segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

LIÇÃO 04 – POSSESSÃO DEMONÍACA E A AUTORIDADE DO NOME DE JESUS - (Mc 5.2-13) 1º TRIMESTRE DE 2019


Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
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LIÇÃO 04 – POSSESSÃO DEMONÍACA E A AUTORIDADE DO NOME DE JESUS - (Mc 5.2-13)
1º TRIMESTRE DE 2019

INTRODUÇÃO
Nesta lição definiremos o que é a possessão demoníaca; pontuaremos algumas verdades sobre isto; mostraremos que somente o Nome de Jesus pode proporcionar libertação a qualquer pessoa nesta condição; e, concluiremos destacando algumas considerações sobre o ato de expulsar os demônios.

I – DEFINIÇÃO DE POSSESSÃO DEMONÍACA
A possessão demoníaca “é a condição daquele que é tomado e controlado psicológica e fisicamente por espíritos malignos. É um ato invasivo, arbitrário e violento, que leva o possesso a perder completamente o controle sobre os sentidos, órgãos e movimentos” (ANDRADE, 2006, p. 301). Sob esta condição a pessoa pode adquirir uma “grande força” (Mc 5.3,4); “conhecimento da vida íntima das pessoas” (At 16.16); ou “pratica agressão física” (Mc 5.5; At 19.16); pode “despir-se” (Mc 5.15); “dar gritos altos” (At 8.7); “retorcer-se” (Mc 9.20), “mudar de voz” (Mc 5.9; At 19.15), “ranger os dentes” (Mc 9.18); até mesmo a aparência física da pessoa possessa pode ser afetada, e atitudes irracionais são assumidas de modo assustador (Mc 5.3; 9.20). Para esta condição espiritual, não há tratamento, remédio ou isolamento que resolva, somente o poder do Nome de Jesus (Mc 16.17; Lc 10.17; At 16.18).

II – SOBRE A POSSESSÃO DEMONÍACA
Uma das atuações de Satanás e dos demônios é possuir os corpos das pessoas. Acerca disto, é necessário fazer algumas observações. Vejamos:

2.1 - A possessão é possível. Há aqueles que não acreditam que os demônios possam possuir uma pessoa. Alegam estes que certas manifestações estranhas não passam de problemas mentais ou fingimento. Todavia, Jesus falou sobre a atuação dos espíritos malignos na vida das pessoas (Lc 11.20-22; 24-26); e, durante o seu ministério terreno, mostrou que a possessão é algo real. O Mestre sabia fazer a diferença entre as enfermidades e a possessão. Quando se tratava de enfermidade, Jesus se dirigia ao enfermo: “Então disse àquele homem: Estende a tua mão. E ele a estendeu, e ficou sã como a outra” (Mt 12.13). Quando se reportava as pessoas possessas, o Mestre se dirigia ao espírito mal: “espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e não entres mais nele” (Mc 9.25). Vejamos alguns casos bíblicos no ministério de Jesus:

- Um homem de Cafarnaum (Mc 1.25; Lc 4.35);
- Dois homens gadarenos (Mt 8.28-32; Mc 5.8; Lc 8.33);
- Um homem mudo (Mt 9.32,33);
- Um lunático (Mt 17.14-18; Mc 9.17-27; Lc 9.38-42);
- Um homem cego e mudo (Mt 12.22; Lc 11.14);
- A filha da mulher cananeia (Mt 15.22,28);
- Maria Madalena (Mc 16.9; Lc 8.2);
- Vários outros casos (Mt 4.24; 8.16; Mc 1.32).

2.2 - Há pessoas mais propensas a possessão. Qualquer pessoa que ainda não teve o seu encontro pessoal com Jesus pode ficar possessa por demônios (1 Jo 3.8-a). No entanto, as pessoas que se envolvem com espiritismo, magia, feitiçaria, são mais propensas à possessão demoníaca, pois estão lidando diretamente com os demônios (At 13.6-10; 19.19; Ap 9.20,21).

2.3 - A possessão pode ser desfeita. Todos os casos de pessoas possessas por demônios que se encontraram com Jesus foram por ele libertas, e tiveram as suas vidas transformadas. Pedro disse que: “Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (At 10.38). Vejamos alguns casos pontuais de libertação:

- O gadareno: “[…] e viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram” (Mc 5.15);
- O lunático: “E, repreendeu Jesus o demônio, que saiu dele, e desde aquela hora o menino sarou” (Mt 17.18);
- A filha da mulher cananeia: “Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã” (Mt 15.28);
- Maria Madalena: “E algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios” (Lc 8.2);
- A mulher de Filipos: “Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu” (At 16.18).

