segunda-feira, 22 de abril de 2019

LIÇÃO 04 – O ALTAR DO HOLOCAUSTO – (Êx 27.1,2,6,7) 2º TRIMESTRE DE 2019


Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543


LIÇÃO 04 – O ALTAR DO HOLOCAUSTO – (Êx 27.1,2,6,7)
2º TRIMESTRE DE 2019

INTRODUÇÃO
Quando se adentrava no pátio do tabernáculo, o primeiro móvel que o ofertante se deparava era o “altar de bronze” também chamado de “altar do holocausto”. Nesta lição falaremos um pouco deste móvel e de suas características; veremos que o este importante utensílio e o holocausto nele oferecido, prefiguram o sacrifício perfeito e definitivo de Cristo Jesus no Calvário por todos os homens.

I – O ALTAR DO TABERNÁCULO
A palavra “altar” literalmente significa “levantado”, “alto” ou “subindo”, visto que era uma elevação acima da terra. O Antigo Testamento mostra que muitos dos patriarcas ergueram altares para sacrificar ao Senhor (Gn 8.20; 12.7; 26.25; 35.1). No entanto, com a institucionalização do culto levítico, um altar foi construído para que nele se fizessem os sacrifícios a Deus, por meio do sacerdote. Vejamos alguns detalhes acerca deste importante utensílio:

1.1 - Material. Muitos altares eram feitos de rocha natural, ou eram montes de terra ou rochas escavadas (Êx 20.24; 1 Rs 18.32). No entanto, esse altar do tabernáculo era feito de madeira de acácia (cetim) e era coberto de bronze (cobre) segundo algumas versões da Bíblia (Êx 27.1-8). Daí porque ele era chamado de “altar de bronze” (Êx 38.30; 39.39). No Tabernáculo, o bronze se destaca particularmente nos elementos do pátio externo (Êx 26.11,37; 27.10; 30.18). Esse bronze, sem dúvida, foi obtido através das ofertas trazidas diante do Senhor para edificar o Tabernáculo (Êx 25.3; 35.5,16).

1.2 - Medidas e formato. O altar de bronze era a maior peça do tabernáculo. O relato bíblico diz que ele media “cinco côvados de comprimento” e “cinco côvados de largura”, aproximadamente (2,5 m x 2,5 m), e “três côvados de altura” (1,5 m) (ALMEIDA, sd, p. 24). Seu formato era “quadrado” (Êx 27.1). Ele possuía chifres que se projetavam nas pontas, bem como argolas e varas para ser transportado (Êx 27.2,6,7). Contava com uma armação gradeada de metal (Êx 27.4,5). O altar de bronze era provavelmente colocado sobre um monte de terra ou pedras e o fogo era ateado em cima. Os chifres que havia em cada canto do altar, tinham um significado especial, eram adornos funcionais, pois era ali que os animais sacrificados ficavam amarrados (Sl 118.27).

1.3 - Utensílios. Junto com o altar do holocausto também foram fabricados utensílios que auxiliavam o sacerdote nos sacrifícios e na manutenção deste móvel e todos eram igualmente feitos de cobre (Êx 27.3). Vejamos:

Recipientes: Para recolher as cinzas – usados para retirar as cinzas do holocausto e limpar o altar (Lv 6.10,11);
Pás: Usadas para apanhar as cinzas e lidar com o fogo;
Bacias: Ou tigelas, usadas para derramar e aspergir o sangue no altar (Êx 24.6);
Garfos: Usados para distribuir os sacrifícios sobre o altar. O sacrifício deveria estar em ordem para ser perfeitamente consumido (1 Sm 2.13);
Braseiros: Ou incensários, usados para levar as brasas do altar de bronze para o altar de ouro (Lv 16.12).

1.4 - Finalidade. Esse móvel também é chamado de “altar do holocausto” (Êx 30.28; 31.9; 35.16; 38.1; 40.6). Isso fala de sua principal finalidade: oferecer nele sacrifícios, sendo o principal deles o holocausto (Lv 1-5). A palavra hebraica traduzida como holocausto é: “olah”, e significa literalmente: “aquilo que vai para cima”, uma alusão ao sacrifício que quando queimado seu aroma subia como cheiro suave ao Senhor (Lv 1.9-b). A oferta do holocausto, também chamada de “oferta queimada” (Lv 1.9), era “inteiramente consumida” sobre o altar (Lv 6.9), com exceção da pele do animal (Lv 7.8), e das entranhas com os resíduos de comida (Lv 1.16). Esse sacrifício era oferecido a Deus como ato de adoração (1Cr 29.20,21), em ação de graças (Sl 66.13-15), para obter algum favor (Sl 20.3-5) e, em diversos ritos de purificação (Lv 12.6-8; 14.19,21,22; 15.15,30; 16.24). Era o único sacrifício regularmente estabelecido para o culto no santuário e era oferecido diariamente, de manhã e à noite por isso era chamado de o sacrifício “tãmíd”, ou seja, “perpétuo”, “contínuo” (Êx 29.38-42; Ez 46.13; Dn 8.11; 11.31) (TENNEY, vol. 03, p. 63 – acréscimo nosso). Deveriam ser apresentados como sacrifício de holocausto, animais específicos (Lv 1.2,10,14), sendo macho sem defeito (Lv 1.3,10; 22.19-21).

1.5 - Localização. Quando se adentrava ao átrio do tabernáculo o primeiro móvel que se via era o altar do holocausto. Por isso ele é chamado de “o altar que está diante da porta da tenda da congregação” (Lv 1.5). A localização deste altar mostra-nos quão importante era o sacrifício a fim de que a pessoa pudesse acertar o seu relacionamento com Deus: “E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito a favor dele, para a sua expiação” (Lv 1.4). Ele era o móvel que lembrava da constante da necessidade de expiação e arrependimento, por parte do ofertante.

