terça-feira, 31 de outubro de 2017

LIÇÃO 06 – A ABRANGÊNCIA UNIVERSAL DA SALVAÇÃO - (Jo 3.16-18; 1 Tm 2.5,6) 4º TRIMESTRE DE 2017

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543

LIÇÃO 06 – A ABRANGÊNCIA UNIVERSAL DA SALVAÇÃO - (Jo 3.16-18; 1 Tm 2.5,6)
4º TRIMESTRE DE 2017

INTRODUÇÃO
Nesta lição conceituaremos o termo expiação à luz das Escrituras, sendo este uma das palavras mais importantes referentes a salvação; destacaremos algumas razões pelas quais a obra substitutiva de Cristo foi necessária; bem como faremos alusão a conceitos equivocados sobre o alcance da salvação; e por fim, veremos evidências bíblicas a respeito da expiação universal ou ilimitada.

I – A EXPIAÇÃO À LUZ DAS ESCRITURAS
Um dos termos mais importantes atrelados à Doutrina da Salvação, é o termo expiação. De acordo com Andrade (2006, p. 181) expiação quer dizer: “Cancelamento pleno do pecado com base na justiça de Cristo, propiciando ao pecador arrependido a restauração de sua comunhão com Deus”. Como afirma o apóstolo João: “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (1 Jo 1.7). Vejamos ainda alguns conceitos a respeito da expiação:

1.1 - Conceito no Antigo Testamento. O verbo “expiar” refere-se ao sacrifício para purificação e perdão dos pecados, cuja ideia é de cobrir com sangue: “porquanto é o sangue que fará expiação pela alma” (Lv 17.11) (SOARES, 2017, p. 61). Uma derivação do termo em hebraico é “kipper”, que quer dizer: (a) cobrir, isto é, perdoar o pecado (2Cr 30.18; Sl 65.4; 78.38; 79.9; Ez 16.63; Jr 18.23) e, (b) obter perdão (Êx 32.30; Lv 4.26; 5.26; Nm 6.11; Ez 45.20; Dn 9.24). De forma prática podemos afirmar que fazer expiação traz a ideia de unir duas partes que haviam sido inimigas, em um relacionamento de paz e amizade (VAILATTI, 2016, p. 17).

1.2 - Conceito no Novo Testamento. O conceito de expiação no NT, está relacionado basicamente a dois termos: “hilaskomai”, que significa: “propiciar, expiar, conciliar” (GEISLER, 2010, p. 205), utilizado duas vezes (Lc 18.13; Hb 2.17), e, “hilasmos”, que ocorre semelhantemente duas vezes como propiciação (1Jo 2.2; 4.10), onde é descrito a ação graciosa de Deus por meio da qual Ele remove a culpa do pecador (VAILATTI, 2016, p. 17 – acréscimo nosso).

II – A NECESSIDADE DA EXPIAÇÃO / SALVAÇÃO
2.1 - Universalidade do pecado. Há inequívocas declarações nas Escrituras que indicam a pecaminosidade universal do homem (Sl 14.3; 143.2; Ec 7.20; Rm 3.1-12, 19, 20, 23; Gl 3.22; Tg 3.2; 1Jo 1.8, 10). Várias passagens ensinam que o pecado é uma “herança” do homem desde a hora da sua concepção e seu nascimento, e, portanto, está presente na natureza humana (Gn 6.5). A Bíblia é muito explícita relativamente à extensão (universalidade) do pecado (Sl 51.5; Jó 14.4; Jo 3.6; Rm 5.12). Em Efésios 2.3 diz o apóstolo Paulo que os efésios eram: “por natureza” filhos da ira, como também os demais”. Nesta passagem a expressão “por natureza” indica uma coisa inata e original, em distinção daquilo que é adquirido (Is 53.6). Então, o pecado é uma coisa da própria natureza humana, da qual participam todos os homens e que os fazem culpados diante de Deus (Is 59.16; Rm 5.12-14), por isso, que todos os homens se acham sob condenação e necessitam da redenção (BERKHOF, 2000, p. 235).

2.2 - O caráter de Deus. O Deus que é Santo no sentido absoluto (Is 6.3), não poderia agir com indiferença a respeito do pecado. Para Ele o pecado e o mal, são intoleráveis: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal […]” (Hc 1.13), por Sua justiça exigiria um substituto perfeito para expiar a culpa em nosso lugar (Is 53.5,6). Várias passagens falam da ira divina contra o pecado (Rm 1.18; 2.5,8; 5.9; 9.22; 12.19; Ef 2.3; 5.6; Cl 3.6; 1Ts 1.10; 2.16; 5.9), indicando que a santidade de Deus torna necessária a punição do pecado, implicando assim, na necessidade de que a ira sobre o pecado, seja aplacada através de um sacrifício perfeito e substitutivo (2Co 5.21).

2.3 - A incapacidade do homem. Devido à pecaminosidade humana (Rm 3.10-12), jamais seria possível o homem atingir o padrão exigido por Deus: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia […]” (Is 64.6), para a expiação do pecado (Rm 3.19). Como afirma Rodman (2011, p. 307):“O homem é um pecador em escravidão. Ele é de fato escravo do pecado, sujeito a seus ditames e incapaz de se libertar do seu domínio”; por essa razão, Cristo Jesus, veio em forma humana com o propósito de fazer a reconciliação entre Deus e os homens: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção […]” (1Tm 2.5,6; ver 2Co 5.19).

III – FALSOS CONCEITOS SOBRE O ALCANCE DA SALVAÇÃO
3.1 - Restrito a um grupo seleto de pessoas. Os que advogam esse tipo de conceito, afirmam de maneira equivocada que a morte de Jesus é expiatória a um número limitado de pessoas, as quais seriam chamadas de: “os eleitos”; nesse caso Ele não teria amado a todos com o mesmo amor, antes teria possibilitado a salvação apenas a alguns e não a todas as pessoas, sendo portanto uma “expiação limitada”. Tal afirmação não tem nenhuma sustentação bíblica, ainda que as Escrituras afirmem ser verdade que Cristo tenha morrido pelas suas ovelhas (Jo 10.15), amigos (Jo 15.13), e igreja (Ef 5.25), em nenhum momento se é dito que Ele morreu “somente ou apenas” por estes, da mesma forma que não se pode inferir que Cristo morreu apenas por Paulo (Gl 2.20), por sinal, nesses textos não aparecem em nenhum caso o termo grego “monos”, que quer dizer: “somente, apenas” (VAILATTI, 2016, pp. 63,64), somando-se a isso a Bíblia diz em outros lugares que Jesus morreu pelos ímpios (Rm 5.6), pelos pecadores (Rm 5.8), pelos pecados do mundo inteiro (1Jo 2.1-2).

