Igreja
Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE
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das Escolas Bíblicas Dominicais
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LIÇÃO 10 – JESUS E O DINHEIRO - 2º TRIMESTRE
2015 (Lc 18.18-24)
INTRODUÇÃO
Não
são poucas as pessoas que interpretando mal o ensinamento das Escrituras sobre
o dinheiro entram por dois extremos, a saber: veem a riqueza como evidência de
verdadeira espiritualidade, ou a pobreza como sinal de comunhão com Deus. Nesta
lição veremos o que o AT e NT nos dizem sobre as riquezas e as posses.
Destacaremos que por causa da má compreensão dos judeus dos tempos de Jesus
acerca das riquezas, o Mestre fez duros sermões corrigindo essa visão judaica
distorcida. E, por fim, pontuaremos que, a Bíblia não condena a riqueza, mas
nos adverte quanto ao comportamento
que não devemos ter em relação a ela.
I – O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O DINHEIRO, RIQUEZAS E POSSES
I – O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O DINHEIRO, RIQUEZAS E POSSES
1.1
- Antigo Testamento. O AT nos mostra que a prosperidade material acontece como
um resultado de um favor divino (Pv 10.22; Ec 5.19). Até mesmo os incrédulos
enriquecem em decorrência desse favor (Sl 73.3-12). “Essa ideia de prosperidade
vai muito além daquela que é a do simples acúmulo de bens materiais e bem-estar
físico (Pv 22.1). Na verdade a compreensão que se tem no Antigo Pacto é que a
prosperidade é, em primeiro lugar, espiritual e em segundo lugar, material (Pv
13.7). Isso nos faz constatar que há outros valores que o Antigo Testamento
revela que, embora não sendo materiais, são tidos como grandes riquezas,
verdadeiros tesouros. Dentre as várias coisas que a Antiga Aliança mostra como
sendo de maior valor do que bens materiais estão, por exemplo, o conhecimento
(Pv 3.13; 20.15), a integridade (SI 7.8; 78.72), a justiça (Sl 15.2; Pv 8.18;
14.34), o entendimento (Pv 15.32; 19.8), a humildade e a paz (Pv 15.33; 18.12;
12.20)” (GONÇALVES, 2011, pp. 19,22 – acréscimo nosso).
1.2
- Novo Testamento. “O Novo Testamento tem muita coisa a dizer sobre a riqueza,
mas em nenhum lugar ela é apresentada como algo que deva ser buscado. Em vez
disso, quase sempre é apresentada como uma armadilha ou um perigo” (PIERATT,
1993, p. 148). Possuir bens e ter dinheiro é bom, e a riqueza em si não é má. O
que fazemos com ela pode sim transformar-se em algo danoso. De fato, a Bíblia
condena o amor ao dinheiro (I Tm 6.10) e não a aquisição dele (Ef 4.28; I Ts
4.11). Os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos deixam claro que os bens
materiais senão forem administrados com sabedoria, para benefício próprio, da
obra de Deus e do próximo se constituem num tropeço que poderá impedir o
possuidor de entrar no Reino do Céus (Mc 10.23; Lc 6.24; I Jo 2.15; Tg 5.1).
II
– A VISÃO JUDAICA E A VISÃO DE JESUS SOBRE O DINHEIRO
2.1
- Visão judaica. “A cultura judaica dos dias de Jesus acreditava que riqueza
era um sinal de um favor especial de Deus, e que aqueles que a possuíam
deveriam ser tratados com deferência. Esse fato levou os discípulos a verem com
assombro a declaração de Jesus falando da dificuldade de um rico entrar no
Reino de Deus (Lc 18.24). Diante disso eles indagaram: “Sendo assim, quem
pode ser salvo?” A crença era que os muitos bens que alguém possuía já era
um sinal da salvação” (GONÇALVES,
2011, p. 76).
2.2 - Visão
de Jesus Cristo. Jesus explicou que é difícil entrar um rico no Reino dos céus
(não impossível, mas difícil). “Usando um provérbio judeu comum de um camelo
ser incapaz de passar pelo fundo de uma agulha para descrever a dificuldade da
entrada dos ricos no reino de Deus. A riqueza pode ser um obstáculo. Os ricos,
que têm a maioria das suas necessidades físicas satisfeitas, frequentemente se
tornam autossuficientes. Quando se sentem vazios, eles podem comprar alguma
coisa nova para aliviar a dor que deveria levá-los em direção a Deus. A sua
abundância e autossuficiência se tornam a sua deficiência. As pessoas que têm
tudo na terra ainda podem sentir falta do que é mais importante - a vida eterna”
(APLICAÇÃO PESSOAL, 2010, vol. 01, p. 119). Abaixo destacaremos alguns
ensinamentos de Cristo sobre as riquezas:
Não devemos buscar as riquezas como prioridade, mas o reino dos céus (Mt
6.33);
Não devemos colocar o coração nas coisas materiais, mas nas espirituais
(Mt 6.19-21; Lc 12.34);
Não devemos ganhar o mundo às custas da alma (Mt 16.26; Mc 8.36);
Devemos manter uma perspectiva eterna e juntar tesouros no céu “onde
traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam” (Mt
6.19-21);
Devemos ser ricos para com Deus e não apenas financeiramente (Lc 12.21);
Devemos ter cuidado com a sedução das riquezas, pois elas podem sufocar
a palavra semeada no coração (Mt 13.22; Mc 4.19; Lc 8.14);
Devemos ter a nossa vida centrada em Deus e não nas coisas (Mt 6.25-34).
III
– O JOVEM RICO E ZAQUEU
O
mesmo Jesus que disse ser muito difícil um rico entrar no reino do céu (Lc
18.24,25), acrescentou que “[...] as coisas que são impossíveis aos homens
são possíveis a Deus” (Lc 18.27). De forma interessante, Lucas registra em Lc
18.18-24, um rico que aproximou-se de Jesus, mas rejeitou segui-lo quando
exortado a vender tudo o que tinha. Em contra partida, em Lc 19-1-10,
encontramos a narração do encontro de Jesus com Zaqueu, que também era muito
rico, porém diferente do primeiro, abraçou a fé em Cristo e recebeu a salvação.
Logo, entendemos que riqueza não é sinal de condenação. Pois,
independente da condição social, o homem é pecador e carente da graça de Deus
para que possa entrar no céu (Rm 3.23; Ef 2.8,9; Tt 2.11). Abaixo destacaremos
ambos os personagens, suas características e suas atitudes ante o Mestre:
IV
– CONTRASTES ENTRE A RIQUEZA MATERIAL E A ESPIRITUAL
Porque
devemos buscar prioritariamente as riquezas espirituais e não as materiais? A
Bíblia nos responde, como veremos a seguir:
V
– QUAIS OS MALES QUE A BÍBLIA COMBATE QUANTO A RIQUEZA
A
Bíblia não condena a riqueza, mas adverte veementemente quanto a práticas
nocivas em relação a ela. Abaixo destacaremos algumas:
CONCLUSÃO
A
ideia de prosperidade e riqueza tanto no AT quanto no NT é ensinada como
secundária em relação a aquisição de bens espirituais que são infinitamente
superiores. Portanto, não devemos nos sobrecarregar com o dinheiro que pode nos
fazer naufragar, na avareza e no materialismo, mas devemos prioritariamente
buscar e acumular os valores incomensuráveis do Reino de Deus, como nos
recomenda o Senhor Jesus Cristo (Mt 6.33).
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
APLICAÇÃO
PESSOAL. Comentário do Novo Testamento.CPAD.
GONÇALVES,
José. A prosperidade à luz da Bíblia. CPAD.
STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
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