II – O ALTAR SIMBOLIZA A CRUZ DE CRISTO
Os altares antigos era costumeiramente feito de pedras e coberto de madeira para que a vítima sobre ela sacrificada, pudesse ser depois queimada sobre a lenha. No monte (Jo 19.17), Cristo foi crucificado sobre o madeiro (At 5.30; 10.39). Logo há um paralelismo entre o altar e a cruz. Notemos:

2.1 - Lugar de sacrifício. O altar de bronze era o altar dos sacrifícios. Nele todos os sacrifícios eram realizados (Lv 1-5). Esse altar prefigura a cruz, visto que foi o lugar onde Jesus foi sacrificado (Jo 19.17; Fp 2.8).

2.2 - Lugar do juízo e da justiça de Deus. Era sobre o altar que o pecado encontrava o julgamento. O transgressor trazia para ele o animal que deveria ser morto pelo pecado do ofertante (Lv 1.4). Foi na cruz onde Jesus foi morto pelo nosso pecado (Is 53.4,5; Rm 5.6,8; 1 Co 15.3; 2 Co 5.15; 18-21).

2.3 - Lugar de substituição. O altar do holocausto também era o altar da substituição, pois nele o pecador era substituído pela oferta: “E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito a favor dele, para a sua expiação” (Lv 1.4). Foi na cruz, onde Cristo levou o nosso pecado (Gl 3.13; 1 Pd 2.24).

III – O SACRIFÍCIO DO HOLOCAUSTO PREFIGURA O SACRIFÍCIO DE CRISTO
Os sacrifícios realizados no sistema levítico no AT prefiguram o sacrifício de Cristo. A expressão “prefigurar” significa: “representar o que está por vir” (HOUAISS, 2001, p. 2284). Vejamos em que o holocausto aponta para a pessoa de Cristo Jesus:

SIMILARIDADES DO HOLOCAUSTO QUE APONTAM PARA CRISTO
1. O animal tinha que ser macho (Lv 1.3,10,14)
1. Cristo se fez homem (Jo 9.11; 19.5; At 2.22; 1 Tm 2.5)

2. O animal tinha que ser sem defeito (Lv 1.3,10)
2. Cristo não teve pecado (Jo 8.46; Hb 4.15; 7.26; 1 Pd 2.22)

3. O adorador deveria colocar a mão sobre o animal a ser sacrificado, gesto que simbolizava a transferência de algo para o sacrifício, no caso o pecado (Lv 1.4)
3. Os sofrimentos e a morte de Cristo foram vicários por todos os homens, pois Ele tomou o lugar dos pecadores, e que a culpa deles lhes foi “imputada” e a punição que mereciam foi transferida para Ele (Mt 20.28; Jo 11.50; Rm 5.6-8; 2 Co 5.14,15,21; Gl 2.20; 3.13; 1 Tm 2.6; Hb 9.28; 1 Pd 2.24)

4. O pecador degolava o animal que morria em seu lugar (Lv 1.5,11)
4. Cristo foi morto pelos nossos pecados (Rm 4.25; 1 Co 15.3; Gl 1.4)

5. O holocausto contemplava o rico e o pobre (Lv 1.3,10,14)
5. O sacrifício de Cristo proporciona salvação a todos os homens indistintamente (Jo 3.16; Tt 2.11; 1 Jo 2.2; Ap 5.9)

IV – O SACRIFÍCIO DE CRISTO É SUPERIOR AO SACRIFÍCIO DO HOLOCAUSTO
Embora os sacrifícios realizados no sistema levítico no AT prefigurem o sacrifício de Cristo, eles não era permanentes porque não podiam satisfazer completamente a justiça divina e a necessidade humana. Logo, o sacrifício de Cristo foi necessário e é superior ao holocausto. Vejamos:

O HOLOCAUSTO
Um animal era sacrificado pelo pecador (Lv 1.4-a)
O sangue do animal cobria o pecado (Lv 1.4-b)
O sacrifício era feito em prol de alguns de pecados, não todos (Lv 4.2)
O sacrifício era repetitivo (Lv 6.9-13)
O animal era trazido contra a própria vontade (Hb 9.25)

CRISTO JESUS
O próprio Filho de Deus foi sacrificado pelo pecador (1 Pd 3.18; 1 Jo 2.2; 4.10)
O sangue de Cristo nos purifica do pecado (Jo 1.29; 1 Co 6.11; Hb 1.3; 1 Jo 3.5; Ap 1.5)
O sacrifício de Cristo nos purifica de todo pecado (Tt 2.14; 1 Jo 1.7,9)
O sacrifício de Cristo foi definitivo (Hb 9.26; 10.10)
Cristo ofereceu-se voluntariamente (Jo 10.17,18)

CONCLUSÃO
Deus não somente anunciou a vinda do Messias, por meio de palavras, como através do altar de bronze em que o holocausto era oferecido pelo pecador no tabernáculo ele preparou a nação de Israel para o sacrifício definitivo que seria feito por meio de Cristo Jesus e que de uma vez por todas (Jo 1.29; Hb 9.26).

REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Abraão de. O Tabernáculo e a Igreja. CPAD, 2009.
HOFF, Paul. O Pentateuco. VIDA, 2010.
HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA, 2001.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995.
TENNEY, Merril C. Enciclopédia da Bíblia. EDITORA CULTURA CRISTÃ, 2009.

JOGRAL: A INTEGRIDADE DE JÓ (JÓ 1.8)


A integridade de Jó (Jó 1.8)

1 – A Bíblia nos diz que havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó.
2 – O Senhor era com ele e, por causa disso, prosperou muito no Oriente, tornando-se muito conhecido pela quantidade de bens que possuía.
3 – Deus havia lhe dado filhos e filhas, ovelhas, camelos, bois, jumentas e servos.
4 – Um dia, porém, perdeu tudo, vindo à falência.
5 – Não bastasse isso, perdeu também toda saúde, vindo a encher-se de chagas malignas e purulentas.
6 – De todos os bens que possuíra, restou-lhe apenas um caco de telha para coçar suas feridas.
Todos - Este era o quadro atual do homem que outrora fora conhecido como o homem mais rico do Oriente.

