Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE
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LIÇÃO 06 - SANTIFICARÁS O SÁBADO - 1º TRIMESTRE 2015
(Êx 20.8-11; 31.12-17)
INTRODUÇÃO
De todos os mandamentos do Decálogo, o quarto mandamento, que diz respeito a guarda do sábado, sem dúvida,
é o mais polêmico. Isto porque alguns grupos religiosos o consideram como condição à salvação, ou seja, eles afirmam
que àquele que não guarda o sábado não pode ser salvo. Por outro lado, alguns cristãos desconhecem os verdadeiros
propósitos deste mandamento da Lei, e como ele se aplica à Igreja. Por isso, nesta lição estudaremos o que a Bíblia diz
sobre o sábado; veremos que a guarda do sábado foi ordenada por Deus para Israel; por que os cristãos não guardam o
sábado; e, finalmente, por que a Igreja Primitiva observava o domingo.
I – O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O SÁBADO
“A palavra “sábado” vem do vocábulo hebraico “shabath”, e significa, literalmente “folgar”; “descansar”;
“parar”; “cessar”. Logo, o termo não significa “sétimo dia” como alguns pensam, e sim, “descanso”. O verbo é
encontrado mais de setenta vezes no AT, e, como substantivo, aparece 111 vezes” (REIFLER, 2007, p. 88).
1.1 - A guarda do sábado foi instituída por Deus para o povo de Israel. O sábado foi instituído por Deus no momento em que os filhos de Israel receberam o maná (Êx 31.12-17). Este mandamento deveria ser observado pelos judeus como um cerimonial, no qual a sinceridade e a pureza do coração tinham de estar presentes quando o mesmo fosse observado (Lv 26.14-16; Ez 20.12,20). Do contrário, não passaria de uma prática religiosa vã (Is 1.11-17).
1.2 - O sábado foi instituído como um dia de descanso e de adoração. Deus ordenou na Lei de Moisés, que os israelitas guardassem o dia de sábado. O propósito era que o povo tivesse uma dia de descanso, a fim de adorar ao Senhor (Êx 23.12; 20.10; Dt 5.14-15). “O descanso oferecia a oportunidade de engajamento em louvor, estudo e, especialmente, na leitura das Escrituras. A sinagoga transformou o sábado em seu dia sagrado mais importante. Ele se inicia na sexta-feira às 18h e perdura até o sábado, às 18h. Em tempos modernos, a comemoração de modo geral inicia-se mais tarde, para permitir às pessoas que trabalham uma chance para chegar à casa de reuniões. As Escrituras são lidas, são pregados sermões e oferecidas orações” (CHAMPLIN, 2004, p. 2, vl. 06).
1.1 - A guarda do sábado foi instituída por Deus para o povo de Israel. O sábado foi instituído por Deus no momento em que os filhos de Israel receberam o maná (Êx 31.12-17). Este mandamento deveria ser observado pelos judeus como um cerimonial, no qual a sinceridade e a pureza do coração tinham de estar presentes quando o mesmo fosse observado (Lv 26.14-16; Ez 20.12,20). Do contrário, não passaria de uma prática religiosa vã (Is 1.11-17).
1.2 - O sábado foi instituído como um dia de descanso e de adoração. Deus ordenou na Lei de Moisés, que os israelitas guardassem o dia de sábado. O propósito era que o povo tivesse uma dia de descanso, a fim de adorar ao Senhor (Êx 23.12; 20.10; Dt 5.14-15). “O descanso oferecia a oportunidade de engajamento em louvor, estudo e, especialmente, na leitura das Escrituras. A sinagoga transformou o sábado em seu dia sagrado mais importante. Ele se inicia na sexta-feira às 18h e perdura até o sábado, às 18h. Em tempos modernos, a comemoração de modo geral inicia-se mais tarde, para permitir às pessoas que trabalham uma chance para chegar à casa de reuniões. As Escrituras são lidas, são pregados sermões e oferecidas orações” (CHAMPLIN, 2004, p. 2, vl. 06).
