Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
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LIÇÃO 04 – GERADOS PELA PALAVRA DA VERDADE - 3º TRIMESTRE 2014
(Tg 1.9-11,16-18)
INTRODUÇÃO
O evangelho tem o poder de fazer o pecador ser transformado em uma nova criatura (II Co 5.17). Em Tiago 1.18 vemos o apóstolo, ensinar que a Palavra de Deus é o instrumento usado para promover essa transformação radical no homem. Nesta lição, traremos uma definição da palavra “regeneração” e quais os instrumentos que a produz; destacaremos qual a importância dessa intervenção divina na vida humana; e também sobre qual deve ser o comportamento daqueles que passaram por essa experiência sobrenatural.
I – A DOUTRINA DA REGENERAÇÃO
Em Tiago 1.18 o apóstolo nos fala sobre uma das doutrinas que compõe a soteriologia (doutrina da salvação) que é a regeneração. A palavra regeneração no grego é “palinginesia” formada da expressão “pálin”, “novamente”, e “génesis”, “nascimento”, significa portanto “novo nascimento”. É o “milagre que se dá na vida de quem aceita a Cristo, tornando-o participante da vida e natureza divinas. Através da regeneração, conhecida também como conversão e novo nascimento o homem passa a desfrutar de uma nova realidade espiritual” (ANDRADE, 2006, p. 317 – acréscimo nosso).
“A regeneração transfere o individuo de sua condição de pecado e morte espirituais para um estado renovado de santidade e de vida. É nessa mesma linha que a Bíblia fala sobre o individuo regenerado como “nova criatura” (II Co 5.17). De acordo com Paulo (Gl 6.15), o que realmente importa é ser uma nova criação. Por isso, o crente é exortado a se revestir “do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Ef 4.24). O novo nascimento também é descrito como uma “geração” (Tg 1.18), e como uma “vivificação” (Jo 5.21 e Ef 2.5). Do crente é dito que ele é um “ressurreto dentre os mortos” (Rm 6.13), e também que ele é “feitura de Deus” (Ef 2.10)” (CHAMPLIN, 2004, p. 613). Abaixo destacaremos quais os dois instrumentos divinos que promovem o novo nascimento:
1.1 A Palavra de Deus
O Mestre Jesus ensinou que o novo nascimento é operado através da Palavra de Deus “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não NASCER DA ÁGUA [...], não pode entrar no reino de Deus” (Jo 3.5). A água a que Jesus se refere aqui é símbolo da Palavra (Jo 15.3; Ef 5.26). A Palavra de Deus é a divina semente (I Pe 1.23). Quando ela é aplicada em nosso coração pelo Espírito Santo, acontece o milagre do novo nascimento. É o que Tiago nos diz: “Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas” (Tg 1.18). A expressão “palavra da verdade” refere-se ao evangelho (II Co 6.7; Cl 1.5; II Tm 2.15). Normalmente no NT, o vocábulo “palavra” indica a mensagem cristã. O uso mais comum é “palavra de Deus” (At 6.2; 8.14; 13.46; 18.11; Rm 9.6; I Co 14.36; Ef 6.17; II Tm 2.9).
O Mestre Jesus ensinou que o novo nascimento é operado através da Palavra de Deus “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não NASCER DA ÁGUA [...], não pode entrar no reino de Deus” (Jo 3.5). A água a que Jesus se refere aqui é símbolo da Palavra (Jo 15.3; Ef 5.26). A Palavra de Deus é a divina semente (I Pe 1.23). Quando ela é aplicada em nosso coração pelo Espírito Santo, acontece o milagre do novo nascimento. É o que Tiago nos diz: “Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas” (Tg 1.18). A expressão “palavra da verdade” refere-se ao evangelho (II Co 6.7; Cl 1.5; II Tm 2.15). Normalmente no NT, o vocábulo “palavra” indica a mensagem cristã. O uso mais comum é “palavra de Deus” (At 6.2; 8.14; 13.46; 18.11; Rm 9.6; I Co 14.36; Ef 6.17; II Tm 2.9).
1.2 O Espírito Santo
“Quando se referia à regeneração, João, o apóstolo, sempre a descreveu como um nascimento da parte de Deus (Jo 1.13). Destaca-se nisso a origem do novo nascimento, na atividade do Espirito Santo. E a menção ao vento mostra que se trata de algo sobrenatural (Jo 3.8). As ideias de “novidade”, de “regeneração” e da “origem sobrenatural do Espírito” aparecem em Tito 3.5, onde se lê que a salvação ocorre “mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”. Tendo estado morta em suas transgressões e pecados (Ef 2.1,5), cega e indiferente para com as realidades do Espirito de Deus (I Co 2.14), incapaz de fazer OBRAS MERITÓRIAS da salvação (II Tm 1.9; Tt 3.5), a pessoa, embora até então corrompida pelo pecado, é recriada em Cristo Jesus” (CHAMPLIN, 2004, p. 613 – acréscimo nosso).