1 – A Bíblia narra que o atual infortúnio da vida de Jó era devido a uma disputa entre Deus e Satanás.
2 – Havendo os filhos de Deus se reunido para apresentar-se perante o Senhor, veio no meio deles Satanás.
3 – Então disse o Senhor disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao Senhor, e disse: De rodear a terra, e passear por ela.
4 – E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal.
5 – Mas o tentador, não satisfeito com o testemunho que Jó dava diante do Senhor, resolve insinuar que ele servia ao Senhor por interesse nos bens que possuía e que O Senhor havia dado a ele.
6 – Quando Satanás disse que Jó servia a Deus pela quantidade de bens que O Senhor havia-lhe dado, estava acusando O Senhor de haver comprado a fidelidade de Jó.
Todos – Porém, O Senhor conhecia a estrutura de Jó e permitiu o vilipêndio de sua vida para a glorificação do nome do Senhor.

1 – Então, disse O Senhor a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão.
2 – Satanás sai da presença do Senhor com a permissão de tocar em tudo quanto Jó possuía.
3 – E, num único dia, Jó perdeu tudo! Satanás tirou os filhos, os bens e os servos de Jó.
4 – E, fazendo isso, mexeu na família de Jó; tirou toda a riqueza de Jó.
5 – Fazendo isso, mexeu na base e no sustento de Jó.
6 – Mas, ao invés de Jó amaldiçoar a Deus, como Satanás tinha afirmado, A Bíblia nos diz que Jó, ao saber das notícias, dobra os seus joelhos e exata O SENHOR, dizendo...
5 – Nu saí do ventre da minha mãe...
4 – E nu tornarei para lá!
3 – O Senhor me deu...
2 – O Senhor o tomou...
1 – Bendito...
Todos – Bendito seja o nome do Senhor!

1 – Algum tempo depois, diz-nos a Bíblia, que quando os filhos de vieram a reunir-se novamente, Satanás, novamente, veio no meio deles.
2 – Então O Senhor disse a Satanás: Donde vens? E respondeu Satanás ao Senhor, e disse: De rodear a terra, e passear por ela.
3 – Disse O Senhor a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal, e que ainda retém a sua sinceridade, havendo-me tu incitado contra ele, para o consumir sem causa.
4 – Nesse momento, Satanás tenta argumentar o porquê de Jó ainda reter a sua integridade perante O Senhor. Para ele, a fidelidade de Jó estava agora no amor próprio.
5 – O inimigo estava acusando Jó de egoísta, soberbo e que sua fidelidade perante O Senhor residia na sua própria existência, na saúde do seu corpo.
6 – Então, O Senhor permitiu que Satanás tocasse em Jó, dizendo: Eis que ele está na tua mão; porém guarda a sua vida.
5 – Com essa permissão, Satanás saiu da presença do Senhor, e feriu Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até ao alto da cabeça.
4 – E, ao invés de Jó blasfemar e praguejar contra O Senhor...
3 – A Bíblia nos diz que Jó senta-se no meio das cinzas...
2 – E com um caco nas mãos começa a raspar-se.
1 – Sua mulher vendo isso diz: ainda reténs tua sinceridade? Amaldiçoa esse teu Deus e morre!
2 – Mas, no meio das cinzas...
3 – Cheio de chagas malignas...
4 – Jó não blasfema, não pragueja contra o Senhor...
5 – Mas levanta o caco ao céu e diz:
6 – Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal?
Todos – E, Em tudo isto, Jó não pecou com os seus lábios!

1 e 2 – O inimigo, pela permissão de Deus, havia tirado os filhos de Jó...
3 e 4 – Havia tirado os bens de Jó...
5 e 6 – Havia mexido na saúde de Jó...
Todos – Mas não tirou a fé de Jó!

1 – Paulo, próximo à sua morte...
2 – Preso em Roma...
3 – A poucos dias do fim de sua vida...
4 – Após anos de batalhas no campo missionário...
5 – Escreve a 2ª carta a seu filho na fé, Timóteo, dizendo...
6 – Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé!
5 – Paulo guardou a fé porque sabia que a fé em Cristo é a fé que vence o mundo!
4 – Sabendo disso, o inimigo tenta tirar do nosso coração a nossa confiança em Deus!
3 – Fazendo-nos desconfiar das promessas e do cuidado de Deus!
2 – Neste momento, achamos que estamos sós...
1 – Que Deus nos esqueceu, e não lembra mais de nós...
Todos – Mas, nesse momento, devemos fazer como Jó. Pois...

1 – Jó permaneceu com sua integridade intacta perante O Senhor!
2 – Não atribuiu a Deus falta alguma!
3 – Pois, o seu coração não estava nos bens que possuía!
4 – Não estava nos filhos, que tanto amava!
5 – Não estava em qualquer coisa palpável, mas...
6 – Estava em Deus...
Todos - No Senhor que criou e fundamentou os Céus e a terra!

1 – E a fidelidade de Jó o fez adorar em meio à calamidade!
2 – A sua sinceridade perante O Senhor o fez resistir às intensas críticas.
3 – O fez louvar em meio à aflição!
4 – Em meio às incertezas...
5 – Em meio ao turbilhão dos apontamentos...
6 – Por isso...
5 – Não foi confundido...
4 – Provou ser fiel, vencendo o maligno!
3 – Foi restaurado...
2 – Restabelecido...
1 – E recebeu tudo em dobro!
Todos – Então...

1 – Louva em meio ao teu problema!
2 – Resiste em meio à luta!
3 – Canta para O Senhor, mesmo quando o céu pareça estar de bronze!
4 – Ora nas horas mais difíceis!
5 – Pois o Deus de Jó também é o teu Deus!
6 – No seu tempo se levantará por tua causa!
5 – Afastará o inimigo...
4 – Te dará vitória...
3 – Mudará teu cativeiro...
2 – Tão somente, seja fiel...
1 – Guarda tua fé, pois...
Todos – Assim como Ele fez na vida de Jó, fará na tua vida também! Retenha firme o bom depósito, pois fiel é o que te prometeu vitória! Amem!

segunda-feira, 15 de abril de 2019

LIÇÃO 03 – ENTRANDO NO TABERNÁCULO: O PÁTIO – (Êx 27.9-19) 2º TRIMESTRE DE 2019


Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543

LIÇÃO 03 – ENTRANDO NO TABERNÁCULO: O PÁTIO – (Êx 27.9-19)
2º TRIMESTRE DE 2019

INTRODUÇÃO
Nesta lição veremos um dos espaços que pertencia ao Tabernáculo – o pátio; elencaremos algumas considerações a respeito desse local, bem como a sua simbologia à luz das Escrituras; por fim, destacaremos também a porta de acesso ao átrio, e quais os seus significados espirituais.