3.2 - Universalismo. Derivado da palavra “apokatastasis”, isto é, “restauração” (At 3.21); é a ideia de que ao final, todas as pessoas serão salvas […] um conceito considerado herético e condenado no Concílio de Constantinopla no ano 553 d.C. (GEISLER, 2010, p. 301). Os que defendem esse pensamento apelam para o Amor de Deus, que é tão perfeitamente bom e perfeitamente soberano que não é possível que Ele sofra a derrota de permitir que uma de Suas criaturas acabe sendo punida eternamente (WILMINGTON, 2015, p. 603). Algo que deve ser considerado é: “que Cristo provou a morte por cada homem (Hb 2.9), não significa automaticamente que todos são libertos da morte eterna, a pena para o pecado, em nenhum lugar a Bíblia diz isso. Os pecadores são convidados e instados a virem a Cristo e crerem Nele. Essa é a responsabilidade do pecador, algo que ele ‘deve fazer’ para ser salvo” (At 16.30) (HUNT, 2015, p. 429 – acréscimo nosso); portanto, o conceito universalista não tem fundamentação nas Escrituras, pois:

(a) se opõe a justiça de Deus, que conforme sua natureza deve punir aos que vivem em pecado e em rebelião contra Ele,(Rm 5.9; 9.22),
(b) contradiz a condicionalidade da salvação, onde se deve crer para ser salvo (At 2.38; 16.31; Ef 2.8); e,
(c) é contrário ao ensino bíblico acerca do Inferno que é um lugar de punição eterna para Satanás e seus anjos, e a todos que morrerem na impiedade (Mt 25.41; Ap 20.10; 2Pd 2.4; Mt 10.28; 23.33; Ap 22.15).

IV – A ABRANGÊNCIA UNIVERSAL DA SALVAÇÃO
4.1 - Pronunciada no Antigo Testamento. Desde o início, a proposta divina sempre foi estender a bênção da salvação a todos os homens indiscriminadamente o que deixou claro por meio da promessa feita a Abraão: “[…] e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3; Gl 3.8). Na inclusão de estrangeiros na celebração da Páscoa ou na adoração a Deus de uma maneira geral, por meio de uma condição, a circuncisão (Êx 12.48; Nm 15.14; 2Cr 6.32). A provisão do AT pelo pecado e salvação foi para todo o Israel, e não para um eleito especial entre eles. A desobediência e a incredulidade foram as únicas barreiras que separaram cada israelita da graça de Deus (2Cr 29.24; Ed 8.35; Ml 4.4) (HUNT, 2015, p. 425). Destacamos ainda Deus dando garantia e extensão de salvação a todas as pessoas: “Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro” (Is 45.22), como também na descrição do alcance da ação messiânica: “Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os preservados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra” (Is 49.6; ver Is 53.6).

4.2 - Reafirmada no Novo Testamento. A vinda do Messias mostrou claramente que, Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34; Rm 2.11; Ef 6.9; 1Pd 1.17). Sua graça alcança os judeus e os gentios (Rm 3.29; 9.24,30; Gl 3.14; Ef 3.6), não é limitado a um grupo seleto de pessoas, pois as Escrituras afirmam que Jesus se deu como resgate por todos (1Tm 2.6); e, que provou a morte por todos: “[…] Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos” (Hb 2.9) (ver Jo 7.37; 1Tm 4.10; 2Pd 3.9; 1Jo 1.9 – 2.2; 4.14). Diante disso podemos afirmar que:

(a) a necessidade de salvação é universal: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores (1Tm 1.15), ou seja, por todas as pessoas, visto que todos são pecadores (Rm 3.23; 5.12);
(b) a salvação é universal: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego” (Rm 1.16);
(c) a expiação é universal (ilimitada): “[…] Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29);
(d) a graça é universal: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11);
(e) o amor é universal: “Porque Deus amou o mundo […]” (Jo 3.16); e, (f) o evangelho é universal: “[…] Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15); “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações” (Mt 28.19).

CONCLUSÃO
Apesar da Queda da raça humana, Deus, por Sua maravilhosa graça decidiu soberanamente salvar o homem caído em pecado, por meio de Jesus Cristo. Esta salvação alcança a todos os homens indistintamente como prova do grande Amor de Deus (Jo 3.16).

REFERÊNCIAS
ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. Editora Cultura Cristã.
GEISLER, Norman. Teologia Sistemática. CPAD.
HUNT, Dave. Que Amor é este? A falsa representação de Deus no Calvinismo. REFLEXÃO.
RODMAN, J. Williams. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. VIDA.
SILVA, Esequias Soares da (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus.CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
WILLMINGTON, Harold L. Guia de Willmington para a Bíblia. Vol. 01. ACADÊMICO.
VAILATTI, Carlos, Augusto. Expiação Ilimitada. REFLEXÃO.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

LIÇÃO 05 – A OBRA SALVÍFICA DE JESUS CRISTO - (Jo 19.23-30) 4º TRIMESTRE DE 2017

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
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Av. Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543

LIÇÃO 05 – A OBRA SALVÍFICA DE JESUS CRISTO - (Jo 19.23-30)
4º TRIMESTRE DE 2017

INTRODUÇÃO
Estudaremos nesta lição os quatro aspectos da obra salvífica de Jesus, a saber: substitutiva, redentora, reconciliadora e propiciatória; pontuaremos também os resultados desta grande obra salvadora; e por fim, veremos quais as condições para obra salvífica de Jesus na vida do homem apontando a “ordem da salvação” a partir do sinergismo bíblico.

I - ASPECTOS DA OBRA SALVÍFICA DE JESUS
A palavra “salvação” vem da tradução da expressão grega “soterion” que significa: “ser tirado de um perigo; livrar-se; escapar”. A Bíblia fala da salvação como libertação do perigo de uma vida sem Deus (At 26.18; Cl 1.13). A palavra “salvação”, também tem o sentido de “tornar ao estado perfeito”, ou “restaurar o que a Queda causou”. A salvação, portanto, é um dom de Deus (Rm 6.23) concedido por sua graça (Rm 5.15), e que se destina a todos os homens (Jo 3.16,17; Tt 2.11). Podemos considerar quatro significados principais para essa obra salvífica de Jesus. Notemos:

1.1 - A obra salvífica de Jesus foi substitutiva. Quando o homem caiu e se afastou de Deus, ficou em débito eterno para com Deus. O homem, por si só não poderia resolver seu problema ou pagar sua dívida diante de Deus, a não ser que um “substituto” fosse providenciado, o que está fora do alcance do homem conseguir. Essa atividade, dentro da Teologia, é chamada de “expiação vicária”, que pode ser entendida como “substituição penal” (2Co 5.14, 15,21). A Bíblia ensina que os sofrimentos e a morte de Cristo foram vicários por todos os homens, pois Ele tomou o lugar dos pecadores, e que a culpa deles lhes foi “imputada” e a punição que mereciam foi transferida para Ele (Lv 1.2-4; 16.20-22; 17.11; Is 53.6,12; Mt 20.28; Mc 10.45; Jo 1.29; 11.50; Rm 5.6-8; 8.32; 2Co 5.14, 15, 21; Gl 2.20; 3.13; 1Tm 2.6; Hb 9.28; 1Pd 2.24) (RYRIE, 2017, p. 331).

