quarta-feira, 28 de outubro de 2020

LIÇÃO 05 – O LAMENTO DE JÓ - (Jó 3.1-26) 4º TRIMESTRE DE 2020

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco

Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais

Pastor Presidente: Aílton José Alves

Av. Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543


LIÇÃO 05 – O LAMENTO DE JÓ - (Jó 3.1-26)

4º TRIMESTRE DE 2020


INTRODUÇÃO

Nesta lição estudaremos sobre o momento em que Jó quebra o silêncio em uma lamentação pelas adversidades enfrentadas; veremos também a definição do termo lamento à luz do Antigo e Novo Testamento; faremos algumas considerações sobre a lamentação do patriarca; e por fim, quais as lições que podemos extrair do lamento de Jó e sua aplicação para a vida cristã.

I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA LAMENTO

A origem da palavra lamento advém do latim“lamentum”, que indica literalmente: “expressão de sofrimento”,e ainda:“ação de lamentar; lamentação; expressão de pesar, de mágoa diante do infortúnio. Ato de se expressar com lamentações, gemidos; pranto, queixa, gemido”. Há cerca de quinze palavras em toda a Bíblia, que indicam o ato de lamentar, entre elas a hebraica: “abal” que indica: “o senso interior de tristeza, lamentação, bater no peito, rasgar, cortar” (Gn 37.34); os termos gregos:“threneo”, e “pentheo”, que significam respectivamente: “entristecer-se, se lamentar”, e ainda: “levantar a voz, chorar em voz alta” (Mt 11.27; Jo 16.20; Mt 5.4; Ap 18.11,15,19) (CHAMPLIN, 2004, p.718 - acréscimo nosso).

II – CONSIDERAÇÕES SOBRE A LAMENTAÇÃO DE JÓ

2.1 - A ocasião do lamento. Durante sete dias iniciais de sofrimento (Jó 2.13; 3.1), Jó não abriu a boca para blasfemar contra Deus, como Satanás havia proposto que faria (Jó 1.11; 2.5), no entanto, ao término destes dias, ele quebrou o silêncio para lamentar: “Depois disto, abriu Jó a boca [...]” (Jó 3.1), entre outras coisas, lamentando o dia do seu próprio nascimento: “E Jó, falando, disse: Pereça o dia em que nasci, e a noite em que se disse: Foi concebido um homem!” (Jó 3.2,3). Achamos algo idêntico no caso de Jeremias, ele também, não podendo resistir à pressão das diferentes provações que iam acumulando-se, deu lugar aos seus sentimentos com estas palavras: “Maldito o dia em que nasci; não seja bendito o dia em que minha mãe me deu à luz” (Jr 20.14). 2.2 A causa do lamento. Devido à avalanche de dificuldades que lhe sobreviera, foram atingidas as principais colunas sobre as quais a vida humana está fundamentada:

(a) família (Jó 1.18,19);

(b) bens materiais (Jó 1.16,17); e,

(c) saúde (Jó 2.7,8).

Jó caiu no abismo de uma profunda desesperança, devido à natureza da adversidade vivenciada e pela não compreensão de o conciliar a sua fidelidade a Deus (Jó 3.26) e o experimentar tamanha dor (Jó 2.13; 3.24). Curiosamente, Jó expôs o receio que tinha em seu coração, de um dia ter que passar por esta experiência, pelo que veio a dizer: “Porque aquilo que temia me sobreveio; e o que receava me aconteceu” (Jó 3.25).

III – ETAPAS DO LAMENTO DE JÓ

3.1 - Jó lamentou pela sua existência. Os dias de dor implacáveis tinham abalado a serenidade de Jó. O patriarca não consegue entender a razão de ter nascido se ele viria a ter tanta miséria. E assim ele protesta contra o dia de seu nascimento: “[...] abriu Jó a sua boca, e amaldiçoou o seu dia” (Jó 3.1). Não obstante, os homens habitualmente celebravam com alegria o retorno anual do dia do seu nascimento, Jó o considerou o dia mais infeliz do ano, por ser o mais infeliz da sua vida, considerando-o como a porta de entrada para toda a sua aflição (Jó 3.10). Nesse lamento, Jó fala da tristeza e sofrimento que se acumulam em seu coração e indagou: “Por que não morri eu desde a madre? E em saindo do ventre, não expirei?” (Jó 3.11). Essa é uma pergunta que, nos momentos de dor, já foi feita aos prantos por muitos filhos de Deus, entre esses, o profeta Jeremias (Jr 20.14-18).

3.2 - Jó lamentou pela preservação de sua vida. Como se não bastasse Jó amaldiçoar o dia do seu nascimento, ele, também, expressou o seu desejo de que, não deveria mais estar vivo, ou seja, ele se incomodava com a preservação da sua vida, e por isso estivesse passando por tal sofrimento (Jó 3.12,13; 6.9; 7.15,16; 14.13). Jó se sentiu preso, cercado como um pássaro na gaiola. Para Jó, morrer seria libertar-se dessa situação. É assim, que algumas vezes, nos sentimos em momentos de provação intensa como o profeta Elias (1 Rs 19.4). Destacamos, porém, que em momento algum, Jó fala de dar cabo da própria vida. A lamentação pelo nascimento ou o anseio pelo fim da vida, proferida por ele não é uma apologia ao suicídio nem à eutanásia, mas sim, a declaração de um homem cujo sofrimento era tão intenso que ele desejou jamais ter nascido.

3.3 - Jó lamentou pela prolongação de sua vida. Num misto de sentimentos, Jó critica a providência divina como sendo injusta e impiedosa ao prolongar a vida quando os seus confortos são retirados: “Por que se dá luz ao miserável, e vida aos amargurados de ânimo?” (Jó 3.20). Ele considera injusto, de maneira geral, que vidas miseráveis fossem prolongadas (Jó 3.21). No livro de Jó, a vida é chamada de luz, porque é agradável e útil para se caminhar e trabalhar, e dito que essa luz nos é concedida; pois, não fora ela prolongada diariamente por uma nova dádiva, se consumiria. Mas Jó considera que para aqueles que estão na miséria é uma dádiva sem a qual eles estariam melhor, uma vez que, a luz só lhes serve para, através dela, verem a sua própria miséria (Jó 3.23,24) (HENRY, 2010, p.22).

