Igreja
Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência
das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor
Presidente: Aílton José Alves
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LIÇÃO 07 – O LUGAR SANTO – (Êx 25.23,30,31; 26.31-37; 30.1,6-8)
2º
TRIMESTRE DE 2019
INTRODUÇÃO
Nesta lição falaremos sobre a parte interior do tabernáculo ou da tenda, chamada de lugar santo; pontuaremos detalhadamente os utensílios pertencente a este lugar; e , finalizaremos destacando que cada móvel pertencente ao lugar santo aponta para uma atribuição de Cristo Jesus.
Nesta lição falaremos sobre a parte interior do tabernáculo ou da tenda, chamada de lugar santo; pontuaremos detalhadamente os utensílios pertencente a este lugar; e , finalizaremos destacando que cada móvel pertencente ao lugar santo aponta para uma atribuição de Cristo Jesus.
I
– INFORMAÇÕES SOBRE O LUGAR SANTO
Todo
o tabernáculo junto com os seus utensílios eram sagrados. No entanto, no tabernáculo
propriamente dito, havia um lugar chamado de “lugar santo” (Êx 26.33). Este
espaço media cerca de cinco metros de largura e de altura e dez metros de
comprimento (CONNER, 2015, p. 52). Abaixo destacaremos algumas informações
sobre este lugar:
1.1
- A primeira parte do tabernáculo. Internamente a tenda, estava dividida em
duas partes: lugar santo e lugar santíssimo. O escritor aos hebreus chama de “primeiro
tabernáculo” e “segundo tabernáculo” (Hb 9.6,7).
1.2
- Um lugar de acesso restrito aos sacerdotes. O acesso ao tabernáculo era cheio
de restrições. O povo comum só podia entrar até o pátio. Somente os sacerdotes
podiam entrar até o “lugar santo”; já no santíssimo só entrava o sumo
sacerdote, uma vez por ano (Êx 30.10; Lv 16.34; Hb 9.7).
1.3
- Um lugar com três utensílios importantes. No lugar santo haviam três móveis,
a saber: o castiçal, a mesa com os pães e o altar de incenso, todos de ouro,
embora somente o castiçal fosse completamente de ouro (Êx 30.27; 31.8).
II
– O CANDELABRO E A SUA MANUTENÇÃO
2.1
- Descrição. Em hebraico a palavra que indica o candeeiro, castiçal, candelabro
ou simplesmente lâmpada que era usado no tabernáculo e posteriormente no templo
de Jerusalém é “menorah” (Êx 25.31-40; 37.17-24; Zc 4.2-5,10-14). Notemos
algumas informações importantes sobre este utensílio: (a) era totalmente de “ouro
puro e batido” bem como os seus utensílios (Êx 25.31,36,39; 31.8; 37.24;
39.37); (b) tinha sete hásteas com sete lâmpadas; uma localizada na coluna central,
e três saindo de cada lado em braços separados (Êx 25.37; 37.17-22; Nm 8.2); (c)
seu peso era cerca de um talento
(cerca de 40 a 50 kg), e segundo a tradição judaica media 1,5 metro de altura por 1,0 metro de largura de uma extremidade a outra; (d) era formado de uma única peça de ouro, pelo que não havia partes separadas ou emendadas (Êx 25.31; 37.17). A coluna ou talo central do candelabro era decorada com quatro cálices esculpidos em forma de flores de amendoeira, alternando-se entre botões e flores e cada uma das hastes laterais tinha três cálices, alternando-se da mesma forma entre botões e flores (Êx 25.31-36; 37.17-22); e, (e) uma das principais finalidades do candeeiro era trazer luminosidade na parte interior do Tabernáculo (Êx 27.20,21; Lv 24.1-4).
(cerca de 40 a 50 kg), e segundo a tradição judaica media 1,5 metro de altura por 1,0 metro de largura de uma extremidade a outra; (d) era formado de uma única peça de ouro, pelo que não havia partes separadas ou emendadas (Êx 25.31; 37.17). A coluna ou talo central do candelabro era decorada com quatro cálices esculpidos em forma de flores de amendoeira, alternando-se entre botões e flores e cada uma das hastes laterais tinha três cálices, alternando-se da mesma forma entre botões e flores (Êx 25.31-36; 37.17-22); e, (e) uma das principais finalidades do candeeiro era trazer luminosidade na parte interior do Tabernáculo (Êx 27.20,21; Lv 24.1-4).