I – O PÁTIO DO TABERNÁCULO
1.1 - Definição do termo pátio. A palavra pátio ou átrio é procedente do termo: “hãtser” que refere-se a: “pátio, átrio, cercado, uma área cercada, residência estabelecida, vila, cidade”. Esta palavra está relacionada a um verbo que tem dois significados: “estar presente” no sentido de viver em certo lugar (acampamento, residência, pátio), e ainda: “incluir, encerrar, apertar”. A primeira ocorrência bíblica desse termo está em Gn 25.16, onde se é traduzido por “vilas”. O uso predominante de “hãtser” é com o sentido de: “pátio, quer de casa, palácio ou do Templo” (VINE, 2002, p. 216). Quando se refere ao Tabernáculo, o pátio servia de recinto cercado para os israelitas que iam adorar a Deus nos limites do santuário (Sl 96.8; 100.4).

1.2 - Dimensão do pátio. O pátio era em formato retangular com cerca de 50 metros de comprimento (100 côvados) por aproximadamente 25 metros de largura (50 côvados). Em cada lado, no sul e no norte, havia vinte colunas com as bases feitas de cobre ou bronze (Êx 27.9-11). O lado do ocidente precisava de dez colunas (Êx 27.12). Estas colunas eram firmadas no chão em suas bases por meio de cordas fixas ao chão com pregos, ou seja, estacas (Êx 27.19 – ARA). Entre as colunas havia faixas confeccionadas em prata (Êx 27.11). Tratavam-se de barras entre as colunas sobre as quais a cortina era pendurada pelos colchetes feitos de prata (Êx 27.17). Uma cortina de linho fino torcido, provavelmente na cor branca, medindo 2,5 metros de altura (Êx 27.18), ou seja, (5 côvados) estendia-se pelos lados, por trás e na frente, onde havia três colunas de cada lado da porta (Êx 27.14,16) (BEACON, 2010, p. 213).

1.3 - Propósito do pátio. Esse espaço reservado conferia santidade na aproximação à presença de Deus, e ensinam passos sucessivos na aproximação a Senhor. Assim, a função do pátio era impedir qualquer aproximação indevida ao santuário de Deus. O pátio era aberto para todos os israelitas que quisessem prestar culto, porém, havia uma maneira apropriada de se aproximar, embora o pátio fosse aberto. O átrio, portanto, servia a um tríplice propósito:

(a) para os que estavam do lado de fora, ele agia como uma barreira e um muro de separação. As cortinas de linho fino restringiam a entrada daqueles que se aproximavam, agindo como uma separação entre o mundo exterior e o lugar onde se revelava a glória de Deus;
(b) para aquele que verdadeiramente se aproximava do Tabernáculo, essas cortinas serviam como uma indicação, ou seja, apontavam para a porta, o caminho de aproximação pelo qual as pessoas poderiam entrar e desfrutar dos benefícios do Tabernáculo; e,
(c) do lado de dentro, contudo, as cortinas agiam como uma cerca ou escudo contra o mundo exterior. Para todos aqueles que estavam do lado interno, ali seria o lugar de proteção e segurança, eis a razão de encontrarmos frequentemente expressões de anelo e alegria dos servos de Deus em relação ao átrio (Sl 65.4; 84.2,10; 92.13; 96.8; 100.4) (CONNER, 2004, pp. 99, 100 – grifo nosso).

1.4 - Móveis pertencentes ao pátio. Vários são os móveis pertencentes ao Tabernáculo, dois deles especificamente estavam situados no átrio:

(a) O altar do holocausto. Na perspectiva de quem entrava no tabernáculo, inicialmente se deparava com o altar do holocausto, situado perto da porta do concerto (Êx 27-1-8; 38.1-7), também conhecido como altar de cobre por ser feito de madeira de acácia e revestido de cobre, sobre esse móvel eram oferecidos os sacrifícios, essa era a sua finalidade (HOFF, 2007, pp.144, 145);
(b) pia de bronze. Este importante móvel também estava colocado no pátio, entre a tenda do Tabernáculo e o altar de bronze (Êx 40.7), estando assim, alinhada com o altar do holocausto. Tinha como finalidade proporcionar aos sacerdotes um local para lavar as mãos (Êx 30.18,19).

II – A SIMBOLOGIA DO PÁTIO
2.1 - A separação entre o homem e Deus devido ao pecado. A demarcação do pátio por meio da cerca de linho fino, indicava de forma prefigurada dentre outras coisas, a separação entre o homem e seu Criador como resultado da Queda (Is 59.2; Rm 3.9,23; 5.12; Ef 2.1,13). Devido à pecaminosidade humana (Rm 3.10-12), jamais seria possível o homem atingir o padrão exigido por Deus: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia […]” (Is 64.6), para a expiação do pecado (Rm 3.19). Como afirma Rodman (2011, p. 307): “O homem é um pecador em escravidão. Ele é de fato escravo do pecado, sujeito a seus ditames e incapaz de se libertar do seu domínio”; por essa razão, Cristo Jesus, veio em forma humana com o propósito de fazer a reconciliação entre Deus e os homens: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção […]” (1Tm 2.5,6; ver 2Co 5.19).

