Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
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LIÇÃO 02 – OS ARTESÃOS DO TABERNÁCULO – (Êx
31.1-11)
2º TRIMESTRE DE 2019
INTRODUÇÃO
Nesta lição veremos o significados dos nomes Bezalel e Aoliabe; analisaremos alguns aspectos da escolha de Deus em relação aos artesões do tabernáculo; e por fim, pontuaremos algumas lições práticas que aprendemos com Bezalel e Aoliabe para nossa vida.
Nesta lição veremos o significados dos nomes Bezalel e Aoliabe; analisaremos alguns aspectos da escolha de Deus em relação aos artesões do tabernáculo; e por fim, pontuaremos algumas lições práticas que aprendemos com Bezalel e Aoliabe para nossa vida.
I – O SIGNIFICADO DOS NOMES DOS CONSTRUTORES DO TABERNÁCULO
1.1 Bezalel. O primeiro a ser escolhido por Deus era um descendente da tribo de Judá, ou seja, um judeu: “Eu escolhi Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá” (Êx 31.2). Bezalel significa: “à sombra de Deus” ou “Deus é a minha proteção”. O nome do pai de Bezalel é “Uri” significa: “luz, resplendor”. Já o nome do seu bisavó “Hur” significa: “livre”. Bezalel era da tribo de Judá, que significa “louvor” (CONNER, 2004, p. 18 – grifo nosso).
1.1 Bezalel. O primeiro a ser escolhido por Deus era um descendente da tribo de Judá, ou seja, um judeu: “Eu escolhi Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá” (Êx 31.2). Bezalel significa: “à sombra de Deus” ou “Deus é a minha proteção”. O nome do pai de Bezalel é “Uri” significa: “luz, resplendor”. Já o nome do seu bisavó “Hur” significa: “livre”. Bezalel era da tribo de Judá, que significa “louvor” (CONNER, 2004, p. 18 – grifo nosso).
1.2 - Aoliabe. O outro homem
envolvido na edificação do Tabernáculo foi um descendente da tribo de Dã, ou
seja, um danita: “E
eis que eu tenho posto com ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã
[...]” (Êx 31.6; 35.34,35). Aoliabe significa: “tabernáculo ou tenda de meu pai”.
O nome do pai de Aoliabe que é “Aisamaque” significa: “aquele que apoia ou auxilia”.
Aoliabe era da tribo de Dã, que significa “juiz”.
Hirão, que foi o artesão chefe na construção do templo de Salomão também
pertencia à tribo de Dã (2Cr 2.13,14) (CONNER, 2004, p. 18 – grifo nosso).
II – OS ARTESÃOS DO TABERNÁCULO E A ESCOLHA DE DE DEUS
A descrição detalhada do Tabernáculo, incluídos os numerosos acessórios e mobiliário exigia um toque hábil. Deus revelou o tabernáculo a Moisés (Êx 25.9), e através dele convocou Bezalel e Aoliabe e outros artífices, imbuídos de devoção e sabedoria e dotados de inteligência e habilidades para elaborar o santuário, cumprindo o que fora ordenado pelo Senhor no monte Sinai (Êx 26.36). Notemos:
2.1 - Deus falou quem seria os construtores.
Para fazer com precisão os muitos detalhes exigidos na construção do Tabernáculo
e de todas as suas mobílias e acessórios, Moisés precisava de trabalhadores
especializados. Deus até poderia
produzir este lugar de adoração mediante um ato milagroso do seu poder, mas, escolheu fazer por meio de homens capacitados para o trabalho: “Depois, falou o Senhor a Moisés [...]” (Êx 31.1).
produzir este lugar de adoração mediante um ato milagroso do seu poder, mas, escolheu fazer por meio de homens capacitados para o trabalho: “Depois, falou o Senhor a Moisés [...]” (Êx 31.1).
2.2 - Deus revelou quem seria os construtores. Foi
o próprio Deus quem revelou a Moisés os nomes de quem seria os artesões: “[…] Eis que o Senhor tem chamado por
nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá” (Êx
35.30). Bezalel deveria ser o arquiteto, ou o artesão mestre (Êx 35.34), e
pertencia à tribo de Judá uma tribo que Deus se alegrava em honrar. Era neto de
Hur, provavelmente o mesmo Hur que tinha ajudado a manter erguidas as mãos de
Moisés (Êx 17.12), e que nesta ocasião estava trabalhando com Arão no governo
do povo, na ausência de Moisés (Êx 24.14). A tradição dos judeus diz que este
Hur era o marido de Miriã irmã de Moisés. E, caso isto seja verdade, era
necessário que Deus o indicasse a este serviço, para que, se Moisés o tivesse
feito, não fosse julgado parcial para com seus próprios parentes, uma vez que
seu irmão Arão também tinha sido colocado no sacerdócio. Deus honrou os parentes de Moisés, mas
mostrou que esta honra não vinha de Moisés, mas sim, do próprio Deus (HENRY,
2010, p. 325 – grifo nosso).