II – A GUARDA DO SÁBADO FOI ORDENADA PELO SENHOR PARA ISRAEL
“Tu pois fala aos filhos de Israel: Certamente guardareis meus sábados; porquanto isso é um sinal entre mim
e vós [...]” (Êx 31.12-14). Deus ordenou na Lei de Moisés, que os israelitas guardassem o dia de sábado. O propósito,
como já foi dito, era que o povo tivesse um dia de descanso, a fim de adorar ao Senhor. Vejamos algumas informações
sobre a guarda do sábado:
O sábado representava o selo da aliança mosaica (Êx 20.10; Êx 23.12; 31.15; Dt 5.15; Is 56.4-6);
O sábado foi separado como santo (Êx 16.23-29; 20.10-11; 31.17);
Era um sinal entre Deus e seu povo “Israel” (Êx 31.13; Lv 26.14-16; Ez 20.12,20);
Esse dia foi ordenado por Deus para que os filhos de Israel lembrassem da libertação do Egito (Dt 5.15);
Era associado a festas solenes, especialmente aquelas em dia de lua cheia (Am 8.5; Os 2.13; Is 1.13);
Era um sinal de lealdade entre Israel e Yahweh (Is 56.2; Ez 20.12,21);
Era um dia de deleites e felicidades, não um dia de obrigações infelizes (Nm 10.10; Is 58.13; Os 2.11);
Era para beneficiar aos pobres e escravos (Êx 23.12; 20.10; Dt 5.14-15).
III – OS CRISTÃOS NÃO NECESSITAM GUARDA O SÁBADO
“O sábado judaico não é obrigatório para os crentes, pois já não estamos sob o jugo da Lei (Rm 6.14; 7.14; 8.1-5).
Já não dependemos da Lei do AT para sermos salvos e aceitos diante de Deus (Gl 3.23-25; 4.4-5). Fomos transferidos da
Antiga Aliança e unidos à Cristo para a salvação (Jo 3.16). Devemos crer em Jesus (I Jo 5.13), receber o seu Espírito e a
sua graça e, assim receber o perdão, a regeneração e capacitação para produzir fruto para Deus (Rm 6.22-23; 8.3-4; Mt
5.17; Ef 2.10; Gl 5.22-23; Cl 5.6)” (CHAMPLIN, 2004, p.2). Donald C. Stamps comentando Mt 5.17 diz o seguinte:
A Lei que o crente é obrigado a cumprir consiste nos princípios éticos e morais do AT (Mt 7.12; 22.36-40; Rm
3.31; Gl 5.14), bem como os ensinamentos dos apóstolos (Mt 28.20 1Co 7.19; Gl 6.2). A guarda do sábado não é
um mandamento moral, pois se fosse, como alguns dizem, um mandamento “moral”, isto é, algo que não pode ser
violado, por que nas várias ocasiões que o sábado foi violado, os “transgressores” ficavam sem culpa? (Mc 2.23-
28; Mt 12.5,11,12; Jo 7.22,23).
A guarda do sábado é um concerto entre Deus e Israel, somente (Êx 31.12-14; Rm 1.18-21; 2.12-16);
A celebração do sábado é uma forma de legalismo que Paulo refutou, pois os crentes não estão sob a LEI (Rm
6.14; Gl 3.10-23);
O simples fato de que o sábado era um sinal do Pacto Mosaico mostra que ele não pertence ao Novo Pacto; esse é
o único mandamento que não se encontra repetido na Nova Aliança (At 15.28,29). Esquadrinhando todo o Novo
Testamento, não encontramos nenhum ensino de Jesus ou dos apóstolos para santificarmos o dia sétimo mais do
que qualquer outro.
As leis do AT destinadas diretamente a nação de Israel, tais como as leis sacrificiais, cerimoniais, sociais ou
cívicas (Lv 1.2-3; 24.10), já não são obrigatórias (Cl 2.16-17; Hb 10.1-4);
O crente não deve considerar a Lei como sistema de mandamentos legais através do qual se pode obter mérito
para o perdão e a salvação (Gl 2.16,19). Pelo contrário, a lei deve ser vista como um código moral para aqueles
que já estão em um relacionamento salvífico com Deus e que, por meio de sua obediência à lei, expressam a vida
de Cristo dentro de si mesmo ( Rm 6.15-22).
IV - A IGREJA PRIMITIVA E A ADORAÇÃO NO DOMINGO
“Na questão do dia de descanso semanal, o que se deve ser observado é a sétima parte do tempo e não o dia.