2.2
- O castiçal e a sua manutenção. Arão e seus filhos deviam preparar as lâmpadas
cada vez que oferecessem incenso no altar de ouro: “manhã e tarde” (Êx 30.7,8).
Para que as lâmpadas permanecessem acesas era ordenado que trouxessem “azeite
puro” (Êx 27.20; Lv 24.1,2). O sacerdote tinha duas tarefas diárias que não
podiam ser esquecidas: manter aceso o fogo sobre o altar (Lv 6.12,13) e manter
acesas as lâmpadas do candelabro dentro da tenda durante todo o dia, sendo
assim, a luz não podia ser apagada em momento algum. A expressão “continuamente”
aparece por três vezes (Lv 24.2-4). Era função do sacerdote: (a) aparar os
pavios, retirando a parte queimada, e, (b) manter o suprimento de azeite (Êx
27.21; Lv 24.3; Nm 8.1-3). Arão usava cortadores de pavio e apagadores para
cumprir suas funções sacerdotais (Êx 37.23,24) (HENRY, 2010, p. 427).
III
- A MESA DOS PÃES E A SUA MANUTENÇÃO
3.1
- Descrição. A mesa com os pães da proposição era feita de:
(a) madeira de acácia ou cetim;
(b) tinha dois côvados de comprimento (100 cm), um côvado de
largura (50 cm) e, um côvado e meio de altura (75 cm), revestida ao redor com
ouro puro e uma moldura de ouro em volta (Êx 37.10-12).
Para a ministração na mesa da proposição, Deus estabeleceu a fabricação de alguns utensílios, que deveriam ficar sobre ela (Êx 25.29). Os pratos serviam para colocar os pães; as colheres eram cálices para colocar o incenso sobre os pães, identificando-o como sacrifício (Lv 24.7). As galhetas (tigelas) e as taças (copos), eram para armazenar e despejar o vinho (não alcoólico) em oferta de libação. Todos estes utensílios eram feitos de ouro puro (BEACON, 2010, p. 208 – acréscimo nosso). A parte superior da mesa descansava sobre uma armação, e em volta dela havia uma coroa ou moldura de ouro, projetando-se sobre a parte de cima para impedir que os objetos caíssem dela. Na mesa havia ainda, uma argola em cada esquina para permitir que ali fossem introduzidas os varais, a fim de transportar a mesa (Êx 25.23-28).
3.2
- A mesa e a sua manutenção. Os coatitas eram responsáveis de assar os pães da
proposição de “sábado em sábado”, bem como de transportá-los quando o
tabernáculo mudava (Nm 4.7; 1Cr 9.32; 23.28,29). Cada pão era feito de farinha finíssima,
ou seja, a farinha de trigo da melhor qualidade. Os sacerdotes comiam dele no
Lugar Santo, quando era trocado no sábado (Lv 24.7-9).
IV
- O ALTAR DO INCENSO E SUA MANUTENÇÃO
4.1
- Descrição. Deus mostrou a Moisés que este altar deveria ser:
(a) de madeira de acácia (Êx 30.1);
(b) com um formato “quadrado” ou “quadrangular” e precisas
medidas que equivalem a “50 cm de comprimento, 50 cm de largura e 100 cm de
altura” (Êx 30.2);
(c) forrado de “ouro puro” completamente (Êx 30.3); (d) deveria
ter “quatro pontas”, uma em cada canto (Êx 30.2);
(e) duas argolas nos cantos,
para receber os varais e ser transportado junto com o tabernáculo, quando necessário
(Êx 30.4; 37.25-27); e,
(f) uma moldura (coroa) desenhada a volta do altar e
abaixo desta (Êx 30.3-b).
4.2
- O altar do incenso e a sua manutenção. O altar de ouro foi construído para
que unicamente nele se queimasse incenso ao Senhor (Êx 30.7,8). Neste, não
poderia ser oferecido incenso estranho nem ofertas de sangue, nem libações (Êx 30.9).
Somente uma vez no ano, o altar do incenso era purificado com sangue de um
sacrifício oferecido no altar do holocausto (Êx 30.10). Os sacerdotes tinham
acesso ao altar de ouro para oferecer incenso no tempo aprazado (Êx 30.7,8).Era
neste altar que Deus se encontrava particularmente com a pessoa que, dia a dia,
oferecia o incenso (Êx 30.6-b).
