quarta-feira, 29 de junho de 2016

Nomes dados ao Evangelho


Evangelho
Mt 11.5; 26.13; Mc 1.15; 8.35; 10.29; 13.10; 14.9; 16.15; Lc 3.18; 7.22; 9.6; 20.1; At 14.7; 14.15; 14.21; 15.7; 16.10; Rm 1.15, 16, 17; 10.16; 11.28; 15.20; 1 Cor 1.17; 4.15; 9.14, 16, 18, 23; 15.1; 2 Cor 4.3; 8.18; 10.16; 11.14; Gl 1.6, 8, 9, 11; 2.2; 4.13; Ef 3.6; Fp 1.5, 7, 12, 16, 27; 2.22; 4.3, 15; Cl 1.23; 1 Ts 1.5; 2.4; 2 Tm 1.8, 10; Fm 1.13; 1 Pe 1.12; 4.6.

Evangelho do reino
Mt 4.23; 9.35; 24.14.

Evangelho de Jesus Cristo
Mc 1.1.

Evangelho de Deus
Mc 11.14; Rm 1.1; 15.16; 2 Cor 11.7; 1 Ts 2.2, 8, 9; 1 Pe 4.17.

Evangelho do reino de Deus
Lc 4.43; 8.1; 16.16.

Evangelho da graça de Deus
At 20.24.

Evangelho de Cristo
Rm 15.19; 1 Cor 9.12; 2 Cor 2.12; 9.13; 10.14; Gl 1.7; 1 Ts 3.2.

Evangelho da glória de Cristo
2 Cor 4.4.

Evangelho da verdade
Gl 2.5, 14.

Evangelho da circuncisão
Gl 2.7b.

Evangelho da incircuncisão
Gl 2.7a.

Evangelho da salvação
Ef 1.13b.

Evangelho (como palavra da verdade)
Ef 1.13a; Cl 1.15.

Evangelho da Paz
Ef 6.15.

Evangelho (como mistério)
Ef 6.19.

Evangelho do Senhor Jesus
2 Ts 1.8; 2.14.

Evangelho da glória do Deus bendito
1 Tm 1.11.

Evangelho eterno
Ap 14.6.


Evangelho deve ser:
Pregado
Mt 4.23; 9.35; 24.14; 26.13; Mc 1.14; 13.10; 14.9; 16.15; Lc 8.1; At 14.7.

Anunciado
Mt 11.5; Lc 3.18; 4.43; 8.1; 9.6; 16.16; 20.1; At 14.15, 21; 16.10; Rm 1.15; 15.20.

Crido
Mc 1.15; At 15.7; Rm 1.16.

Amado
Mc 8.35; 10.29.

Ouvido
At 15.7; Rm 10.14.

Testemunhado
At 20.24.

Perseverado
1Cor 15.1.

Calçado
Ef 6.15.

Confirmado
Fp 1.7.

Conhecido
Ef 6.19.

O Evangelho é:
Poder de Deus
Rm 1.16; 1 Cor1.18.

Loucura para o mundo
1 Cor 1.18.

Escândalo para os Judeus
1 Cor 1.23.

A missão de Jesus
Lc 4.43.

Obrigação do crente
1 Cor 9.16.

A missão da Igreja
Mt 28.19, 20; Mc 16.15.

Parâmetro de julgamento
Rm 2.16.

Luz
2 Cor 4.4.

Divino
Gl 1.11.

Livre
2 Tm 2.9.

O Evangelho revela:
O poder de Deus
Rm 1.16.

A justiça de Deus
Rm 1.17.

O Evangelho envolve:
Prontidão
Rm1.15.

Esforço
Rm 15.20.

Devemos
Defender o Evangelho
Fp 1.16.

Cooperar com o Evangelho
Fp 1.5.


terça-feira, 28 de junho de 2016

LIÇÃO 01 – O QUE É EVANGELIZAÇÃO (Mc 16.9-20) - 3º TRIMESTRTRIMES

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524

LIÇÃO 01 – O QUE É EVANGELIZAÇÃO - 3º TRIMESTRE 2016 (Mc 16.9-20)

INTRODUÇÃO
Neste terceiro trimestre estudaremos sobre “O Desafio da Evangelização – Obedecendo ao Ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura”, onde teremos a oportunidade de aprender sobre os desafios e as estratégias de evangelismo. Sem dúvida, o Espírito Santo de Deus estará despertando e motivando a Igreja a cumprir a sua missão aqui na terra, que é levar a mensagem do Evangelho a toda criatura. Nesta lição introdutória definiremos os termos “evangelho” e “evangelização”; citaremos os três aspectos da evangelização; explicaremos porque devemos evangelizar; destacaremos como a Bíblia descreve a evangelização; e, finalmente, veremos como se tornar um ganhador de almas.

I – DEFINIÇÕES
1.1 - Evangelho. “O termo deriva-se do grego ‘euangelion’ e significa literalmente: “boa notícia” ou “boas novas” (ANDRADE, 2016, p. 176). O Evangelho são boas novas de perdão dos pecados, de salvação para a alma e de vida eterna em Cristo Jesus (Mt 11.5; Mc 1.15; Lc 9.6; At 8.1; Rm 1.15). O apóstolo Paulo definiu o Evangelho como: “...o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16).

1.2 - Evangelização. “Do grego ‘evangelion’ + ‘ismo’. É a exposição sistemática da doutrina e dos métodos da proclamação do Evangelho de Cristo, de conformidade com a urgência da Grande Comissão (ANDRADE, 2016, p. 177). Pode ser definida também como a comunicação do Evangelho a alguém, de tal maneira, que este possa tomar uma decisão consciente de aceitação ou rejeição à pessoa de Jesus Cristo como Senhor e Salvador (Mt 26.13; 28.19,20; Mc 14.9; Lc 4.43; At 8.25).

