Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524
LIÇÃO 01 – O QUE É EVANGELIZAÇÃO - 3º TRIMESTRE 2016 (Mc 16.9-20)
INTRODUÇÃO
Neste terceiro trimestre estudaremos sobre “O Desafio da Evangelização – Obedecendo ao Ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura”, onde teremos a oportunidade de aprender sobre os desafios e as estratégias de evangelismo. Sem dúvida, o Espírito Santo de Deus estará despertando e motivando a Igreja a cumprir a sua missão aqui na terra, que é levar a mensagem do Evangelho a toda criatura. Nesta lição introdutória definiremos os termos “evangelho” e “evangelização”; citaremos os três aspectos da evangelização; explicaremos porque devemos evangelizar; destacaremos como a Bíblia descreve a evangelização; e, finalmente, veremos como se tornar um ganhador de almas.
I – DEFINIÇÕES
1.1 - Evangelho. “O termo deriva-se do grego ‘euangelion’ e significa literalmente: “boa notícia” ou “boas novas” (ANDRADE, 2016, p. 176). O Evangelho são boas novas de perdão dos pecados, de salvação para a alma e de vida eterna em Cristo Jesus (Mt 11.5; Mc 1.15; Lc 9.6; At 8.1; Rm 1.15). O apóstolo Paulo definiu o Evangelho como: “...o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16).
1.2 - Evangelização. “Do grego ‘evangelion’ + ‘ismo’. É a exposição sistemática da doutrina e dos métodos da proclamação do Evangelho de Cristo, de conformidade com a urgência da Grande Comissão (ANDRADE, 2016, p. 177). Pode ser definida também como a comunicação do Evangelho a alguém, de tal maneira, que este possa tomar uma decisão consciente de aceitação ou rejeição à pessoa de Jesus Cristo como Senhor e Salvador (Mt 26.13; 28.19,20; Mc 14.9; Lc 4.43; At 8.25).
II – OS TRÊS ASPECTOS DA EVANGELIZAÇÃO
A evangelização não consiste apenas em anunciar as boas-novas de salvação, mas, também, no convencimento do pecador, por parte do Espírito Santo, e também na integração do novo crente, por parte da igreja local, como veremos a seguir:
2.1 - Proclamação. É a primeira etapa da evangelização e consiste na comunicação ao pecador a respeito de sua condição de escravo do pecado (Rm 3.23; 6.23); da natureza e consequência dessa escravidão (Mc 16.16; Rm 5.18); do amor de Deus e de Sua providência, por intermédio de Jesus Cristo para salvação da humanidade (Jo 3.16; Rm 5,8); e da chamada divina para uma decisão por Cristo Jesus (Mt 11.28; Mc 16.15).
2.2 - Convencimento. É a ação do Espírito Santo, por intermédio do crente e da exposição da Palavra de Deus, que convence o homem do seu estado pecaminoso, da justiça divina e do juízo vindouro (Jo 16.8-11). Após a conversão do pecador, o mesmo Espírito passa a habitar no novo crente, promovendo a regeneração (Jo 3.1-8; Tt 3.5-7).
2.3 - Integração. Depois da conversão, o novo crente deve ser integrado à igreja local e conduzido ao discipulado, onde será conduzido ao desenvolvimento e amadurecimento da sua fé em Cristo Jesus (Ef 4.12,13; Cl 1.10; 1Pe 2.2). Escrevendo aos Coríntios, o apóstolo Paulo disse: “Eu plantei (evangelizador), Apolo regou (discipulador); mas Deus deu o crescimento” (1Co 3.6).
III – PORQUE DEVEMOS EVANGELIZAR
Dentre as muitas razões pelas quais devemos anunciar o evangelho, citaremos algumas:
3.1 - Porque a humanidade está perdida. Por causa da desobediência de Adão, o homem tornou-se destituído da glória de Deus (Rm 3.23) e a situação espiritual da humanidade é de condenação e perdição (Rm 5.12,19; 6.23).
3.2 - Porque somente Jesus Cristo pode salvar a humanidade. De acordo com as Escrituras, só existe um meio para que o homem possa obter a salvação: a fé em Jesus Cristo (Jo 3.16,17; At 4.12; Ef 2.8,9; I Tm 2.5). Mas, para que o pecador possa crer em Cristo, é necessário que alguém pregue o evangelho (Rm 10.13-17). Como poderíamos, então, deixar de falar do amor de Deus aos pecadores?
3.3 - Porque temos pouco tempo. Os sinais que antecedem a Segunda Vinda de Cristo nos mostram que Jesus em breve voltará para vir buscar a Sua Igreja (Mt 24.1-14; Mc 13.1-13; Lc 21.5-36), como Ele mesmo prometeu (Jo 14.1-3; Ap 22.12). Por isso, devemos pregar a tempo e fora de tempo (2Tm 4.1,2).
IV – COMO A BÍBLIA DESCREVE A EVANGELIZAÇÃO
Em seu livro Manual de Evangelismo, o pastor Valdir Bícego (1990, pp. 12-14) menciona como a Bíblia descreve a tarefa da evangelização. Vejamos:
4.1 - Como um mandamento. O Senhor nos ordenou pregar o evangelho, pois Ele quer que a mensagem da salvação al- cance a toda criatura (Mc 16.15), todas as nações (Mt 28.19), todo o mundo (Mc 16.15), todas as aldeias (Mt 9.35), to- dos os lugares (At 17.30). Todos os crentes, sem exceção, receberam esta incumbência do Senhor (1Pe 2.9; Mt 10.8).