V
– OS MÓVEIS DO LUGAR SANTO APONTAM PARA CRISTO JESUS
5.1
- O castiçal aponta Jesus como a luz do mundo. O castiçal no seu formato
prefigura o Messias. Assim como o castiçal tinha sete braços (Êx 25.31-36); do
Messias procederia o Espírito com Suas sete virtudes: “E repousará sobre ele o Espírito
do SENHOR, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e
de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do SENHOR” (Is 11.2). O
castiçal também prefigura Cristo na sua função iluminadora. O profeta Isaías
anunciou que a vinda do Messias traria luz ao mundo (Is 9.2; 60.1-2). Por
ocasião do nascimento de Jesus, o evangelista Mateus afirmou que a profecia de
Isaías se cumpriu: “O povo, que estava assentado em trevas, viu uma grande luz;
e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou” (Mt
4.16). O apóstolo João afirmou o seguinte acerca de Jesus: “E a luz resplandece
nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (Jo 1.5). O apóstolo ainda declara
em João 3.19-20: “[…] a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do
que a luz […]”. O próprio Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12 ver
9.5).
5.2
- A mesa dos pães aponta para Jesus como o pão vivo. Os pães da proposição
também apontam tipologicamente para o Senhor Jesus Cristo. Vejamos:
-
Sua perfeição moral. Como o pão da proposição não tinha em sua composição o
fermento (JOSEFO apud CHAMPLIN, 2001, p. 419), que em alguns textos bíblicos é
um símbolo da corrupção moral (Mt 16.11; Mc 8.15; 1Co 5.6-8; Gl 5.9), serve
como figura da pureza de Jesus (Lc 1.35; 2Co 5.21; Hb 4.15; 1Pd 1.18,19);
-
Seu sofrimento. Para a preparação do pão da proposição, foi usada da melhor
farinha obtida de grãos inteiros do trigo. Para que esse trigo se tornasse
adequado, ele tinha que ser triturado até se tornar pó finíssimo. O Senhor Jesus
Cristo, como trigo, foi moído (Is 53.7,10), sendo Ele o nosso pão da vida (Jo
12.24). Não menos importante, para o pão servir de alimento precisava ser
assado (Lv 24.5). Sendo também esse processo uma alusão ao intenso sofrimento
do Filho de Deus no Calvário (Mt 3.11; Lc 3.16; Hb 9.14; 12.29);
-
Sua provisão. Jesus é o Pão da Vida (Jo 6.48), que se fez carne para morrer por
nossos pecados (Jo 6.38,51), que sustenta os homens também no âmbito espiritual
(1Pd 2.9; Ap 1.6). O pão da proposição prefigura “o grão de trigo” (Jo 12.24),
que foi sujeitado ao fogo do julgamento divino em lugar dos homens (Jo
12.32,33). Cristo é o nosso pão espiritual, descido do céu (Jo 6.33,38,50,58),
que provisionou a toda humanidade (Jo 3.16) através da fé em sua morte e
ressurreição (Ef 2.8; 1Pd 1.21), a vida eterna: “Na verdade, na verdade vos
digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna” (Jo 6.47; ver 6.54-58).
5.3
- O altar do incenso aponta para a intercessão de Jesus. Somente os sacerdotes
estavam habilitados para a queima do incenso na presença do Senhor (Êx 30.7,8),
pois eles eram mediadores entre Deus e o povo (Hb 5.1). Cristo, como nosso sacerdote
eterno (Sl 110.4; Hb 6.20), que está a destra do Pai (Cl 3.1; Hb 1.3; 8.1;
10.12; 12.12), intercede por nós (Rm 8.34; Hb 7.25). É em seu nome que oramos e
obtemos a resposta (Jo 14.13,14; 16.24). Por sua morte na cruz, fomos feitos sacerdotes
(1 Pd 2.9; Ap 1.6; 5.10), e com isso podemos comparecer a presença de Deus por
meio da oração e sermos atendidos segundo a Sua vontade (1 Jo 5.14), em tempo
oportuno (Hb 4.16).
CONCLUSÃO
Cristo é retratado no lugar santo por meio dos utensílios que nele estão: o castiçal aponta para Cristo como a luz do mundo; a mesa dos pães remete-nos a Cristo como o pão da vida; e, por fim, o altar do incenso fala-nos da contínua intercessão de Cristo pelos Seu povo.
Cristo é retratado no lugar santo por meio dos utensílios que nele estão: o castiçal aponta para Cristo como a luz do mundo; a mesa dos pães remete-nos a Cristo como o pão da vida; e, por fim, o altar do incenso fala-nos da contínua intercessão de Cristo pelos Seu povo.
REFERÊNCIAS
GILBERTO, Antônio, et al. Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD.
GILBERTO, Antônio, et al. Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD.
HOUAISS,
Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
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