Igreja Evangélica Assembleia
de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas
Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José
Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 - Santo
Amaro - Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543
LIÇÃO 13 – SOBRE A FAMÍLIA E A
SUA NATUREZA - (Gn 2.18-24)
3º TRIMESTRE DE 2017
INTRODUÇÃO
Nesta lição traremos a
definição de família; veremos o que a Bíblia nos diz acerca da gênese da
família; falaremos ainda dos propósitos de Deus com a família; pontuaremos os ataques
que esta instituição tem sofrido e o que devemos fazer para proteger a nossa
família contra os ataques de Satanás.
I – DEFINIÇÃO DE FAMÍLIA
A nossa confissão de fé (2017,
p. 203) diz que: a família é uma instituição criada por Deus, imprescindível à existência, formação e
realização integral do ser humano, sendo composta de pai, mãe e filho(s) -
quando houver - pois o Criador, ao formar o homem e a mulher, declarou
solenemente: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à
sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24). Deus criou o ser humano à sua
imagem e semelhança e os fez macho e fêmea: “E criou Deus o homem à sua imagem;
à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1.27), demonstrando a
sua conformação heterossexual. A diferenciação dos sexos visa à
complementaridade mútua na união conjugal (1Co 11.11), essa complementariedade
mútua necessária à formação do casal e à procriação. Reconhecemos preservada a
família, quando, na ausência do pai e da mãe, os filhos permanecerem sob os
cuidados de parentes próximos (Et 2.7,15; 1 Tm 5.16). Rejeitamos o
comportamento pecaminoso da homossexualidade por ser condenada por Deus nas Escrituras,
bem como qualquer configuração social, que se denomine família, cuja existência
se fundamente em prática, união ou qualquer conduta que atente contra a
monogamia e a heterossexualidade consoante o modelo estabelecido pelo Criador e
ensinado por Jesus (Mt 19.6).
II – A GÊNESE DA FAMÍLIA
O livro do Gênesis além de
falar do início de várias coisas, dentre elas a gênese (início) da família (Gn
1.26,27). Vejamos algumas considerações
sobre isto:
2.1 - Deus fez o homem e a
mulher. A Bíblia é clara em dizer que tanto o homem quanto a mulher foram
feitos por Deus (Gn 1.27); que ambos tem a “imagem e semelhança de Deus”; e,
que a ambos foi dada a mesma ordem em relação a terra “e sujeitai-a; e dominai
sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se
move sobre a terra” (Gn 1.28).
2.2 - Deus abençoou, os casou
e ordenou que se multiplicassem. Ao criar a mulher, Deus trouxe-a a Adão e fez
o casamento (Gn 2.22-24).
Portanto, “o casamento é uma criação de Deus”. É dito também que Deus os
abençoou (Gn 1.28-a). A palavra “abençoou” do verbo “abençoar” no hebraico é “beraka”
que significa: “o ato de conceder verbalmente
boas coisas” (HARRIS, 2001, p. 221). Esta bênção sobre o casal significa: “Deus
voltar inteiramente o Seu rosto de modo favorável para o beneficiário” (KIDNER,
2001, p. 49). Em seguida o Senhor ordenou que eles se multiplicassem: “E Deus
os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra,
e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e
sobre todo o animal que se move sobre a terra” (Gn 1.28).
2.3 - Distinções entre o homem
e a mulher. Além de diferenças genéticas, fisiológicas e emocionais, existem
distinções de papéis e diferenças funcionais entre o homem e a mulher, que
foram estabelecidas pelo próprio Criador (Gn 2.15,18). Deus estabeleceu que no
casamento o homem fosse o cabeça da relação. A confirmação específica pelo
Senhor da liderança de Adão se pode ver claramente no fato de: o homem ter sido
feito primeiro (Gn 1.26); porque lhe foi dada a tarefa de lavrar a terra (Gn
2.15); de nomear os animais (Gn 2.19,20); ele próprio nomeou a esposa (Gn
2.23); e, foi chamado a responsabilidade quando pecou (Gn 3.9-12). Geisler
(2010, p. 940) diz: “a ordem de autoridade no lar e na Igreja está baseada no
fato e ordem da criação”. Quanto a mulher, a Bíblia destaca que ela foi criada
por causa do homem (1Co 11.8,9). O ideal divino ao criá-la era de que por meio
dela:
(a) proporcionar companhia (Gn
2.18);
(b) ajudá-lo nas suas tarefas
(Gn 1.28); e,
(c) gerasse filhos (Gn
1.27,28).