3.4 - Jó lamentou pela falta de ânimo em continuar vivendo. Em seu estado de aflição, os transtornos eram incessantemente sentidos. Jó acreditava que tinha motivos suficientes para estar cansado de viver, pois:

(a) não tinha nenhum consolo em sua vida: “Porque antes do meu pão vem o meu suspiro [...]” (Jó 3.24-a). As tristezas impediam e antecipavam-se aos sustentos da vida; além disso, elas afastavam o apetite que ele deveria sentir por seu alimento necessário. E ainda mais, tão grande era a extensão da sua dor e da sua agonia que ele não somente suspirava, mas gemia: “[...] e os meus gemidos se derramam como água” (Jó 3.24-b) e,

(b) não tinha nenhuma perspectiva de melhora da sua situação: “[...] cujo caminho está escondido, e a quem Deus cercou de todos os lados?(Jó 3.23 - ARA). Ele não via nenhum caminho aberto em direção à libertação, nem sabia que rumo deveria tomar; o seu caminho foi cercado com espinhos, para que não pudesse encontrar a sua vereda(Jó 23.8; Lm3.7).

IV - LIÇÕES EXTRAÍDAS DO LAMENTO DE JÓ

4.1 - Os servos de Deus devem superaras crises pessoais que venham a enfrentar. Sobre o patriarca Jó, o apóstolo Tiago escreveu: “[...]Ouvistes da paciência de Jó [...] (Tg 5.11), mas percebemos que essa paciência não foi em todo momento. Ficamos admirados que um homem seja tão paciente como ele fora (caps. 1 e 2), mas nos surpreende também que um homem bom seja tão impaciente como é no capitulo três de seu livro; que foi escrito para ensinar, não para que o imitemos nesse quesito, mas como uma advertência (Rm 15.3) para que aquele que cuida estar em pé, vigie para que não caia (1Co 10.12). É comum entre os servos de Deus enfrentar altos e baixos, quando estão em intensa pressão ou quando não compreendem determinados processos em sua vida, foi assim com:

(a) Abraão (Gn 15.1-3);

(b) Asafe (Sl 73.1-9,13-16);

(c) Elias (1Rs 19.2-4); e,

(d) Paulo (2Co 1.8).

Mas todos em comum superaram tais crises confiando na graça de Deus (2Co 12.9).

4.2 - O sofrimento não pode ofuscar a percepção das bênçãos de Deus. Não podemos permitir que os infortúnios desta vida, tirem de nós a gratidão por todas as dádivas advindas do Criador: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes [...]” (Tg 1.17), a vida é um dom divino para nós: “[...] pois Ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração [...]” (At 17.25), resultante da ação direta de Deus: “Antes que eu te formasse no ventre te conheci [...]” (Jr 1.5; ver Sl 139.14-16), de modo que a existência e preservação da vida, são bênçãos que não podem ser desvalorizadas: “[...] porque nEle vivemos, e nos movemos, e existimos [...]” (At 17.28). A ingratidão não pode achar guarida no coração dos servos de Deus (Sl 103.2), que embora sejam profundamente provados ainda têm motivos diversos para continuarem louvando ao Senhor, como fez o profeta Habacuque:“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado.Todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação” (Hc 3.17,18).

4.3 - No momento de angústia precisamos continuar crendo no cuidado divino. Em meio as grandes dificuldades a recomendação bíblica é continuar crendo em Deus (Mc 5.36), não permitindo que o desespero tome conta da situação, “Porque andamos por fé, e não por vista” (2Co 5.7), de modo que, a esperança cristã não estar fundamentada nas circunstâncias (Rm 8.24,25) ou nos bens materiais (1Tm 6.17), mas sim em Deus (1Pe 1.21). Confiar no cuidado de Deus é necessário porque:

(a) é um remédio contra a ansiedade (1Pe 5.7);

(b) Deus tem o controle de tudo (Rm 8.26);

(c) cada luta tem começo e fim (Sl 30.5); e,

(d) o sofrimento é pedagógico (Rm 5.3-5; Tg 1.2-4).

CONCLUSÃO

O lamento de Jó destaca não só a natureza da sua adversidade como mostra a sua fragilidade como ser humano, a despeito de suas virtudes atestadas pelo próprio Deus, o patriarca revelou por meio de sua lamentação a sua extrema necessidade de confiar ainda mais em Deus.

REFERÊNCIAS

CHAMPLIN, Russel,Norman.Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.

HENRY, Mattew. Comentário Bíblico Antigo Testamento Jó a Cantares. Vol 3.CPAD.

WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo Vol. 3. GEOGRAFICA.

STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

LIÇÃO 04 – O DRAMA DE JÓ – (Jó 1.13-22; 2.6-8) 4º TRIMESTRE DE 2020

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco

Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais

Pastor Presidente: Aílton José Alves

Av. Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543


LIÇÃO 04 – O DRAMA DE JÓ – (Jó 1.13-22; 2.6-8)

4º TRIMESTRE DE 2020


INTRODUÇÃO

Nesta lição, definiremos a palavra “drama”. Pontuaremos quais foram as perdas que só sofreu e o drama que isto lhe causou; por fim, destacaremos o seu exemplo heroico, que diante apesar das tragédias que sofreu, permaneceu firme e inabalável no Senhor.

I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA DRAMA

O dicionário Houaiss define a palavra “drama” de forma figurada como: “situação ou sequência de acontecimentos em que predomina emocionante conflito de forças, podendo apresentar tumulto e agitação”. Por extensão significa também: “estado que comove pela dificuldade que encerra ou que constitui experiência emocional penosa e desgastante” (HOUAISS, 2001, p. 1083).

II – O QUE JÓ PERDEU

Embora nem toda perda seja por provação, mas também por falta de sabedoria (Pv 24.30,31) e falta de equilíbrio (1Tm 6.8-10; 17-19), não podemos negar que um crente pode vir a perder suas posses por uma provação. O verbo “provar” no hebraico é “tsãraph” que quer dizer: “refinar, provar, fundir”. A Bíblia diz que Deus prova os seus (Êx 20.20; Dt 8.2; 1 Cr 29.17; Sl 7.9; Jo 6.6; At 14.22; 1 Pd 4.12-19). O patriarca Jó foi acusado por Satanás de servir a Deus com sinceridade, retidão, temor e prudência em troca de sua proteção (Jó 1.9-11). Para mostrar que Satanás estava errado, Deus permitiu que o adversário tirasse o que Jó possui. Vejamos:

2.1 - Seu patrimônio. Tudo o que Jó havia conseguido com a bênção de Deus e como fruto do trabalho de suas mãos (Jó 1.10), mas agora, mediante a permissão divina, Satanás foi autorizado e tirar-lhe todos estes bens. Notemos o que Jó perdeu do seu patrimônio financeiro:

a) Os bois e os jumentos. O relato bíblico diz que quinhentos bois e as quinhentas jumentas que Jó tinha foram roubados e os servos que tomavam conta foram mortos pelos sabeus, escapando apenas um para dar a notícia (Jó 1.13-15).

b) As ovelhas. Em seguida deste triste relato, outro mensageiro chegou e noticiou que o rebanho de sete mil ovelhas que Jó possuía, foram carbonizadas, juntamente com os pastores que tomavam conta delas, por um raio que caiu do céu, escapando apenas um para trazer o relato (Jó 1.16).

c) Os camelos. O terceiro mensageiro chegou e trouxe mais uma notícia triste, para o patriarca Jó. Os caldeus se organizaram em três bandos e saquearam os três mil camelos de Jó, e mataram seus guardadores a fio de espada, restando também apenas um para contar o que aconteceu (Jó 1.17).

