Igreja
Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência
das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor
Presidente: Aílton José Alves
Av.
Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 /
3084.1543
LIÇÃO 04 – O ALTAR DO HOLOCAUSTO – (Êx 27.1,2,6,7)
2º
TRIMESTRE DE 2019
INTRODUÇÃO
Quando se adentrava no pátio do tabernáculo, o primeiro móvel que o ofertante se deparava era o “altar de bronze” também chamado de “altar do holocausto”. Nesta lição falaremos um pouco deste móvel e de suas características; veremos que o este importante utensílio e o holocausto nele oferecido, prefiguram o sacrifício perfeito e definitivo de Cristo Jesus no Calvário por todos os homens.
Quando se adentrava no pátio do tabernáculo, o primeiro móvel que o ofertante se deparava era o “altar de bronze” também chamado de “altar do holocausto”. Nesta lição falaremos um pouco deste móvel e de suas características; veremos que o este importante utensílio e o holocausto nele oferecido, prefiguram o sacrifício perfeito e definitivo de Cristo Jesus no Calvário por todos os homens.
I
– O ALTAR DO TABERNÁCULO
A
palavra “altar” literalmente significa “levantado”, “alto” ou “subindo”, visto
que era uma elevação acima da terra. O Antigo Testamento mostra que muitos dos
patriarcas ergueram altares para sacrificar ao Senhor (Gn 8.20; 12.7; 26.25;
35.1). No entanto, com a institucionalização do culto levítico, um altar foi
construído para que nele se fizessem os sacrifícios a Deus, por meio do
sacerdote. Vejamos alguns detalhes acerca deste importante utensílio:
1.1
- Material. Muitos altares eram feitos de rocha natural, ou eram montes de
terra ou rochas escavadas (Êx 20.24; 1 Rs 18.32). No entanto, esse altar do
tabernáculo era feito de madeira de acácia (cetim) e era coberto de bronze
(cobre) segundo algumas versões da Bíblia (Êx 27.1-8). Daí porque ele era
chamado de “altar de bronze” (Êx 38.30; 39.39). No Tabernáculo, o bronze se
destaca particularmente nos elementos do pátio externo (Êx 26.11,37; 27.10;
30.18). Esse bronze, sem dúvida, foi obtido através das ofertas trazidas diante
do Senhor para edificar o Tabernáculo (Êx 25.3; 35.5,16).
1.2 - Medidas e
formato. O altar de bronze era a maior peça do tabernáculo. O relato bíblico
diz que ele media “cinco côvados de comprimento” e “cinco côvados de largura”,
aproximadamente (2,5 m x 2,5 m), e “três côvados de altura” (1,5 m) (ALMEIDA,
sd, p. 24). Seu formato era “quadrado” (Êx 27.1). Ele possuía chifres que se
projetavam nas pontas, bem como argolas e varas para ser transportado (Êx
27.2,6,7). Contava com uma armação gradeada de metal (Êx 27.4,5). O altar de
bronze era provavelmente colocado sobre um monte de terra ou pedras e o fogo
era ateado em cima. Os chifres que havia em cada canto do altar, tinham um significado especial, eram adornos
funcionais, pois era ali que os animais sacrificados ficavam amarrados (Sl
118.27).
1.3
- Utensílios. Junto com o altar do holocausto também foram fabricados
utensílios que auxiliavam o sacerdote nos sacrifícios e na manutenção deste
móvel e todos eram igualmente feitos de cobre (Êx 27.3). Vejamos:
Recipientes: Para
recolher as cinzas – usados para retirar as cinzas do holocausto e limpar o
altar (Lv 6.10,11);
Pás:
Usadas para apanhar as cinzas e lidar com o fogo;
Bacias:
Ou tigelas, usadas para derramar e aspergir o sangue no altar (Êx 24.6);
Garfos:
Usados para distribuir os sacrifícios sobre o altar. O sacrifício deveria estar
em ordem para ser perfeitamente consumido (1 Sm 2.13);
Braseiros:
Ou incensários, usados para levar as brasas do altar de bronze para o altar de
ouro (Lv 16.12).