1.2 - A obra salvífica de Jesus foi redentora. A redenção é um aspecto da morte de Cristo sobre a cruz, que é ligado ao pecado e restrito em seu significado. Como substituição tem o sentido de assumir a culpa, a redenção tem sentido de pagar essa culpa assumida. Ou seja, a redenção é aplicada no que diz respeito ao pecado e o débito que ele causa, que pode apenas ser pago com sangue (Hb 9.22 cf. Lv 17.11). Logo, para que o preço de pecado pudesse ser pago, era necessário derramamento de sangue de um cordeiro sem máculas (Jo 1.29; cf. Is 53.9; 1Pd 2.21-22). A ideia expressa nesse contexto é de prover liberdade através do pagamento de um resgate (Rt 3.9; Os 3.15; Is 43.3,10-14). Cristo é o Redentor da Raça humana e a ideia expressa é de comprar (Mt 13.44, 46; 14.15; Mc 6.36; Lc 9.13; cf. Gn 41.57, 42.5,7; Dt 2.6).“Por que fostes comprados por preço”. A ideia presente neste texto aponta para uma compra de alto valor (1Co 7.23). Assim, podemos concluir que essa compra implicou no pagamento de um preço alto (2Pd 2.1), que é o sangue do próprio Messias (Ap 5.9,10). Assim, por meio do pagamento, o redimido é desatado e está livre (CHAFER, 2010, vol.3, p. 99).

1.3 - A obra salvífica de Jesus foi propiciatória. Deus demonstra sua justa ira para com o pecado (Jo 3.36; Rm 1.18-32; Ef 2.3; 1Ts 2.16; Ap 6.16; 14.10,19; 15.1,7; 16.1; 19.15), de forma que, qualquer que seja a atitude desse Deus absolutamente Santo contra o pecado, é completamente justo e aceitável, pois, devido a seu caráter Santo, não pode deixar impune o mal, nem tão pouco fingir que ele não existe, ou que não tem importância. Contudo, em Cristo é providenciada uma oferta “propiciatória” e assim a ira de Deus contra o pecado é apaziguada (Rm 3.25; 1Jo 2.1-2; 4.10 cf. Êx 25.17-22; Lv 16.14.15) (CHAFER, 2010, p. 99).

1.4 - A obra salvífica de Jesus foi reconciliadora. A ideia de reconciliação é completamente neotestamentária, e só pode ser real por meio da Obra de Cristo. A reconciliação é necessária pelo fato de que o homem sem salvação vive em uma relação de inimizade e hostilidade com Deus (Rm 5.9,10; 2Co 5.18-21), e, como inimigo de Deus está plenamente passível de sofrer a manifestação de sua Ira. Vemos que Deus propõe uma resolução para esse problema por meio da morte do Senhor Jesus. Assim, fomos aproximados a Deus, pois Cristo mudou completamente nosso estado anterior de inimizade e substituiu por um de Justiça e de completa harmonia com Deus (Rm 11.15; 2Co 5.18-21; Ef 2.16; Cl 1.20-21). 

II - RESULTADOS DA OBRA SALVÍFICA DE JESUS
Diante dos principais significados da Obra de Cristo a nosso favor é necessário demonstrar que tal Obra tem consequências diretas àqueles que são beneficiados por ela. Vejamos:

2.1 - Justificação. Do grego “dikaiosis”, significa “declarar justo”. A expressão “justificar” carrega o sentido de declarar justo diante de Deus o pecador. Isso não significa que uma pessoa, ao ser declarada justa, seja absolutamente sem falhas, mas que a partir desse momento ela é posicionalmente justa, ou livre de culpa do pecado. “A justificação é o pronunciamento do juiz justo de que o homem em Cristo é justificado; mas esta justiça é uma questão de relacionamento, e não de caráter ético”. A Justificação é um empreendimento do próprio Deus, e aparece como um ato da livre graça de Deus, pela qual Ele perdoa todos os nossos pecados, e nos aceita como justos à sua vista, somente pela justiça de Cristo, imputada a nós, e recebida pela fé somente. É notório que existe uma ligação entre a Justificação e a Lei, por conseguinte com um Juiz, pois Deus não é apenas o legislador, mas o Justo Juiz (2Tm 4.8; Tg 5.9). Logo, o sentido forense da expressão está completo. Diante do Juiz, o justificado tem acesso pela fé a esta graça (Rm 5.2; 9.30), desfruta de um relacionamento de paz com Deus (Rm 5.1) e implica na demonstração de uma conduta concernente com a Nova Posição (Rm 6.7; Tg 2.24) (LADD, 2000, p. 414).

2.2 - Regeneração. Deriva-se do grego “palingenesia” e significa: “gerar novamente” ou “nascer de novo”. É o milagre que acontece na vida daquele que recebe a Cristo, tornando-se participante da vida e da natureza divina. Através da regeneração, ou novo nascimento como também é conhecida, o homem passa a desfrutar de uma nova vida espiritual (Jo 3.1-8; Tt 3.5; 2Pd 1.4; 1Jo 5.11) e torna-se uma nova criatura (2Co 5.17; Cl 3.10). O resultado da regeneração é a mudança de condição – de servo do pecado e do Diabo para filho de Deus (Jo 1.12,13; 3.3; Tt 3.5).