2.3 - Deus chamou os construtores. O Tabernáculo era
um projeto divino e Deus precisava de pessoas habilidosas para construí-lo. Por
isso, Ele chamou pessoas e as usou de maneira graciosa: “Eis que eu tenho chamado [...]” (Êx
31.2-a; ver ainda 36.1). Bezalel e seu assistente, Aoliabe, foram chamados para
dar beleza às formas materiais do Tabernáculo. Os homens aqui foram chamados
por Deus para fazer trabalhos artísticos específicos com ouro, prata, cobre
(bronze), madeira, e pedras (Êx 31.4,5). Eles seguiriam as instruções
detalhadas dadas a Moisés: “conforme tudo que te tenho mandado” (Êx
31.11). Estes homens usariam sua perícia e orientariam os outros no desempenho
da obra de Deus: “todo
aquele que é sábio de coração” (Êx 31.6).
2.4 -
Deus capacitou os construtores.
Neste texto, não estão em vista a capacitação natural que pode ser treinada e aperfeiçoada,
mas o dom da graça recebido pelo Espírito Santo (Êx 36.2). Os dons do Espírito
são em grande parte estas capacitações naturais dedicadas a Deus e inspiradas
pelo Espírito. Estes dons são achados nas expressões vocais e no intelecto, mas
também em trabalhos manuais e na percepção visual. Para esta tarefa, houve o
enchimento do “Espírito
de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência em todo artifício” (Êx
31.3). Podemos então dizer que neste texto:
a) Espírito de Deus fala da capacitação
dada exclusivamente pelo Senhor;
b) Sabedoria denota o alcance de
mente e força de capacidade; é o poder de julgar a melhor coisa a fazer;
c) Entendimento é a capacidade de
compreender as partes diferentes de um trabalho e sua forma completa; e,
d) Ciência indica o conhecimento
de materiais pela prática e experiência.
É possível dedicar as habilidades pessoais a Deus para serem usadas diretamente na obra do Senhor.
É possível dedicar as habilidades pessoais a Deus para serem usadas diretamente na obra do Senhor.
2.5
- Deus ordenou os construtores. Todos somos alvo do amor de Deus quanto a
salvação, pois seu desejo é que todos os homens indistintamente cheguem ao
pleno conhecimento da verdade e sejam salvos (1Tm 2.3,4). No entanto, para realização
de Sua obra em algumas funções especificas, há uma ordenação particular: “E eis
que eu tenho posto com ele a Aoliabe [...] para que façam tudo o que te tenho
ordenado” (Êx 31.6).
III – LIÇÕES PRÁTICAS QUE APRENDEMOS COM BEZALEL E AOLIABE
Seja para construir o tabernáculo no Antigo Testamento, a igreja no Novo Testamento o Espírito Santo de Deus nos fala, revela, chama, capacita e nos ordena para realizar a Sua obra. Notemos:
Seja para construir o tabernáculo no Antigo Testamento, a igreja no Novo Testamento o Espírito Santo de Deus nos fala, revela, chama, capacita e nos ordena para realizar a Sua obra. Notemos:
3.1
- A escolha de Deus para a obra é soberana. É Deus que nos escolhe, nos chama,
nos capacita e nos envia. Foi o Senhor quem elegeu, chamou, capacitou e enviou Bezalel
e Aoliabe para todas as obras relacionadas ao Tabernáculo a fim de que fosse
construído exatamente conforme o modelo que fora mostrado. Não está dentro das
atribuições unicamente do homem selecionar, chamar, qualificar ou nomear. Tal é
a sã doutrina que nos é sugerida pelas palavras do próprio Deus, pois os
obreiros para esta construção foram:
a)
Divinamente escolhidos:“eu tenho posto” (Êx 31.2-a),
b)
Divinamente chamados: “eu tenho chamado” (Êx 31.6-a),
c)
Divinamente qualificados: “eu tenho dado” (Êx 31.6-b), e,
d)
Divinamente nomeados: “eu tenho ordenado” (Êx 31.6-c). Demais, ninguém podia
presumir de se nomear a si próprio para esta obra; nem tampouco ninguém pode
nomear-se a si próprio para a obra do ministério, pois tudo é e deve ser, absolutamente,
da competência divina: “E subiu ao monte e chamou para si os que ele quis; e
vieram a ele” (Mc 3.13).
3.2
- Nossa capacidade na obra vem de Deus. A declaração de que Bezalel e Aoliabe
receberam suas aptidões do “Espírito de Deus” prefigura os dons do Espírito que
o Senhor concede a todos os crentes consagrados à obra do Senhor (Rm 12.4-8;
1Co 12.1-31; Ef 4.7-13). No caso dos artesões do tabernáculo não foi diferente:
“e o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência
em todo artifício” (Êx 31.3). Devemos nos lembrar sempre que nossa capacidade
vem do Senhor: “não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como
de nós mesmos; mas a
nossa capacidade vem de Deus” (2Co 3.5). Todos nascemos com diferentes aptidões dadas por Deus e, quando nos convertemos, recebemos diferentes dons do Espírito Santo que devem ser usados para o bem da igreja e para a glória do Senhor. Paulo nos diz ainda: “O qual nos fez também capazes de ser ministros [...]” (2Co 3.6-a).
nossa capacidade vem de Deus” (2Co 3.5). Todos nascemos com diferentes aptidões dadas por Deus e, quando nos convertemos, recebemos diferentes dons do Espírito Santo que devem ser usados para o bem da igreja e para a glória do Senhor. Paulo nos diz ainda: “O qual nos fez também capazes de ser ministros [...]” (2Co 3.6-a).