2.2 - A santidade e justiça divina. As “paredes” do pátio eram constituídas por cortinas externas de linho fino, e esse linho refere-se à justiça e santidade de Deus (Lv 11.43-45). Quando alguém se aproximava do lado externo do Tabernáculo, a única coisa que podia ver era esta cortina branca. Esta é a primeira coisa que o homem não regenerado que se aproxima de Deus precisa notar, o linho branco representa, acima de tudo, a justiça perfeita de Cristo (Jr 33.15; 1Tm 2.5; 1Jo 4.17; 1Co 1.30). A justiça de Cristo deve tornar-se a justiça do crente, uma vez que para Deus, não há valor as nossas obras carnais de justiça (Is 64.6). Deus não está interessado na justiça que provém da Lei, pois se trata de justiça própria (Rm 10.1-6; Fp 3.7-9). Deus está procurando um povo que é mantido pela fé na justiça de Cristo. É a justiça de Cristo que Deus aceita, e quando nos revestimos do Senhor nos tornamos justos. Aqueles que se revestiram de Cristo constituem o seu corpo, a sua Igreja. São estes os santos aos quais as Escrituras se referem quanto à justificação (Ap 19.7-9; 2Co 5.17-21; Hb 2.11; Sl 132.9,16,17; Rm 8.4). É a este corpo que a justiça de Cristo é imputada e que está adornada como uma noiva (1Co 1.30; Is 61.10). “Ele é a nossa justiça” (Jr 23.6; Ap 3.4).

2.3 - A responsabilidade humana quanto ao recebimento das bençãos de Deus. Quando olhamos para a ordem da construção do Tabernáculo, percebemos que a descrição começa com a arca da aliança (Êx 25.10) e segue-se até a porta do pátio (Êx 27.18), ou seja, de dentro do Tabernáculo para fora, isto é, Deus em busca do homem, uma vez que o projeto de salvação tem como fonte a pessoa Divina (Is 45.22; Jn 2.9; Tt 2.11). Na condição de pecador, o homem jamais por si só produziria a sua salvação (Rm 3.10,11; Tt 3.5), por essa razão vemos partindo sempre de Deus a iniciativa de restauração humana (Gn 3.9;15,21; Jo 3.16,17; 2Co 5.18,19; Tt 2.11). No entanto, ao estabelecer a porta que dá acesso ao Tabernáculo, fica claro a responsabilidade do homem em resposta a ação inicial do Senhor quanto aos benefícios pertencentes a sua entrada no santuário. No plano da salvação, Deus em Sua soberania incluiu a responsabilidade do homem em crer no seu Filho (Mc 16.15,16; Jo 3.16-18; Rm 10.11-14). Fé e arrependimento são necessários para a salvação, precedendo a regeneração, ou seja, cremos para ser regenerados e não o inverso (Mc 1.15; Jo 20.31; At 2.38; 10.43; Rm 1.16; 10.9; 1Co 1.21; Ef 1.13,14). A fonte da salvação humana é a graça de Deus e o meio de recebê-la é a fé nEle, como afirma o apóstolo Paulo (Ef 2.8).

III – A PORTA DO PÁTIO E A SUA SIMBOLOGIA
3.1 - O único acesso. Qualquer um que se aproximasse do Tabernáculo por outro lugar que não fosse a entrada, encontraria uma parede de linho. A porta era a única maneira de chegar ao pátio, todos tinham que passar por ela. Todo o povo de Israel, de qualquer tribo, e todos os estrangeiros em Israel, vindos dos quatro cantos do acampamento, distantes ou próximos, tinham que se submeter aos critérios de Deus (Nm 15.14-16). O Senhor colocou somente uma entrada no Tabernáculo, pois há somente um caminho para o homem se aproximar de Deus, e este passa pela entrada, sendo assim, a porta é uma clara figura do Senhor Jesus, que assim afirmou: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens” (Jo 10.9); sendo o único caminho de acesso ao Pai (Jo 14.6); as Escrituras ainda
declaram que Ele é:

(a) o único nome que pode salvar (At 4.12);
(b) o único mediador entre Deus os homens (1Tm 2.5), e,
(c) crer nele é a única forma de o homem ser salvo (Rm 10.12,13).

3.2 - A abrangência do acesso. A porta do pátio possuía dez metros de largura (20 côvados) e ficava no lado leste, no meio da frente do Tabernáculo (Êx 27.16). Era composta por uma cortina de pano azul, púrpura, carmesim e também de linho fino torcido, sustentada por quatro colunas centrais cingidas de faixas de prata (Êx 27.17. Essa entrada era larga o suficiente para permitir a entrada de qualquer pessoa que quisesse e se submetesse aos critérios necessários para entrar. Isso aponta claramente para a abrangência da salvação e as bençãos do Senhor decorrentes dela. Desde o início, a proposta divina sempre foi estender a bênção da salvação a todos os homens indiscriminadamente o que deixou claro por meio da promessa feita a Abraão: “[…] e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3; Gl 3.8). Destacamos ainda Deus deu garantia e extensão de salvação a todas as pessoas (Is 45.22), como também na descrição do alcance da ação messiânica (Is 49.6; Is 53.6). Sua graça alcança os judeus e os gentios (Rm 3.29; 9.24,30; Gl 3.14; Ef 3.6; Tt 2.12), não é limitado a um grupo seleto de pessoas, pois as Escrituras afirmam que Jesus se deu como resgate por todos (1Tm 2.6); e, que provou a morte por todos (Jo 7.37; Hb 2.9; 1Tm 4.10; 2Pd 3.9; 1Jo 1.9-2.2; 4.14).

CONCLUSÃO Assim como todos os compartimentos do Tabernáculo, o pátio representava verdades espirituais que apontavam para Cristo e a sua obra, nEle a justiça divina foi saciada, podendo então nos conduzir à presença do Pai celestial.

REFERÊNCIAS
CONNER, Kevin J. Os segredos do Tabernáculo de Moisés. (Trad. Célia Chazanas). Atos, 2004.
HOFF, Paul. O Pentateuco. VIDA, 2010.
HOWARD, R.E, et al. Comentário Bíblico Beacon. CPAD, 2010.
RODMAN, J. Williams. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. VIDA, 2009.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995.
VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD, 2010.

domingo, 14 de abril de 2019

O ESPÍRITO DO SENHOR ESTÁ SOBRE MIM (LC 4.18a)


O ESPÍRITO DO SENHOR ESTÁ SOBRE MIM (LC 4.18a)

Todos – O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para pregar boas novas!
1 – Os evangelhos narram Jesus tendo sido batizado por João nas águas do Jordão e, na ocasião, O Espírito Santo desceu em forma corpórea de pomba.
2 – Após esse evento tão importante, a Bíblia nos informa que Jesus, pelo Espírito Santo, foi levado ao deserto da Judeia, para ser tentado pelo diabo.
3 – Após ser tentando pelo diabo, Jesus sai vitorioso e inicia seu ministério messiânico na Galileia dos gentios.
4 – Jesus ensinava nas sinagogas e por todos era glorificado, pois o seu ensino era diferente. Ele tinha autoridade e sua palavra fazia o coração arder. E sua fama corria por toda a Galileia.
5 – Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler a palavra.
6 – Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito:
Todos - O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor.