2.3 - Santificação. Santificação é a obra da livre graça de Deus, pela qual somos renovados em todo o nosso ser, segundo a imagem de Deus, habilitados a morrer cada vez mais para o pecado e a viver para a retidão. Santificação é o estado de ser separado permanentemente para Deus, e aflora desde a cruz, onde Deus, em Cristo, nos comprou e nos conduziu para Ele (At 20.28; 26.18; Hb 10.10). Santificação implica em renovação moral (Rm 8.13; 12.1-2; 1Co 6.11, 19-20; 2Co 3.18; Ef 4.22-24; 1Ts 5.23; 2Ts 2.13; Hb 13.20-21). O conceito correto de santificação repousa sobre uma tensão muito grande: É uma obra da graça de Deus, mas exige busca pessoal do cristão. Uma ênfase demasiada no primeiro lado dessa tensão, conclui-se que a santificação é passiva. Da mesma sorte, uma ênfase demasiada no segundo lado dessa tensão, a santificação passa a ser encarada com um grau meritório, e fruto apenas do esforço humano, o que é impossível. Por isso, deve-se admitir que a santificação é uma obra sobrenatural (1Ts 5.23; Ef 5.26; Tt 2.14; Hb 13.20, 21) da qual o cristão participa ativamente (Gl 5.16,25; Fp 2.12,13; Rm 8.13; 12.1,2,9,16,17).

2.4 - Adoção. Adoção era ordinariamente de homens jovens de bom caráter, que se tornavam os herdeiros e mantinham o sobrenome dos ricos sem filhos. Porém, o NT proclama a adoção corteza de Deus a pessoas de mal caráter para se tornar os herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo (Rm 8.15,17; Gl 3.26, 27; 4.5,6; 1Jo 3.1). Em uma cerimônia legal, ao filho adotado era concedido todos os direitos de um filho natural. Não existe dignidade suficiente no homem que o faça merecer tão graciosa obra da salvação (Ef 1.5; Gl 4.5; Rm 8.15) (ENNS, 1998, p. 35). Segundo Hendriksen, a adoção vai ainda um pouco além, pois: “ela outorga não apenas um novo nome, um novo status legal e uma nova relação familiar, mas também uma nova imagem, a imagem de Cristo (Rm 8.29)”. O adotado não tem nenhum mérito pela escolha do “adotador” pois a soberania divina exclui com eficácia qualquer mérito (Gl 3.26; 4.4-7). O status de adotado pertence a todos que recebem o Cristo por livre escolha (Jo 1.12). Adoção e regeneração acompanham um ao outro como dois aspectos da salvação (Jo 1.12-13) (FOULKES, sd, p. 41).

2.5 - Glorificação. Do grego “endoxazo” significa: “ato ou efeito de glorificar”. No plano da salvação, a glorificação é a etapa final a ser atingida por aquele que recebe a Cristo como Salvador e Senhor de sua alma (Rm 8.17). No plano da salvação, a glorificação é a etapa final a ser atingida por aquele que recebe a Cristo como Salvador e Senhor de sua alma . O texto de ouro de nossa glorificação encontra-se em 1João 3.2, que diz: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos”. A Glorificação é o estágio final da salvação e é aplicado a todos os salvos incondicionalmente (1Co 15.51-54).

III - ETAPAS PARA A OBRA SALVÍFICA DE JESUS
A salvação é um processo de sinergismo, do grego “syn” (união, junção) e “ergía” (unidade de trabalho), que significa um trabalho realizado em conjunto. Da perspectiva da doutrina da salvação é a afirmação de que Deus e o homem “cooperam” para a salvação. Existe um amplo fundamento bíblico em favor do sinergismo, ou seja, de que Deus e homem cooperam para a salvação pessoal, ou seja, que dádiva (Deus) e esforço (homem) estão presentes. As Escrituras apresentam a fé, o arrependimento e a conversão como condições da salvação (Mc 16.16; At 2.38; 3.19; 16.31; 22.16). A “ordo salutis” (ordem de salvação) é o nome latino que se dá a organização lógica e cronológica. Vejamos o significado de cada uma delas:

3.1 - Fé. No hebraico significa “buscar refúgio”, é um ato de crer e confiar (Rt 2.12), se apoiar (Sl 56.3), esperar (Jó 35.14). Já no Novo Testamento, a fé é a “condição estabelecida por Deus a todos aqueles que se aproximam de Deus”. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6). Fé é um dom de Deus (Rm 12.3, 2Pd 1.1), e no lado humano a fé é produzida pela Palavra de Deus (Rm 10.14,17; Jo 5.47; At 4.4). “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8).

3.2 - Arrependimento. É a forma de perceber e depois mudar de mente ou propósito. No grego “metanóia” significa uma mudança de ideia, é ter a tristeza pelo ato de pecar, buscando arrepender-se e com o esforço de não mais praticá-lo.“Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento” (Lc 5.32). Arrependimento era a mensagem dos profetas no AT (Dt 30.10; 2Rs 17.13), também foi o ponto alto da pregação de João Batista (Mt 3.2; 4.17; Mc 1.15), de Jesus Cristo (Mt 4.17; Lc 13. 3,5), dos apóstolos (Mc 6.12; At 2.38; 3.19). O arrependimento é definitivamente uma ordem a todos os homens (At 2.38; 3.19; 17.30).

3.3 - Conversão. É o ato de abandonar o pecado, buscando viver uma vida de regeneração e transformação pelo Poder de Deus. “Testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (At 20.21). A Salvação foi planejada por Deus Pai (Ap 13.8 e 1Pd 1.18-20), o Filho consumou-a (Jo 19.30 e Hb 5.9), e o Espírito Santo aplicou ao pecador (Jo 3.5; Tt 3.5 e Rm 8.2), e tudo por graça (Ef 2.8).

CONCLUSÃO
A obra salvífica de Cristo custou um alto preço ao nosso Senhor – seu próprio sangue derramado na cruz. Sua obra nos garante a salvação porque foi uma oferta completa, perfeita e definitiva. Por causa dessa entrega de amor, temos a garantia da vida eterna e, antecipadamente, podemos desfrutar, neste mundo, dos benefícios dessa salvação. 

REFERÊNCIAS
GILBERTO, A., et al. Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD.
HORTON S. M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. CPAD.
STAMPS, D. C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
RYRIE, Charles. Teologia Básica. Mundo Cristão.

CHAFER, Lewis Sperry, Teologia Sistmática. Hagnos.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

LIÇÃO 03 – A SALVAÇÃO E O ADVENTO DO SALVADOR – (Jo 1.1-14) 4º TRIMESTRE DE 2017

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543

LIÇÃO 03 – A SALVAÇÃO E O ADVENTO DO SALVADOR – (Jo 1.1-14)
4º TRIMESTRE DE 2017

INTRODUÇÃO
Nesta lição destacaremos que o advento do Salvador é um fato incomparável; elencaremos algumas importantes verdades sobre a encarnação do Verbo, à luz do Evangelho escrito pelo apóstolo João; e por fim, pontuaremos alguns propósitos para o aparecimento de Cristo na história da humanidade.