“Quando se referia à regeneração, João, o apóstolo, sempre a descreveu como um nascimento da parte de Deus (Jo 1.13). Destaca-se nisso a origem do novo nascimento, na atividade do Espirito Santo. E a menção ao vento mostra que se trata de algo sobrenatural (Jo 3.8). As ideias de “novidade”, de “regeneração” e da “origem sobrenatural do Espírito” aparecem em Tito 3.5, onde se lê que a salvação ocorre “mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”. Tendo estado morta em suas transgressões e pecados (Ef 2.1,5), cega e indiferente para com as realidades do Espirito de Deus (I Co 2.14), incapaz de fazer OBRAS MERITÓRIAS da salvação (II Tm 1.9; Tt 3.5), a pessoa, embora até então corrompida pelo pecado, é recriada em Cristo Jesus” (CHAMPLIN, 2004, p. 613 – acréscimo nosso).
II – A IMPORTÂNCIA DO NOVO NASCIMENTO
“O pecador, antes, escravizado pela própria carne, agora, pelo novo nascimento, tornou-se um filho de Deus (Jo 1.12), um ser liberto, súdito do Reino de Deus (Jo 3.5; Ef 2.19). Tudo aconteceu porque o Espírito Santo agora habita nele (I Co 3.16; 6.19; Rm 8.9), e exerce domínio sobre ele, o que deu origem à transformação do seu caráter. O homem recebe, pois, pela regeneração, tanto uma nova direção sobre sua vida, como poder de Deus para seguir essa direção. O homem regenerado sente que agora: (a) seu pensamento mudou; ele pensa diferentemente de conformidade com a vontade de Deus (Cl 3.10; Fp 4.8); (b) seu entendimento se abriu para as coisas de Deus, pois antes não as entendia (I Co 2.15; II Co 4.6) e Deus o renova para o conhecimento (Cl 3.10); (c) o seu sentimento registra o gozo pela presença de Deus (Sl 16.11). Agora ele ama a Deus (I Jo 4.19) e aos irmãos (I Jo 3.14); (d) a sua vontade, que antes era escravizada pela carne (Ef 2.2,3; Is 53.6), conforma-se com a vontade de Deus (Mt 6.10; I Pe 1.22; 4.2; At 13.22); e (e) a sua consciência, agora purificada (Hb 9.14), torna-se sensível a direção de Deus (Rm 2.15)” (BERGSTÉN, 2007, p. 178 – acréscimo nosso).
III – O COMPORTAMENTO DOS QUE NASCERAM DE NOVO
Predominava entre os judeus a ideia de que as riquezas eram um sinal do favor especial de Deus. Em Tiago 1.9-11 encontramos o apóstolo exortando os cristãos ricos e os pobres contra essa ideia errônea, visto que agora eram novas criaturas (Tg 1.18). A igreja do primeiro século, tal qual nos dias atuais, era composta de pessoas de diferentes classes sociais, conforme nos relata Lucas (At 2.44,45; At 6; I Co 16.1-3). A orientação apostólica nos faz entender que, como cristãos, pobres e ricos, apesar de sua condição financeira, sua alegria deveria estar no Senhor (Tg 1.9-11).
3.1 O evangelho dá ao pobre um novo sentido de seu próprio valor (Tg 1.9).
O apóstolo adverte os cristãos pobres que não se achem inferiores aos irmãos ricos por causa das suas necessidade, pois ainda que padeça por não usufruir de prosperidade material, possuem uma riqueza nos céus “Mas o irmão de condição humilde glorie-se na sua exaltação” (Tg 1.9 - ARA – Almeida Revista e Atualizada). A expressão “condição humilde” usada no referido texto alude a condição financeira fraca, à sua pobreza; e isso, naturalmente obriga-o a ajustar-se a um nível inferior da escala social, devido ao tipo de sociedade em que vivemos, tornando-se menos bem quisto como pessoa. O crente pobre tem sua “exaltação” apesar de sua “humildade” em recursos financeiros e em posição social. A dignidade de tal crente consiste nas riquezas morais de sua presente experiência espiritual (Ef 1.3-7; I Pe 2.9,10); e no que ele espera receber no porvir (Lc 10.20; Fp 3.20; II Tm 4.8).
O apóstolo adverte os cristãos pobres que não se achem inferiores aos irmãos ricos por causa das suas necessidade, pois ainda que padeça por não usufruir de prosperidade material, possuem uma riqueza nos céus “Mas o irmão de condição humilde glorie-se na sua exaltação” (Tg 1.9 - ARA – Almeida Revista e Atualizada). A expressão “condição humilde” usada no referido texto alude a condição financeira fraca, à sua pobreza; e isso, naturalmente obriga-o a ajustar-se a um nível inferior da escala social, devido ao tipo de sociedade em que vivemos, tornando-se menos bem quisto como pessoa. O crente pobre tem sua “exaltação” apesar de sua “humildade” em recursos financeiros e em posição social. A dignidade de tal crente consiste nas riquezas morais de sua presente experiência espiritual (Ef 1.3-7; I Pe 2.9,10); e no que ele espera receber no porvir (Lc 10.20; Fp 3.20; II Tm 4.8).
