Igreja
Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
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LIÇÃO
01 – GÊNESIS, O LIVRO DA CRIAÇÃO DIVINA - 4º TRIMESTRE DE 2015
(Gn
1.1-10,14,26)
INTRODUÇÃO
A
lição do último trimestre de 2015 tem como título: O Começo de Todas as Coisas
– Estudos sobre o livro de Gênesis,
onde teremos a oportunidade de estudar treze lições baseadas no Gênesis – o
primeiro livro da Bíblia. Nesta primeira
lição, destacaremos informações importantes acerca deste livro, tais como:
nome, autoria, data, estrutura, propósito,
dentre outras coisas; veremos ainda qual a sua importância do ponto de vista:
teológico, literário e histórico; e, por
fim, pontuaremos a perfeita harmonia dos seus assuntos com o último livro da
Bíblia – o Apocalipse.
I
– INFORMAÇÕES SOBRE O LIVRO DO GÊNESIS
1.1 -
Nome. “No AT, a primeira palavra do texto, “bereshit”, “no princípio”, serve de
título para o livro de Gênesis. Tomar a
primeira frase ou palavra de uma obra literária para denominá-la era prática
comum no antigo Oriente Próximo. A tradução
grega chamada Septuaginta (Tradução do Antigo Testamento para o grego) igualou este
termo de abertura com a palavra
“gênesis”, que significa “origem ou fonte”. A palavra grega permaneceu em
nossas versões bíblicas, porque descreve
notavelmente bem o conteúdo do livro. É o livro dos começos: o começo do
universo, do homem, do pecado, da salvação,
da nação hebraica, da aliança com os homens” (BEACON, 2006, vol. 01, p. 25 –
acréscimo nosso).
1.2 -
Autoria. “O AT afirma que o Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia) é
de autoria de Moisés, o grande libertador
no Êxodo que comunicou aos israelitas a revelação de Deus concernente a si
mesmo e aos propósitos para o povo
recentemente resgatado (Êx 17.14; 24.4; Nm 33.1,2; Dt 31.9; Js 1.8; 2 Rs 21.8).
Embora não haja dúvida de que houvera
uma tradição oral (e talvez escrita) contínua acerca das suas origens, história
e propósito, foi Moisés que reuniu estas
tradições e as integrou ao corpo conhecido por Torá, desta forma surgindo uma
síntese abrangente e oficial” (ZUCK, p.
20 – acréscimo nosso). Sobre a autoria mosaica podemos acrescentar ainda que os
escritores do NT estão de pleno acordo
com os do AT. Falam dos cinco livros em geral como “a lei de Moisés” (At 13.39;
15.5; Hb 10.28). Para eles, “ler Moisés”
equivale a ler o Pentateuco (II Co 3.15). Finalmente, as palavras do próprio
Jesus dão testemunho de que Moisés é
o autor (Jo 5.46; Mt 8.4; 19.8; Mc 7.10; Lc 16.31; 24.27,44).
1.3 -
Data e Estrutura. O livro do Gênesis foi escrito provavelmente por volta de
1445-1405 a.C. Ele se divide em duas partes:
a primeira, do capítulo 1 ao 11, conta como Deus criou tudo o que existe,
incluindo a raça humana. Encontram-se aqui
as histórias de Adão e Eva, Caim e Abel, Noé e o dilúvio e a torre de Babel. A
segunda parte, do capítulo 12 ao 50, conta
a história dos patriarcas hebreus: Abraão, Isaque, Jacó e seus doze filhos que
foram o começo das doze tribos de Israel.
E o livro termina com a história de José, um dos filhos de Jacó, que fez com
que os seus irmãos e o seu pai fossem morar
no Egito.
1.4 -
Assunto. “O assunto geral é “o princípio de todas as coisas”. Porém à luz do
tema da Bíblia toda, seu tema é: “Deus começa
a redenção escolhendo um povo”. O livro do Gênesis abrange uma época muito
longa; desde as primeiras origens
das coisas até ao estabelecimento de Israel no Egito. O esquema do livro é o
seguinte: (a) a criação (1-2); (b) a queda
e suas consequências (3-4); (c) o dilúvio (5-9); (d) a dispersão das nações
(10-11); e, (e) história patriarcal (12-50)” (HOFF,
1995, p. 13).
1.5 -
Propósitos. “O livro do Gênesis é a introdução à Bíblia toda. É o livro dos
princípios, pois narra os começos da criação,
do homem, do pecado, da redenção e da raça eleita. Tem sido chamado de “viveiro
ou sementeiro da Bíblia” porque
nele estão as sementes de todas as grandes doutrinas. Conquanto o Gênesis
esteja estreitamente ligado aos demais livros
do Antigo Testamento, relaciona-se mais ainda, em certo sentido, com o Novo
Testamento. Alguns temas do Gênesis
mal voltam a aparecer até que sejam tratados e interpretados no Novo Testamento.
Incluem-se aí a queda do homem,
a instituição do casamento, o juízo do dilúvio, a justiça que Deus imputa ao
crente, o contraste entre o filho da promessa
e o filho da carne, e o povo de Deus como estrangeiros e peregrinos” (HOFF,
1995, p. 13).