1, 2 e 3 – E tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele.
4, 5 e 6 – Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.

1 – Igreja! Estas palavras de Jesus, citando Isaías 61, revelam o alvo, o objetivo, a missão de Jesus Cristo na face desta terra.
2 – Jesus veio com um propósito! Quando foi gerado no ventre de Maria, encarnou e tornou-se a esperança da humanidade.
3 – E o propósito de Jesus Cristo era: trazer para Deus a humanidade rebelde, cega, caída e distante.
4 – Conceder uma nova oportunidade diante Deus.
5 – Reatar a comunhão outrora perdida...
6 – Desfazer as obras do diabo!
Todos – Paulo, escrevendo a epístola aos Gálatas, nos diz que Jesus se entregou a Si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai.

1 e 2 – Nos textos de Lucas e Isaías, estão reveladas as obras a serem realizadas por Jesus, no poder do Espírito Santo.
2 e 4 – Quando Jesus disse que O Espírito de Deus estava sobre Ele, Ele estava falando da direção e influência do Espírito Santo em todas as obras que fazia.
5 e 6 – Jesus e O Espírito Santo estavam intimamente ligados na missão de resgatar o homem do lamaçal do pecado.

1 – Foi pelo Espírito Santo que Jesus foi anunciado.
3 – Pelo Espírito Santo Jesus foi gerado no ventre de Maria.
5 – Pelo Espírito foi guiado ao deserto.
2 – Pela Espada do Espírito venceu o maligno.
4 – Pelo Espírito foi guiado no cumprimento das profecias.
6 – Pelo Espírito foi ao cruz do calvário.
5 – Enfrentou o vitupério...
4 – A humilhação...
3 – Não recuou...
2 – Não deu um passo atrás...
1 - Mas foi até o fim...
Todos – E, pelo mesmo Espírito Santo, ao terceiro dia...

1 – Ressuscitou...
2 – Venceu a morte...
3 – O diabo...
4 – O pecado...
5 – O mundo...
6 – O inferno...
Todos - E está vivo... vivo... vivo para a Glória de Deus Pai!

1 – Mas a história não acaba aqui.
2 – Após ressuscitar pelo poder do Espírito Santo, Jesus deu provas de sua ressurreição aparecendo a muitas pessoas durante o período de quarenta dias, inclusive aos seus discípulos.
3 – E, antes de subir, conforme está escrito em João cap. 20, encontra-se com os seus discípulos mais uma vez.
4 – Era domingo de tarde. Seus discípulos estavam trancafiados com medo dos judeus. Chegou Jesus, e se pôs no meio deles, e disse-lhes: Paz seja convosco!
5 – Tendo dito estas palavras, mostrou-lhes suas feridas. E eles, vendo o Senhor, alegraram-se.
6 – Disse-lhes Jesus mais uma vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.
Todos – E havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo!

1 – Quando Jesus sopra sobre seus discípulos, Ele estava compartilhando O Espírito Santo com a Igreja.
2 – Soprando sobre os discípulos, Jesus estava repassando uma missão para a Igreja.
3 – Soprando sobre seus discípulos, Jesus estava capacitando a Igreja.
4 – Jesus estava adotando a Igreja.
5 – Estava vocacionando a Igreja.
6 – Ordenando a execução do IDE pela Igreja.
Todos - A missão de levar a mensagem do Evangelho!

1 – Tempo depois, encontra-se novamente com os seus discípulos, no monte das oliveiras.
2 – E antes de subir ao céu, ordenou-lhes que não se ausentassem, pois, a promessa do Pai seria enviada sobre eles.
3 – Eles seriam revestidos de poder.
4 – Era o poder do Espírito Santo, o mesmo que estava sobre Jesus.
5 – Porque, na verdade, disse-lhes Jesus, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.
6 – Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.
5 – Cinquenta dias depois, estavam todos reunidos num mesmo lugar.
4 – E, de repente, narra o evangelista Lucas, um som veemente e impetuoso que encheu toda a casa onde estavam assentados.
3 – E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo,...
2 – Que pousaram sobre cada um deles.
1 – E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
Todos – Era Jesus cumprindo a sua promessa para a Igreja!

6 – Era Jesus enviando poder para a Igreja!
5 – Era Jesus revestindo a Igreja!
4 – Dando recursos à Igreja!
3 – Dando dons para a Igreja!
2 – Era Jesus Inaugurando a Igreja!
1 – Era Jesus botando medo no inferno através da Igreja!
Todos - Desde este dia memorável, a Igreja do Senhor marcha resoluta, decidida e triunfante para os céus!

1 – Igreja! Recebeste o mesmo poder...
2 – Agora, tens o mesmo Espírito...
3 – Investido do mesmo batismo...
4 – Em teu seio está a presença do Meigo Nazareno...
5 – Foste vocacionado...
6 – O Espírito Santo se move em Ti...
Todos - Então...

6 – Prega o Evangelho...
5 – Completa a Missão...
4 – Vive para O Reino...
3 – Não desistas de semear...
2 – Não cesses de falar...
1 – Pois...
Todos – O Espírito do Senhor está sobre ti, Igreja! Ele te ungiu para pregares o Evangelho! Então, prega a Palavra, prega a Palavra, prega a Palavra! Amém!

segunda-feira, 8 de abril de 2019

LIÇÃO 02 – OS ARTESÃOS DO TABERNÁCULO – (Êx 31.1-11) 2º TRIMESTRE DE 2019


Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 - Santo Amaro - Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543

LIÇÃO 02 – OS ARTESÃOS DO TABERNÁCULO – (Êx 31.1-11)
2º TRIMESTRE DE 2019

INTRODUÇÃO
Nesta lição veremos o significados dos nomes Bezalel e Aoliabe; analisaremos alguns aspectos da escolha de Deus em relação aos artesões do tabernáculo; e por fim, pontuaremos algumas lições práticas que aprendemos com Bezalel e Aoliabe para nossa vida.