2.2 - Sua família. A mais terrível das notícias ainda estava para vir. O quarto mensageiro correu a Jó a dizer que na festa de aniversário do seu primogênito, que como de costume, reunia todos os outros irmãos, sobreveio um grande vento, que pode ter sido um tufão, com força tão grande que derrubou a casa onde estava seus filhos e os matou esmagados, e como das outras vezes, escapou apenas um servo para trazer a notícia (Jó 1.18,19).

2.3 - Sua saúde. Não bastasse todas as perdas que Jó sofreu, por permissão divina, Satanás também intentou contra a sua saúde, com uma doença terrível: “Então saiu Satanás da presença do Senhor, e feriu a Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até ao alto da cabeça” (Jó 2.7). Sua doença trouxe-lhe diversas consequências. Notemos algumas:

- Atingiu toda a sua pele (Jó 2.7);

- Feridas e crostas supurantes (Jó 2.8);

- Coceira (Jó 2.8);

- Deformou seu corpo (Jó 2.12);

- Insônia (Jó 3.13);

- Agonia (Jó 7.1-4)

- Vermes sobre a pele (Jó 7.5);

- Pesadelos (Jó 7.13,14);

- Se contorcia (Jó 13.27);

- Mau hálito (Jó 19.17);

- Perda de peso (Jó 19.20);

- Pele enegrecida (Jó 30.30-a);

- Calafrios e febre (Jó 30.30-b).

III - O DRAMA DE JÓ

Por certo o que mais afligiu Jó não a perda de tudo que construiu apenas, mas a forma como perdeu. Notemos:

3.1 - Perdeu tudo num só dia. O texto deixa claro que Jó não perdeu seus bens de forma paulatina em questão de meses ou anos. Tudo foi embora, em apenas um dia: “E sucedeu um dia” (Jó 1.13), inclusive todos os filhos (Jó 1.18,19). Neste mesmo dia, veio um mensageiro após o outro trazer as notícias das perdas (Jó 1.14,16,17,18). Diante disto, devemos ter consciência da transitoriedade dos bens (Pv 27.24; Ec 9.10). Tudo o que é material se destrói, se corrompe (Tg 5.2,3). Somente os bens espirituais é que são permanentes (1Pd 1.4). Devemos estar atentos para a exortação de Jesus quanto a preocupação exagerada com o acúmulo de bens terrenos, porque eles se estragam e podem ser roubados (Mt 6.19).

3.2 - Perdeu sem ter pecado. O fato de ter perdido tudo não significa que Jó havia pecado e que Deus o havia punido. Se assim fosse, por certo aceitaria a correção divina. O próprio Jó indagou a Deus o que havia feito para enfrentar aquilo, já que procurava ser reto diante de Deus: “Direi a Deus: Não me condenes; faze-me saber por que contendes comigo. Parece-te bem que me oprimas, que rejeites o trabalho das tuas mãos e resplandeças sobre o conselho dos ímpios? Bem sabes tu que eu não sou iníquo; todavia ninguém há que me livre da tua mão” (Jó 10.1,2,7). Veja ainda (Jó 23)

3.3 - Perdeu e não foi consolado. Antes as muitas perdas que Jó sofreu, ele não recebeu consolação de ninguém. Sua esposa falhou gravemente com suas palavras querendo induzi-lo a pecar contra Deus, sugerindo-o a blasfemar contra Deus e provavelmente praticar o suicídio (Jó 2.9,10). Seus amigos que vieram consolá-lo (Jó 2.12,13), o atormentaram ainda mais com suas palavras (Jó 16.1,2).

IV – COMO LIDAR COM AS PERDAS

Enquanto estivermos no mundo, estamos sujeitos a passar por momentos difíceis: “No mundo tereis aflições...” (Jo 16.33-a). Enfermidade, morte, violência, privações materiais, perseguições, angústias e outros males podem sobrevir ao crente. No entanto, a Bíblia nos ensina como devemos proceder quando nos depararmos com momentos de perda. Vejamos: 

5.1 - Tendo fé em Deus. O termo fé, do hebraico “heemin” e do grego “pisteuõ” é definido pela própria Bíblia como “...o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11.1). É a confiança que depositamos em todas as providências de Deus (Gn 22.8). É a crença de que Ele está no controle de tudo, e que é capaz de manter as leis que estabeleceu (Is 43.13). No livro de Jó encontramos ele perdendo seus bens, no entanto, vemo-lo conservando a sua fé: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25).

5.2 - Aceitando a vontade divina. O nosso Deus é Soberano. Isto significa dizer que Ele exerce autoridade absoluta e inquestionável sobre todas as coisas criadas, quer na terra, quer nos céus. Portanto, como seus servos devemos aceitar seus desígnios sem questionar (Rm 9.20). Vemos essa submissão a vontade de Deus bem expressa nas palavras de Jó, quando diante de todas as calamidades que lhe aconteceram, disse: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR” (Jó 1.21).

5.3 - Permanecendo firme. É impossível viver sem passar por crises, pois a vida é composta inevitavelmente também de dias maus (Ec 11.8). Logo, o justo pode até vir a sofrer perdas, porém, deve permanecer firme no Senhor (Pv 24.10). O alicerce da nossa vida não deve estar fundamentado nas posses materiais, e sim, em Deus e Sua Palavra, porque quando as tempestades nos sobrevêm, avaliam a qualidade do nosso alicerce (Sl 125.1; Mt 7.24-27). Jó, em meio a mais intensa dor de ter perdido riquezas, filhos e saúde, permaneceu firme e glorificou ao Senhor (Jó 1.13-22), provando assim seu amor verdadeiro por Deus (Jó 19.25). Imitemos, pois a conduta do patriarca Jó diante das perdas que sofreu: “Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” (Jó 1.22).

CONCLUSÃO

O cristão não está isento de sofrer abalos, fazendo com que venha a perder aquilo que construiu em sua vida. No entanto, tal como Jó, devemos nos posicionar com fé, submissão e firmeza, sabendo que não somos donos do que temos, e que os bens eternos, são melhores, pois estão guardados em um lugar totalmente seguro, e neles é que o nosso coração deve estar.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as aflições da vida. CPAD.

GILBERTO, Antônio, et al. Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD.

HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.

STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

VINE, W.E et al. Dicionário Vine. CPAD

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

LIÇÃO 03 – JÓ E A REALIDADE DE SATANÁS - (JÓ 1.6-12; 2.4,5) 4º TRIMESTRE DE 2020

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco

Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais

Pastor Presidente: Aílton José Alves

Av. Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543


LIÇÃO 03 – JÓ E A REALIDADE DE SATANÁS - (JÓ 1.6-12; 2.4,5)

4º TRIMESTRE DE 2020


INTRODUÇÃO

Na lição de hoje iremos estudar o significado do termo Satanás, iremos analisar a expressão filhos de Deus aplicadas aos anjos no livro de Jó, e por fim veremos quais as recomendações bíblicas para resistir as astutas ciladas do reino das trevas.

I – QUEM É SATANÁS

1.1 - Significado do termo: O termo heb. Satan, “adversário”, “acusador”, humano ou angelical (Sl 109.6,29; Nm 22.22) e o termo gr. Satan(as) é o líder de espíritos caídos ou demônios (Mt 12.24). Mais do que outros anjos, Satanás é “magnífico em poder” (Sl 103.20; Jd 9), porém é limitado em termos de espaço (Jó 1.7), e só pode operar tendo a permissão divina (Jó 1.12; Cf. 1 Co 10.13). (WICLIFFE, 2010, p. 1772). Além do fato de ser espiritual, capaz de agir sobrenaturalmente (Jó 1.7), Satanás, por exemplo, também demonstra ser possuidor de inteligência e conhecimento (Jó 1.7; 9). Ele demonstra conhecer Jó e a sua forma de comportar-se (Jó 1.7). Essas mesmas características são demonstradas por Satanás quando tentou a Cristo. Ele sabia, por exemplo, quem era Jesus e foi capaz de argumentar com Ele (Mt 4.1-11). O Diabo do livro de Jó e o do Novo Testamento são, portanto, a mesma pessoa (GONÇALVES, 2020, p.58).

1.2 - Origem e queda de Lúcifer. No AT há dois textos clássicos que são aceitos pela maioria dos estudiosos como reveladores da origem e da queda de Lúcifer. O primeiro, na ordem aqui utilizada (Ez 28.11-19), enfatiza mais a sua origem, e o segundo (Is 14.12-16) trata mais da sua queda. Embora haja muitas discussões sobre a identidade de Satanás nesses textos, após uma exegese bíblica que considera os aspectos literários da época tais como poesia, figura de retórica própria da literatura hebraica e a duplicidade profética (dupla referência em uma só mensagem), chega-se à conclusão de que, sem sombra de dúvida, ambos os textos fazem menção clara à figura de Satanás, e isso por algumas razões:

(a) a Bíblia exalta Daniel por sua sabedoria, integridade e justiça (Ez 14.14), porém o rei de Tiro, é referido como mais sábio do que o profeta (Ez 28.3);

(b) que homem no mundo, além do Filho Unigênito de Deus, foi considerado por Ele um ser perfeito? (Ez 28.15), um rei humano de carne e osso e ainda pagão seria assim declarado por Deus?

(c) quando Deus quer fazer referência ao início da vida de alguém, se é dito: “desde o dia em que nasceste” (Rt 2.11; Jr 22.26), mas nunca: “desde o dia em que foste criado” (Ez 28.15), isso porque os anjos não nascem e não procriam, eles foram criados um a um; e,

(d) esse personagem é chamado de “querubim ungido” (Ez 28.14), categoria angelical mais elevada; nos dando a entender que há uma relação entre o rei de Tiro e Lúcifer que forma um paralelismo, da mesma forma como Daniel identifica Antíoco Epifânio ao homem do pecado, o anticristo (Dn 9.27; 12.11; Mt 24.15; 2Ts 2.3,4) (BRUNELLI, 2016, pp. 439-441 – acréscimo nosso).

1.3 - Os seus nomes: O texto bíblico apresenta vários nomes para esse ser caído, que expressa a sua natureza maldosa e perversa: Diabo (Ap 12.9). Satanás (Ap 20.2). Dragão (Ap 12.3). O príncipe deste mundo (Jo 12.31). O príncipe das potestades do ar (Ef 2.2). O príncipe dos demônios (Mt 12.24). O rei dos terrores (Jó 18.14). O deus deste século (2 Co 4.4). De "ave do céu" no sentido enigmático (Mt 13.4,19). O tentador (Mt 4.3). O inimigo (Mt 13.39). O adversário (1 Pe 5.8). O anjo do abismo (Ap 9.11). A antiga serpente (Ap 12.9). Apoliom (Ap 9.11). Abadom (Ap 9.11). Estrela da manhã (Is 14.12). Esta palavra chegou até nós através da Vulgata Latina que traduziu o hebraico “hêbêl” (LXX -"heõsphoros") em Isaías 14.12 por "Lúcifer", literalmente este vocábulo significa "aquele que brilha" ou o "resplandecente". Então a ARA traduziu por a "estrela da manhã". A referência é aplicada ao rei de Babilônia e da inferência a Satanás (Is 14.12; Ez 28.13). O pai da mentira (Jo 8.44). O homicida (Jo 8.44). A mortalha (Is 14.19). O espanto (Ez 28.19). Belial (2Co 6.15). Belzebu (Mt 12.24). Querubim ungido (Ez 28.14). Querubim protetor (Ez 28.16). Esses últimos títulos foram perdidos na queda. (SILVA, 1987).

II – SATANÁS E O ACESSO AS REGIÕES CELESTES

2.1 - Satanás tinha acesso aos céus? Muitos expositores bíblicos admitem essa ideia, mas que se tratava de um acesso com certa restrição. Essas evidências aparecem em algumas passagens do Antigo Testamento (1Rs 22.23; Jó 1.6-9; 2.1-6; Zc 3.1,2). É com base nessas passagens que Satanás é chamado de “o acusador de nossos irmãos” (Ap 12.10). A Bíblia de Estudo Pentecostal deixa transparecer essa interpretação: “Satanás é derrotado, precipitado, na Terra” (cf. Lc 10.18) e não lhe é mais permitido acesso aos céus”. Stanley M. Horton segue também nessa mesma linha de pensamento em seu comentário sobre o livro de Apocalipse. Mas, com a chegada vitoriosa de Jesus ao céu, não se achou lugar para o acusador dos irmãos, e assim não foi mais possível o acesso de Satanás e seus correligionários ao céu, pois eles "não prevaleceram; nem mais o seu lugar se achou nos céus" (Ap 12.8) (SOARES, 2018, p.57).

