Igreja
Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524
LIÇÃO 13 – JOSÉ, A REALIDADE DE UM SONHO - 4º TRIMESTRE DE 2015 (Gn 45.1-8)
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
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LIÇÃO 13 – JOSÉ, A REALIDADE DE UM SONHO - 4º TRIMESTRE DE 2015 (Gn 45.1-8)
INTRODUÇÃO
O livro do Gênesis encerra falando de José - um dos personagens bíblicos mais
admirados pelo seu bom caráter. Nesta lição, traremos importantes informações a
respeito deste nobre hebreu; destacaremos os motivos que levaram seu pai a
tê-lo em grande estima acima dos outros filhos; veremos também algumas virtudes
que compunha a índole de José; pontuaremos que apesar dos sofrimentos, Deus
tinha um propósito sublime com ele; e, por fim, elencaremos sua profecia acerca
da visitação divina para conduzir o povo de Israel a terra prometida.
I
– INFORMAÇÕES SOBRE JOSÉ
“José,
cujo nome provavelmente significa: 'que Deus acrescente' (Gn 30.24), foi o
décimo primeiro filho do patriarca Jacó com a sua esposa Raquel. Seu nome
reflete o papel de sua vida na nação de Israel. Foi o agente de Deus na
preservação e na prosperidade de seu povo no Egito, durante o período de fome
na terra de Canaã” (GARDNER, 1999, p. 377 – acréscimo nosso). O livro do
Gênesis contém cinquenta capítulos, sendo que treze são dedicados a história de
José, igualando-se até mesmo a história do patriarca Abraão. “A sua história é
tão notavelmente dividida entre a sua humilhação e a sua exaltação, que podemos
ver nela alguma semelhança com Cristo, que primeiro foi humilhado e depois
exaltado. Em muitos casos, José tipificou o Senhor Jesus” (HENRY, 2010, p.
178).
1.1
- O filho predileto de Jacó (Gn 37.3).
É bom destacar que a a frase: “Israel
amava a José mais do que a todos os seus filhos” não significa dizer que Jacó
não amava os outros filhos, apenas acrescenta que em relação a José o seu pai
Jacó tinha um amor maior. A Escritura parece nos indicar o porque deste amor
diferenciado, eis alguns motivos:
II
– VIRTUDES DO CARÁTER DE JOSÉ DESTACADAS PELA BÍBLIA
2.1
- Obediente ao pai (Gn 37.2).
O presente versículo nos mostra que diferente dos
filhos de Bila e Zilpa, José se mostrou obediente ao seu pai, ao ponto de
observando e relatando para Jacó as atitudes erradas dos seus irmãos, quanto a
o que eles de fato faziam com as ovelhas de seu pai. “Não se sabe quais seriam
as denúncias, mas podemos entender que se deixavam envolver em alguma conduta
inconveniente. Autores judeus, dizem-nos que eles negligenciavam seus rebanhos,
praticando atos abomináveis de imundícia, comendo criaturas que eles mesmos
haviam mutilado ou que as feras tinham atacado, ou porções proibidas das
ovelhas” (CHAMPLIN, 2001, p. 235 – acréscimo nosso). A Bíblia nos mostra que
honrar os pais se constitui num princípio moral tanto para o AT quanto para o
NT (Êx 20.12; Ef 6.1; Cl 3.20).
2.2
- Bom funcionário (Gn 39.1-5).
Ao ser vendido para o Egito, José foi comprado
pelo superintendente de Faraó, chamado de Potifar. A Bíblia nos mostra que José
foi um excelente funcionário deste egípcio, ao ponto de achar graça diante dos
seus olhos. Ganhando a confiança do patrão com um excelente e próspero
trabalho, José foi promovido a ser mordomo de tudo quanto era de Potifar. Assim
como José, todo aquele que trabalha é exortado pelas Escrituras a servir de
forma agradável aos seus superiores como ao Senhor (Ef 6.5,6; Cl 3.22; I Tm
6.1; Tt 2.9; I Pe 2.18).
2.3
- Fidelidade (Gn 39.7-12).
Após o relato da prosperidade de José na casa do seu
senhor, a Bíblia nos mostra que a mulher de Potifar se sentiu atraída por ele
(Gn 39.7). A concupiscência dos olhos: “pôs os seus olhos em José”; a
concupiscência da carne: “Deita-te comigo”; e, a soberba da vida: “a mulher do
seu senhor” inflamaram-na ao ponto de querer relacionar-se sexualmente com o
escravo hebreu (Gn 39.7). Todavia, a sutil e ardilosa proposta desta mulher,
sofreu recusa do jovem José “porém ele recusou” (Gn 39.8-a). Sua fidelidade a
Deus e ao seu patrão eram o suficiente para ele não ceder a tentação (Gn
39.8,9). Ela insistiu em convidá-lo a pecar, mas ele resistiu“[...] falando ela
cada dia a José, e não lhe dando ele ouvido [...]” (Gn 39.10). Não se dando por
satisfeita, a mulher de Potifar tramou ficar sozinha com ele em determinada
ocasião e foi ao seu encontro para forçá-lo a coabitar com ela, mas a resolução
de José o fez fugir daquela investida (Gn 39.12-b). A mulher ardendo em ira
acusou-o diante de seu marido e funcionários que José havia tentado estuprá-la.
Ele foi sentenciado a cadeia por este tão grande mal (Gn 39.14-20). “A punição
menor, dada a José, de acordo com os intérpretes judeus, significou que Potifar
acreditou em José, mas, a fim de poupar sua esposa de maior embaraço,
sacrificou-o, embora por meio de um castigo mais brando do que seria de se
esperar” (CHAMPLIN, 2001, p. 246). Sejamos fiéis a Deus custe o que custar (Pv
3.3; Dn 3.17,18; 6.3,4,22; Ap 2.10).