I – O SIGNIFICADO DOS NOMES DOS CONSTRUTORES DO TABERNÁCULO
1.1 Bezalel. O primeiro a ser escolhido por Deus era um descendente da tribo de Judá, ou seja, um judeu: “Eu escolhi Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá” (Êx 31.2). Bezalel significa: “à sombra de Deus” ou “Deus é a minha proteção”. O nome do pai de Bezalel é “Uri” significa: “luz, resplendor”. Já o nome do seu bisavó “Hur” significa: “livre”. Bezalel era da tribo de Judá, que significa “louvor” (CONNER, 2004, p. 18 – grifo nosso).

1.2 - Aoliabe. O outro homem envolvido na edificação do Tabernáculo foi um descendente da tribo de Dã, ou seja, um danita: “E eis que eu tenho posto com ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã [...]” (Êx 31.6; 35.34,35). Aoliabe significa: “tabernáculo ou tenda de meu pai”. O nome do pai de Aoliabe que é “Aisamaque” significa: “aquele que apoia ou auxilia”. Aoliabe era da tribo de , que significa “juiz”. Hirão, que foi o artesão chefe na construção do templo de Salomão também pertencia à tribo de Dã (2Cr 2.13,14) (CONNER, 2004, p. 18 – grifo nosso).

II – OS ARTESÃOS DO TABERNÁCULO E A ESCOLHA DE DE DEUS
A descrição detalhada do Tabernáculo, incluídos os numerosos acessórios e mobiliário exigia um toque hábil. Deus revelou o tabernáculo a Moisés (Êx 25.9), e através dele convocou Bezalel e Aoliabe e outros artífices, imbuídos de devoção e sabedoria e dotados de inteligência e habilidades para elaborar o santuário, cumprindo o que fora ordenado pelo Senhor no monte Sinai (Êx 26.36). Notemos:

2.1 - Deus falou quem seria os construtores. Para fazer com precisão os muitos detalhes exigidos na construção do Tabernáculo e de todas as suas mobílias e acessórios, Moisés precisava de trabalhadores especializados. Deus até poderia
produzir este lugar de adoração mediante um ato milagroso do seu poder, mas, escolheu fazer por meio de homens capacitados para o trabalho: “Depois, falou o Senhor a Moisés [...]” (Êx 31.1).

2.2 - Deus revelou quem seria os construtores. Foi o próprio Deus quem revelou a Moisés os nomes de quem seria os artesões: “[…] Eis que o Senhor tem chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá” (Êx 35.30). Bezalel deveria ser o arquiteto, ou o artesão mestre (Êx 35.34), e pertencia à tribo de Judá uma tribo que Deus se alegrava em honrar. Era neto de Hur, provavelmente o mesmo Hur que tinha ajudado a manter erguidas as mãos de Moisés (Êx 17.12), e que nesta ocasião estava trabalhando com Arão no governo do povo, na ausência de Moisés (Êx 24.14). A tradição dos judeus diz que este Hur era o marido de Miriã irmã de Moisés. E, caso isto seja verdade, era necessário que Deus o indicasse a este serviço, para que, se Moisés o tivesse feito, não fosse julgado parcial para com seus próprios parentes, uma vez que seu irmão Arão também tinha sido colocado no sacerdócio. Deus honrou os parentes de Moisés, mas mostrou que esta honra não vinha de Moisés, mas sim, do próprio Deus (HENRY, 2010, p. 325 – grifo nosso).

2.3 - Deus chamou os construtores. O Tabernáculo era um projeto divino e Deus precisava de pessoas habilidosas para construí-lo. Por isso, Ele chamou pessoas e as usou de maneira graciosa: “Eis que eu tenho chamado [...]” (Êx 31.2-a; ver ainda 36.1). Bezalel e seu assistente, Aoliabe, foram chamados para dar beleza às formas materiais do Tabernáculo. Os homens aqui foram chamados por Deus para fazer trabalhos artísticos específicos com ouro, prata, cobre (bronze), madeira, e pedras (Êx 31.4,5). Eles seguiriam as instruções detalhadas dadas a Moisés: “conforme tudo que te tenho mandado” (Êx 31.11). Estes homens usariam sua perícia e orientariam os outros no desempenho da obra de Deus: “todo aquele que é sábio de coração” (Êx 31.6).

2.4 - Deus capacitou os construtores. Neste texto, não estão em vista a capacitação natural que pode ser treinada e aperfeiçoada, mas o dom da graça recebido pelo Espírito Santo (Êx 36.2). Os dons do Espírito são em grande parte estas capacitações naturais dedicadas a Deus e inspiradas pelo Espírito. Estes dons são achados nas expressões vocais e no intelecto, mas também em trabalhos manuais e na percepção visual. Para esta tarefa, houve o enchimento do “Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência em todo artifício” (Êx 31.3). Podemos então dizer que neste texto:

a) Espírito de Deus fala da capacitação dada exclusivamente pelo Senhor;
b) Sabedoria denota o alcance de mente e força de capacidade; é o poder de julgar a melhor coisa a fazer;
c) Entendimento é a capacidade de compreender as partes diferentes de um trabalho e sua forma completa; e,
d) Ciência indica o conhecimento de materiais pela prática e experiência.

É possível dedicar as habilidades pessoais a Deus para serem usadas diretamente na obra do Senhor.

2.5 - Deus ordenou os construtores. Todos somos alvo do amor de Deus quanto a salvação, pois seu desejo é que todos os homens indistintamente cheguem ao pleno conhecimento da verdade e sejam salvos (1Tm 2.3,4). No entanto, para realização de Sua obra em algumas funções especificas, há uma ordenação particular: “E eis que eu tenho posto com ele a Aoliabe [...] para que façam tudo o que te tenho ordenado” (Êx 31.6).