2.2 - Satanás entre os filhos de Deus. A expressão “filhos de Deus”, em (Jó 1.6) é interpretada por alguns como sendo homens e por outros como sendo Anjos. Temos que lembrar que a frase, filhos de Deus, tanto pode ser aplicada a pessoas (Mt 5.9, Lc 20.36, Jo 1.12; 11.52, Rm 8.14, Gl.3.26; Fp 2.15;1 Jo 3.1) como a Anjos (Jó 38.7), pois é uma palavra polissêmica, podendo ter vários significados. O contexto da passagem bíblica precisa ser observado nesses casos. Em Gênesis 6.2,4 faz referência a homens, ou seja, a linhagem piedosa de Sete (Dt 14.1; 32.5; Sl 73.15; Os 1.10. No versículo em estudo no livro de Jó: “E vindo um dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles.” (Jó 1.6.). Norman Geisler entende que sejam anjos (GEISLER, 2010, p. 223). O reconhecimento dos “filhos de Deus” como anjos fica também transparente na Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p. 769). Embora existam opiniões diferentes devemos ter em mente três verdades extraídas dos textos seguintes ao verso seis.

2.3 - Satanás não é onipresente. Isto é confirmado no texto “Dons vens? e Satanás respondeu ao SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por” (Jó 1.7). O ato de rodear a terra para averiguar os homens, demonstra limitação, provando assim ser essa criatura inferior ao Senhor dos Exércitos. O atributo da Onipresença, isto é, o espaço material não o limita em ponto algum. (Gn. 28.15,16; Dt 4.39; Js 2.11; Sl 139.7-10; Pv 15.3,11; Is 66.1; Jr 23.23,24; Am 9.2-4,6; At 7.48,49; Ef 1.23.) pertence exclusivamente a Deus. Da mesma forma todos os atributos incomunicáveis – aqueles que Deus não partilha com nenhuma criatura (onipotência, onisciência e onipresença, entre outros) torna o Senhor único. “A quem, pois, fareis semelhante a Deus ou com que o comparareis? (Is 40.18 cf. Is 46.5; At 17.29).

2.3 - Satanás não é onipotente. O adversário não podia tocar em Jó sem a permissão de Deus. Diz o texto bíblico: “...somente contra ele não estendas a tua mão...” O controle e o governo desse mundo estão nas mãos do Deus todo poderoso (Gn 1.1; 17.1; 18.14; Êx 15.7; Dt 3.24; 32.39; 1Cr 16.25; Jó 40.2; Is 40.12-15; Jr 32.17; Ez 10.5; Dn 3.17; 4.35; Am 4.13; 5.8; Zc 12.1; Mt 19.26; Ap 15.3; 19.6). O inimigo de nossas almas não pode tocar em um crente fiel, a não ser sob permissão do Senhor Jeová. “.... mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca (1 Jo 5.18).

2.4 - Ele é o acusador de nossos irmãos. Quando mente e acusa faz o que lhe é próprio de sua natureza caída. A Bíblia de Estudo Pentecostal (1995, p.769) recomenda como devemos vencer: “...o crente pode eliminar essas acusações por meio do sangue de Cristo, de uma boa consciência e da palavra de Deus” (Mt 4.3-11; Tg 4.7; Ap 12.11). Nossa confiança é reforçada pelo fato de termos como nosso Advogado perante o Pai, o Senhor Jesus Cristo (1Jo 2.1) que está a sua destra, intercedendo (Hb 7.25).

III – RESISTINDO AO DIABO

3.1 - Revestir-se de toda a armadura de Deus. Paulo exorta a que nos revistamos das armas pertencentes a Deus: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus […]” (Ef 6.11), notemos que este ato implica na responsabilidade humana: “[...] Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz” (Rm 13.12) E certo que Satanás é o tentador (1 Ts 3.5), mas cada um é tentado "quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência" (Tg 1.14) [...] Não pode, porém, levar a efeito nenhum ato desse tipo sem a participação (e até mesmo a iniciativa) humana. Ressaltar demasiadamente o papel dos demônios (segundo a nossa opinião) naquilo que se opõe a Deus, tende a amainar a responsabilidade humana e a denegrir a responsabilidade de Deus (HORTON, 2010).

3.2 - Viver em constante vigilância. Uma recomendação não menos importante é que o cristão deve ficar firme: “[…] para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Ef 6.11), do grego “histemi”, que significa: “ficar de pé, manter-se no lugar, continuar seguro, continuar pronto ou preparado”, isso indica estar de olhos abertos, atento, de prontidão para o combate visto o perigo a volta e sagacidade do inimigo (1Pd 5.8,9).

3.3 - Perseverar em oração. Paulo faz referência a uma ferramenta imprescindível que nos proporciona a energia necessária para sermos vitoriosos, a oração: “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18). Podemos concluir que a oração faz parte permanente de todo o equipamento de guerra exposto nos versículos precedentes (Ef 6.14-17). Cada uma das armas espirituais, desde o “cinto” até a “espada”, deve ser vestida com a oração (CABRAL, 1999, p. 92).

CONCLUSÃO

Estudamos na lição de hoje que Satanás é um ser real e o acusador de nossos irmãos (Ap 12.11). Porém temos um Advogado que nos defende diante de Deus, Jesus Cristo. A Palavra de Deus nos garanti que podemos resistir ao Diabo através da oração e meditação na palavra e uma vida de comunhão com o Senhor.

REFERÊNCIAS

BRUNELLI, Walter. Teologia para pentecostais. Vl 02. CENTRAL GOSPEL.

CABRAL, Elienai. Comentário Bíblico: Efésios. CPAD.

GONÇALVES, Josué. A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: o sofrimento e a restauração de Jó. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

SILVA, Severino Pedro da. Os Anjos, sua natureza e ofício. CPAD.

PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

LIÇÃO 02 – QUEM ERA JÓ – (Jó. 1. 1-5) 4º TRIMESTRE DE 2019

 

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco

Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais

Pastor Presidente: Aílton José Alves

Av. Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543


LIÇÃO 02 – QUEM ERA JÓ – (Jó. 1. 1-5)

4º TRIMESTRE DE 2019


INTRODUÇÃO

Nesta lição estudaremos sobre o personagem secundário desta lição, já que o primeiro é o nosso Deus. Sendo assim para sabermos bem quem foi este homem de Deus precisamos entender bem o que o próprio Deus falou acerca Dele; estudaremos os dias difíceis que ele viveu, seu comportamento diante dos homens, de Deus e também da sua família, além de no final entenderemos a importância do comportamento do cristão em nossos dias.


I – JÓ, UM SERVO DE DEUS EM TEMPOS DIFÍCEIS

Boa parte dos historiadores bíblicos colocam Jó dentro do período patriarcal, ou seja, ele foi por certo contemporâneo de Abraão, Isaque e Jacó. Este era um tempo em que os homens se distanciavam de Deus (Js 24.2), ao ponto de Deus escolher um para trazer novamente seu Nome sobre ele e seus descendentes (Gn 12.1-3). Sendo assim, precisamos enxergá-lo como um Enoque, Noé ou Abraão de seus dias. O comportamento de Jó chamou atenção até mesmo do inimigo (Jó 1.7-9). Algo que também nos surpreende, é que, antes de se mencionar o que Jó tinha, o texto bíblico faz questão de mostrar quem ele realmente era (Jó 1.1). Vamos analisar agora quem era este homem diante da Sociedade, em relação a Deus e da sua família.


