quarta-feira, 13 de maio de 2015

LIÇÃO 07 – PODER SOBRE AS DOENÇAS E MORTE (Lc 4.38,39; 7.11-17) - 2º TRIMESTRE 2015

Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE
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LIÇÃO 07 – PODER SOBRE AS DOENÇAS E MORTE - 2º TRIMESTRE 2015 (Lc 4.38,39; 7.11-17)
INTRODUÇÃO
Nesta lição destacaremos que o Espírito do Senhor estava sobre Jesus, o Messias, a fim de lhe conceder poder para a realização de sinais e prodígios em benefício dos pecadores. A profecia de Isaías, lida por Jesus na sinagoga, não se referia a Isaías, nem ao povo de Israel, esta mensagem apontava diretamente para o Messias e suas atribuições, e ela teve seu real cumprimento em Jesus, pois nenhum outro homem atende aos pré-requisitos deste vaticínio como Ele.
I – JESUS E O INÍCIO DE SEU MINISTÉRIO
Lucas é o evangelho que foca a ação do Espírito Santo na vida de Jesus. Ele diz que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo (Lc 1.35); quando batizado nas águas o Espírito Santo desceu sobre Jesus (Lc 3.22); pelo Espírito ele foi conduzido ao deserto (Lc 4.1); ao sair da tentação vencedor, Jesus saiu cheio do Espírito (Lc 4.14); e, acrescentou ainda que Jesus foi ungido pelo Espírito Santo (Lc 4.16). No presente texto Lucas registra um fato que se cumpriu na vida de Jesus e que deu início ao seu ministério com curas e prodígios. Jesus vai a sinagoga de Nazaré, onde ele se apresenta publicamente a nação como o Ungido pelo Espírito de Deus. Convidado pelo maioral da sinagoga a ler as Escrituras, Jesus se levanta, recebe o rolo e abre-o na passagem desejada. Ele lê a passagem, fecha o rolo, devolve-o ao assistente e se senta para falar, enquanto todos os olhares permanecem fixos em sua pessoa (Lc 4.16-20). Isaías 61.1-2 fazia parte da leitura indicada, e Jesus usou essa passagem como texto de seu discurso em que fez três anúncios surpreendentes:
1.1 Jesus, o cumprimento profético do AT (Lc 4.17,21). Após a leitura da Escritura, na sinagora em Nazaré, Jesus asseverou que aquela profecia estava sendo cumprida nele. O AT contém centenas de referências ao Messias que viria. Por meio dos profetas, Deus falou a cerca da vinda do Redentor do mundo (Gn 49.10; Nm 24.17; Dt 18.15; Sl 2.7,11; 45.6,7,11; 72.8; Dn 9.24; Ml 3.1). Em Isaías 61.1-2 “as palavras do profeta retratavam a libertação de Israel do exílio na Babilônia como um Ano Jubileu (ano aceitável), quando todas as dívidas seriam canceladas, todos os escravos libertados, e todas as propriedades voltariam aos seus donos originais (Lv 25). Mas a libertação do exílio na Babilônia não tinha trazido o cumprimento que o povo tinha esperado; eles ainda eram um povo dominado e oprimido. Isaías estava profetizando uma futura era messiânica, uma época em que alguém viria no Espírito do Senhor para fazer coisas maravilhosas” (APLICAÇÃO PESSOAL, 2010, vol. 01, p. 343). Isaías em especial, intitulado o “profeta messiânico”, foi o profeta que mais falou acerca do advento do Messias. Abaixo pontuaremos algumas dessas profecias:
 