III – A AUTORIDADE DO NOME DE JESUS CONTRA OS DEMÔNIOS
Um dos sinais que Jesus prometeu seguir aos que cressem no evangelho foi o de expulsar os demônios (Mc 16.17). Antes mesmo de ser assunto aos céus, os discípulos já haviam experimentado o poder que há no Nome de Jesus sobre os demônios (Lc 10.17). Eles conhecem o Senhor Jesus e reconhecem a Sua autoridade suprema (Mt 8.31,32; Mc 1.24; 3.11). Portanto, a autoridade do nome de Jesus sobre os demônios revela a Sua superioridade acima de todos os nomes (Ef 1.20- 23; Fp 2.9,10). Sobre o ato de expulsar os demônios é necessário destacar que:

3.1 - O nome de Jesus expulsa demônios. Embora esta seja uma verdade que muitos crentes sabem, ainda há aqueles que, por desconhecimento, em vez de invocar o nome de Jesus contra os demônios, clamam pelo sangue, o qual tem outra finalidade que é a de purificar os pecados (Mt 26.28; Ef 1.7; Cl 1.14; 1Jo 1.7; 1Pd 1.2; Hb 9.14; 13.12); outro equívoco é achar que é a entonação da voz que expele o diabo. O Senhor Jesus nos ensinou que o Seu nome é que deve ser usado como arma contra os espíritos malignos (Mc 16.17). Quando enviou os outros setenta para curar os doentes e expulsar os demônios, eles voltaram cheios de júbilo dizendo: “Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam” (Lc 10.17). Paulo, em Filipos, ordenou que uma mulher fosse liberta do poder dos demônios em Nome de Jesus (At 16.18).

3.2 - Jesus mandou expulsar os demônios. Por influência do Neopentecostalismo, muitos cristãos substituíram a prática bíblica de invocar o Nome de Jesus para “expulsar os demônios” pela prática antibíblica de “amarrar os demônios”. Todas as vezes que vemos Jesus libertando as pessoas, por Seu poder, vemos Ele expulsando os demônios: “e ele com a sua palavra expulsou deles os espíritos” (Mt 8.16); “E, expulso o demônio, falou o mudo” (Mt 9.33). Ele mandou que os discípulos expulsassem: “E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem [...]” (Mt 10.1-b). Veja ainda (Mt 10.8; 12.28; Mc 1.34,39; 3.15; 6.13; 16.17; Lc 11.14). É bom acrescentar que no momento da libertação não é necessário dizer o nome do demônio ou entrevistá-lo, basta repreendê-lo no Nome poderoso de Jesus Cristo. O caso do gadareno é uma exceção e não uma regra que deva ser reproduzida (Mc 5.9).

3.3 - O nome de Jesus expulsa qualquer demônio. Embora os demônios estejam divididos em castas e hierarquias (Mt 17.21; Ef 6.12), o poder que Jesus concedeu aos crentes, lhes dá condições de expulsar todo e qualquer demônio: “Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum” (Lc 10.19). A serpente e escorpião são simbolismo comum para as forças satânicas ou demônios e até para o próprio Satanás (Gn 3.1; Is 27.1; 2 Co 11.3; Ap 12.9; 20.2). “O significado principal deste texto é que os cristãos têm poder para pisar triunfantemente sobre os exércitos de Satanás, através do auxílio e da graça de Jesus Cristo” (BEACON, 2008, p. 411). Este poder foi concedido por Jesus a igreja no presente (Mc 16.15). e no futuro “E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés” (Rm 16.20).

IV – ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A EXPULSÃO DE DEMÔNIOS
4.1 - Expulsar demônios não é termômetro que afere espiritualidade. Somente um crente em Jesus tem autoridade espiritual para expulsar os demônios (Mc 16.17; Lc 10.19). No entanto, é necessário dizer que tal proeza não afere a santidade do indivíduo. É possível que um crente seja usado com sinais e ainda assim não esteja vivendo de forma agradável a Deus: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7.22,23). Diversas vezes, Jesus ensinou que o que afere o caráter é o fruto e não os dons ou sinais miraculosos (Mt 7.20; 12.33; Lc 6.44).

4.2 - Não devemos fazer por ostentação e sem o devido preparo espiritual. O apóstolo Paulo, foi um instrumento por meio do qual Deus operou grandes sinais em Éfeso (At 19.11); trazendo, naquele lugar, diversas libertações de pessoas possuídas por demônios (At 19.12). Alguns exorcistas judeus observando Paulo, decidiram também invocar o nome do Senhor Jesus sobre os demônios, quem sabe também querendo se tornar notórios por isso, mas não obtiveram êxito, antes foram envergonhados (At 19.13-16). Destacamos ainda que, os discípulos, certa vez, ficaram decepcionados, porque não puderam expulsar o demônio de um rapaz (Mt 17.15,16). Jesus lhes advertiu quanto a falta de fé e também da oração e do jejum (Mt 17.20,21).

4.3 - Não deve ser o motivo primordial da nossa alegria. Embora Deus conceda poder aos seus servos para operações de sinais e maravilhas (Mc 16.17; Lc 10.19; 1Co 12.8-10); e isto nos traga alegria pelo fato de sermos usados por Deus; nossa maior alegria não deve ser essa, porque os dons e os sinais passarão (1Co 13.8). É a garantia de vida eterna que deve nos proporcionar alegria maior e permanente (Lc 10.17-20). “Ter a cidadania do céu é mais importante do que atemorizar o inferno” (BEACON, 2008, p. 411).

CONCLUSÃO
Não se pode negar que a possessão demoníaca é uma realidade, e que somente a Igreja tem a autoridade de, no Nome de Jesus, orar pelos possessos a fim de que estes sejam libertos.

REFERÊNCIAS
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. CPAD.
HOWARD, R.E, et al. Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

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