II – O COMPORTAMENTO DE JÓ DIANTE DA SOCIEDADE

A sociedade é regida por normas, a isso damos o nome de Ética, mas quando olhamos para Jó enxergamos nele alguém que tinha uma ética muito superior aos homens de seu tempo. Vejamos:

2.1 - Sincero/integro (Jó 1.1). Jó era "íntegro" (Jó 1.1). Não era um indivíduo sem pecados, pois essa é uma característica que ninguém pode requerer para si (1Jo 1.8). Porém, seu caráter era maduro e pleno, e sua conduta, "reta". O termo "integridade" é outra palavra importante em Jó (Jó 2:3, 9; 27:5; 31:6). Pessoas íntegras são indivíduos completos, sem qualquer hipocrisia ou duplicidade (WIERSBE, 2012, p. 8). O termo sincero na corrigida tem o seu sentido etimológico do latim; sincērus; e significa sincero a um, puro; leal, franco; algo escasso na sociedade desde os tempos de Jó.

2.2 - Reto (Jó 1.1). Além de ser sincero, também lemos que Jó era reto (...). Não havia falta em Jó. Ele preenchia todos os requisitos dos seus dias de um homem exemplar. Na narrativa, essas qualidades em Jó não constituem a avaliação de homens, mas sim, a avaliação do próprio Deus (CHAPMAN, 2016, p. 28). Esta qualidade é uma virtude de seguir, sem desvios, a direção indicada pelo senso de justiça, pela equidade; virtude de estar em conformidade com a razão, com o dever; integridade, lisura, probidade.


III – O COMPORTAMENTO DE JÓ EM RELAÇÃO A DEUS

De Deus ninguém se esconde (Sl 139.7-12; Jr 23. 24; Hb 4.13; Ap 2.2), alguém pode até fingir um certo modelo ético de comportamento devido a moral, ou seja, por estar sempre sendo vigiado, mas em Jó podemos enxergar também seu comportamento diante de Deus. Também vemos que até pelo crivo divino Jó passou com louvor (Jó 1. 8), vejamos:

3.1 - Temente a Deus (Jó 1.1). Richard Alleine assim descreve o homem piedoso: “Aquele que sabe o que é ter prazer em Deus temerá a sua perda; aquele que viu sua face, terá medo de ver suas costas”. Esta declaração é um perfeito resumo do relacionamento de Jó com o Todo-Poderoso (...) A expressão hebraica que descreve o homem temente a Deus que é a expressão “yará”, evoca um medo santo e respeitoso pelo Todo-Poderoso. Medo esse, aliás, que não tem a natureza do terror. (ANDRADE, p. 35, 2006). O temor ao Senhor é a base para qualquer ser humano se relacionar com Ele (Lv. 25. 17; 2 Cr. 19. 7; Pv. 9. 16; 14. 27; 16. 6; Is. 8. 13) e como pudemos observar nos textos citados ele mudará o nosso relacionamento com o próximo. Podemos perceber que esse era o alicerce de seu caráter. “Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e o apartar-se do mal é o entendimento” (Jó. 28. 28). Temer ao Senhor significa respeitá-lo por seu caráter, seus atos e suas palavras.

3.2 - Desviava-se do mal (Jó. 1. 1). Era um homem moral. Rejeitava o que era errado; não meramente o evitava. O escopo da conduta nobre de Jó desdobra-se à medida em que a história progride. Chega ao seu clímax no seu testemunho final (capítulos 29-31), onde insiste que suas realizações são publicamente conhecidas (29) e nega quaisquer falhas sérias (31). Era irrepreensível diante dos homens (4.3-6) ou de Deus (42.8) (WIERSBE, p.8, 2012). O mais interessante que este ato de se desviar do mal não está muitas vezes ligado apenas a algo prático, mas ao coração. Jó já entendia que Deus sonda as mentes e corações (1Sm 16.7; Sl 139.1; Pv 21.2; Jr 11.20).


IV – O COMPORTAMENTO DE JÓ EM RELAÇÃO A SUA FAMÍLIA

Uma das características que encontramos em Jó é o seu zelo por sua família. O ambiente familiar pode gerar em alguns um sentimento de liberdade para ser diferente do que se é em sociedade, mas, mais uma vez Jó demonstrar seu caráter distinto. Pelo que entendemos em seus dias não havia ainda autoridades sacerdotais escolhidas por Deus tal qual o período levítico, sendo assim, Jó já entendia que Ele deveria ser o sacerdote de seu lar. Vejamos agora o que podemos enxergar em Jó com relação a sua família.

4.1 - Um empresário que tinha tempo para a família (Jó 1.3). Os bens de Jó eram tantos que o autor Bíblico inspirado afirmar “Este homem era maior do que todos no oriente”. Porém, observamos que mesmo sendo tão rico, Jó não renunciava à sua família. Essa sempre foi a vontade de Deus para os pais (Dt 6.6-9; Pv 22.6). Infelizmente muitos pais têm negligenciado tamanha responsabilidade e colherão um fruto amargo se não mudarem drasticamente. Que sua família seja sua prioridade, ela é o nosso maior bem (Sl 128).

4.2 - Um pai que mantinha sua família unida (Jó 1.4). Sabemos que a união entre os irmãos é algo agradável a Deus (Sl 133. 1), encontramos isso na família de Jó. Diferente de outras famílias que são apresentadas na Bíblia onde havia disputa por poder, como no caso de Jacó e Esaú (Gn 27.36) e de José e seus irmãos (Gn 37.4,11,20,27-28). Mesmo possuindo um pai rico, enxergamos seus filhos desfrutando dos bens de seu pai em harmonia. Isso só pôde ser uma realidade por conta dos ensinamentos e oração que seu pai sempre fazia.

4.3 - Um intercessor contínuo (Jó 1.5). Jó não orava as vezes por seus filhos, ou apenas os ensinava quando estes erravam, o trabalho de Jó é um trabalho preventivo, ele chegava antes do problema. Se preocupava até com os possíveis pecados de coração deles: “Talvez os meus filhos tenham pecado e blasfemado contra Deus em seu coração”. Observemos pontualmente o trabalho de Jó para manter seus filhos na presença de Deus: a) Santificava-os; b) Oferecia Holocaustos por cada um; c) Preocupava-se com a vida espiritual deles e, d) continuamente fazia assim. Que nunca esqueçamos este exemplo, sua família é de sua responsabilidade diante do Senhor (1Tm 5.8).