II – OS TRÊS ASPECTOS DA EVANGELIZAÇÃO
A evangelização não consiste apenas em anunciar as boas-novas de salvação, mas, também, no convencimento do pecador, por parte do Espírito Santo, e também na integração do novo crente, por parte da igreja local, como veremos a seguir:

2.1 - Proclamação. É a primeira etapa da evangelização e consiste na comunicação ao pecador a respeito de sua condição de escravo do pecado (Rm 3.23; 6.23); da natureza e consequência dessa escravidão (Mc 16.16; Rm 5.18); do amor de Deus e de Sua providência, por intermédio de Jesus Cristo para salvação da humanidade (Jo 3.16; Rm 5,8); e da chamada divina para uma decisão por Cristo Jesus (Mt 11.28; Mc 16.15).

2.2 - Convencimento. É a ação do Espírito Santo, por intermédio do crente e da exposição da Palavra de Deus, que convence o homem do seu estado pecaminoso, da justiça divina e do juízo vindouro (Jo 16.8-11). Após a conversão do pecador, o mesmo Espírito passa a habitar no novo crente, promovendo a regeneração (Jo 3.1-8; Tt 3.5-7).

2.3 - Integração. Depois da conversão, o novo crente deve ser integrado à igreja local e conduzido ao discipulado, onde será conduzido ao desenvolvimento e amadurecimento da sua fé em Cristo Jesus (Ef 4.12,13; Cl 1.10; 1Pe 2.2). Escrevendo aos Coríntios, o apóstolo Paulo disse: “Eu plantei (evangelizador), Apolo regou (discipulador); mas Deus deu o crescimento” (1Co 3.6).

III – PORQUE DEVEMOS EVANGELIZAR
Dentre as muitas razões pelas quais devemos anunciar o evangelho, citaremos algumas:

3.1 - Porque a humanidade está perdida. Por causa da desobediência de Adão, o homem tornou-se destituído da glória de Deus (Rm 3.23) e a situação espiritual da humanidade é de condenação e perdição (Rm 5.12,19; 6.23).

3.2 - Porque somente Jesus Cristo pode salvar a humanidade. De acordo com as Escrituras, só existe um meio para que o homem possa obter a salvação: a fé em Jesus Cristo (Jo 3.16,17; At 4.12; Ef 2.8,9; I Tm 2.5). Mas, para que o pecador possa crer em Cristo, é necessário que alguém pregue o evangelho (Rm 10.13-17). Como poderíamos, então, deixar de falar do amor de Deus aos pecadores?

3.3 - Porque temos pouco tempo. Os sinais que antecedem a Segunda Vinda de Cristo nos mostram que Jesus em breve voltará para vir buscar a Sua Igreja (Mt 24.1-14; Mc 13.1-13; Lc 21.5-36), como Ele mesmo prometeu (Jo 14.1-3; Ap 22.12). Por isso, devemos pregar a tempo e fora de tempo (2Tm 4.1,2).

IV – COMO A BÍBLIA DESCREVE A EVANGELIZAÇÃO
Em seu livro Manual de Evangelismo, o pastor Valdir Bícego (1990, pp. 12-14) menciona como a Bíblia descreve a tarefa da evangelização. Vejamos:

4.1 - Como um mandamento. O Senhor nos ordenou pregar o evangelho, pois Ele quer que a mensagem da salvação al- cance a toda criatura (Mc 16.15), todas as nações (Mt 28.19), todo o mundo (Mc 16.15), todas as aldeias (Mt 9.35), to- dos os lugares (At 17.30). Todos os crentes, sem exceção, receberam esta incumbência do Senhor (1Pe 2.9; Mt 10.8).

4.2 - Como uma obrigação. O apóstolo Paulo via esta tarefa como uma obrigação: “... pois me é imposta esta obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho” (1Co 9.16). Não significa dizer que o crente deva pregar a Palavra constrangi- do ou forçado, e sim, que devemos sentir no nosso coração um profundo desejo de falar de Cristo aos pecadores, como o apóstolo Pedro, que disse: “Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4.20).

4.3 - Como um dever de todo crente. A evangelização não é uma tarefa entregue apenas a liderança da Igreja, e nem a um grupo de cristãos, mas, a todos os salvos (Mt 28.19,20; At 1,8). Portanto, todo aquele que foi alcançado por tão grande salvação, deve falar de Cristo aos pecadores. O próprio Jesus disse: “... de graça recebestes, de graça dai” (Mt 10.8).

4.4 - Como um desafio. Pregar o evangelho não é uma tarefa fácil. Todo aquele que se dispõe a anunciar a mensagem da salvação deve estar consciente que sobrevirão dificuldades. Os apóstolos, por exemplo, foram açoitados, ameaçados e até presos por pregar a Cristo (At 4.17,21,29; 16.22,23; 22.19,24,25). Paulo também enfrentou oposição por parte de Elimas, o encantador (At 13.8-12); no Areópago, por parte dos escarnecedores (At 17.32-34); e, nas suas viagens missionárias, por parte das autoridades religiosas de Israel (At 9.23; 13.45,50; 14.1-5).

4.5 - Como um privilégio. Um dos maiores privilégios do crente é poder cooperar com Deus. Paulo diz que nós somos co- operadores de Deus (1Co 3.9). E, quando estamos pregando a Palavra, o Senhor coopera conosco (Mc 16.20). Como é gratificante saber que, através de nós, muitas vidas poderão ser salvas (2 Tm 4.16). Paulo tinha esta experiência com os ir- mãos de Tessalônica (1Ts 2.7-11,19,20), e como alguns dos seus filhos na fé, como Tito (Tt 1.4) e Onésimo (Fm 10).

