segunda-feira, 15 de junho de 2015

LIÇÃO 12 – A MORTE DE JESUS (Lc 23.44-50) - 2º TRIMESTRE 2015

Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE
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LIÇÃO 12 – A MORTE DE JESUS 2º TRIMESTRE 2015 (Lc 23.4450)
INTRODUÇÃO
O nascimento de Jesus Cristo foi um marco na história da humanidade e, de igual modo, a sua morte na cruz. A causa primária do sacrifício vicário de Cristo foi os pecados da humanidade. Jesus morreu, a fim de nos livrar da condenação eterna (Rm 6.23). Veremos nesta lição, que a morte de Cristo não foi uma fatalidade, “um acidente de percurso”, pois ela estava predita nas Escrituras. Descreveremos ainda o seu julgamento, o método utilizado, e por fim, o real significado da sua morte na Cruz.
 
I – O PRENÚNCIO DA MORTE DE JESUS CRISTO
Na ocasião em que Deus fez referência da vinda do Messias, como a propiciação dos nossos pecados (Rm 3.25), a sua morte também estava vinculada “... e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15).
 
1.1 - A morte de Cristo predita nas Escrituras. Ao lermos o Antigo Testamento, em especial o Salmo 22 e Isaías 53, notamos a descrição minuciosa da morte do Messias. Este ato se deu como o cumprimento das Escrituras, ou seja, o cumprimento da Lei, dos Profetas e dos Salmos (Lc 24.26,27,4446). O próprio Jesus estava consciente deste cumprimento profético, pois, vez por outra, Ele conscientizava os seus discípulos de que “convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto...” (Lc 9.22; Mt 16.21; Mc 8.31).
 
Na tabela abaixo, destacaremos algumas profecias que diz respeito aos últimos momentos da vida de Cristo, vinculando-os a sua morte. O ocorrido não foi uma fatalidade e, sim, o plano da Salvação.

 
II – A IMPECABILIDADE DE JESUS REVELADA NO SEU JULGAMENTO
O julgamento de Jesus, constitui-se também, numa prova de sua impecabilidade. O próprio Pôncio Pilatos, um dos representantes de Roma, disse: “ ... não acho culpa alguma neste homem” (Lc 23.4). A Sua morte se deu, porque assim convinha ao Filho do Homem (Lc 9.22); Jesus nasceu para morrer por toda a humanidade, a fim de nos conceder salvação eterna (Mt 1.21), e a sua hora já havia chegado (Mc 14.41).
 
2.1 - O julgamento judaico e sua real intenção. O propósito declarado pelos líderes religiosos era a qualquer custo eliminar Jesus (Mt 26.4). Por esta razão, eles toleraram tantas e tão graves irregularidades, que por si só, teriam anulado o seu julgamento. O Doutor R. Norman Champlin (2004, p. 646) destaca algumas dessas irregularidades, vejamos:
 
2.1.1 - O exame preliminar. Enquanto os membros do Sinédrio se iam reunindo, Jesus ficou detido na casa de Anás, que era apenas um ex-sumo-sacerdote, embora compartilhasse da dignidade do ofício com seu genro, Caifás. Como procedimento inteiramente à parte do julgamento regular, Jesus foi interrogado a respeito de seus discípulos e de sua doutrina (Jo 18.19). O propósito desse interrogatório era reunir evidências contra ele. Como se vê, antes mesmo do julgamento começar, os juízes já estavam resolvidos à condenar o inocente. Bastaria isso para desqualificar os juízes, diante de qualquer tribunal sério.
 
2.1.2 - O Julgamento noturno. Julgar Jesus às pressas era importante para os líderes religiosos. Era preciso condenar e Executá-lo, antes que houvesse qualquer reação da parte dos seus discípulos. Segundo uma estipulação da própria lei judaica, não se podiam fazer julgamentos à noite. Mas, ou as autoridades religiosas judaicas passavam por cima dessa proibição, ou correriam o risco de não conseguir condenar a Jesus.
 
2.1.3 - Testemunhas falsas. Enquanto o Sinédrio se reunia, os principais sacerdotes trabalhavam freneticamente, na tentativa de encontrar testemunhas contra Jesus, dispostas a mentir. Mas, embora cuidadosamente instruídas sobre o que deveriam dizer, e embora obrigados sob juramentos solenes, as testemunhas arranjadas não concordavam umas com as outras (Mc 14.56; Dt 19.15).

2.1.4 - Juízes desesperados. Em atitude de desespero, o sumo sacerdote pôs Jesus sob juramento (Mt 26.63,64). E o Senhor Jesus admitiu francamente a sua reivindicação de ser o Cristo, o Filho de Deus (Mt 26.65,66), embora soubesse que isso lhe custaria a vida. De acordo com o ponto de vista do tribunal judaico, a condenação de Jesus dependia única e exclusivamente dessa questão. Mediante sua astúcia, Caifás fez de cada membro do Sinédrio, incluindo ele mesmo, uma testemunha credenciada. De acordo com a doutrina judaica, sendo Jesus um homem, ao declarar-se ele Filho de Deus, tornou-se blasfemo, digno de morte.