1.2 Jesus, o Ungido de Deus (Lc 4.18). A palavra portuguesa Cristo é a transliteração do  adjetivo verbal grego, christos, que significa “ungido”. Essa palavra hebraica, por sua vez, traduz o termo hebraico mashiach, que tem o mesmo sentido” (CHAMPLIN, 2006, p.977). Em Israel, desde os tempos mais remotos, os sacerdotes, os reis e os profetas eram ungidos (Êx 29.16; I Sm 9.16; I Rs 19.16). Essa unção servia de confirmação externa da escolha divina, que conferia a eles os seus respectivos ofícios. O título “Messias” foi usado para o Salvador do mundo no AT (Sl 2.2; Dn 9.25,26), e teve seu cumprimento na pessoa de Jesus no NT, pois Ele é o Ungido de Deus (Lc 2.11,26; 24.26; Jo 4.25,26; At 2.36; 8.5; Rm 1.1; I Co 1.1). Somente Jesus possui a unção tríplice. Ele é:
(a) Sacerdote (Hb 2.17; 3.1; 4.14,15; 5.10; 6.20; 7.26; 8.1;9.11; 10.21);
(b) Profeta (Dt 18.15; Lc 24.19; At 3.22-26); e,
(c) Rei (Lc 1.33; Jo 18.37; Ap 11.15; 17.14; 19.16).
1.3 A finalidade da unção de Jesus (Lc 4.18,19). “Notem-se os cinco ofícios com que o Espírito Santo habilitou Jesus:
1) Evangelista, “pois me ungiu para evangelizar os pobres”. Uma das marcas mais notáveis da divindade do ministério de Cristo, em grande contraste a qualquer outra obra no mundo, foi a de evangelizar “a toda criatura”, inclusive aos pobres e desprezados.
2) Médico, “enviou-me a curar”. Jesus, ao voltar do deserto, iniciou Sua investida tríplice contra o reino de Satanás (Mt 4.23): O diabo dominava os pensamentos dos homens, Jesus os livrara ensinando. O mesmo inimigo escravizava os homens, Jesus os libertava pregando o Evangelho. Satanás afligia os corpos e as almas dos homens, Jesus os curava.
3) Libertador, “a apregoar liberdade aos cativos”. Jesus é o verdadeiro Emancipador, rompendo o poder do mal sobre a vida dos homens.
4) Iluminador, “dar vista aos cegos”. Sua obra de restaurar vista aos cegos servia como símbolo de Ele restaurar a visão física e espiritual.
5) Restaurador, “anunciar o ano aceitável do Senhor” (II Co 6.2). Cristo anunciava a chegada da era de grandes favores dos céus” (BOYER, 2011, p. 61 – acréscimo nosso).
II – MILAGRES DE JESUS REGISTRADOS POR LUCAS
Um fato bastante interessante é que apesar de Lucas ter formação médica (Cl 4.14), o evangelho que leva o seu nome nos mostra que ele acreditava, no poder de Deus que atuou sobre Cristo para cura de enfermidades (Lc 5.17). Vejamos os milagres registrados por Lucas:

 
III – A CONTEMPORANEIDADE DOS MILAGRES DE JESUS
Os milagres de Jesus foram eficientes para provar sua messianidade (Mt 11.1-5; Jo 20.31). Ao curar enfermos, expulsar demônios e operar maravilhas e grandes sinais, tinha como objetivo maior mostrar o grande amor de Deus pelos pecadores, que deseja que todos se arrependam e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (I Tm 2.4). É importante destacar que os milagres continuam ocorrendo em nossos dias (Mc 16.17; Jo 14.12; At 2.39; I Co 12.7-10).

CONCLUSÃO
Sinais, curas e milagres ocuparam parte importante do ministério de Cristo Jesus, como sinal de sua messianidade e demonstração da sua compaixão pelos pecadores. Este mesmo poder, permanece com a Igreja nos dias de hoje a fim de que esta se desenvolva espiritualmente e possa conduzir muitas vidas a experiência da salvação.
 
REFERÊNCIAS
APLICAÇÃO PESSOAL. Comentário do Novo Testamento.CPAD.
BOYER, Orlando. Espada Cortante. CPAD.
CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

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