V – COMO SE TORNAR UM GANHADOR DE ALMAS
O desejo de Deus é que todo crente seja um “pescador de homens” (Mt 4.18-20). Mas, para isso, é necessário ob- servar alguns pré-requisitos. Vejamos:

5.1 - Ter convicção da salvação. Ninguém pode se tornar um autêntico ganhador de almas se não tiver a certeza da salva- ção. Por isso, o pregador deve saber em quem tem crido (2Tm 1.12); reconhecer que é filho de Deus (1Jo 3.2); que já pas- sou da morte para a vida (1Jo 3.14); que será arrebatado e que estará para sempre com o Senhor nos céus (1Ts 4.13-17). Somente quem tem esta certeza é que poderá pregar a mensagem da salvação para as almas perdidas.

5.2 - Ser cheio do Espírito Santo. O Espírito Santo é quem direciona os crentes (At 8.29; 10.19; 16.6-10) e lhes dá ousa- dia testemunhar de Cristo (At 1.8; 4.31; 6.10). O apóstolo Pedro, por exemplo, antes do revestimento de poder, negou a Jesus e jurou que não o conhecia (Mt 26.69-75; Mc 14.66-72). Mas, depois que foi revestido de poder, pregou a Palavra, e quase três mil almas foram salvas (At 2.37-41). Não significa dizer que o crente só pode pregar após o batismo com o Es- pírito Santo, pois, os apóstolos já pregavam antes mesmo de serem batizados (Mt 10.1-4; Mc 3.13,14; Lc 6.12-16). Mas, sem dúvida, o batismo com o Espírito Santo dá ao crente mais ousadia para pregar a Palavra de Deus (At 4.13,29).

5.3 - Ter conhecimento da Palavra de Deus. A Bíblia é a principal “ferramenta de trabalho” do pregador do evangelho. Por isso, todo aquele que deseja ser um ganhador de almas deve ler e estudar a Palavra de Deus com afinco e dedicação. Ele deve ser instruído na Palavra (1Tm 4.6); conhecer as Sagradas Escrituras (2Tm 3.16); e guardá-las no coração (Sl 119.11). Como disse o apóstolo Paulo: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15).

CONCLUSÃO
A pregação do Evangelho é a mais importante tarefa da Igreja aqui na terra, pois dela depende a salvação da humanidade. Por isso, devemos anunciar ao mundo a salvação através da fé em Cristo Jesus. O Senhor Jesus espera que cada um de nós estejamos empenhados nesta sublime tarefa, com o objetivo de ganhar almas para o seu Reino. Mas, para pregarmos o evangelho devemos ter a certeza da salvação, estudar a Bíblia e ser cheio do Espírito Santo.

REFERÊNCIAS
• ANDRADE, Claudionor Correa de. Dicionário Teológico. CPAD.
• BÍCEGO, Valdir. Manual de Evangelismo. CPAD.
• BOYER, Orlando. Esforça-te para Ganhar Almas. Vida.
• COLEMAN, Robert E. Plano Mestre de Evangelismo Pessoal. CPAD.
• GILBERTO, Antonio. A Prática do Evangelismo Pessoal. CPAD.
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Jogral: Salvai-vos dessa geração (At 3. 40)

Jogral: Salvai-vos dessa geração (At 3. 40)

Todos - Salvai-vos dessa geração!
1 - Antes de Jesus ser assunto ao céu...
2 - Proferiu uma das promessas mais aguardadas pelos fiéis, dizendo:
3 - Ficai em Jerusalém, esperem a promessa do Pai.
4 - Porque João batizou com água,
5 - Mas vós sereis batizados com Espírito Santo e com fogo!
6 - Vós recebereis poder ao descer sobre vós O Espírito Santo,
Todos - E ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém, Judéia e Samaria e até os confins da terra!

1 - Não muito depois daqueles dias...
2 - A Bíblia nos relata, que estavam reunidos num mesmo lugar...
3 - Cumpriu-se o dia de Pentecostes!
4 - De repente ouviram um som de um vento veemente e impetuoso...
5 - Era o vento do Espírito Santo soprando sobre todos os que estavam reunidos no cenáculo!
6 - Eram cerca de 120 crentes reunidos!
5 - Esperando a promessa do Pai,
4 - Perseverantes em oração!
3 - E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, sobre cada um deles.
2 - E todos, que estavam reunidos com um mesmo propósito...
1 - Orando e com um mesmo coração...
Todos - Foram cheios do Espírito Santo!

1 - E sendo cheios do Espírito Santo, começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
2 - E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos que, por ocasião da festa de Pentecostes, vieram de todas as nações que estão debaixo do céu.
3 - E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
4 - E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: como pode? Não são galileus todos esses homens que estão falando?
5 - Ora, eram Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia.
Habitantes da Judéia, Capadócia, Ponto, Ásia, Frígia.
6 - Moradores da Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos (tanto judeus como prosélitos),
5 - Também estavam entre a multidão cretenses, árabes, todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.
4 - E todos se maravilhavam, atônitos e perplexos diziam uns para os outros: Que quer isto dizer?
3 - Alguns dentre o povo diziam que estavam bêbados!
2 - Escarnecendo deles, por estarem aquela hora do dia cheios de vinho!
1 - Igreja, nós sabemos que eles não estavam cheios de mosto...
Todos - Era a Igreja de Jerusalém sendo enchida pelo Espírito Santo!

1 - Nesse momento de grande alarido...
2 - O Pedro, que havia negado Jesus;
3 - O Pedro, que fora usado pelo próprio satanás;
4 - O Pedro precipitado,
5 - O Pedro inconstante,
6 - O Pedro desequilibrado e impetuoso...
5 - Ele mesmo se levanta com poder e autoridade,
Todos - Cheio do Espírito Santo,
5 - E começa a pregar O Evangelho de Jesus, dizendo:
4 - Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas minhas palavras.
3 - Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando, sendo esta a terceira hora do dia.
2 - Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel:
1 - E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos;
Todos - Até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão.
1 - E, após ministrar mais algumas palavras acerca de Jesus,...
2 - De sua morte e ressurreição,...
3 - Do cumprimento da vontade do Pai,...
4 - O texto diz que, os que ouviam a mensagem de Pedro, tiveram o coração compungido...
5 - Entristecidos pela certeza dos seus pecados...
6 - Atormentados pelo fato de haverem crucificado o Filho de Deus, perguntaram a Pedro:
Todos - O que faremos nós irmãos?

