Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
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LIÇÃO
03 – IGREJA, AGÊNCIA EVANGELIZADORA (At 1.1-14) – 3º TRIMESTRE DE 2016
INTRODUÇÃO
Nesta lição destacaremos algumas
verdades sobre a Igreja: sua origem, edificação e inauguração. Veremos que ela
é composta de todos aqueles que aceitam a Cristo como Único e Suficiente
Salvador, independente de cor, raça, sexo e etnia. Destacaremos, à luz da
Bíblia, que antes de ser assunto ao céu, Jesus, prometeu capacitar os seus
seguidores com o revestimento de poder afim de que levassem adiante a
excelente missão de evangelizar os quatro cantos da terra; e, por fim,
pontuaremos que a Igreja existe, é ordenada, se realiza, e só pode permanecer
existindo se evangelizar.
I – A IGREJA: SUA
ORIGEM, EDIFICAÇÃO E INAUGURAÇÃO
Segundo Andrade (2006, p. 221 –
acréscimo, itálico e negrito nosso), “a palavra “Igreja” do hebraico ‘qahal’,
significa: ‘assembleia do povo de Deus‘;
do grego ‘ekklesia’, quer dizer: ‘assembleia pública’. É o organismo
místico composto por todos os que aceitam o sacrifício vicário de Cristo, e tem
a Palavra de Deus como a sua única regra de fé e prática. No NT, o mesmo termo
aplica-se também ao ajuntamento dos fiéis, num determinado lugar, para adoração
a Deus, fortalecer a comunhão fraternal e desenvolver o serviço cristão”.
Abaixo destacaremos algumas verdades sobre a Igreja à luz das Escrituras:
1.1 – Deus Pai, o
projetista da Igreja (Ef 3.1-12).
Quanto a Igreja o apóstolo Paulo diz que era um mistério que estava oculto em
Deus na eternidade, mas que foi revelado pelo Espírito Santo na dispensação da
graça (Ef 3.3,4). “A Igreja foi, desde a eternidade, concebida na mente de
Deus. Isso, por si só, explica a sua peculiar natureza como povo adquirido, que
não se verga diante das pressões do mundo. Deus a projetou em toda a sua
dimensão divina e histórica, prevendo cada detalhe desde a sua concepção até
ser inaugurada no dia de Pentecostes, para daí seguir a sua trajetória através
dos tempos.” (GILBERTO, 2008, p.382).
1.2 – Deus Filho, o
edificador e o fundamento da Igreja (Mt 16.18). Quando Jesus disse: “[...] edificarei a minha Igreja [...]”
estava afirmando que Ele era o edificador da Igreja. A palavra “edificar” segundo o Aurélio significa:
“construir, levantar, instituir, criar”
(FERREIRA, 2004. p. 714). Cristo iniciou essa obra amando a Igreja e se
entregando por ela (Ef 5.25). Ela tornou-se propriedade exclusiva do Senhor,
pois, Ele cumpriu todas as exigências quanto à forma de resgatá-la (1 Cor 6.20).
A Igreja, portanto, é um povo adquirido (1 Pe 2.9), cujo preço pago não pode
ser avaliado em ouro ou prata (1 Pe 1.18). mas, além de edificá-la, a Igreja
encontra-se alicerçada em Cristo (1 Cor 3.11; Ef 2.20).
1.3 – Deus Espírito
Santo, o inaugurador e mantenedor da Igreja (At 2.1-4). Com a ascensão de Cristo, inicia-se o
processo de inauguração da Igreja, que culminou no dia de Pentecostes. Existem
diversas opiniões sobre a inauguração da Igreja, todavia, segundo Horton (2006,
PP. 538, 539), “a maioria dos estudiosos, acreditam que as evidências bíblicas
são favoráveis ao dia de Pentecostes, e Atos 2, para a inauguração da Igreja. É
fato que Lucas não emprega o termo ekklésia
no seu evangelho, mas a palavra aparece 24 vezes em Atos dos Apóstolos. Este
fato sugere que Lucas não tinha nenhum conceito da presença da Igreja antes do
período abrangido em Atos. No entanto, imediatamente após àquele grande dia em
que O Espírito Santo foi derramado sobre os crentes reunidos, a Igreja começou
a propagar poderosamente o Evangelho, conforme fora predito pelo Senhor
ressurreto”. O Espírito Santo desceu para inaugurar a Igreja e permanecer com
ela até a volta de Cristo (Jo 14.17; Ap 22.17).