2.4
- Homem de confiança (Gn 39.20-23).
José foi sentenciado a prisão. O trecho do
salmo 105.18 indica que os pés de José ficaram presos com grilhões de ferro. No
entanto, ele não entrou sozinho lá, o Senhor estava com ele e estendeu sobre a
ele a sua graça. Mesmo acusado de tentar violar a esposa do seu patrão, José
destaca-se por ser um homem leal ao ponto de ganhar a confiança do carcereiro.
A confiança que José conquistou por parte do carcereiro era tão grande que ele
outorgou a administração do cárcere ao jovem hebreu. Sejamos homens em quem se
pode confiar (Pv 28.20; Tt 2.10).
2.5
- Humildade (Gn 41.33-36).
Após dois anos na cadeia, José foi chamado por Faraó
para interpretar o sonho que este monarca teve. José, quando interpelado por
Faraó se tinha a habilidade de interpretar sonhos respondeu humildemente: “Isso
não está em mim; Deus dará resposta de paz a Faraó” (Gn 41.16). Após dar a
interpretação, José sugere que Faraó escolha um homem sábio e inteligente para
ser levantado no Egito como administrador da prosperidade dos sete anos de
abundância a fim de que o Egito possa durante os anos de fome tivesse o que
comer. José não diz que este homem é ele. No entanto, o imperador egípcio
reconheceu que este era o homem que ele estava precisando, por isso o nomeou
como governador de todo o Egito (Gn 41.37-46). A humildade está associada a uma
consciência de que tudo que temos ou somos vem do Senhor. Provérbios nos exorta
a trilhar o caminho da humildade (Pv 15.33; 18.12; 22.4).
2.6
- Perdoador (Gn 45.1-5).
Os sete anos de abundância sobrevieram a terra do
Egito como fora predito, e agora, os sete anos de fome começavam a chegar.
Segundo o que estava previsto a fome foi tão grave que superou os anos de
prosperidade. Ela atingiu não somente o Egito, como também todas as terras (Gn
41.57). Segundo o Dr. Norman Champlin (2001, p. 257), “Não o globo terrestre
inteiro, mas a terra conhecida pelo autor do livro de Gênesis, ou seja, o
Egito, a Arábia, a Palestina e a Etiópia, as nações que pediriam socorro ao
Egito”. É nesse momento que a descendência de Jacó vem ao Egito a fim de pedir
socorro a Faraó, sem saber que José era o seu administrador. José reconhece os
seus irmãos, beneficia-os e depois de prová-los revela-se como seu irmão e os
perdoa por sua maldade (Gn 45.1-5). O perdão é uma característica presente na
vida daquele que tem o amor de Deus em seu coração (Mc 11.25; Ef 4.32; Cl
3.13).
III
– O PLANO DE DEUS ATRAVÉS DE JOSÉ
José
deve não ter entendido o porque de logo após ter recebido de Deus dois
gloriosos e proféticos sonhos, sua vida ter sido acometida de vários
sofrimentos. Deus havia mostrado apenas o final do caminho, no entanto, o
Senhor não mostrou o caminho, que incluía: ser invejado (Gn 37.11); maltratado
(Gn 37.23,24); vendido como escravo (Gn 37.28); tentado a pecar (Gn 39.7-10);
e, prisioneiro em um cárcere por dois anos (Gn 41.1). Treze anos haviam se
passado entre o sonho e cumprimento (Gn 37.2; 41.46), e, somente quando se viu exaltado
como governador do Egito, José pode compreender que o plano de Deus com a sua
vida era para: (a) livrar o povo de Israel da fome que viria (Gn 45.5-7); (b)
trazer o povo de Israel para o Egito (Gn 45.9-11); e, (c) cumprir a promessa
feita a Abraão (Gn 15.13,14; Êx 3.16).
IV
– O CUMPRIMENTO DA PROMESSA DE DEUS COM A NAÇÃO DE ISRAEL
Apesar
de ter abrigado Jacó e seus descendentes confortavelmente em Gósen no Egito, José
sabia que o seu povo não ficaria ali para sempre. Já próximo da sua morte, José
deu duas declarações que merecem ser destacadas: (a) a profecia de José (Gn
50.25-a). Este servo do Senhor conscientizou os hebreus que no tempo certo Deus
iria intervir no Egito tirando- os de lá, para conduzi-los de fato a uma terra
permanente; e, (b) a esperança de José (Gn 50.25-b). José deixou o mundo dando
testemunho de sua fé na promessa de que Israel voltaria a Canaã, pois ordenou
que seu corpo fosse embalsamado a fim de ser levado para a Palestina. Seu
pedido fora realizado anos mais tarde por Moisés e Josué (Êx 13.19; Js 24.32).
CONCLUSÃO
Deus
tem o homem certo para cumprir seus propósitos. É o que podemos afirmar a
partir da história de José. A despeito das incompreensões e sofrimentos que
teve de passar, Deus em todo tempo, conduziu de forma sábia a sua história, a
fim de livrar o seu povo da aniquilação cumprindo a promessa que fez a Abraão,
Isaque e Jacó.
REFERÊNCIAS
CHAMPLIN,
R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
GARDNER,
Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA.
HOWARD,
R.E et al. Comentário Bíblico. CPAD.
STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.
CPAD.
WALTON,
John, et al. Comentário Bíblico Atos: Antigo Testamento. ATOS.