1 - Nesse instante, o Pedro convertido...
2 - O Pedro ousado...
3 - O Pedro perdoado...
4 - O Pedro restaurado...
5 - O Pedro batizado...
6 - O Pedro, cheio do Espírito Santo, respondeu:
Todos - Arrependei-vos!

1 e 2 - E cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão dos vossos pecados,
3 e 4 - e recebereis o dom do Espírito Santo.
5 e 6 - E Com muitas outras palavras deu testemunho e exortava-os, dizendo:
Todos - Salvai-vos desta geração!

1 - Pedro dirigiu estas palavras há quase dois mil anos atrás!
2 - Numa época de intensa ignorância espiritual!
3 - Onde muitos dos Judeus aguardavam uma libertação física e territorial!
4 - Almejavam a quebra do julgo de Roma de sobre os seus pescoços!
5 - Por isso, não enxergaram o plano de Deus, que se estenderia para toda a humanidade...
6 - Cumprindo a promessa feita a Abraão dizendo: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra.”
Todos - E mataram a Jesus, O Cristo, O Filho de Deus!

1 - Por isso, dentre outros motivos, Pedro chama aquela geração de “geração perversa”!
2 - Mas, aquela geração não é muito diferente da geração de hoje em dia!
3 - Vivemos numa geração onde o certo virou errado e o errado virou certo!
4 - Em meio a uma sociedade onde os valores morais e espirituais estão invertidos!
5 - Onde a verdade tomba pelas ruas, enquanto que a mentira toma o trono no coração das pessoas!
6 - Onde a virgindade é tabu!
5 - Onde as moças, por serem moças, são ridicularizadas, por sua postura de não se entregarem antes do casamento!
4 - Onde os rapazes, que preferem conservar-se puros para o matrimônio, são motivos de chacota nos grupinhos!
3 - A honestidade deixou de ser uma obrigação para ser uma virtude rara.
2 - A política é uma vergonha nacional!
1 - Não atentam para a Palavra de Deus!
Todos - Bem disse o apóstolo Pedro: “geração perversa”.

1 - Geração adúltera!
2 - Geração corrompida!
3 - Geração atrofiada!
4 - Geração conformada!
5 - Geração enganada!
6 - Geração ludibriada!
Todos - Geração prostituída!

1 - Geração carnal!
2 - Geração imoral!
3 - Geração depravada!
4 - Geração desprovida do temor de Deus!
5 - Geração desprovida de afeto natural!
6 - Geração presunçosa!
Todos - Geração amante de si mesma!


1 - Geração desobediente!
2 - Geração com o coração longe de Deus!
3 - Geração voluptosa!
4 - Geração de sexualidade!
5 - Geração da promiscuidade!
6 - Geração da homossexualidade!
Todos - Geração da bestialidade!

1 - Geração da inconstância!
2 - Geração da negligência!
3 - Geração da inércia!
4 - Geração de mamom!
5 - Geração da discórdia!
6 - Geração do vinho da contenda!
Todos - Geração da mentira!

1 - Geração do culto da prosperidade!
2 - Geração do cair do espírito!
3 - Geração gospel!
4 - Geração da espiritualidade superficial!
5 - Geração dos cultos cheios de novidades, porém, vazios de Deus!
6 - Geração dos modismos!
Todos - Geração do sincretismo religioso!

1 - Geração ecumênica!
2 - Geração cética!
3 - Geração fatalista!
4 - Geração escrava!
5 - Geração amofinada!
6 - Geração dilacerada!
Todos - Geração que não conhece ao Senhor!

1 - Geração do quanto mais se tem, mais se quer ter!
2 - Geração onde honestidade deu lugar à esperteza!
3 - Geração onde a bondade deu lugar à malignidade!
4 - Geração onde o amor foi esquecido e negligenciado!
5 - Geração de noé!
6 - Geração de Ló!
Todos - Geração de grandes pecadores diante de Deus!

1, 2 e 3 - Mas esta tamabém é a geração...
4, 5 e 6 - ... da última hora!
1, 2 e 3 - A geração...
4, 5 e 6 - ... da última trombeta!
1, 2 e 3 - A geração...
4, 5 e 6 - ... da primeira ressurreição dos mortos...

1 - Pois, o apóstolo Paulo, inspirado por Deus, afirma em sua 1ª epístola aos Coríntios, no cap 15: e ver 51 ao 54, diz:...
2 - Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados,...
3 - num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta;
4 - porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
5 - Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade.
6 -  E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita:

Todos - Tragada foi a morte na vitória! Salvai-vos dessa geração! Amém!

sábado, 25 de junho de 2016

LIÇÃO 13 – O CULTIVO DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS (Rm 16.1-16) - 2º TRIM/2016

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524

LIÇÃO 13 – O CULTIVO DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS - 2º TRIM/2016 (Rm 16.1-16)

INTRODUÇÃO
Nesta última lição deste trimestre, analisaremos quais as últimas palavras de Paulo na epístola escrita aos crentes de Roma. Veremos que o apóstolo lista um bom número de servos e servas de Deus, deixando entender que não estava sozinho no trabalho, mas dispunha de excelente amizade estes preciosos cooperadores que lhe auxiliaram bastante no trabalho do Senhor. Concluiremos destacando também a preocupação paulina exortando os cristãos quanto ao cuidado da ortodoxia.