I – O NASCIMENTO DE JESUS, UM ADVENTO INCOMPARÁVEL
De acordo com o dicionário Houaiss (2001, p. 94), o termo advento significa: “aparecimento, chegada de (alguém ou algo)”. O nascimento de Jesus é um advento incomparável na história da humanidade. Sobre o aparecimento de Cristo Brunelli afirma: “Tanto a chegada de Jesus a este mundo como a Sua saída ocorreram atipicamente. Esses acontecimentos (nascimento, ressurreição e ascensão) comprovam que Jesus não era uma pessoa comum” (2016,vol. 2, p. 50). Seu nascimento é um marco para a humanidade, um divisor de águas; tanto é fato que, ao nos reportarmos a eventos passados da história, usamos frequentemente a expressão: “antes de Cristo” (a.C.) e, “depois de Cristo” (d.C.). Notemos aspectos desse advento, que o tornou incomparável:

1.1 - Um cumprimento profético. Desde o início das Escrituras vemos Deus prometendo enviar seu Filho ao mundo, começando pelo proto evangelho (Gn 3.15), e continuando por todo o AT. Isaías denominado o profeta messiânico assim declarou sobre o nascimento do Salvador: “Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel” (Is 7.14; ver Is 9.6). Há mais de trezentas referências do AT que se cumpriram em Jesus. Vejamos algumas:

1.2 - Uma concepção sobrenatural. A concepção de Jesus foi proveniente de uma ação miraculosa de Deus por meio do Espírito Santo no ventre da jovem Maria (Mt 1.18,20; Lc 1.34,35). O mesmo Espírito que no princípio pairava sobre as águas no relato da criação (Gn 1.2), semelhantemente de maneira maravilhosa, agiu na encarnação de Cristo. A respeito do advento de Jesus, o apóstolo Paulo diz: “[…] grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória” (1Tm 3.16).

1.3 - Um nascimento natural. Apesar da concepção de Jesus ter sido sobrenatural, o seu nascimento aconteceu de maneira natural como qualquer outra pessoa. Maria teve uma gestação comum (biologicamente) a qualquer mulher de sua época, por isso é dito que Ele era nascido de mulher (Lc 2.4,5; Gl 4.4). Para os que viviam em Nazaré e desconheciam a sua procedência divina, o nazareno era tão somente um dos filhos de José (Lc 4.22; ver Lc 3.23). Essa informação nos ajuda a entender que sua plena humanidade seria evidente a partir de seu nascimento humano comum, e a sua plena divindade seria evidente a partir do fato de sua concepção no ventre de Maria pela obra poderosa do Espírito Santo (GRUDEM, 2007, p. 250).

II – A ENCARNAÇÃO DO VERBO
2.1 - O fato da encarnação. No início da narrativa do Evangelho, o apóstolo João afirma: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós […]” (Jo 1.14-a). O que significa dizer que Cristo, o Deus eterno, tornou-se humano (Fp 2.5-9). A doutrina da encarnação do “Verbo Divino”, excede todo o entendimento humano. Desse milagre depende a essência do Evangelho. Foi por meio desse milagre que Deus introduziu no mundo o Primogênito (Hb 1.6); que Jesus veio em semelhança de carne (Rm 8.3), foi feito “descendência de Abraão” (Hb 2.16), “em tudo […] semelhante aos irmãos” (Hb 2.17). A encarnação deu a Jesus condições de ser o Mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5) e ser o fiel sumosacerdote, para expiar os pecados do povo (Hb 2.17). Os gnósticos (grupo herético do 1º e 2º século), da época do apóstolo João, afirmavam que não houve uma encarnação real, pois pensavam que o corpo de Jesus fosse apenas uma “semelhança”. Para eles, Cristo era, no máximo, uma teofania (uma aparição de Deus em forma humana). Alegavam que o Verbo nunca se tornou carne, realmente. Em oposição, João fez uma declaração simples, direta e poderosa: “O Verbo se fez carne” (1Jo 4.2; 2Jo 7) (BEACON, 2006, p. 30).

2.2 - A rejeição do Verbo. A nação que examinava as Escrituras e que aguardava a vinda do Messias, orando ardentemente por este acontecimento, cantando e profetizando acerca de sua vinda, não o reconheceram e nem o receberam quando Ele veio: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1.11; ver Lc 19.14). O que João nos ensina claramente é que Deus oferece a salvação por seu Filho Jesus a todas as pessoas (Jo 1.9; 3.16), porém, esse presente pode ser rejeitado (At 7.51,52; 1Pd 2.7,8).

2.3 - A dádiva da encarnação. O homem só tem o poder (o direito) de se tornar filho de Deus, se crer em Cristo: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome” (Jo 1.12). Quando o homem crê e experimenta o novo nascimento (Jo 3.1-7), automaticamente passa a fazer parte da família de Deus (Ef 2.19), sendo esse privilégio, mais uma expressão do grande amor de Deus (1Jo 3.1). No entanto, as Escrituras deixam bem claro que, aqueles que o receberam tornaram-se filhos de Deus, não por serem descendentes de Abraão “não nasceram do sangue”, nem por geração natural “nem da vontade da carne”; nem pelos seus próprios esforços “nem da vontade do homem”,“mas de Deus” (cf. Jo 1.13), ou seja, através do dom gratuito e sobrenatural da parte de Deus, mediante uma nova vida gerada pelo Espírito Santo (2Pd 1.4).

III – PROPÓSITOS DA ENCARNAÇÃO DE CRISTO
Algumas pessoas ainda insistem em duvidar que Jesus tenha realmente existido; apesar disso, muitos historiadores atestaram essa verdade (ainda que como um personagem histórico), como os historiadores romanos Tácito, Plínio, o historiador judeu Flávio Josefo e até o Talmude, que também se refere a Jesus de Nazaré como uma pessoa histórica. Biblicamente afirmamos que Cristo em sua aparição na história humana, destaca-se também pelas razões que o fizeram vir ao mundo. Notemos alguns propósitos do nascimento de Jesus:

3.1 - Para revelar o Pai. Ninguém pode ver a Deus e viver (Êx 33.20), pois Ele habita na luz inacessível (1Tm 6.16). Uma das razões para que Cristo viesse ao mundo, foi exatamente para revelar o Deus invisível (Jo 4.24; Cl 1.15; 1Tm 1.17). Na encarnação Jesus nos revela o Pai com perfeição: “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou” (Jo 1.18; ver 2Co 4.4); devido a sua igualdade substancial (Fp 2.6; Cl 1.15; Cl 2.9; Hb 1.3), quem o vê, também vê ao Pai (Jo 14.9), pois afirma: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30). A divindade de Jesus em sua humanidade é a chave para o conhecimento íntimo de Deus. Vindo ao mundo, Cristo revelou perfeitamente como Deus é. Morrendo por nós na cruz, ele demostrou quanto Deus nos ama (1Jo 3.1; 4.10,11,19; 5.15) (MACDONALD, 2011, p. 235 – acréscimo nosso).