II – A IGREJA E A SUA
COMPOSIÇÃO
Desde o início, a proposta divina
sempre foi estender a benção da salvação a todos os homens indiscriminadamente
(Gn 12.3; Gl 3.8). Mas, o sentimento ultranacionalista dos judeus fechou seus
olhos a esta realidade de que, Deus os levantou afim de serem uma nação
evangelizadora para todos os povos (Is 42.6; 49.6; Rm 2.17-20). A vinda do
Messias, no entanto, mostrou claramente que, Deus não faz acepção de pessoas
(At 10.34; Rm 2.11; Ef 6.9). É necessário entender que:
a)
Deus amou o mundo e não apenas uma classe de pessoas (Jo 3.16);
b)
O Sacrifício de Jesus não apenas um povo (Jo 1.29; 1 Jo 2.2)
c)
Sua Graça alcança tanto os judeus como os gentios (Rm 3.29; 9.24,30; Gl 3.14;
Ef 3.6);
d)
A ordem de levar as boas novas de salvação é extensiva até aos confins da terra
(At 1.8).
Portanto,
o que foi negligenciado por Israel, está sendo feito pela Igreja – a
evangelização dos povos, tribos, línguas e nações. Por meio da fé em Cristo,
independente de nacionalidade o convertido passa a ser integrante do corpo de
Cristo, pois é enxertado pelo Espírito Santo n’Ele (Rm 1.16; 11.24). No livro
de Apocalipse, após o Filho de Deus abrir o livro e desatar os selos, o céu
irrompe em louvor pelas vidas que foram alcançadas pelo sacrifício de Cristo
(Ap 5.9).
III – A IGREJA E A SUA
CAPACITAÇÃO
A Bíblia registra uma promessa feita
pelo Pai celestial que haveria de inaugurar uma nova etapa no seu
relacionamento com a humanidade. O Espírito Santo seria derramado mais
plenamente nos seus servos, passando a habitá-los e capacitá-los (Is 44.3; Jr
31.33; Jl 2.28-32). Lembramos que no AT, O Espírito Santo tão somente vinha sobre
os filhos de Israel afim de capacitá-los para um fim específico (Nm 11.16,17;
Jz 6.3; I Sm 16.13). No NT isso mudou, pois, O Espírito Santo não estaria
apenas conosco, mas em nós, sendo a capacitação ampliada (Jo 14.16,17). Em
Lucas 24.49 e Atos 1.8 encontramos o Senhor Jesus Cristo confirmando a promessa
do Pai aos seus discípulos que os capacitaria para a obra que eles deveriam
realizar. Para isto era necessário que Jesus fosse ao Pai e rogasse pela vinda
do outro Consolador para que estivesse com os seus servos (Jo 14.15). Com a
vinda do Espírito Santo para estar com a Igreja, o Senhor Jesus iria conceder
ao seu povo aquilo que seria necessário para realizar a sua obra aqui na terra
até a sua vinda. A recomendação foi que eles ficassem em Jerusalém, esperando a
promessa do Pai (Lc 24.49; At 1.4,8). Os discípulos aguardaram e experimentaram
o batismo com O Espírito Santo (At 2.1-10).
IV – A IGREJA E A
EVANGELIZAÇÃO
segundo Horton (2006, pp. 299, 300), "a Igreja é uma comunidade formada por Cristo em benefício do mundo. Cristo entregou-se em favor da Igreja, e então a revestiu com poder de dom do Espírito Santo afim de que ela pudesse cumprir o plano e propósito de Deus". Muitos itens podem ser incluídos tais como: a evangelização, a adoração, a edificação e a responsabilidade social. Mas, em se tratando especificamente da evangelização, há cinco textos onde o Senhor comissiona seus discípulos para esta sublime tarefa, são eles: (Mt 28.18-20; Mc 16.15-20; Lc 24.46.49; Jo 20.21,22 e At 1.8). Esta missão que tem por objetivo proclamar o evangelho, em seguida da mensagem de fé e arrependimento visando o homem em sua plenitude. Ela representa a responsabilidade da Igreja em promover o reino de Deus em meio à sociedade. Como representante do reino nesse mundo, a Igreja deve utilizar todos os meios legítimos para a expansão do reino de Deus.
4.1 - A Igreja existe para evangelizar. Acerca de um dos propósitos pelo qual a Igreja existe, afirmou o Apóstolo Pedro: "Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pe 2. 9). A Igreja tem diversas atribuições, no entanto, a mais excelente delas é a que justifica a sua presença aqui na terra: a sublime tarefa da evangelização. Segundo Horton (2006, p. 300), "na adoração, a Igreja volta-se para Deus, na edificação, atenta (corretamente) para si mesma; e, na evangelização, a Igreja focaliza o mundo".
4.2 - A Igreja é ordenada a evangelizar. A palavra "ordenar" segundo o Aurélio significa: "mandar, decretar". A tarefa de evangelizar é uma ordenação divina a todo discípulo de Cristo e não somente aos apóstolos (Mt 28.19; Mc 16.15). "A ordenança bíblica da proclamação do evangelho em todo o mundo (Mt 28.19,20; Mc 16.15), sinaliza o seu caráter universal, ou seja, o direito que todos os povos têm de ouvi-lo de forma clara e consciente para crerem no Senhor Jesus Cristo, arrepender-se de seus pecados e ter a certeza da vida eterna" (GILBERTO, 2008, P. 418).