3.2 O evangelho dá ao rico um sentido novo de humildade (Tg 1.10,11).
Tiago ensina que o cristão rico, por sua vez, não deveria gloriar-se de sua riqueza material, porque ela é tão efêmera quanto a durabilidade de uma flor (Tg 1.10,11). Na referida passagem “Tiago traça um quadro vívido, muito familiar para o povo da Palestina. Nos lugares desertos, se houver chuva, os magros caules de erva surgem com rapidez, mas um dia, repentinamente, o ardente sol os faz desvanecer-se como se nunca tivessem existido. Este calor abrasador é o vento do Sudeste. Vem diretamente dos desertos e estala sobre a Palestina como uma explosão de ar quente, como quando se abre a porta de um forno. Em apenas uma hora pode varrer toda a vegetação com seu tremendo calor” (BARCLAY, sd, p. 58 – acréscimo nosso). Logo, os ricos “têm como se não tivessem” (I Co 7.29-31); não devem prender a tudo isso o coração (Mt 6.19-24). Com o que possuem são administradores de Deus, pois os bens lhes foram confiados (Mt 25.14). Levam a sério sua administração e têm o propósito de ser fiéis. Alegram-se quando os recebem, e estão dispostos a devolvê-los novamente (Jó 1.21b).
Tiago ensina que o cristão rico, por sua vez, não deveria gloriar-se de sua riqueza material, porque ela é tão efêmera quanto a durabilidade de uma flor (Tg 1.10,11). Na referida passagem “Tiago traça um quadro vívido, muito familiar para o povo da Palestina. Nos lugares desertos, se houver chuva, os magros caules de erva surgem com rapidez, mas um dia, repentinamente, o ardente sol os faz desvanecer-se como se nunca tivessem existido. Este calor abrasador é o vento do Sudeste. Vem diretamente dos desertos e estala sobre a Palestina como uma explosão de ar quente, como quando se abre a porta de um forno. Em apenas uma hora pode varrer toda a vegetação com seu tremendo calor” (BARCLAY, sd, p. 58 – acréscimo nosso). Logo, os ricos “têm como se não tivessem” (I Co 7.29-31); não devem prender a tudo isso o coração (Mt 6.19-24). Com o que possuem são administradores de Deus, pois os bens lhes foram confiados (Mt 25.14). Levam a sério sua administração e têm o propósito de ser fiéis. Alegram-se quando os recebem, e estão dispostos a devolvê-los novamente (Jó 1.21b).
IV – CONCEPÇÕES ERRADAS ACERCA DA POBREZA E DA RIQUEZA CONCEPÇÃO EXPLICAÇÃO
Pobreza é sinal de piedade.
O monasticismo (um movimento religioso surgido do cristianismo), difundiu a ideia de que um cristão para ser considerado piedoso, para agradar a Deus, devia viver isolado da sociedade e abrir mão de tudo o que possuía, vivendo em pobreza. Esta visão encontra-se totalmente distorcida da Palavra de Deus, visto que a pobreza não pode aferir o caráter de um servo de Deus. Um autêntico homem de Deus é conhecido por sua fé e por suas obras (Mt 7.17,18; Lc 6.43,44; Gl 5.22).
Pobreza é sinal de pecado.
Como podemos ver, este pensamento é antagônico ao primeiro. Se pobreza não pode ser evidência de uma vida piedosa, tampouco de uma vida de pecado. Estaria porventura em pecado o mendigo Lázaro que morreu e foi ao Seio de Abraão? (Lc 16.20-22); ou estaria debaixo de maldição o apóstolo Paulo que passou fome, frio e nudez? (II Co 11.27); teria o Filho de Deus pecado por ter preferido ser pobre para que pudesse enriquecer a outros? (II Co 8.9). É evidente que não.
Riqueza é sinal de comunhão.
Este é um pensamento defendido pela Teologia da Prosperidade. No entanto, é um ponto de vista totalmente contrário ao Cristianismo, que ensina a prioridade pelas coisas que são do céu (Mt 6.33); que condena veementemente a riqueza mal adquirida (I Co 6.10) e a avareza, que é idolatria (Cl 3.5).
Riqueza é sinal de pecado
Se não encontramos base bíblica para a Teologia da Prosperidade, também não encontraremos para a Teologia da Miséria, que procura demonizar (atribuir características demoníacas) a posse de bens materiais. Não esqueçamos de Jó, um homem riquíssimo de bens materiais, e que era justo (Jó 1.1); ou de Abraão, o pai da fé, que de igual modo era possuidor de grandes riquezas (Gn 13.5,6).
CONCLUSÃO
Aqueles que passaram pelo novo nascimento tem a natureza divina. E, como tal, deve agir de forma diferente ao comportamento que tinham antes de serem transformados. Na epístola de Tiago, vemos o apóstolo ensinando que embora no seio da igreja existissem cristãos de diferentes classes sociais, em Cristo ambos tem o mesmo valor e devem se respeitar mutuamente.
REFERÊNCIAS
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
• ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
• CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
•CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. HAGNOS.
Fonte: www.rbc1.com.br
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