3.2 - Para desfazer as obras do Diabo. Após a transgressão de Adão (Gn 3), de alguma maneira sua desobediência deu liberalidade para que o Diabo atuasse na raça humana (Ef 2.2), e isso se torna mais evidente pela prática do pecado pessoal (1Jo 3.8-a). Porém, com o advento de Cristo e consequentemente na sua morte, Ele desfez os laços com os quais as obras do Diabo se mantinham unidas: “[…] Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (1Jo 3.8-b), Cristo Jesus derrotou e submeteu para sempre os poderes do mal (Mt 12.25-29; Lc 10.18; Jo 2.31; Cl 2.15; 1Pd 3.22). Jesus Cristo, mediante sua vitória, quebrantou o poder das forças do Diabo, e mediante sua ajuda essa mesma vitória pode ser nossa (BARCLAY, sd, p. 89).

3.3 - Para salvar o homem de seus pecados. As Escrituras afirmam que Deus criou o homem reto (Ec 7.29). Porém, por causa do pecado de Adão (Gn 3.1-24) todos os homens tornaram-se destituídos da glória de Deus (Rm 3.23) e estavam debaixo da ira de Deus (Rm 1.18; Ef 5.6), marchando para a perdição (Rm 2.5). Por isso, Jesus se manifestou para aniquilar o pecado pelo Seu próprio sacrifício (Hb 9.28; 1Jo 3.5). Foi o próprio anjo Gabriel que destacou o propósito soteriológico do nascimento de Jesus: “[…] porque ele salvará o seu povo dos pecados” (Mt 1.21); para tanto, foi necessário que levasse em seu corpo os nossos pecados (Is 53.5; 1Pd 2.24), reconciliando o homem a Deus (2Co 5.19; lTm 2.5,6). Assim como por um homem entrou o pecado no mundo (Rm 5.12), e pela desobediência de um só todos foram feitos pecadores; Deus determinou que também por um só homem, Jesus Cristo, viesse o dom gratuito (Rm 5.15), e pela obediência de um, muitos fossem feitos justos (Rm 5.19).

CONCLUSÃO
O grande Amor de Deus, que é a essência do seu ser, foi provado ao enviar seu único Filho ao mundo, com a expressa finalidade de trazer salvação a todos os homens.

REFERÊNCIAS
BARCLAY, William. Comentário do Novo Testamento. PDF.
BRUNELLI, Walter. Teologia para Pentecostais: Uma Teologia Sistemática Expandida. ACADÊMICO.
GRUDEM, Wayne. Manual de Doutrinas Cristãs: Teologia Sistemática ao alcance de todos. VIDA.
MACDONALD, William. Comentário Bíblico Popular. MC.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

LIÇÃO 03 – A SALVAÇÃO E O ADVENTO DO SALVADOR (Jo 1.1-14) - 4º TRIMESTRE DE 2017

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543

LIÇÃO 03 – A SALVAÇÃO E O ADVENTO DO SALVADOR (Jo 1.1-14)
4º TRIMESTRE DE 2017

INTRODUÇÃO
Nesta lição destacaremos que o advento do Salvador é um fato incomparável; elencaremos algumas importantes verdades sobre a encarnação do Verbo, à luz do Evangelho escrito pelo apóstolo João; e por fim, pontuaremos alguns propósitos para o aparecimento de Cristo na história da humanidade.

I – O NASCIMENTO DE JESUS, UM ADVENTO INCOMPARÁVEL
De acordo com o dicionário Houaiss (2001, p. 94), o termo advento significa: “aparecimento, chegada de (alguém ou algo)”. O nascimento de Jesus é um advento incomparável na história da humanidade. Sobre o aparecimento de Cristo Brunelli afirma: “Tanto a chegada de Jesus a este mundo como a Sua saída ocorreram atipicamente. Esses acontecimentos (nascimento, ressurreição e ascensão) comprovam que Jesus não era uma pessoa comum” (2016,vol. 2, p. 50). Seu nascimento é um marco para a humanidade, um divisor de águas; tanto é fato que, ao nos reportarmos a eventos passados da história, usamos frequentemente a expressão: “antes de Cristo” (a.C.) e, “depois de Cristo” (d.C.). Notemos aspectos desse advento, que o tornou incomparável:

1.1 - Um cumprimento profético. Desde o início das Escrituras vemos Deus prometendo enviar seu Filho ao mundo, começando pelo proto evangelho (Gn 3.15), e continuando por todo o AT. Isaías denominado o profeta messiânico assim declarou sobre o nascimento do Salvador: “Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel” (Is 7.14; ver Is 9.6). Há mais de trezentas referências do AT que se cumpriram em Jesus. Vejamos algumas:

1.2 - Uma concepção sobrenatural. A concepção de Jesus foi proveniente de uma ação miraculosa de Deus por meio do Espírito Santo no ventre da jovem Maria (Mt 1.18,20; Lc 1.34,35). O mesmo Espírito que no princípio pairava sobre as águas no relato da criação (Gn 1.2), semelhantemente de maneira maravilhosa, agiu na encarnação de Cristo. A respeito do advento de Jesus, o apóstolo Paulo diz: “[…] grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória” (1Tm 3.16).

1.3 - Um nascimento natural. Apesar da concepção de Jesus ter sido sobrenatural, o seu nascimento aconteceu de maneira natural como qualquer outra pessoa. Maria teve uma gestação comum (biologicamente) a qualquer mulher de sua época, por isso é dito que Ele era nascido de mulher (Lc 2.4,5; Gl 4.4). Para os que viviam em Nazaré e desconheciam a sua procedência divina, o nazareno era tão somente um dos filhos de José (Lc 4.22; ver Lc 3.23). Essa informação nos ajuda a entender que sua plena humanidade seria evidente a partir de seu nascimento humano comum, e a sua plena divindade seria evidente a partir do fato de sua concepção no ventre de Maria pela obra poderosa do Espírito Santo (GRUDEM, 2007, p. 250).