1.6 -
Cristologia em Gênesis. Esse livro dos princípios também anuncia a vinda de
Cristo. Mesmo veladas a mente secular, essas
referências sutis alertam os crentes para aquele que cumprirá a promessa final.
Essas referências cristológicas aparecem
na forma de profecias ou de tipos velados, tais como:
(a) A semente da mulher
(Gn 3.15). Um Filho de Eva (ou
Maria) viria fatalmente ferir e ser temporariamente ferido pela “serpente” ou
Satanás (Gl 4.4);
(b) A semente de Abraão
(Gn 12.3). Um descendente de Abraão viria abençoar todas as nações com a oferta
da justificação pela fé (At 3.25;
Gl 3.7-9);
(c) O descendente de Judá (Gn 49.9,10). Um “Leão” da tribo de
Judá seria levantado como o Soberano
do mundo (Gn 49.9-10; Ap 5.5).
II
– A IMPORTÂNCIA DO LIVRO DO GÊNESIS
2.1 -
Do ponto de vista Teológico. “O livro de Gênesis contém grande teologia e deve
ser considerado o “começo de toda teologia”.
Os principais conceitos de Deus como um ser supremo, onipotente e extremamente
sábio são introduzidos neste
livro. Gênesis oferece também um tratamento teológico às questões da origem do
mundo, do homem, do pecado, e aos
problemas da queda do homem do estado de graça, do plano de redenção, do
julgamento e da providência divina. O livro
narra como um remanescente da raça humana foi providencialmente poupado e
preparado de maneira tal para permitir
o crescimento do plano de redenção, sob a direção do Pai, para toda a
humanidade” (CHAMPLIN, 2004, p. 05 – acréscimo
nosso). Abaixo destacaremos algumas doutrinas que podemos encontrar neste
livro:
2.2 -
Do ponto de vista Literário. “O livro de Gênesis é considerado uma das grandes
obras literárias de todas as épocas. Seu
autor descreve de maneira vigorosa as atividades de Deus como guia da criação e
da história. As histórias individuais, verdadeiras
obras-primas de narrativas interessantes e intensas, são entrelaçados
inteligentemente, não prejudicando assim a
unidade do tema. O livro segue um plano lógico e em geral evita detalhes
desnecessários. Seus personagens são apresentadas
não como figuras mitológicas, mas como seres humanos reais, passíveis de faltas
e de virtudes. Quem escreveu
Gênesis observou a vida de duas perspectivas: exterior e interior. Do lado
exterior considerou as coisas materiais;
do lado interior considerou os desejos, as ambições, as alegrias, as tristezas,
o amor e o ódio” (CHAMPLIN, 2004,
p. 05).
2.3 -
Do ponto de vista Histórico. A história jamais poderá ter sentido no seu meio e
fim senão tiver um começo, uma gênese.
Partindo dessa premissa podemos calcular a importância do livro do Gênesis para
compreensão de toda a Bíblia. Negar
a literalidade e a historicidade do que está escrito neste livro, desencadeará
na completa demolição de todo o restante
das Escrituras. Disse certo teólogo: “A maneira mais rápida de demolir um
edifício é atingir sua fundação. Se esta pode
ser destruída a estrutura cairá. Não é surpreendente que alguns dos ataques
mais acirrados que a Bíblia já, sofreu tenham
sido contra os seus primeiros capítulos. Se alguém pode ser persuadido a tirar
páginas da Bíblia, pode-se dizer que,
não demorará muito, o mesmo sucederá em relação as últimas” (HALLEY, 1998, p.
560). As referências no NT aos personagens
e eventos do Gênesis autenticam a sua veracidade. Por exemplo: Adão foi um
pessoa real (Gn 1.26; Mc 10.6; At
17.26; Rm 5.12); como também: Enoque (Jd 1.14); e, Noé (Mt 24.37; Hb 11.7; I Pe
3.20). O dilúvio e a destruição de Sodoma
e Gomorra também são fatos confirmados (Mt 24.38,38; II Pe 2.5; 3.6; Lc 17.28;
II Pe 2.8).
III
– A PERFEITA HARMONIA ENTRE O LIVRO DE GÊNESIS E O DE APOCALIPSE
No
livro do Gênesis (o primeiro livro da Bíblia) encontramos o início de muitos
assuntos e no livro do Apocalipse (o
último livro da Bíblia), em particular, narra o cumprimento destes. Abaixo
destacaremos alguns destes assuntos:
CONCLUSÃO
O
Senhor Deus, em sua excelente e inescrutável sabedoria, nos forneceu através de
Moisés, o registro do início de todas
as coisas a fim de nos revelar que Ele é o Criador e que tudo o que foi feito,
se constitui numa amostra da Sua grande
bondade e incompreensível amor.
REFERÊNCIAS
CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento Interpretado – Gênesis a Números. HAGNOS.
HALLEY, Henry H. Manual Bíblico. VIDA NOVA.
HOFF, Paul. O Pentateuco. VIDA.
ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. CPAD.
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