V - A IMPORTÂNCIA DO TESTEMUNHO CRISTÃO

A palavra de Deus, como “regra de fé e prática” do cristão, descreve os princípios divinos que direcionam e guiam a vida do cristão, independentemente de sua cultura, status, época etc. (Sl 119.9,11,105; Jo 17.17). como Jó também temos a responsabilidade de viver uma vida na qual nosso Deus seja visto e glorificado. Vejamos, então, na Palavra de Deus, quais devem ser as atitudes do cristão neste mundo:

5.1 - Não nos conformar com o mundo. (Rm 12.2). A expressão “não vos conformeis” tem o sentido de “não tomar a forma” ou “não ser igual”. Em outras palavras, o apóstolo Paulo estava dizendo: “não queira ser igual ao mundo”. O cristão deve reconhecer que o presente sistema mundano é mau (At 2.40; Gl 1.4) e que está sob o controle de Satanás (Jo 12.31; 1Jo 5.19).

5.2 - Demonstrar à sociedade que somos novas criaturas. Através do testemunho cristão, o crente demonstra à sociedade que já não é mais o mesmo, e que sua vida foi transformada, tornando-se numa nova criatura (Rm 8.1; 2Co 5.17);

5.3 - Evangelizarmos com a vida. Através do seu testemunho pessoal o cristão também evangeliza (1Tm 4.16). Sua própria vida já é um testemunho vivo do poder de Deus. Se demonstrarmos um bom testemunho diário, propagaremos, com eficácia, o poder do Evangelho que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, conforme (Rm 1.16); 5.4 - Cuidar da nossa família (1Tm. 5. 8). O apostolo Paulo nos deixou um duro recado, se falharmos no cuidado com nosso próximo, principalmente com os de nossa família, somos piores que os infiéis, ele nos exorta assim porque conhecemos a verdade, os infiéis não. Que possamos conduzir nossa família aos pés de Cristo sempre.


CONCLUSÃO

Aprendemos nesta lição que nosso comportamento diante dos homens, de Deus e nossa família são a base de nosso caráter. Que possamos como cristãos imitadores de Cristo viver uma vida irrepreensível em dias tão difíceis. Que nossa vida de boa conduta baseada nas Escrituras possa ser conhecida dos homens, mas principalmente chancelada por Deus. Jó conseguiu e com a graça de Deus creio que nós também conseguiremos.


REFERÊNCIAS

ANDERSEN, Francis. Introdução e comentário de Jó. VIDA

ANDRADE, Claudionor Correia. O problema do Sofrimento do Justo e o seu propósito. CPAD 

CHAPMAN, Milo L. PURKISER, W. T. Comentário BEACON Vol. 3. CPAD

WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo Vol. 4. GEOGRAFICA

LIÇÃO 01 – O LIVRO DE JÓ - (2 Tm 3.16; Ez 14.14,19; Tg 5.11) 4º TRIMESTRE DE 2020

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco

Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais

Pastor Presidente: Aílton José Alves

Av. Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543


LIÇÃO 01 – O LIVRO DE JÓ - (2 Tm 3.16; Ez 14.14,19; Tg 5.11)

4º TRIMESTRE DE 2020


INTRODUÇÃO

    Nesta primeira lição do quarto trimestre de 2020, veremos importantes informações sobre o livro de Jó; estudaremos sobre quem foi o principal personagem real e histórico deste livro; e por fim, analisaremos quais as principais lições que podemos extrair deste maravilhoso livro inspirado por Deus.


I – INFORMAÇÕES SOBRE O LIVRO DE JÓ

1.1 - Autoria. Em nenhuma parte do livro existe qualquer tipo de indicação quanto à identidade do homem que escreveu esse livro. Inúmeras sugestões têm sido feitas quanto a possíveis autores desse livro. Entre elas estão o próprio Jó, Moisés e uma variedade de pessoas anônimas, dentre elas um dos amigos de Jó, cujo nome foi Eliú. Tal hipótese é levantada pelo fato de ser ele o único amigo que o livro detalha a genealogia (Jó 32.2,6). O cristianismo histórico e conservador não tem o livro de Jó como uma ficção religiosa, mas como uma narrativa poética inspirada por Deus e redigida por um único autor.Certas partes do livro vieram evidentemente da revelação direta de Deus (Jó 1.1-2.10) (STAMPS, 1995, p.767).

1.2 - Data. A época da composição desse livro permanece um problema tão complicado quanto o da autoria. De acordo com a descrição do livro, o homem Jó mostra um tipo de vida e cultura que mais se aproxima do período patriarcal. Notemos: (a) o livro afirma que Jó viveu mais 140 anos depois da restauração da sua saúde e riqueza, além dos anos que ele tinha vivido antes do seu infortúnio. Essa era a expectativa de vida comum ao período patriarcal, conforme o relato bíblico (Gn 24.1); (b) a riqueza de Jó consistia basicamente em rebanhos e manadas, como ocorria com os patriarcas (Gn 13.2); e, (c) o próprio Jó oferece sacrifícios pela sua famí-lia, como era o costume dos patriarcas. No entanto, ele parece desconhecer a oferta pelo pecado e outras práticas mosaicas (Jó 1.5; Gn 12.8).

1.3 - Propósitos. O livro inteiro trata do problema da dor e do sofrimento e nos ajuda a entender que Satanás não pode nos afligir com destruição física e financeira sem a permissão de Deus, ou seja, o Senhor tem poder sobre o que Satanás pode e não pode fazer. Também aprendemos que os ímpios vão receber o pagamento por suas ações. O sofrimento às vezes pode ser permitido em nossas vidas para purificar, testar, ensinar ou fortalecer a nossa alma, e que Deus continua a ser suficiente e merecedor do nosso amor e louvor em todas as circunstâncias da nossa vida.

1.4 - Disposição e gênero literário. Na Bíblia hebraica, o livro de Jó faz parte da terceira divisão do cânon hebraico, o Kethubim, ou seja, os Escritos. Na nossa Bíblia, o livro de Jó encabeça os livros poéticos ou sapienciais. Jó foi uma pessoa histórica, as localidades e os nomes são reais e não fictícios. O Livro de Jó é uma das partes mais grandiosas das Escrituras, um armazém celestial de conforto e instrução, um precioso monumento da teologia primitiva.

1.5 - Citações no AT e no NT. Jó é citado no próprio AT no livro de Ezequiel que faz referência a sua vida de piedade e intercessão (Ez 14.14,20). Jó no Novo Testamento é citado por Tiago, o irmão do Senhor, como exemplo de um homem paciente e que foi recompensado pelo Senhor por isso (Tg 5.10,11). O livro tem apenas uma citação no NT por outro apóstolo, com a forma habitual de mencionar a Escritura: “está escrito” em 1 Coríntios 3.19. Vide (Jó 5.13).


II - INFORMAÇÕES SOBRE O PERSONAGEM JÓ

2.1 - Sua existência histórica. O Livro de Jó não é uma ficção judaica. Jó não foi um personagem imaginário, mas sim uma pessoa real. Tanto a citação veterotestamentária de Ezequiel (Ez 14.14,20), quanto a neotestamentária de Tiago dão testemunho desse fato (Tg 5.11).