II – A ENCARNAÇÃO DO VERBO
2.1 - O fato da encarnação. No início da narrativa do Evangelho, o apóstolo João afirma: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós […]” (Jo 1.14-a). O que significa dizer que Cristo, o Deus eterno, tornou-se humano (Fp 2.5-9). A doutrina da encarnação do “Verbo Divino”, excede todo o entendimento humano. Desse milagre depende a essência do Evangelho. Foi por meio desse milagre que Deus introduziu no mundo o Primogênito (Hb 1.6); que Jesus veio em semelhança de carne (Rm 8.3), foi feito “descendência de Abraão” (Hb 2.16), “em tudo […] semelhante aos irmãos” (Hb 2.17). A encarnação deu a Jesus condições de ser o Mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5) e ser o fiel sumo sacerdote, para expiar os pecados do povo (Hb 2.17). Os gnósticos (grupo herético do 1º e 2º século), da época do apóstolo João, afirmavam que não houve uma encarnação real, pois pensavam que o corpo de Jesus fosse apenas uma “semelhança”. Para eles, Cristo era, no máximo, uma teofania (uma aparição de Deus em forma humana). Alegavam que o Verbo nunca se tornou carne, realmente. Em oposição, João fez uma declaração simples, direta e poderosa: “O Verbo se fez carne” (1Jo 4.2; 2Jo 7) (BEACON, 2006, p. 30).

2.2 - A rejeição do Verbo. A nação que examinava as Escrituras e que aguardava a vinda do Messias, orando ardentemente por este acontecimento, cantando e profetizando acerca de sua vinda, não o reconheceram e nem o receberam quando Ele veio: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1.11; ver Lc 19.14). O que João nos ensina claramente é que Deus oferece a salvação por seu Filho Jesus a todas as pessoas (Jo 1.9; 3.16), porém, esse presente pode ser rejeitado (At 7.51,52; 1Pd 2.7,8).

2.3 - A dádiva da encarnação. O homem só tem o poder (o direito) de se tornar filho de Deus, se crer em Cristo: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome” (Jo 1.12). Quando o homem crê e experimenta o novo nascimento (Jo 3.1-7), automaticamente passa a fazer parte da família de Deus (Ef 2.19), sendo esse privilégio, mais uma expressão do grande amor de Deus (1Jo 3.1). No entanto, as Escrituras deixam bem claro que, aqueles que o receberam tornaram-se filhos de Deus, não por serem descendentes de Abraão “não nasceram do sangue”, nem por geração natural “nem da vontade da carne”; nem pelos seus próprios esforços “nem da vontade do homem”,“mas de Deus” (cf. Jo 1.13), ou seja, através do dom gratuito e sobrenatural da parte de Deus, mediante uma nova vida gerada pelo Espírito Santo (2Pd 1.4).

III – PROPÓSITOS DA ENCARNAÇÃO DE CRISTO
Algumas pessoas ainda insistem em duvidar que Jesus tenha realmente existido; apesar disso, muitos historiadores atestaram essa verdade (ainda que como um personagem histórico), como os historiadores romanos Tácito, Plínio, o historiador judeu Flávio Josefo e até o Talmude, que também se refere a Jesus de Nazaré como uma pessoa histórica. Biblicamente afirmamos que Cristo em sua aparição na história humana, destaca-se também pelas razões que o fizeram vir ao mundo. Notemos alguns propósitos do nascimento de Jesus:

3.1 - Para revelar o Pai. Ninguém pode ver a Deus e viver (Êx 33.20), pois Ele habita na luz inacessível (1Tm 6.16). Uma das razões para que Cristo viesse ao mundo, foi exatamente para revelar o Deus invisível (Jo 4.24; Cl 1.15; 1Tm 1.17). Na encarnação Jesus nos revela o Pai com perfeição: “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou” (Jo 1.18; ver 2Co 4.4); devido a sua igualdade substancial (Fp 2.6; Cl 1.15; Cl 2.9; Hb 1.3), quem o vê, também vê ao Pai (Jo 14.9), pois afirma: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30). A divindade de Jesus em sua humanidade é a chave para o conhecimento íntimo de Deus. Vindo ao mundo, Cristo revelou perfeitamente como Deus é. Morrendo por nós na cruz, ele demostrou quanto Deus nos ama (1Jo 3.1; 4.10,11,19; 5.15) (MACDONALD, 2011, p. 235 – acréscimo nosso).

3.2 - Para desfazer as obras do Diabo. Após a transgressão de Adão (Gn 3), de alguma maneira sua desobediência deu liberalidade para que o Diabo atuasse na raça humana (Ef 2.2), e isso se torna mais evidente pela prática do pecado pessoal (1Jo 3.8-a). Porém, com o advento de Cristo e consequentemente na sua morte, Ele desfez os laços com os quais as obras do Diabo se mantinham unidas: “[…] Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (1Jo 3.8-b), Cristo Jesus derrotou e submeteu para sempre os poderes do mal (Mt 12.25-29; Lc 10.18; Jo 2.31; Cl 2.15; 1Pd 3.22). Jesus Cristo, mediante sua vitória, quebrantou o poder das forças do Diabo, e mediante sua ajuda essa mesma vitória pode ser nossa (BARCLAY, sd, p. 89).

3.3 - Para salvar o homem de seus pecados. As Escrituras afirmam que Deus criou o homem reto (Ec 7.29). Porém, por causa do pecado de Adão (Gn 3.1-24) todos os homens tornaram-se destituídos da glória de Deus (Rm 3.23) e estavam debaixo da ira de Deus (Rm 1.18; Ef 5.6), marchando para a perdição (Rm 2.5). Por isso, Jesus se manifestou para aniquilar o pecado pelo Seu próprio sacrifício (Hb 9.28; 1Jo 3.5). Foi o próprio anjo Gabriel que destacou o propósito soteriológico do nascimento de Jesus: “[…] porque ele salvará o seu povo dos pecados” (Mt 1.21); para tanto, foi necessário que levasse em seu corpo os nossos pecados (Is 53.5; 1Pd 2.24), reconciliando o homem a Deus (2Co 5.19; lTm 2.5,6). Assim como por um homem entrou o pecado no mundo (Rm 5.12), e pela desobediência de um só todos foram feitos pecadores; Deus determinou que também por um só homem, Jesus Cristo, viesse o dom gratuito (Rm 5.15), e pela obediência de um, muitos fossem feitos justos (Rm 5.19).

CONCLUSÃO
O grande Amor de Deus, que é a essência do seu ser, foi provado ao enviar seu único Filho ao mundo, com a expressa finalidade de trazer salvação a todos os homens.

