Igreja
Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
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das Escolas Bíblicas Dominicais Pastor Presidente: Aílton José Alves Av. Cruz
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LIÇÃO
13 – ÉTICA CRISTÃ E REDES SOCIAIS – (Pv 4.10-15)
2º
TRIMESTRE DE 2018
INTRODUÇÃO
Dentre
os recursos tecnológicos que podemos usufruir atualmente, um deles é a
Internet. Nesta lição mostraremos que esta ferramenta promove a informação e a
interação social; veremos também qual a postura ética cristã que devemos ter no
uso das redes sociais; e, como utilizar a internet para a glória de Deus.
I
– A MODERNIDADE E O AVANÇO DA TECNOLOGIA
Modernidade
é definida como um período ou condição identificado com a Era Progressiva, a
Revolução Industrial, ou o Iluminismo. Esta presente Era é caracterizada pelo
avanço tecnológico, crescimento e desenvolvimento do conhecimento científico.
Portanto, não podemos nos esquivar disso, ficando alienados a modernização. É
necessário entender que a tecnologia em si, não é nem boa nem ruim, pois apenas
é um instrumento que leva à informação às pessoas, agilizando e facilitando a
vida em sociedade. Quando colocada a serviço de Deus, é uma benção, porém,
quando a serviço do diabo, uma maldição (Tt 1.5). Vejamos algumas sugestões
práticas que o cristão deve observar na utilização da mídia:
- O
cristão deve administrar bem o seu tempo para não desperdiçá-lo com coisas
triviais (1Co 10.31; Ef 5.16);
- O
cristão deve ser criterioso na escolha do que vai ter acesso (Fp 4.8; 1Ts 5.21;
1Co 6.12; 10.23);
- O
cristão deve possuir domínio próprio, que é uma das características do fruto do
Espírito (Gl 5.22,23);
- O
cristão deve priorizar as coisas espirituais e não as coisas passageiras (Mt
6.33; Cl 3.1-3);
- O
cristão deve permitir que o evangelho influencie todas as áreas da sua vida (Ef
4.22-32; 1Ts 5.23; 1 Pe 1.15).
II
– INTERNET, UM MEIO DE COMUNICAÇÃO NA SOCIEDADE MODERNA
A
internet é, sem dúvida, uma das maiores invenções, na área da comunicação, se
tornando numa das grandes representantes de propagação cultural, científica,
religiosa, política, filosófica e ideológica, procurando unir a comunicação, a
tecnologia com a representação visual. Abaixo destacaremos alguns objetivos da
internet e de como podemos utilizar para o bem. Vejamos:
2.1
- Informação. A internet tem contribuído para que a informação chegue ao nosso
conhecimento numa velocidade ímpar. Por meio dessa mídia, é possível ficar
sabendo das informações, muitas vezes, primeiro do que em outros veículos de
comunicação, tais como: rádio, TV e jornal.
2.2
- Relacionamento. Com o advento da internet, muitas coisas boas tornaram-se
possíveis. Ela encurtou distâncias, uniu pessoas, derrubou muralhas de comunicação
e trouxe economia para quem se comunica com pessoas a distância, especialmente
em outros países. Hoje, é possível conversar com pessoas em tempo real, vendo e
ouvindo.
III
– A ÉTICA CRISTÃ E A INTERNET
O
mundo hoje está em rede, e muitas pessoas estão “caindo na rede”. Diante disto,
nos perguntamos: como a ética cristã orienta sobre qual o comportamento que o
cristão como sal da terra e luz do mundo deve evitar no uso da internet?
Vejamos:
3.1
- Usar perfil falso. O Facebook é uma rede social com mais de um bilhão de
pessoas. Infelizmente nem todos que utilizam esta ferramenta tem intenção
honesta. No entanto, do cristão se espera transparência, honestidade e bom
caráter. Portanto não convém ao servo de Deus usar um perfil falso, se passando
por uma pessoa que realmente não é. A Bíblia condena a hipocrisia (Mt 23.28; 1
Tm 4.2). A palavra “hipócrita” no grego “hupokrites” denota primariamente
“aquele que responde”; ou seja, representação, portanto, “ator de palco” (VINE,
2002, p. 691 – acréscimo nosso). Enquanto reprova a hipocrisia, a Escritura
louva a sinceridade (Jó 31.6; Pv 2.7; 10.9; 20.7; 1 Co 5.8; Ef 6.24).