I – PAULO RECONHECE A IMPORTÂNCIA DOS COOPERADORES DA OBRA DE DEUS
No capítulo 16 da Epístola aos Romanos, o apóstolo envia as suas saudações carinhosas às pessoas que ele conhece em Roma (Rm 16.1-16). A maioria delas não é mencionada em outros textos do NT, mas por trás da menção dos nomes obviamente está uma riqueza de personalidade, serviço e cordial comunhão, isto porque Paulo sabia cultivar um bom relacionamento interpessoal com os irmãos e seus cooperadores. Abaixo destacaremos estas saudações:

1.1 - Febe, a portadora da epístola aos Romanos (Rm 16.1,2).
Febe, era uma cristã que cooperava na igreja em Cencréia. A Bíblia nos fala pouco sobre ela. Ela apenas aparece no capítulo dezesseis da epístola aos Romanos sendo a pessoa que levaria esta carta aos crentes de Roma. “Talvez Febe tenha concordado em levar a carta de Paulo aproveitando uma viagem de negócios na capital” (RADMACHER, 2010, p. 403). Abaixo destacaremos algumas de suas características:

1.1.1 - Uma irmã recomendável (Rm 16.1-a). As cartas de recomendação eram comuns e necessárias naquele tempo (At 18.27; 2Co 3.1), uma vez que os crentes precisavam contar com a hospitalidade dos irmãos quando viajavam de uma cidade para outra. Igualmente, eram necessárias para proteger a igreja de charlatães”. A palavra “recomendar” significa: “indicar” (SOARES, 2008, p. 76). Tal indicação tinha um peso muito grande porque foi feita pelo próprio apóstolo Paulo, mostrando assim a extrema consideração que este tinha por esta nobre serva de Deus.

1.1.2 - Uma serva disposta (Rm 16.1-b). Febe também é destacada por Paulo como “nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia”. A expressão “serve” é a palavra grega 'diakonon', usada pelo apóstolo para descrever Febe, é o feminino do termo “diáconos”. O simples uso do termo não significa que Febe tivesse esse ofício, mas, o termo denota simplesmente o exercício da caridade e da hospitalidade que caracterizava a vida de todo verdadeiro crente e que Febe manifestava em assinalado grau. Na igreja primitiva, as mulheres se ocupavam da oração (At 1.14) e do serviço assistencial (At 9.36-42; Rm 16.1,2). Não há na Bíblia nenhuma referência a mulheres exercendo atividades ministeriais. Na escolha de Jesus foram convocados doze homens (Mt 10.1-4; Mc 3.13-19; Lc 6.12-16 ), na substituição de Judas foi eleito um homem (At 1.15-26), na escolha dos primeiros diáconos os apóstolos disseram: “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões…” (At 6.3), no concílio de Jerusalém os rumos da igreja foram traçados por homens (At 15), em Apocalipse 2 e 3, são mencionados os pastores (homens) das igrejas da Ásia. A Bíblia é clara, embora as mulheres tenham importante papel ao longo das páginas do NT aparecendo na linhagem e no ministério de Cristo (Mt 1.3,5,6,16; Lc 8.1-3), Deus conferiu apenas aos homens o exercício da liderança eclesiástica da igreja (Ef 4.8-11).

1.1.3 - Uma mulher acolhedora (Rm 16.1-c). Paulo lembra que a irmã Febe “tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo”. Por certo quando esteve em Corinto, o apóstolo foi acolhido em sua casa (At 18). Semelhante postura teve Lídia, quando o apóstolo esteve em Filipos (At 16.14,15). Febe usou seus recursos não apenas para seu deleite e conforto, mas para sustentar e socorrer muitos irmãos. Era uma mulher altruísta, abnegada, desapegada das coisas materiais e apegada às pessoas. Sua vida, sua casa e seus bens estavam a serviço da igreja.

1.2 - Priscila e Áquila, um casal servidor (Rm 16.3,4).
Priscila e Áqüila eram um casal, e haviam se tornado amigos íntimos de Paulo. Eles, juntamente com todos os outros judeus, tinham sido expulsos de Roma em 49 d.C. pelo Imperador Cláudio e tinham se mudado para Corinto (At 18.2,3). Ali eles conheceram a Paulo enquanto ele estava em sua segunda viagem missionária, e eles o convidaram para viver e trabalhar com eles. Em algum momento, eles regressaram de mudança para Roma quando tiveram a permissão de voltar. Mais tarde, eles voltaram a Éfeso (2 Tm 4.19).

1.2.1 - Um casal de cooperadores (Rm 16.3). Em Romanos 16, o apóstolo os chama de “meus cooperadores em Cristo”. A palavra “cooperador” no grego “sunergos” quer dizer “trabalhador com”, dando uma ideia de “ajuda, companheirismo” (VINE, 2002, p. 508). Este nobre casal destacou-se por prestar um serviço relevante ao apóstolo na cidade de Corinto (At 18.1-3). Depois, Paulo vai para Éfeso e Priscila e Áqüila o acompanharam (At 18.18). Lá se depararam com o eloquente e fervoroso pregador chamado Apolo, o qual foi instruído pelo casal mais acuradamente acerca do caminho do Senhor (At 18.24-26). Pelas saudações paulinas percebemos que este casal abrigou em sua casa, a igreja do Senhor, revelando que desde o começo foram pessoas que conservaram um coração aberto e uma porta aberta (Rm 16.5-a; I Co 16.10).

1.2.2 - Um casal disposto a se sacrificar (Rm 16.4). É extraordinário saber que Paulo dispunha de cooperadores ao seu lado, que estavam dispostos a até mesmo morrerem por ele, como o apóstolo mesmo assevera acerca deste casal “os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças” (Rm 16.4-a). Não sabemos em que momento histórico do ministério de Paulo este fato se deu. Alguns supõem, pelas Escrituras, que tenha sido em Éfeso, onde houve vários tumultos que podiam resultar na iminente morte do apóstolo (At 19.23-31; I Co 15.32). Ele estava agradecido por terem salvado a sua vida, e as igrejas dos gentios também: “o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios”.