REFERÊNCIAS
BARCLAY, William. Comentário do Novo Testamento. PDF.
BRUNELLI, Walter. Teologia para Pentecostais: Uma Teologia Sistemática Expandida. ACADÊMICO.
GRUDEM, Wayne. Manual de Doutrinas Cristãs: Teologia Sistemática ao alcance de todos. VIDA.
MACDONALD, William. Comentário Bíblico Popular. MC.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

LIÇÃO 02 – A SALVAÇÃO NA PÁSCOA JUDAICA (Êx 12.21-24,29) 4º TRIMESTRE DE 2017

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543

LIÇÃO 02 – A SALVAÇÃO NA PÁSCOA JUDAICA (Êx 12.21-24,29)
4º TRIMESTRE DE 2017

INTRODUÇÃO
Sem dúvida, a Páscoa era uma das festas mais importantes do judaísmo, e a sua celebração era carregada de valor simbólico. Quando instituiu a Santa Ceia, por ocasião da celebração da última Páscoa, Jesus tinha em mente esses fatos. A libertação da páscoa reveste-se, portanto, de um caráter introspectivo, por mostrar a necessidade pessoal de libertação por meio da substituição. E um caráter prospectivo, porque profetizava a libertação antes dela acontecer e prenunciava a obra de Cristo que prometeu a libertação a todos quantos crerem nele (Jo 8.32,36; Mt 11.28).

I – PÁSCOA, A PRIMEIRA FESTA RELIGIOSA DOS JUDEUS
1.1 - Nome da festa. A palavra portuguesa “Páscoa” é usada para designar a festa dos judeus que, no hebraico, é chamada “Pesach”, que significa: “saltar por cima”, ou “passar por sobre”. Esse nome surgiu em face do registro bíblico de que o anjo da morte, ou anjo destruidor, passou por sobre as casas marcadas com o sangue do cordeiro pascal, quando ele matou os primogênitos do Egito “E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito” (Êx 12.23).

1.2 - A data em que foi celebrada. O nome hebraico do mês que aconteceu a primeira Páscoa foi em Abibe, que significa “espigas verdes”. Corresponde a Março-Abril em nosso calendário. Durante o Exílio babilônico foi substituído pelo nome Nisã que significa “começo, abertura” (Ne 2.1). Ainda hoje o ano civil começa no outono, com a Festa das Trombetas (Lv 23.24; Nm. 29.1), chamado Rosh Hashanah, que significa “Ponta do Ano” ou “Ano Novo”.

1.3 - Uma festa em família. O registro bíblico nos mostra que a Páscoa era uma cerimônia familiar:“Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família” (Êx 12.3). Quando a família fosse pequena demais deveria unir-se a outra. De acordo com a tradição judaica, a expressão “pequena demais” significava com menos de dez pessoas. Eles deviam calcular quanto cada um poderia comer e assim determinar se deviam se reunir com alguma outra família (Êx 12.4).

1.4 - Elementos da festa. Os participantes da Páscoa deveriam ter os lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. Conforme o registro bíblico, a festa da Páscoa deveria ser preparada com os seguintes elementos: um cordeiro ou cabrito, pães asmos, ervas amargas e o sangue do cordeiro que deveria ser aplicado nas vergas e nos umbrais da porta. Cada um dos componentes desta celebração tinha um sentido literal e espiritual, que Deus tinha em mente transmitir não somente aos filhos de Israel, como a seus descendentes (Êx 12.24-27).


II – A PÁSCOA E O SEU SIGNIFICADO PARA A IGREJA
Embora a celebração da festa da Páscoa seja uma ordenança divina para aos judeus (Êx 12; Nm 9.2,4; Dt 16), ela tem um profundo significado para o cristão por representar a obra de Cristo para a nossa redenção, pois as festas de Israel eram “sombras das coisas futuras” (Cl 2.17). Observemos algumas similaridades entre a Páscoa e Cristo:

2.1 - O significado profético da Páscoa. Assim como um cordeiro foi sacrificado no dia da páscoa para a libertação dos judeus no Egito, Cristo foi sacrificado para a libertação dos nossos pecados: “…Ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21); “… pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados” (Ap 1.5); “…Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado” (1Co 5.7). Há uma perfeita identificação entre o pecado do crente e a oferta pelo pecado (Jo 3.14 ver Jo 1.29).

2.2 - O poder profético do sacrifício de Cristo. Este era o método usado por Deus, desde os tempos de Adão, para perdoar os pecados: O sangue deveria ser derramado “Porque a vida da carne está no sangue” (Lv 17.11). “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez (oferta pelo) pecado por nós…” (2Co 5.21). Por isso “… sem derramamento de sangue não há remissão de pecados” (Hb 9.22). No tempo do AT o sangue dos animais apenas cobria os pecados, no NT o sangue de Cristo tira o pecado do mundo (Jo 1.29; Hb 10.10-12).


III – PRINCÍPIOS QUE A IGREJA APRENDE COM A FESTA DA PÁSCOA
3.1 - A Páscoa significa libertação. Se esta festa era a festa da libertação, porque então ela foi celebrada antes da libertação propriamente dita? Porque Deus quis ensinar que o sacrifício expiatório, a fé e a nossa obediência precedem a plena libertação, afinal, Israel não estava sendo liberto apenas de Faraó, mas também do Anjo Destruidor. E isto implica que a libertação espiritual sempre precede a física.

3.2 - A Páscoa significa salvação. Observem que a promessa de Deus era que por meio do sacrifício de um cordeiro cada casa era salva do destruidor (Êx 12.3). O Faraó havia dito ao povo hebreu que eles podiam ir, mas sem os seus filhos (Êx 10.8-11) e nisto podemos entender a vontade do Diabo quanto as nossas famílias. Satanás sempre tentará cativar e destruir nossos filhos.

3.3 - A Páscoa significa redenção. As festas eram “sombras das coisas futuras” (Hb 10.1; Cl 2.17), ou seja, elas tipificavam aquilo que, como no caso da Páscoa, um dia tornar-se-ia história na encarnação do Senhor. E a Páscoa era exatamente uma antecipação figurativa da obra de Jesus no Calvário.

CONCLUSÃO
Concluímos que a Páscoa para os judeus é a memória da ação salvadora de Deus. Para nós, os cristãos, é a recordação da ação redentora de Jesus em favor da humanidade. Cristo é a nossa verdadeira Páscoa, o Cordeiro único e o Sumo Sacerdote por excelência. Seu sacrifício foi definitivo e completo e ilimitado, ou seja, para todos os homens (Jo 3.16).

REFERÊNCIAS
MCMURTRY, Grady Shannon. As Festas Judaicas do Antigo Testamento. ADSantos.
VAUX, Roland de. Instituições de Israel no Antigo Testamento. Vida Nova.

STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

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