Como a Lei de Moisés foi “ultrapassada” “passada além”, pela Lei de Cristo, a guarda dos mandamentos de modo
literal tornou-se legalismo sem amor. Converteu-se em radicalismo teológico ou em sectarismo perigoso” (RENOVATO,
2011, p.137 – Grifo nosso). Vejamos alguns motivos pelos quais a Igreja Ocidental observa o domingo:
Cristo ressuscitou num domingo (Mt 28.1; Mc 16.9);
Jesus apareceu 5 vezes num domingo e outra vez no domingo seguinte (Lc 24.13; 33-36; Jo 20.13-19,26);
O Espírito Santo foi derramado no domingo, ou seja, no dia de Pentecostes (At 2.1-4);
Cristo se revelou ao apóstolo João na ilha de Patmos num domingo (Ap 1.10);
A Santa Ceia, as pregações e as ofertas eram observadas no domingo (1Co 16.1,2; At 20.7);
O Didache (150 d.C.), uma espécie de manual de ética e doutrina do cristianismo inicial, fala sobre o domingo
como o dia no qual os cristãos se reuniam para o louvor e a adoração. O mesmo é mostrado nos escritos dos
historiadores do segundo século, Hipólito (160 d.C.) e Clemente de Alexandria (200 d.C.);
No NT, o sábado não é apresentado nem promovido como um dia que devesse ser celebrado, mas como um dia
típico como todos os outros que Cristo dá àqueles que Nele acreditam (Cl 2.16; Hb 4.4).
V – O QUE APRENDEMOS COM O QUARTO MANDAMENTO
5.1 - O ser humano precisa de descanso. Os israelitas trabalhavam bastante para ter o sustento próprio e o da família (Êx
20.9). Todavia, com a instituição do sábado, Deus providenciou-lhes um dia de descanso, tanto para o patrão quanto para
os funcionários, os animais e até a própria terra (Êx 23.12; Dt 5.14). A importância para o descanso é a parte moral do
quarto mandamento, e nisto ninguém deve errar, pois terá que arcar com as consequências. O corpo desgastado e sem
poder recuperar as energias perdidas acabará fatalmente por adoecer e morrer prematuramente (Êx 18.13-18; Mt 6.30-32).
5.2 - Não devemos priorizar o material em detrimento do espiritual. É interessante destacar que sem a criação de um
dia de adoração, o povo de Israel facilmente se tornaria materialista, preocupando-se apenas com as necessidades
materiais, como infelizmente aconteceu (Mt 6.19). O trabalho não deve se tornar um ídolo, pois somente Deus deve ser
adorado (Êx 20.3; Mt 4.8-10). Jesus ensinou também que devemos priorizar as coisas espirituais (Mt 6.33).
5.3 - Devemos ter tempo para Deus. O princípio da mordomia do tempo é também o que Deus queria ensinar aos filhos
de Israel com a guarda do sábado (Êx 31.15-17; Lv 23.3). Eles deveriam ter tempo para si, mas também para Deus “Mas
o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus [...]” (Êx 20.10-a). Embora tudo o que fazemos deve ser para a glória de
Deus (I Co 10.31), devemos na administração do nosso tempo, incluir momentos de comunhão com Deus, por meio da
oração, leitura da Palavra e adoração tanto no templo, como em particular em qualquer dia (Sl 100; I Rs 9.3; At 13.2; Mt
6.6; I Ts 5.17).
CONCLUSÃO
O quarto mandamento do Decálogo, diz respeito aos filhos de Israel, pois trata-se de um pacto de Deus com o seu
povo. Mas, existe nele três princípios que são universais: um dia de repouso após uma jornada de seis dias de trabalho, a
priorização das coisas espirituais e um dia de adoração e dedicação ao Senhor. Este “dia sagrado” não se constitui um pré-
requisito para sua salvação, visto que, a salvação é pela graça e não pelas obras da Lei (Ef. 2.8-9).
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Abraão de. O Sábado, a Lei e a Graça. CPAD.
CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
RENOVATO, Elinaldo. Neemias integridade e coragem em tempos de crise. CPAD.
REIFLER, Hans Ulrich. A Ética dos Dez Mandamentos. VIDA NOVA.
STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
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