1.3 - Outros excelentes cooperadores (Rm 16.5-15).
Diversos outros cooperadores são citados pelo apóstolo Paulo no último capítulo da epístola aos Romanos. Há duas coisas interessantes para notar:

1.3.1 - Dos vinte e nove, nove são mulheres. Isto é digno lembrar-se, porque frequentemente se acusa a Paulo de menosprezar a situação das mulheres na Igreja. Se quisermos realmente ver a atitude de Paulo para com as mulheres na Igreja, deveremos ler uma passagem como esta, onde sua apreciação pelo trabalho que elas podiam fazer na Igreja brilha e reluz através de suas palavras. Esse capítulo menciona nove mulheres, a saber: Febe (v. 1), Priscila (v. 3), Maria (v. 6), Trifosa e Trifena (v. 12); Pérside (v. 12), a mãe de Rufo (v. 13), Júlia (v. 15) e a irmã de Nereu (v. 15).

1.3.2 - Dos vinte e nove, vinte são homens. Paulo, sem sombra de dúvidas, foi o maior missionário da igreja primitiva. No entanto, é preciso destacar que o sucesso do ministério confiado por Deus a este apóstolo, foi possível também pelos muitos cooperadores fiéis que estavam ao seu lado auxiliando-o. Paulo estava tão ciente disto que, no encerramento da epístola aos Romanos, ele elenca alguns destes nobres servos de Deus. Esse capítulo menciona dezoito homens, a saber: Áquila (v. 3), Epêneto (v. 5), Andrônico e Júnias (v. 7), Amplias (v. 8); Urbano e Estáquis (v. 9); Apeles e Aristóbulo (v. 10), Erodião e Narciso (v. 11), Rufo (v. 13), Asíncrito, Flegonte, Hermes, Pátrobas, Hermas (v .14), Filólogo, Nereu e Olimpas (v. 15).

II – EXORTAÇÕES PAULINAS QUANTO AS AMEAÇAS INTERNAS CONTRA A IGREJA No capítulo 16 dos versículos o apóstolo passa da saudação a alguns crentes da igreja de Roma à exortação à igreja de Roma. Destacamos aqui alguns pontos:

2.1 - Discernimento para detectar os hereges (Rm 16.17-a). Paulo sabia que a Igreja não somente sofre ataques externos, mas também ataques internos. Quando trouxe esta exortação aos cristãos romanos, Paulo estava falando dos judaizantes e dos libertinos, ou de qualquer outro ensino contrário ao evangelho. “O verbo “notar” significa “vigie-os. mantenha os olhos neles”. É certo a igreja manter os olhos nos 'itinerantes eclesiásticos', que vão de uma igreja para outra, causando problemas e divisões” (WIERSBE, 2008, p. 446). Tal discernimento era peculiar também da igreja em Éfeso (Ap 2.1,2).

2.2 - Atitude de desviar-se deles (Rm 16.17-b). Para Paulo não bastava detectar o herege, era necessário afastar-se dele. “A expressão desviar-se significa, literalmente, “virar as costas para eles”. Paulo queria que os crentes evitassem ativamente a tais perturbadores, mas também queria que lhes fizessem oposição, frustrando-lhes os seus maus desígnios” (CHAMPLIN, 1998, p. 881). Sabendo de suas artimanhas, o apóstolo cita pelo menos três características deles, a saber:

2.2.1 - A quem realmente eles servem. Paulo diz que eles “não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre”. Segundo Champlin (1998, p. 881). A expressão “ao seu ventre”, indica aqui que o serviço ao próprio ‘eu’ é o grande alvo daquela gente; mas Paulo apresenta um fraseado tal que nos da a impressão de que podemos suspeitar que ele queria dizer que as 'ambições vis' e a ideia de lucro financeiro era o que ocupava os pensamentos daqueles homens, por detrás de qualquer serviço que supostamente prestassem a outros ou a igreja de Cristo”.

2.2.2 - Qual a sua metodologia. O apóstolo diz “e com suaves palavras e lisonjas enganam”; Segundo Barclay, (sd, p. 230 – itálico e negrito nosso), existe o termo que se traduz com suaves palavras que é 'crestologia'. Os próprios gregos definiam a um 'crestologos' como “um homem que fala bem e que age mal". É o tipo de homem que, atrás de uma fachada de palavras pias e religiosas, é uma má influência; o homem que faz desencaminhar, não por um ataque direto, mas sutilmente; o homem que pretende servir a Cristo, mas que na realidade está destruindo a fé.

2.2.3 - Quem é o seu público-alvo. Paulo diz que tais enganadores preferem seduzir “os corações dos simples”. “Estes são as pessoas inofensivas, que também não esperam jamais ser enganadas por outros; por essa mesma razão é que podem ser enganadas com tanta facilidade. Julgam o pregador por suas belas expressões verbais, ao mesmo tempo que se mostram insensíveis para com seus erros doutrinários e morais. Em si mesmas são inocentes, mas falta-lhes a prudencia necessária para aquilatar corretamente os outros” (CHAMPLIN, 1998, p. 881).

CONCLUSÃO
O apóstolo Paulo conclui a epístola aos Romanos destacando a maturidade dos crentes (Rm 16.19); relembrando a vitória final sobre Satanás, por meio da Igreja (Rm 16.20); desejando que a graça de Deus permaneça com eles (Rm 16.24); e, por fim, rendendo ações de graças ao Deus que se revelou em Cristo cumprindo as profecias do AT (Rm 16.25-27).

REFERÊNCIAS
BARCLAY, William. Comentário da Carta aos Romanos. PDF.
CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento Interpretado – Gênesis a Números. HAGNOS. RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico: Novo Testamento. CENTRAL GOSPEL.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

terça-feira, 14 de junho de 2016

LIÇÃO 12 – COSMOVISÃO MISSIONÁRIA (Rm 15.20-29) - 2º TRIMESTRE DE 2016

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
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LIÇÃO 12 – COSMOVISÃO MISSIONÁRIA - 2º TRIMESTRE DE 2016 (Rm 15.20-29)

INTRODUÇÃO
Nesta lição veremos a definição da palavra cosmovisão, estudaremos como o apóstolo Paulo encarava a obra missionária, pontuaremos o pioneirismo missionário do apóstolo na igreja primitiva, falaremos sobre a estratégia missionária de Paulo e suas motivações missionárias.