2.2 - Seu nome. A etimologia do nome Jó no hebraico “iyyobh” não é clara, a forma arábica do nome parece vir da raiz que significa “retornar ou arrepender-se”, o penitente ou, pela ampliação da ideia, o piedoso.

2.3 - Sua terra. A terra natal de Jó, é geralmente identificada com a tribo aramaica de Uz. Embora Uz não possa ser localizada com precisão, ela provavelmente estava situada no deserto da Arábia ou da Síria, a leste da Palestina. Esse local atende aos requisitos da narrativa bíblica ao indicar que Uz estava a uma assustadora distância dos sabeus e caldeus (Jó 1.15,17). Era provavelmente adjacente à rota comercial da Transjordânia na metade da Idade do Bronze I (2100-1900 а.C.), rota que foi seguida pelos quatro reis de Gênesis 14. Parece que Jó esteve em contato com mercadores e viajantes que iam e vinham da Mesopotâmia, Egito e Arábia (Jó 6.18,19; 31.32; 28.19).

2.4 - Sua fé e caráter. A descrição do autor a respeito de Jó era de que ele era um servo de Deus de caráter santo. Não havia falta em Jó. Ele preenchia todos os requisitos dos seus dias de um homem exemplar. Na narrativa, essas qualidades em Jó não constituem a avaliação de homens, mas sim, a avaliação do próprio Deus: “E disse o SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero, e reto, e temente a Deus, e desviando-se do mal” (Jó 1.8).

2.5 - Seu patrimônio. Naquele tem-po, em que a riqueza era medida principalmente em termos quantidade de filhos, de terras, animais e servos; e Jó pos-suía os três em abundância. Notemos: (a) tinha dez filhos, sendo sete homens e três mulheres (Jó 1.2); (b) seu gado era sete mil ovelhas, três mil camelos e quinhentos bois e quinhentas jumentas (Jó 1.3-a). Ele também possuía muitíssimos empregados (Jó 1.3-b). O autor conclui dizendo que Jó não era apenas um grande empresário, senão que era “maior do que todos os do Oriente” (Jó 1.3). No entanto, sua rique-za não o afastou de Deus, pois tinha um caráter ilibado (Jó 1.1). Ele reconheceu que o Senhor havia lhe dado todos os seus recursos (Jó 1.21) e usou sua riqueza com. generosidade para beneficiar a outros (Jó 4.1- 4; 29.12-17; 31.16-32).


III – O QUE APRENDEMOS COM O LIVRO DE JÓ

3.1 - Que o justo sofre. Às vezes somos tentados a pensar como os amigos de Jó que os sofrimentos são apenas punitivos. No entanto, o Livro de Jó, nos mostra o contrário. O patriarca vivia de acordo com a vontade de Deus, no entanto, passou por sofrimentos intensos, que consistiram numa provação com um tríplice propósito: glorificar a Deus (Jó 1.21); envergonhar o adversário (Jó 2.3); e, aperfeiçoar o caráter do santo Jó, para que fosse mais santo (Jó 2.22; 19.25; 42.1-6).

3.2 - Que o “ser” vale mais que o “ter”. Antes de descrever a riqueza material de Jó (Jó 1.3), o escritor do Livro constata seu caráter (Jó 1.1), mostrando que “o ser” vale mais que “o ter”. Isto não foi somente destacado pelo escritor, mas também pelo próprio Deus, por duas vezes (Jó 1.8; 2.3)

3.3 - Que é possível ser crente e rico. Jesus explicou que é difícil entrar um rico no Reino dos céus (não impossível, mas difícil). Usando um provérbio judeu comum de um camelo ser incapaz de passar pelo fundo de uma agulha para descrever a dificuldade da entrada dos ricos no reino de Deus. O mesmo Jesus que disse ser muito difícil um rico entrar no reino do céu (Lc 18.24,25), acrescentou que “[...] as coisas que são impossíveis aos homens são possíveis a Deus” (Lc 18.27). De forma interessante, Lucas registrou em Lc 18.18-24, um rico que se aproximou de Jesus, mas rejeitou segui-lo quando exortado a vender tudo o que tinha. Em contra partida, em Lc 19-1-10, encontramos a narração do encontro de Jesus com Zaqueu, que também era muito rico, porém diferente do primeiro, abraçou a fé em Cristo e recebeu a salvação. Logo, entendemos que riqueza não é sinal de condenação. Pois, independente da condição social, o homem é pecador e carente da graça de Deus para que possa entrar no céu (Rm 3.23; Ef 2.8,9; Tt 2.11).

3.4 - Que o sofrimento tem um fim. Por mais que Jó tenha sofrido, o seu sofrimento teve um fim. Deus lhe restituiu tudo o que havia perdido e lhe acrescentou filhos e vida longa (Jó 42.10-17). Nesta vida poderemos passar por sofrimento inimagináveis, no entanto, Deus nos dará graça para vencer (2 Co 12.9,10), e, por mais que Ele nos abençõe aqui, haverá um dia em que todo sofrimento terá um fim, e Ele enxugará dos nossos olhos toda a lágrima (Ap 21.4).

3.5 - Que devemos ser gratos a Deus independente das circunstâncias. O Livro de Jó nos ensina a confiar em Deus em todas as circunstâncias (Jó 1.21,22). Devemos confiar no Senhor não apenas quando não entendemos, mas porque não entendemos. O salmista nos diz: “O caminho de Deus é perfeito” (Sl 18.30), e se os caminhos de Deus são “perfeitos”, então podemos confiar que tudo o que Ele faz e tudo o que Ele permite também é perfeito. Isso pode não nos parecer possível, mas nossas mentes não são a mente de Deus. É verdade que não devemos antecipar que entenderemos a sua mente perfeitamente (Is 55.8-9). No entanto, a nossa responsabilidade para com Deus é obedecer e confiar nEle, submetendo-nos à sua vontade, quer entendamos ou não.


CONCLUSÃO

    Nesta lição apresentamos algumas informações básicas sobre o contexto histórico e literário de Jó. Quanto ao seu gênero o livro é de natureza poética. Isso é importante para a compreensão da própria estrutura como o livro foi organizado. Vimos que o livro apresenta princípios teológicos que transcendem o espaço e o tempo. Esses princípios são para todas as épocas e culturas. O que é demonstrado é que o conhecimento de Deus é o anseio de todo ser humano.


REFERÊNCIAS

• ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.

• APLICAÇÃO PESSOAL. Comentário do Novo Testamento.CPAD.

• CHAPMAN, Milo L, et al. Comentário Bíblico Beacon. PCAD

• GONÇALVES, José. A prosperidade à luz da Bíblia. CPAD.

• HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.

• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL (ENCAMINHAMENTO DO MATERIAL) - PROF. PAULO AVELINO

 

 


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