seu meio é digno do alimento.
2. Assim também o verdadeiro mestre é digno do seu alimento, como qualquer operário.
3. Assim, tome os primeiros frutos de todos os produtos da vinha e da eira, dos bois e das ovelhas, e os dê aos profetas, pois são eles os seus sumos-sacerdotes.
4. Porém, se você não tiver profetas, dê aos pobres.
5. Se você fizer pão, tome os primeiros e os dê conforme o preceito.
6. Da mesma maneira, ao abrir um recipiente de vinho ou óleo, tome a primeira parte e a dê aos profetas.
7. Tome uma parte de seu dinheiro, da sua roupa e de todas as suas posses, conforme lhe parecer oportuno, e os dê de acordo com o preceito.
CAPÍTULO XIV
1. Reúna-se no dia do Senhor para partir o pão e agradecer após ter confessado seus pecados, para que o sacrifício seja puro.
2. Aquele que está brigado com seu companheiro não pode juntar-se antes de se reconciliar, para que o sacrifício oferecido não seja profanado.
3. Esse é o sacrifício do qual o Senhor disse: “Em todo lugar e em todo tempo, seja oferecido um sacrifício puro porque sou um grande rei – diz o Senhor – e o meu nome é admirável entre as nações”.
CAPÍTULO XV
1. Escolha bispos e diáconos dignos do Senhor. Eles devem ser homens mansos, desprendidos do dinheiro, verazes e provados pois também exercem para vocês o ministério dos profetas e dos mestres.
2. Não os despreze porque eles têm a mesma dignidade que os profetas e os mestres.
3. Corrija uns aos outros, não com ódio, mas com paz, como você tem no Evangelho. E ninguém fale com uma pessoa que tenha ofendido o próximo; que essa pessoa não escute uma só palavra sua até que tenha se arrependido.
4. Faça suas orações, esmolas e ações da forma que você tem no Evangelho de nosso Senhor.
CAPÍTULO XVI
1. Vigie sobre a vida uns dos outros. Não deixe que sua lâmpada se apague, nem afrouxe o cinto dos rins. Fique preparado porque você não sabe a que horas nosso Senhor chegará.
2. Reúna-se com frequência para que, juntos, procurem o que convém a vocês; porque de nada lhe servirá todo o tempo que viveu a fé se no último instante não estiver perfeito.
3. De fato, nos últimos dias se multiplicarão os falsos profetas e os corruptores, as ovelhas se transformarão em lobos e o amor se converterá em ódio.
4. Aumentando a injustiça, os homens se odiarão, se perseguirão e se trairão mutuamente. Então o sedutor do mundo aparecerá, como se fosse o Filho de Deus, e fará sinais e prodígios. A terra será entregue em suas mãos e cometerá crimes como jamais foram cometidos desde o começo do mundo.
5. Então toda criatura humana passará pela prova de fogo e muitos, escandalizados, perecerão. No entanto, aqueles que permanecerem firmes na fé serão salvos por aquele que os outros amaldiçoam.
6. Então aparecerão os sinais da verdade: primeiro, o sinal da abertura no céu; depois, o sinal do toque da trombeta; e, em terceiro, a ressurreição dos mortos.
7. Sim, a ressurreição, mas não de todos, conforme foi dito: “O Senhor virá e todos os santos estarão com ele”.
8. Então o mundo assistirá o Senhor chegando sobre as nuvens do céu.

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