III – LIÇÕES PRÁTICAS QUE APRENDEMOS COM BEZALEL E AOLIABE
Seja para construir o tabernáculo no Antigo Testamento, a igreja no Novo Testamento o Espírito Santo de Deus nos fala, revela, chama, capacita e nos ordena para realizar a Sua obra. Notemos:

3.1 - A escolha de Deus para a obra é soberana. É Deus que nos escolhe, nos chama, nos capacita e nos envia. Foi o Senhor quem elegeu, chamou, capacitou e enviou Bezalel e Aoliabe para todas as obras relacionadas ao Tabernáculo a fim de que fosse construído exatamente conforme o modelo que fora mostrado. Não está dentro das atribuições unicamente do homem selecionar, chamar, qualificar ou nomear. Tal é a sã doutrina que nos é sugerida pelas palavras do próprio Deus, pois os obreiros para esta construção foram:

a) Divinamente escolhidos:“eu tenho posto” (Êx 31.2-a),
b) Divinamente chamados: “eu tenho chamado” (Êx 31.6-a),
c) Divinamente qualificados: “eu tenho dado” (Êx 31.6-b), e,
d) Divinamente nomeados: “eu tenho ordenado” (Êx 31.6-c). Demais, ninguém podia presumir de se nomear a si próprio para esta obra; nem tampouco ninguém pode nomear-se a si próprio para a obra do ministério, pois tudo é e deve ser, absolutamente, da competência divina: “E subiu ao monte e chamou para si os que ele quis; e vieram a ele” (Mc 3.13).

3.2 - Nossa capacidade na obra vem de Deus. A declaração de que Bezalel e Aoliabe receberam suas aptidões do “Espírito de Deus” prefigura os dons do Espírito que o Senhor concede a todos os crentes consagrados à obra do Senhor (Rm 12.4-8; 1Co 12.1-31; Ef 4.7-13). No caso dos artesões do tabernáculo não foi diferente: “e o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência em todo artifício” (Êx 31.3). Devemos nos lembrar sempre que nossa capacidade vem do Senhor: “não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a
nossa capacidade vem de Deus” (2Co 3.5). Todos nascemos com diferentes aptidões dadas por Deus e, quando nos convertemos, recebemos diferentes dons do Espírito Santo que devem ser usados para o bem da igreja e para a glória do Senhor. Paulo nos diz ainda: “O qual nos fez também capazes de ser ministros [...]” (2Co 3.6-a).

3.3 - Deus capacita de maneira especial para a obra quem Ele chama. Deus chamou Moisés e nomeou Bezalel e Aoliabe para dirigir a obra da construção do Tabernáculo, pois sem líderes a obra não avançaria, e o Senhor também chamou artífices voluntários para auxiliá-los (Êx 31.6; 35.10). Bezalel e Aoliabe foram capacitados para fazer os móveis do tabernáculo: “Assim, trabalharam Bezalel, e Aoliabe, e todo homem hábil a quem o SENHOR dera habilidade e inteligência [...]” (Êx 36.1). Todos os homens são chamados para serem salvos, mas, nem todos os salvos são chamados para serem líderes. Por isso, o apóstolo Paulo disse: “Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13). Uma vez escolhidos e chamados, seremos agora capacitados por Deus. Devemos lembrar das palavras de João Batista: “O homem não pode receber coisa alguma, se lhe não for dada do céu” (Jo 3.27).

3.4 - Deus capacita aqueles que são obedientes e submissos na sua obra. O Senhor chamou Moisés diretamente pelo nome (Êx 3.1-10), mas Bezalel e Aoliabe foram chamados indiretamente, ou seja, através de Moisés. Embora Deus escolhesse por nome a Bezalel e Aoliabe (Êx 31.2-a, 6-a), logicamente coube a Moisés nomeá-los e apresentá-los (Êx 35.30; 36.2). Não há nenhuma passagem mostrando Deus falando diretamente com eles como fez com seu líder. É inspirador ser chamado por nome direta ou indiretamente por Deus, mas também é importante ser nomeado por quem Deus autoriza a escolher obreiros (BEACON, 2010, p. 222 – grifo nosso). Bezalel, Aoliabe e os outros auxiliares tiveram o privilégio de participar destas obras e foram fiéis, submissos e obedientes em seguir as orientações divinas dadas ao seu líder: “Fez Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, tudo quanto o Senhor ordenara a Moisés” (Êx 38.22).

3.5 - Deus capacita aqueles que estão dispostos a glorificar ao Senhor e não a si mesmo. Apesar das grandes importantes contribuições, Bezalel e Aoliabe são praticamente esquecidos depois do tabernáculo concluído. Tem gente que seu nome aparece, mas a sua obra não, e tem gente que o seu nome não aparece, mas a sua obra se eterniza: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória [...]” (Sl 115.1). O apóstolo Pedro também entendeu assim: “A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno” (2Pd 3.18). Paulo também compreendeu desta forma: “Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!”. João na ilha corrobora com esta visão: “Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder, porque tu criaste todas as coisas, e por tua são e foram criadas” (Ap. 4.11).

CONCLUSÃO
Na igreja local, muitos trabalhos requerem habilidades especiais. Por exemplo, quem escreve precisa ser habilidoso no ofício da escrita; quem canta precisa ser habilidoso no ofício do canto; quem toca precisa ser habilidoso no ofício instrumental; quem prega e ensina precisa ser habilidoso no ofício da interpretação de texto e da retórica. Enfim, as necessidades de habilidades especiais para realizar obras especiais são inúmeras. Por isso que o Espírito Santo capacita pessoas para atividades bem específicas na obra do Senhor.

REFERÊNCIAS
HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA. 2001.

STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. (Trad. Gordon Chown). CPAD, 1995.
CONNER, Kevin J. Os segredos do Tabernáculo de Moisés. (Trad. Célia Chazanas). Atos, 2004.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do AT: Gênesis a Deuteronômio. CPAD. 2010.

Traduza Aqui, gostou do Blog divulgue, Leia a Biblia