4.2 - Como uma obrigação. O apóstolo Paulo via esta tarefa como uma obrigação: “... pois me é imposta esta obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho” (1Co 9.16). Não significa dizer que o crente deva pregar a Palavra constrangi- do ou forçado, e sim, que devemos sentir no nosso coração um profundo desejo de falar de Cristo aos pecadores, como o apóstolo Pedro, que disse: “Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4.20).
4.3 - Como um dever de todo crente. A evangelização não é uma tarefa entregue apenas a liderança da Igreja, e nem a um grupo de cristãos, mas, a todos os salvos (Mt 28.19,20; At 1,8). Portanto, todo aquele que foi alcançado por tão grande salvação, deve falar de Cristo aos pecadores. O próprio Jesus disse: “... de graça recebestes, de graça dai” (Mt 10.8).
4.4 - Como um desafio. Pregar o evangelho não é uma tarefa fácil. Todo aquele que se dispõe a anunciar a mensagem da salvação deve estar consciente que sobrevirão dificuldades. Os apóstolos, por exemplo, foram açoitados, ameaçados e até presos por pregar a Cristo (At 4.17,21,29; 16.22,23; 22.19,24,25). Paulo também enfrentou oposição por parte de Elimas, o encantador (At 13.8-12); no Areópago, por parte dos escarnecedores (At 17.32-34); e, nas suas viagens missionárias, por parte das autoridades religiosas de Israel (At 9.23; 13.45,50; 14.1-5).
4.5 - Como um privilégio. Um dos maiores privilégios do crente é poder cooperar com Deus. Paulo diz que nós somos co- operadores de Deus (1Co 3.9). E, quando estamos pregando a Palavra, o Senhor coopera conosco (Mc 16.20). Como é gratificante saber que, através de nós, muitas vidas poderão ser salvas (2 Tm 4.16). Paulo tinha esta experiência com os ir- mãos de Tessalônica (1Ts 2.7-11,19,20), e como alguns dos seus filhos na fé, como Tito (Tt 1.4) e Onésimo (Fm 10).
V – COMO SE TORNAR UM GANHADOR DE ALMAS
O desejo de Deus é que todo crente seja um “pescador de homens” (Mt 4.18-20). Mas, para isso, é necessário ob- servar alguns pré-requisitos. Vejamos:
5.1 - Ter convicção da salvação. Ninguém pode se tornar um autêntico ganhador de almas se não tiver a certeza da salva- ção. Por isso, o pregador deve saber em quem tem crido (2Tm 1.12); reconhecer que é filho de Deus (1Jo 3.2); que já pas- sou da morte para a vida (1Jo 3.14); que será arrebatado e que estará para sempre com o Senhor nos céus (1Ts 4.13-17). Somente quem tem esta certeza é que poderá pregar a mensagem da salvação para as almas perdidas.
5.2 - Ser cheio do Espírito Santo. O Espírito Santo é quem direciona os crentes (At 8.29; 10.19; 16.6-10) e lhes dá ousa- dia testemunhar de Cristo (At 1.8; 4.31; 6.10). O apóstolo Pedro, por exemplo, antes do revestimento de poder, negou a Jesus e jurou que não o conhecia (Mt 26.69-75; Mc 14.66-72). Mas, depois que foi revestido de poder, pregou a Palavra, e quase três mil almas foram salvas (At 2.37-41). Não significa dizer que o crente só pode pregar após o batismo com o Es- pírito Santo, pois, os apóstolos já pregavam antes mesmo de serem batizados (Mt 10.1-4; Mc 3.13,14; Lc 6.12-16). Mas, sem dúvida, o batismo com o Espírito Santo dá ao crente mais ousadia para pregar a Palavra de Deus (At 4.13,29).
5.3 - Ter conhecimento da Palavra de Deus. A Bíblia é a principal “ferramenta de trabalho” do pregador do evangelho. Por isso, todo aquele que deseja ser um ganhador de almas deve ler e estudar a Palavra de Deus com afinco e dedicação. Ele deve ser instruído na Palavra (1Tm 4.6); conhecer as Sagradas Escrituras (2Tm 3.16); e guardá-las no coração (Sl 119.11). Como disse o apóstolo Paulo: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15).
CONCLUSÃO
A pregação do Evangelho é a mais importante tarefa da Igreja aqui na terra, pois dela depende a salvação da humanidade. Por isso, devemos anunciar ao mundo a salvação através da fé em Cristo Jesus. O Senhor Jesus espera que cada um de nós estejamos empenhados nesta sublime tarefa, com o objetivo de ganhar almas para o seu Reino. Mas, para pregarmos o evangelho devemos ter a certeza da salvação, estudar a Bíblia e ser cheio do Espírito Santo.
REFERÊNCIAS
• ANDRADE, Claudionor Correa de. Dicionário Teológico. CPAD.
• BÍCEGO, Valdir. Manual de Evangelismo. CPAD.
• BOYER, Orlando. Esforça-te para Ganhar Almas. Vida.
• COLEMAN, Robert E. Plano Mestre de Evangelismo Pessoal. CPAD.
• GILBERTO, Antonio. A Prática do Evangelismo Pessoal. CPAD.
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Nenhum comentário:
Postar um comentário