I – DEFINIÇÃO DE COSMOVISÃO MISSIONÁRIA
A palavra “cosmovisão” vem da junção de duas palavras, uma do grego “kosmos” que significa “mundo” e a outra do latim “visio” que é significa “visão”. Cosmovisão é aquilo que cada pessoa é, o que defende, o que vive, é resultado da cosmovisão que permeia sua vida, ou seja, é o modo pelo qual a pessoa vê ou interpreta a realidade em sua volta (ANDRADE, 2006, p. 118). Em nosso caso, quando evangelizamos, cumprimos com a cosmovisão cristã missionária.

II - PAULO E A OBRA MISSIONÁRIA
2.1 - O apóstolo Paulo e a missão (Rm 15.16). Paulo expõe o que estava em seu coração que era o desejo de levar o evangelho da graça de Deus a terras ainda não alcançadas (Rm 15.14-22). O apóstolo usa termos técnicos para apresentar seu “ministério sacerdotal”. Ele se autodenomina de um liturgo do grego “leitourgos” (aquele que exerce a função de sacerdote). “Paulo considera sua obra missionária como sendo um ministério sacerdotal quando oferece os seus convertidos gentios como um sacrifício vivo a Deus” (STOTT apud LOPES, 2010, pp. 471,472). “Cada alma que ganhamos para Cristo é uma oferta de sacrifício que oferecemos a Deus para a sua glória” (WIERSBE apud LOPES, 2010, pp. 471,472).

2.2 - O apóstolo Paulo e o agente capacitador da missão (1Co 2.1-4). O ministério missionário de Paulo foi marcado pela atuação do Espírito Santo. A obra não é feita pela capacidade humana, pois, não há movimento missionário que se sustente sem a participação efetiva do Espírito do Senhor. A obra é de Cristo, o poder vem de Cristo; Paulo foi apenas o instrumento, e não o agente. As credenciais de um ministério autêntico são dadas pelo Espírito Santo.

2.3 - O apóstolo Paulo e o território da missão (Rm 15.20-22). O apóstolo dos gentios começou a epístola aos romanos falando de missões (Rm 1.14-17), e concluiu falando da mesma forma (Rm 15.20-29). Nestes versículos Paulo sente que suas atividades missionárias nas regiões da Grécia, Macedônia e Ásia Menor, já foram completadas quando informa aos romanos que pregou o evangelho desde Jerusalém até ao Ilírico. Um mapa da época nos permite ver que esses eram os pontos extremos do mundo alcançado por Paulo. Agora, ele precisava ampliar a esfera do seu projeto missionário, pois não queria pregar onde outros já tivessem pregado (Rm 15.20,21) (CABRAL, 2005, p.146).

2.4 - O apóstolo Paulo e a cobertura espiritual da missão (Rm 15.30-32). Paulo contava com o apoio da Trindade no seu projeto missionário. Ele via com muita seriedade a obra missionária e por isso rogou que os crentes que “lutassem em oração com ele”. A palavra “combatais” significa: “lutar junto com alguém”, trazendo um sentido de uma luta espiritual na oração. Missões envolvem conflito espiritual e muitas vezes lágrimas. Todavia, missões são marcadas também por satisfação espiritual e alegria (Sl 126.5,6).

III - PAULO E O PIONEIRISMO MISSIONÁRIO DA IGREJA PRIMITIVA
Paulo foi, sem sombra de dúvidas, o maior missionário da igreja de todos os tempos. Ele plantou igrejas nas províncias da Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia Menor. Em toda a parte, seu objetivo era pregar o evangelho (Rm 15.20). Destacaremos a seguir aqui alguns pontos importantes de seu pioneirismo. Vejamos:

3.1 - Paulo e os limites de sua ação missionária (Rm 15.19-b). Paulo vai desde o extremo Oriente, em Jerusalém, até ao Ocidente, ao Ilírico. Seguindo a rota do sol, seu caminho o conduziu do leste para o oeste, até a costa do mar Adriático. A indicação deve sugerir a marcha triunfal do evangelho do Oriente ao Ocidente e o sentimento de que tudo o que jaz a leste de Roma já havia sido atingido. Essa região da Ilíria se situava na costa ocidental do mar Adriático, na Macedônia, e corresponde aproximadamente à Albânia e à parte sul do que era a antiga Iugoslávia (LOPES, 2010, pp. 477,478).

3.2 - Paulo e a filosofia de sua ação missionária (Rm 15.20,21). Paulo se considerava um desbravador de trilhas para o evangelho, um missionário pioneiro, um plantador de igrejas e seu chamado era para lançar os fundamentos (1Co 3.10), sua vocação era semear (1Co 3.6). Paulo como um plantador de igrejas, sua prioridade era não passar onde outros haviam já trabalhado, entendendo assim, a necessidade de levar a mensagem aos não alcançados.

3.3 - Paulo e a abrangência do seu ministério (Rm 15.16). O ministério de Paulo era voltado aos gentios. O próprio Deus o capacitou e o conduziu nessa direção (2Tm 4.17). Seu chamado de conduzir os gentios à obediência realizou-se por palavras e obras, pois ele pregava e fazia (Rm 15.18). Foi assim o próprio ministério de Cristo: ele fazia e ensinava (At 1.1).

IV - PAULO E A ESTRATÉGIA MISSIONÁRIA
4.1 - Paulo mantinha bases de apoio (At 14.26 28; 18.22, 23). Paulo entendia que o missionário deveria ter uma base forte e ao fim de cada viagem ele sempre voltava a Antioquia para prestar seus relatórios. Para ele a conexão entre as orações da igreja e o sucesso das missões era necessidade vital. Paulo gastava tempo significativo nestas visitas de volta, pois sabia da importância disto. Quando ele estava planejando prosseguir até a Espanha para anunciar o evangelho, escreveu uma carta e enviou aos crentes da cidade de Roma para pedir-lhes o apoio, ou seja, para serem sua nova base (Rm 15.15-24).