Provérbios descreve a mulher
virtuosa como uma dona de casa inteligente, sob a autoridade de seu marido (Pv
31.10-31). Paulo e Pedro ensinam que a mulher deve reconhecer a liderança do
marido em submissão (Ef 5.22; Cl 3.18; 1Pe 3.1), e, exigem dos maridos amor sacrificial
e respeito para com a sua esposa (Ef 5.25; Cl 3.19; 1 Pe 3.7). Os indivíduos
que abandonaram de modo claro e específico os papéis estabelecidos por Deus
para cada sexo tiveram resultados desastrosos, que culminaram na ruína da
família. “Igualdade, distinção, completamentaridade e submissão precisam ser
mantidos em equilíbrio delicado” (KOSTENBERGER, 2011, p. 32).
III – OS PROPÓSITOS DE DEUS
COM A FAMÍLIA
Deus criou a família com
propósitos sublimes, para o indivíduo e para toda a humanidade. O Pr. Elinaldo
Renovato no livro: “A família cristã e os ataques do inimigo” (2013, p. 08)
pontua pelo menos quatro propósitos. Vejamos:
3.1 - Evitar a solidão. Quando
Deus se propôs a criar a mulher, fez pensando em oferecer-lhe uma companhia (Gn
18.22; Pv 18.22). A mulher foi criada para ser a amável companheira do homem e
sua ajudadora. Daí, ela ser participante da responsabilidade de Adão e com ele
cooperar no plano de Deus para a vida dele e da família por meio do casamento.
3.2 - Bem-estar social. O
homem é um ser gregário por natureza. A palavra “gregário” significa: “que vive
em bando” (AURÉLIO, 2004, p. 1004). Ele sente a necessidade de viver em grupo,
de socializar-se. Desde o princípio, Deus fez uma comunidade de “macho e fêmea”
e lhes disse que multiplicassem a sua espécie em uma comunidade maior (Gn
1.27,28).
3.3 - Bem-estar emocional.
Marido e mulher complementam-se em suas necessidades emocionais (Gn 2.23). Nos momentos
alegres, compartilham seus sentimentos de felicidade (Pv 5.18). Nos momentos
tristes ou difíceis, ajudam-se mutuamente, impulsionados pelo amor conjugal.
Pais e filhos, vivendo em família, sentem-se mais seguros do que pessoas que
vivem solitárias: “Deus faz que o solitário viva em família […]” (Sl 68.6).
3.4 - A multiplicação da
espécie. Quando os fez macho e fêmea, Deus tinha o propósito de tornar possível
a reprodução do gênero humano (Gn 1.28-a), visto que dois iguais não se
reproduzem, por isso a prática homossexual é vista na Bíblia como uma
abominação (Lv 18.22); e, algo antinatural (Rm 1.26,27). Portanto, “o princípio
da heterossexualidade estabelecido na criação, continua a ser parte integrante
do plano de Deus para o casamento” (KOSTENBERGER, 2011, p. 40 – acréscimo
nosso).