3.2
- Frequentar salas de bate papo para namoro. Como através da internet é
possível relacionar-se com pessoas em sites de bate papo, não são poucas as
pessoas que tentam achar o par perfeito através destes mecanismos. Não é
recomendável construir um relacionamento virtual, pois, têm acontecido muito
casos enganosos. Se num relacionamento pessoal existe a probabilidade da pessoa
sofrer dano, muito maior probabilidade existe num relacionamento construído a
distância pela internet. Infelizmente, há até pessoas casadas que estão traindo
o cônjuge de forma virtual. “O Facebook é citado como motivo de uma em cada
três separações na Grã Bretanha” (CARDOSO, 2012, p. 19). Certa revista de
circulação nacional asseverou: “a internet criou uma nova maneira de ser
infiel”. A Bíblia porém, exorta aos jovens solteiros a serem cautelosos e
prudentes (Pv 1.4; 7.4; 8.12; 16.16); e, aos casados a serem fiéis ao seu cônjuge
(Mt 5.27,28; 19.6; Hb 13.4).
3.3
- Compartilhar mensagens, áudios e vídeos que não condizem com a fé cristã.
Existem circulando na internet inúmeras mensagens, áudios e vídeos que afrontam
diretamente a Bíblia e os princípios nela exarados. É inevitável que alguns
contatos que temos não nos enviem tais conteúdos, no entanto, é perfeitamente
claro que não devemos vê-los, tampouco, espalhar para outros, pois tais
conteúdos em nada contribuem para que o Nome de Jesus seja glorificado: “Portanto,
quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória
de Deus” (1 Co 10.31).
3.4
- Ter cuidado para não acessar sites pornográficos. Pornografia “é a
representação, por quaisquer meios, de cenas ou objetos obscenos, destinados a
serem apresentados a um público e também expor práticas sexuais diversas, com o
intuito de despertar desejo sexual no observador” (RENOVATO, 2013, p. 49). Com
o advento da internet, a pornografia tomou proporções mundiais e fora de
qualquer controle, ficando mais acessível por meio de smartphone e computador,
trazendo destruição física, psíquica, moral e espiritual, tanto na vida de
solteiros quanto casados. Quanto aos males da pornografia é bom destacar que “o
pecado virtual e secreto é comparado ao cupim que se infiltra no tronco da
árvore” (SENNA, 2013, p. 103). A Bíblia nos adverte quanto a santificação do
corpo (Êx 20.14,17; Sl 101.3; 1 Co 6.18-20; Fp 4.8; 1 Ts 4.1-3).
3.5
- Criar ou compartilhar frases, imagens ou vídeos jocosos contra a qualquer
povo, sociedade, entidade e pessoas. Paulo lista várias obras da carne que o
cristão não deve praticar, dentre elas as parvoíces (Ef 5.4). A palavra
“parvoíce” segundo o Houaiss (2001, p. 2141) significa: “idiotice,
imbecilidade”. Também não convém ao cristão utilizar a internet para mexericos,
pois esta atitude é reprovável diante de Deus (Lv 19.16; 2 Co 12.20).
3.6
- Debater assuntos teológicos ou procurar aconselhamento. Há muitos cristãos
que estão utilizando a internet para discutir assuntos teológicos e com esta
atitude provocam muitos malefícios e confusão. O apóstolo Paulo disse que os
que se dão a discussão, o fazem “querendo ser mestres da lei, e não entendendo
nem o que dizem nem o que afirmam” (1Tm 1.7). Devemos primar pelo aprendizado
da Palavra de Deus no culto de doutrina, frequentando regularmente a EBD da
congregação mais próxima e nos estudos devocionais (Sl 1.1-3; 27.4; Ef
4.11,12). Quanto a buscar aconselhamento, o cristão não deve jamais deixar ser
“apascentado” por youtubers, mas em caso de necessidade deve procurar o seu
pastor que foi constituído por Deus para este fim (Ef 4.11,12; Hb 13.7,17).