1.4
- Finalidade. Esse móvel também é chamado de “altar do holocausto” (Êx 30.28;
31.9; 35.16; 38.1; 40.6). Isso fala de sua principal finalidade: oferecer nele
sacrifícios, sendo o principal deles o holocausto (Lv 1-5). A palavra hebraica traduzida
como holocausto é: “olah”, e significa literalmente: “aquilo que vai para cima”,
uma alusão ao sacrifício que quando queimado seu aroma subia como cheiro suave
ao Senhor (Lv 1.9-b). A oferta do holocausto, também chamada de “oferta
queimada” (Lv 1.9), era “inteiramente consumida” sobre o altar (Lv 6.9), com
exceção da pele do animal (Lv 7.8), e das entranhas com os resíduos de comida (Lv 1.16). Esse sacrifício era
oferecido a Deus como ato de adoração (1Cr 29.20,21), em ação de graças (Sl
66.13-15), para obter algum favor (Sl 20.3-5) e, em diversos ritos de
purificação (Lv 12.6-8; 14.19,21,22; 15.15,30; 16.24). Era o único sacrifício
regularmente estabelecido para o culto no santuário e era oferecido diariamente,
de manhã e à noite por isso era chamado de o sacrifício “tãmíd”, ou seja, “perpétuo”,
“contínuo” (Êx 29.38-42; Ez 46.13; Dn 8.11; 11.31) (TENNEY, vol. 03, p. 63 – acréscimo
nosso). Deveriam ser apresentados como sacrifício de holocausto, animais
específicos (Lv 1.2,10,14), sendo macho sem defeito (Lv 1.3,10; 22.19-21).
1.5
- Localização. Quando se adentrava ao átrio do tabernáculo o primeiro móvel que
se via era o altar do holocausto. Por isso ele é chamado de “o altar que está
diante da porta da tenda da congregação” (Lv 1.5). A localização deste altar mostra-nos
quão importante era o sacrifício a fim de que a pessoa pudesse acertar o seu
relacionamento com Deus: “E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, para
que seja aceito a favor dele, para a sua expiação” (Lv 1.4). Ele era o móvel
que lembrava da constante da necessidade de expiação e arrependimento, por
parte do ofertante.
II
– O ALTAR SIMBOLIZA A CRUZ DE CRISTO
Os
altares antigos era costumeiramente feito de pedras e coberto de madeira para
que a vítima sobre ela sacrificada, pudesse ser depois queimada sobre a lenha.
No monte (Jo 19.17), Cristo foi crucificado sobre o madeiro (At 5.30; 10.39).
Logo há um paralelismo entre o altar e a cruz. Notemos:
2.1
- Lugar de sacrifício. O altar de bronze era o altar dos sacrifícios. Nele
todos os sacrifícios eram realizados (Lv 1-5). Esse altar prefigura a cruz,
visto que foi o lugar onde Jesus foi sacrificado (Jo 19.17; Fp 2.8).
2.2
- Lugar do juízo e da justiça de Deus. Era sobre o altar que o pecado
encontrava o julgamento. O transgressor trazia para ele o animal que deveria
ser morto pelo pecado do ofertante (Lv 1.4). Foi na cruz onde Jesus foi morto
pelo nosso pecado (Is 53.4,5; Rm 5.6,8; 1 Co 15.3; 2 Co 5.15; 18-21).
2.3
- Lugar de substituição. O altar do holocausto também era o altar da
substituição, pois nele o pecador era substituído pela oferta: “E porá a sua
mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito a favor dele, para a sua
expiação” (Lv 1.4). Foi na cruz, onde Cristo levou o nosso pecado (Gl 3.13; 1
Pd 2.24).