4.2 - Paulo pregava em lugares específicos (Rm 15.18,19). Quando examinamos estes textos podemos notar dois elementos que resumem o trabalho missionário de Paulo. Primeiro, ele direcionou seu esforço particularmente ao mundo não judaico (v. 18). Segundo, ele limitou seu trabalho principalmente à área geográfica do mundo Romano onde outros ainda não haviam atuado (v. 19), sua missão se concentra nas quatro províncias mais populosas e próspera da sua época, a saber: Galácia, Ásia, Macedônia e Acaia. Em sua ótica Paulo não se via pregando em todos os lugares, o que seria humanamente impossível, mas estabelecendo Igrejas em lugares estratégicos, de modo que o evangelho se espalharia pelas principais cidades e vilarejos.

4.3 - Paulo e sua pregação nas sinagogas (At 13.5,14; 14.1; 17.1 2, 10; 18.4, 19). Paulo seguia o princípio de “primeiro ao judeu...” (Rm. 1.16), assim sua estratégia era frequentar as sinagogas nas cidades por onde passava. Havia um costume de se convidar um rabino que estivesse de visita para dar uma “palavra de exortação” (At 13.15). Assim, Paulo aproveitava essa cortesia e a platéia presente de judeus, prosélitos e gentios para pregar o evangelho de Cristo.

4.4 - Paulo mantinha intercâmbio entre as igrejas (Rm 15.26). Para que a obra missionária seja realizada com excelência é necessário que haja planejamento. Paulo já havia estabelecido parcerias entre as igrejas. Aqui o intercâmbio é feito entre as igrejas da Macedônia, Acaia e a igreja de Jerusalém. Paulo enfatiza que as igrejas gentílicas são devedoras para com a igreja em Jerusalém a “igreja mãe”, visto que a bênção do evangelho de Cristo partiu de Jerusalém (Rm 15.27) (CABRAL, 2005, p.146).

4.5 - Paulo trabalhava sempre em equipe (At 12.25; 13.13; 15.40). Paulo em todas as suas viagens missionárias teve companheiros. Barnabé e João Marcos na primeira viagem, e Silas, depois Lucas e Timóteo na segunda. Para ele a pregação do evangelho exigia um esforço conjugado (1Ts 1.1). Paulo sempre se associou ao maior número de pessoas possíveis, basta observarmos quantos nomes aparecem em suas epístolas (2Co 1.19; 8.23; Cl. 4.14; At 19.22; Cl 4.7,10; At 20.4; Fl 2.20 22,25; Cl 2.7; At 18.2,3; Rm 16). Como vimos, Paulo deseja se associar aos crentes em Roma para poder alcançar a Espanha (Rm. 1.11,12) ele sabia que sozinho não conseguiria fazer quase nada.

V - PAULO E SUAS MOTIVAÇÕES MISSIONÁRIAS
5.1 - Paulo e os “últimos dias” (1Co 10.11). A primeira dessas convicções é que para Paulo, ele estava vivendo nos últimos dias de cumprimento em que os fins dos séculos haviam chegado. Ele estava persuadido de que a era escatológica, prometida pelos profetas havia raiado e que a plenitude do tempo havia se consumado (Gl 4.4; Ef 1.10), que o reino de Deus havia irrompido na pessoa de Cristo (2Co 6.2-b) e a nova criação tinha início (2Co 5.17). Paulo compreendia sua época como o início de um tempo em que Deus estava convergindo em Cristo todas as coisas (Ef 1.9,10).

5.2 - Paulo e a Igreja como “comunidade escatológica” (Ef 1.23). A segunda convicção do apóstolo Paulo era que as antigas promessas de Deus encontravam concretização histórica na Igreja de Cristo. Era na Igreja que a restauração de Israel, profetizada nas Escrituras do AT se consumava, era na Igreja que a plenitude dos gentios estava entrando. É por isso que ele fala da Igreja como sendo uma nova criação, feita de judeus e gentios (Ef 2.15; 4.24; Cl 3.10). Esse entendimento de Paulo sobre a Igreja como comunidade escatológica o levava a sair plantando igrejas locais no mundo de sua época.

5.3 - Paulo e a consciência do chamado divino para “edificar a igreja” (1Tm 3.15). A terceira convicção de Paulo era que Deus o havia chamado para edificar essa Igreja (1Co 3.9; Ef 2.21; 1Co 3.16; Ef 2.21). Paulo vê a Igreja como uma edificação cujo fundamento é o próprio Cristo (1Co 3.11), conceito que tem origem nas palavras do próprio Senhor Jesus (Mt 16.18). Paulo tinha consciência de que Cristo o havia chamado para ser um instrumento pelo qual essa edificação ocorreria.

CONCLUSÃO
Nessa lição, vimos uma das razões que levou o apóstolo a visitar a igreja de Roma. Não era apenas uma visita fortuita, mas algo planejado. O seu alvo era o estabelecimento de um ponto de apoio para seu empreendimento missionário. Para isso, Paulo usa esse espaço de sua Epístola para informar aos crentes em Roma das diretrizes tomadas para essa viagem. A igreja de Roma, que não tinha Paulo como seu fundador, teria a oportunidade de ver como trabalhava e apoiar aquele que foi, sem dúvida, o maior missionário da história.

REFERÊNCIAS
• CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. CPAD.
• PETERS, G. W. Teologia Bíblica de Missões. CPAD.
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
• LOPES, Hernandes Dias. Comentário Exegético de Romanos. HAGNOS.
• ANDRADE, Claudionor C. de. Dicionário Teológico. CPAD.

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