3.7
- Falta de privacidade e pudor. As redes sociais exploram muito as imagens e
infelizmente não são poucos que estão comprometendo a sua privacidade se
expondo demasiadamente. Não podemos estar desatentos aos que podem estar
acessando maliciosamente as nossas informações com fins perversos. A Bíblia
tanto orienta a privacidade quanto ao pudor (1 Tm 2.9; Tt 2.3,4). Por isso, não
convém expormos a nossa intimidade de forma tão banal. O cristão precisa usar
de forma sábia as redes sociais e só compartilhar fotos que honrem a Deus e a
sua família, pois as bênçãos de Deus para o lar restringe-se aqueles que temem
ao Senhor (Sl 128.1).
3.8
- Dependência tecnológica. A internet em si não é má e pode contribuir para o
bem e para promoção do evangelho. No entanto, não podemos negar também que, se
usada de forma descontrolada, poderá se tornar um vício destrutivo na vida de
qualquer pessoa. Já existem clínicas de tratamento para viciados em tecnologia.
Pessoas passam horas a fio na frente do computador, deixando até de se
alimentar com regularidade. Especialistas afirmam que “o vício pela internet e
por equipamentos eletrônicos pode ser tão forte quanto a dependência química.
Por isso, há pessoas que estão ficando online no virtual e off-line na vida
real. Outro grande mal no uso desta ferramenta tem sido a substituição do
diálogo real pelo diálogo virtual. Tal prática está destruindo a interação
social, familiar, entre amigos, e, na igreja. Há pessoas que não sabem mais o
que é sentar na mesa na hora da refeição e colocar a conversa em dia, em
família. Precisamos cultivar o diálogo e o relacionamento familiar, pois isto é
muito salutar (Sl 133.1; Ec 4.9-12).
IV
– UTILIZANDO A INTERNET PARA A GLÓRIA DE DEUS
A
internet é usada pelas pessoas por diversos motivos, a saber:
(a)
pesquisa;
(b)
entretenimento; e,
(c)
trabalho.
Sabedores
de que diversas pessoas transitam por este veículo, devemos utilizá-lo da
seguinte forma:
4.1
- Levando a mensagem de Cristo ao maior número de internautas. Esta mensagem é:
(a)
as boas novas vindas do céu (Mt. 4.16; Is 9.2; Lc 2.10-a; Rm 3.21);
(b)
que traz alegria (Lc 2.10-b);
(c)
alcança todos os homens (Lc 2.10-c; Rm 1.16); e
(d)
fala de salvação em Cristo (Lc 2.11; Rm 1.16).
Aproveitemos
os contatos que temos pelas redes sociais e proclamemos o evangelho de Cristo
(Mt 28.19; Mc 16.15; Lc 24.45-49; Jo 20.21-23; At. 1.1-5,8; Tt 2.11);
4.2
- Promovendo edificação dos irmãos. Um simples versículo enviado aos nossos
contatos todos os dias, sem sombra de dúvidas, é uma ferramenta poderosa na
edificação, pois a Palavra de Deus é:
(a)
viva e eficaz (Hb 4.12);
(b)
não torna vazia (Is 55.11);
(c)
infalível (Jo 10.35); e,
(d)
inspirada (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21).
CONCLUSÃO
Infelizmente,
não são poucos aqueles que destroem a sua vida moral e espiritual na utilização
da internet. Como cristãos devemos ter cuidado para não prejudicarmos a nossa
comunhão com Deus, que exige que sejamos santos.
REFERÊNCIAS
CARDOSO,
Renato & Cristiane. Casamento Blindado. THOMAS NELSON.
HOUAISS,
Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
RENOVATO,
Elinaldo. A Família Cristã e os ataques do inimigo. CPAD.
SENNA,
Arnaldo. Alerta Geral: seu filho pode estar brincando com o perigo. CPAD.
STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
VINE,
W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.
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