2.3 - O julgamento romano. Os judeus tiraram proveito do momento de fraqueza política de Pilatos, que não vinha fazendo um bom governo, razão pela qual ele não podia arriscar-se a não os atender. Sendo assim, Jesus foi acusado falsamente pelos judeus de:
 
(1) Perverter a nação, levando-a, a não pagar os impostos a Roma (Lc 23.2);
(2) sua auto declaração de ser o rei dos judeus (Lc 23.2); e
(3) Sedição.
 
Os romanos desconheciam pior crime do que o de sedição, isto é, a traição política. Foi por esse motivo que Pilatos resolveu examinar pessoalmente a Jesus, o que para aplacar os judeus o sentenciou a morte por crucificação.

III – A CRUCIFICAÇÃO
A crucificação constituía-se na penalidade máxima destinada aos infratores que não usufruíam dos privilégios da cidadania romana. Introduzida, ao que parece, pelos persas, a crucificação era a mais indigna e dolorosa forma de execução (ANDRADE, 1995, p. 125).

3.1 - A cruz. Do grego “stauros” (ANDRADE, 1995, p. 125). Nos dias de Jesus, três tipos de cruzes eram usadas: Uma que se assemelhava à nossa letra “X”; outra parecida com a nossa letra “T” e a cruz latina, de desenho bem conhecido . A maioria dos estudiosos acreditam que tenha sido a de último tipo (CHAMPLIN, 2004, p. 1020).
 
3.2. Algumas informações sobre a crucificação. Segundo o Doutor R. Norman Champlin (2004, p. 1020).
 
(1) A crucificação sempre tinha lugar fora dos muros da cidade e a vítima carregava a sua cruz até o local da execução (Lc 23.33; Jo 19.17). As mãos (provavelmente no pulso ou no metacarpo) eram cravadas, primeiramente a direita, e então a esquerda, enquanto o condenado jazia sobre a terra.
(2) Os pés da vítima ficavam apenas cerca de um palmo da terra.
(3) A morte usualmente demorava muito, raramente exigindo menos de trinta e seis horas, e ocasionalmente se prolongava por nada menos de nove dias (Mc 15.44).
(4) As dores eram intensas, e as artérias da cabeça e do estômago ficavam grossas de sangue. As vezes declarava-se febre reumática e tétano.
(5) Quando era desejável apressar a morte da vítima, as pernas eram despedaçadas com golpes aplicados com um pesado martelo (Jo 19.32,33).

IV O SIGNIFICADO DA MORTE DE JESUS
Por meio da sua morte vicária ou substitutiva, voluntária, de Cristo, na cruz do calvário, o homem alcançou a remissão dos pecados. Na cruz, Cristo foi a nossa propiciação e expiação.

4.1 - Propiciação ou Expiação. A palavra “propiciação” do latim, “pro” (antes) e “petere” (procurar), E a palavra “expiação”, também de origem latina, “ex” (completamente) e “piare” (aplacar); Em sentido amplo, elas são sinônimos e significam a nossa reconciliação para com Deus (Rm 3.25; Ef 2.1316) (CHAMPLIN, 2004 p. 652 – acréscimo nosso).

4.2 - Verdades da cruz de Cristo. A o contemplarmos a cruz de Cristo podemos nos alegrar com cinco verdades. (a) Na cruz Jesus cumpriu as profecias (Is 53.112; Gn 3.15; 2.7,8); (b) N a cruz Jesus venceu o pecado (2 Co 5.21; Cl 2.13; Pv 14.34); (c) N a cruz Jesus venceu Satanás (Cl 2.15; Hb 2.14); ( d) N a cruz Jesus destronou a nossa natureza adâmica (Rm 6.6. Ef 4.17; Gl 5.24; Cl 3.5); e, (e) Na cruz Jesus nos deu filiação divina (Jo 1.12; 1 Co 1.1831).

CONCLUSÃO
A morte de Jesus foi o plano da Salvação. Jesus, o Cordeiro de Deus, por meio do seu sacrifício vicário na cruz do Calvário venceu o pecado, oferecendo-nos salvação. A cruz de Cristo é o tema central do Evangelho. Ela é o único lugar, onde a morte gera a vida. A solução para o pecador está na cruz de Cristo.

REFERÊNCIAS
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. CPAD.
CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblias, Teologia e Filosofia, vol. 1. HAGNOS.
________________ Enciclopédia de Bíblias, Teologia e Filosofia, vol. 2. HAGNOS.
________________ Enciclopédia de Bíblias, Teologia e Filosofia, vol. 3. HAGNOS.
GONÇALVES, José. Lucas o Evangelho de jesus, o Homem Perfeito. CPAD

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