3.3 - Deus capacita de maneira especial para a obra quem Ele chama. Deus chamou
Moisés e nomeou Bezalel e Aoliabe para dirigir a obra da construção do
Tabernáculo, pois sem líderes a obra não avançaria, e o Senhor também chamou artífices
voluntários para auxiliá-los (Êx 31.6; 35.10). Bezalel e Aoliabe foram
capacitados para fazer os móveis do tabernáculo: “Assim, trabalharam Bezalel, e
Aoliabe, e todo homem hábil a quem o SENHOR dera habilidade e inteligência
[...]” (Êx 36.1). Todos os homens são chamados para serem salvos, mas, nem
todos os salvos são chamados para serem líderes. Por isso, o apóstolo Paulo disse: “Porque Deus é quem
efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp
2.13). Uma vez escolhidos e chamados, seremos agora capacitados por Deus.
Devemos lembrar das palavras de João Batista: “O homem não pode receber coisa alguma,
se lhe não for dada do céu” (Jo 3.27).
3.4
- Deus capacita aqueles que são obedientes e submissos na sua obra. O Senhor
chamou Moisés diretamente pelo nome (Êx 3.1-10), mas Bezalel e Aoliabe foram
chamados indiretamente, ou seja, através de Moisés. Embora Deus escolhesse por
nome a Bezalel e Aoliabe (Êx 31.2-a, 6-a), logicamente coube a Moisés nomeá-los
e apresentá-los (Êx 35.30; 36.2). Não há nenhuma passagem mostrando Deus
falando diretamente com eles como fez com seu líder. É inspirador ser chamado
por nome direta ou indiretamente por Deus, mas também é importante ser nomeado
por quem Deus autoriza a escolher obreiros (BEACON, 2010, p. 222 – grifo nosso).
Bezalel, Aoliabe e os outros auxiliares tiveram o privilégio de participar
destas obras e foram fiéis, submissos e obedientes em seguir as orientações
divinas dadas ao seu líder: “Fez Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, tudo quanto
o Senhor ordenara a Moisés” (Êx 38.22).
3.5
- Deus capacita aqueles que estão dispostos a glorificar ao Senhor e não a si
mesmo. Apesar das grandes importantes contribuições, Bezalel e Aoliabe são
praticamente esquecidos depois do tabernáculo concluído. Tem gente que seu nome aparece, mas a sua obra não, e tem gente que o seu nome não aparece, mas a sua
obra se eterniza: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória
[...]” (Sl 115.1). O apóstolo Pedro também entendeu assim: “A ele seja a
glória, tanto agora como no dia eterno” (2Pd 3.18). Paulo também compreendeu desta
forma: “Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a
ele eternamente. Amém!”. João na ilha corrobora com esta visão: “Digno és,
Senhor, de receber glória, e honra, e poder, porque tu criaste todas as coisas, e por
tua são e foram criadas” (Ap. 4.11).
CONCLUSÃO
Na igreja local, muitos trabalhos requerem habilidades especiais. Por exemplo, quem escreve precisa ser habilidoso no ofício da escrita; quem canta precisa ser habilidoso no ofício do canto; quem toca precisa ser habilidoso no ofício instrumental; quem prega e ensina precisa ser habilidoso no ofício da interpretação de texto e da retórica. Enfim, as necessidades de habilidades especiais para realizar obras especiais são inúmeras. Por isso que o Espírito Santo capacita pessoas para atividades bem específicas na obra do Senhor.
Na igreja local, muitos trabalhos requerem habilidades especiais. Por exemplo, quem escreve precisa ser habilidoso no ofício da escrita; quem canta precisa ser habilidoso no ofício do canto; quem toca precisa ser habilidoso no ofício instrumental; quem prega e ensina precisa ser habilidoso no ofício da interpretação de texto e da retórica. Enfim, as necessidades de habilidades especiais para realizar obras especiais são inúmeras. Por isso que o Espírito Santo capacita pessoas para atividades bem específicas na obra do Senhor.
REFERÊNCIAS
HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA. 2001.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. (Trad. Gordon Chown). CPAD, 1995.
CONNER, Kevin J. Os segredos do Tabernáculo de Moisés. (Trad. Célia Chazanas). Atos, 2004.
HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA. 2001.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. (Trad. Gordon Chown). CPAD, 1995.
CONNER, Kevin J. Os segredos do Tabernáculo de Moisés. (Trad. Célia Chazanas). Atos, 2004.
HENRY,
Matthew. Comentário Bíblico do AT: Gênesis a Deuteronômio. CPAD. 2010.
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