4.3 - A Igreja se realiza evangelizando. Pedro não podia deixar de falar daquilo que tinha visto e ouvido, mesmo sofrendo afronta e açoites do Sinédrio (At 4.20; 5.40-42). Paulo tinha a evangelização como uma obra que lhe foi imposta (1 Cor 9.16). Ele se realizava em pregar o evangelho ainda que lhe custasse a vida (At 20.24). "O verdadeiro movimento pentecostal, missionário, ora por missões; contribui para missões; promove missões! É um movimento que vai ao campo missionário. A Igreja que não evangeliza, muito em breve deixará de ser evangélica" (ibidem, 2008, p. 184).
4.4 - A Igreja só pode continuar a existir se evangelizar. Como a Igreja poderá crescer em número senão evangelizar? Sua existência depende da prática da evangelização, do contrário não irá perdurar. No livro dos Atos dos Apóstolos, percebemos claramente os apóstolos inflamados pelo poder pentecostal, pregando o evangelho e o pequeno grupo de quase cento e vinte discípulos aumentando de forma extraordinária. Na primeira pregação do apóstolo Pedro, por ocasião do Pentecostes, quase três mil almas se decidiram por Cristo (At 2.41). Já na segunda mensagem mais cinco mil pessoas de convertem (At 4.4). O relato de Lucas disse que a Igreja tinha um crescimento extraordinário, porque o evangelismo se tornara uma prática constante (At 5.14,42).
4.1 - A Igreja existe para evangelizar. Acerca de um dos propósitos pelo qual a Igreja existe, afirmou o Apóstolo Pedro: "Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pe 2. 9). A Igreja tem diversas atribuições, no entanto, a mais excelente delas é a que justifica a sua presença aqui na terra: a sublime tarefa da evangelização. Segundo Horton (2006, p. 300), "na adoração, a Igreja volta-se para Deus, na edificação, atenta (corretamente) para si mesma; e, na evangelização, a Igreja focaliza o mundo".
4.2 - A Igreja é ordenada a evangelizar. A palavra "ordenar" segundo o Aurélio significa: "mandar, decretar". A tarefa de evangelizar é uma ordenação divina a todo discípulo de Cristo e não somente aos apóstolos (Mt 28.19; Mc 16.15). "A ordenança bíblica da proclamação do evangelho em todo o mundo (Mt 28.19,20; Mc 16.15), sinaliza o seu caráter universal, ou seja, o direito que todos os povos têm de ouvi-lo de forma clara e consciente para crerem no Senhor Jesus Cristo, arrepender-se de seus pecados e ter a certeza da vida eterna" (GILBERTO, 2008, P. 418).
4.3 - A Igreja se realiza evangelizando. Pedro não podia deixar de falar daquilo que tinha visto e ouvido, mesmo sofrendo afronta e açoites do Sinédrio (At 4.20; 5.40-42). Paulo tinha a evangelização como uma obra que lhe foi imposta (1 Cor 9.16). Ele se realizava em pregar o evangelho ainda que lhe custasse a vida (At 20.24). "O verdadeiro movimento pentecostal, missionário, ora por missões; contribui para missões; promove missões! É um movimento que vai ao campo missionário. A Igreja que não evangeliza, muito em breve deixará de ser evangélica" (ibidem, 2008, p. 184).
4.4 - A Igreja só pode continuar a existir se evangelizar. Como a Igreja poderá crescer em número senão evangelizar? Sua existência depende da prática da evangelização, do contrário não irá perdurar. No livro dos Atos dos Apóstolos, percebemos claramente os apóstolos inflamados pelo poder pentecostal, pregando o evangelho e o pequeno grupo de quase cento e vinte discípulos aumentando de forma extraordinária. Na primeira pregação do apóstolo Pedro, por ocasião do Pentecostes, quase três mil almas se decidiram por Cristo (At 2.41). Já na segunda mensagem mais cinco mil pessoas de convertem (At 4.4). O relato de Lucas disse que a Igreja tinha um crescimento extraordinário, porque o evangelismo se tornara uma prática constante (At 5.14,42).
CONCLUSÃO
Como Igreja, devemos estar cônscios
da nossa responsabilidade aqui na terra de proclamar as boas novas de salvação
a todos os homens. Devemos utilizar dos diversos canais legítimos que dispomos,
para que a mensagem de Cristo possa alcançar o maior número de pessoas. Esta,
sem sobra de dúvida alguma, é a maior contribuição que podemos dar a nossa
sociedade.
REFERÊNCIAS
ANDRADE,
Claudionor Correa de. Dicionário Teológico. CPAD
GILBERTO,
Antônio et al. Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD
HORTON,
Stanley. Teologia Sistemática. CPAD
STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
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