III
– O SACRIFÍCIO DO HOLOCAUSTO PREFIGURA O SACRIFÍCIO DE CRISTO
Os
sacrifícios realizados no sistema levítico no AT prefiguram o sacrifício de
Cristo. A expressão “prefigurar” significa: “representar o que está por vir” (HOUAISS,
2001, p. 2284). Vejamos em que o holocausto aponta para a pessoa de Cristo
Jesus:
SIMILARIDADES DO HOLOCAUSTO QUE APONTAM PARA CRISTO
1. O animal tinha que ser macho (Lv 1.3,10,14)
1. Cristo se fez homem (Jo 9.11; 19.5; At 2.22; 1 Tm 2.5)
2. O animal tinha que ser sem defeito (Lv 1.3,10)
2. Cristo não teve pecado (Jo 8.46; Hb 4.15; 7.26; 1 Pd 2.22)
3. O adorador deveria colocar a mão sobre o animal a ser sacrificado, gesto que simbolizava a transferência de algo para o sacrifício, no caso o pecado (Lv 1.4)
3. Os sofrimentos e a morte de Cristo foram vicários por todos os homens, pois Ele tomou o lugar dos pecadores, e que a culpa deles lhes foi “imputada” e a punição que mereciam foi transferida para Ele (Mt 20.28; Jo 11.50; Rm 5.6-8; 2 Co 5.14,15,21; Gl 2.20; 3.13; 1 Tm 2.6; Hb 9.28; 1 Pd 2.24)
4. O pecador degolava o animal que morria em seu lugar (Lv 1.5,11)
4. Cristo foi morto pelos nossos pecados (Rm 4.25; 1 Co 15.3; Gl 1.4)
5. O holocausto contemplava o rico e o pobre (Lv 1.3,10,14)
5. O sacrifício de Cristo proporciona salvação a todos os homens indistintamente (Jo 3.16; Tt 2.11; 1 Jo 2.2; Ap 5.9)
IV – O SACRIFÍCIO DE CRISTO É SUPERIOR AO SACRIFÍCIO DO HOLOCAUSTO
Embora
os sacrifícios realizados no sistema levítico no AT prefigurem o sacrifício de
Cristo, eles não era permanentes porque não podiam satisfazer completamente a
justiça divina e a necessidade humana. Logo, o sacrifício de Cristo foi
necessário e é superior ao holocausto. Vejamos:
O HOLOCAUSTO
Um animal era sacrificado pelo pecador (Lv 1.4-a)
O sangue do animal cobria o pecado (Lv 1.4-b)
O sacrifício era feito em prol de alguns de pecados, não todos (Lv 4.2)
O sacrifício era repetitivo (Lv 6.9-13)
O animal era trazido contra a própria vontade (Hb 9.25)
CRISTO JESUS
O próprio Filho de Deus foi sacrificado pelo pecador (1 Pd 3.18; 1 Jo 2.2; 4.10)
O sangue de Cristo nos purifica do pecado (Jo 1.29; 1 Co 6.11; Hb 1.3; 1 Jo 3.5; Ap 1.5)
O sacrifício de Cristo nos purifica de todo pecado (Tt 2.14; 1 Jo 1.7,9)
O sacrifício de Cristo foi definitivo (Hb 9.26; 10.10)
Cristo ofereceu-se voluntariamente (Jo 10.17,18)
CONCLUSÃO
Deus não somente anunciou a vinda do Messias, por meio de palavras, como através do altar de bronze em que o holocausto era oferecido pelo pecador no tabernáculo ele preparou a nação de Israel para o sacrifício definitivo que seria feito por meio de Cristo Jesus e que de uma vez por todas (Jo 1.29; Hb 9.26).
Deus não somente anunciou a vinda do Messias, por meio de palavras, como através do altar de bronze em que o holocausto era oferecido pelo pecador no tabernáculo ele preparou a nação de Israel para o sacrifício definitivo que seria feito por meio de Cristo Jesus e que de uma vez por todas (Jo 1.29; Hb 9.26).
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Abraão de. O Tabernáculo e a Igreja. CPAD, 2009.
ALMEIDA, Abraão de. O Tabernáculo e a Igreja. CPAD, 2009.
HOFF,
Paul. O Pentateuco. VIDA, 2010.
HOUAISS,
Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA, 2001.
STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995.
TENNEY,
Merril C. Enciclopédia da Bíblia. EDITORA CULTURA CRISTÃ, 2009.