IV – OS ATAQUES PÓS MODERNOS A
FAMÍLIA
A palavra ataque refere-se a
todo o investimento de Satanás por meio da educação, do sistema político, da sociedade sem Deus e etc,
contra a família (2 Co 10.4-5; Cl 2.8; Tg 3.15). Vejamos alguns:
4.1 - Incentivo ao divórcio. A
mídia tem dado grande incentivo a prática do divórcio, consequentemente
tornando-o prática comum na sociedade. O princípio da “indissolubilidade do
casamento” tem sido quebrado em grande escala a cada ano, evidenciando a falta
de temor a Deus e do verdadeiro amor e respeito que deve existir entre os
casais. A natureza indissolúvel do casamento vem desde a sua origem (Gn 2.24).
Jesus disse que esse registro bíblico fala da indissolubilidade do casamento
(Mt 19.5,6). O Mestre disse que somente a infidelidade pode legitimar um
segundo casamento, o contrário configura em adultério (Mt 19.9). É bom destacar
que Jesus nunca estimulou ou encorajou o divórcio. Portanto, o divórcio não
deve ser a primeira opção no caso de infidelidade conjugal, mas o perdão (Mt
18.21-35; Lc 17.4).
4.2 - A impureza no leito
conjugal. Desde a Queda, o sexo e a sexualidade têm sido deturpados. Por meio
da mídia escrita, televisiva e até de alguns ensinadores que se levantaram no
cenário nacional, têm havido um ensinamento deturpado do ato conjugal com práticas
impuras e inconvenientes, sob o lema de que “dentro de quatro paredes vale
tudo”. A Escritura, porém nos mostra que o sexo foi criado por Deus com
propósitos elevados, saudáveis e benéficos para o ser humano, e por isso
reprova severamente práticas sexuais corrompidas,
tais como:
(a) adultério (Êx 20.14; Dt
5.18; Mt 5.27; Rm 13.9); e,
(b) outras perversões, que são
próprias daqueles que não temem a Deus (Êx 20.17; 1 Co 6.19,20; 1 Pe 3.7; Hb
13.4).
4.3 - A falta de
espiritualidade. Em alguns lares a espiritualidade da família está entrando em
crise (Mt 24.12). A frieza e a mornidão espiritual têm impedido que os membros
da família vivam em comunhão com Deus (Ap 3.15,16). Isto se dá pelo fato de
alguns lares, darem pouca importância a oração, adoração e a leitura bíblica no
seio familiar. Todavia, a Bíblia nos mostra o que devemos priorizar (Mt 6.33;
Cl 3.1).
V – PROTEGENDO A FAMÍLIA
CONTRA OS ATAQUES DE SATANÁS
Não podemos evitar que nossa
família sofra investidas do diabo, mas podemos proteger a nossa família das
suas astutas ciladas (Ef 6.10,11). Vejamos como podemos proteger nossa família:
Santificando o lar (Lv 20.26;
2 Co 7.1; 1 Ts 4.7);
Praticando o culto doméstico
regularmente (Dt 6.7-9);
Mantendo uma vida de oração e
jejum (Rm 12.12; Cl 4.2; 1 Ts 5.17);
Ensinando a Palavra de Deus no
lar (Pv 22.6; At 5.42);
Frequentando os cultos no
templo assiduamente (2 Cr 7.15,16; Sl 122.1);
Vigiando em todo tempo (At
20.31; 1 Co 16.13; Cl 4.2; 1 Ts 5.6.10; 1 Pe 5.8).
CONCLUSÃO
Deus fez o homem e a mulher e
os casou formando a família. Portanto, a família é a primeira instituição
divina e a célula-mãe da sociedade. Ela foi criada por Deus para o bem-estar
emocional, social e reprodução da espécie humana.
REFERÊNCIAS
FERREIRA, Aurélio Buarque de
Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. POSITIVO.
KOSTENBERGER, Andreas J. com
JONES, David. Deus Casamento e Família. VIDA NOVA.
KIDNER, Derek. Gênesis:
introdução e comentário. CULTURA BÍBLICA.
RENOVATO, A Família Cristã e
os ataques do inimigo. CPAD.
SILVA, Esequias Soares da
(Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de
Estudo Pentecostal. CPAD.
Nenhum comentário:
Postar um comentário