quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Lição CPAD - 4º Trimestre de 2015 - Claudionor Corrêa de Andrade

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Sumário:
1- Gênesis, o Livro da Criação Divina
2- A Criação dos Céus e da Terra
3- E Deus os Criou Homem e Mulher
4- A Queda da Raça Humana
5- Caim Era do Maligno
6-O Impiedoso Mundo de Lameque
7- A Família que Sobreviveu ao Dilúvio
8- O Início do Governo Humano
9- Bênção e Maldição na Família de Noé
10- A Origem da Diversidade Cultural da Humanidade
11- Melquisedeque Abençoa Abraão
12- Isaque, o Sorriso de uma Promessa
13- José, a Realidade de um Sonho

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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Lição 01 - GÊNESIS, O LIVRO DA CRIAÇÃO DIVINA (Gn 1.1-10,14,26) - 4º Trimestre de 2015

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524
 
LIÇÃO 01 – GÊNESIS, O LIVRO DA CRIAÇÃO DIVINA - 4º TRIMESTRE DE 2015
(Gn 1.1-10,14,26)

INTRODUÇÃO
A lição do último trimestre de 2015 tem como título: O Começo de Todas as Coisas – Estudos sobre o livro de Gênesis, onde teremos a oportunidade de estudar treze lições baseadas no Gênesis – o primeiro livro da Bíblia. Nesta primeira lição, destacaremos informações importantes acerca deste livro, tais como: nome, autoria, data, estrutura, propósito, dentre outras coisas; veremos ainda qual a sua importância do ponto de vista: teológico, literário e histórico; e, por fim, pontuaremos a perfeita harmonia dos seus assuntos com o último livro da Bíblia – o Apocalipse.

I – INFORMAÇÕES SOBRE O LIVRO DO GÊNESIS
1.1 - Nome. “No AT, a primeira palavra do texto, “bereshit”, “no princípio”, serve de título para o livro de Gênesis. Tomar a primeira frase ou palavra de uma obra literária para denominá-la era prática comum no antigo Oriente Próximo. A tradução grega chamada Septuaginta (Tradução do Antigo Testamento para o grego) igualou este termo de abertura com a palavra “gênesis”, que significa “origem ou fonte”. A palavra grega permaneceu em nossas versões bíblicas, porque descreve notavelmente bem o conteúdo do livro. É o livro dos começos: o começo do universo, do homem, do pecado, da salvação, da nação hebraica, da aliança com os homens” (BEACON, 2006, vol. 01, p. 25 – acréscimo nosso).

1.2 - Autoria. “O AT afirma que o Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia) é de autoria de Moisés, o grande libertador no Êxodo que comunicou aos israelitas a revelação de Deus concernente a si mesmo e aos propósitos para o povo recentemente resgatado (Êx 17.14; 24.4; Nm 33.1,2; Dt 31.9; Js 1.8; 2 Rs 21.8). Embora não haja dúvida de que houvera uma tradição oral (e talvez escrita) contínua acerca das suas origens, história e propósito, foi Moisés que reuniu estas tradições e as integrou ao corpo conhecido por Torá, desta forma surgindo uma síntese abrangente e oficial” (ZUCK, p. 20 – acréscimo nosso). Sobre a autoria mosaica podemos acrescentar ainda que os escritores do NT estão de pleno acordo com os do AT. Falam dos cinco livros em geral como “a lei de Moisés” (At 13.39; 15.5; Hb 10.28). Para eles, “ler Moisés” equivale a ler o Pentateuco (II Co 3.15). Finalmente, as palavras do próprio Jesus dão testemunho de que Moisés é o autor (Jo 5.46; Mt 8.4; 19.8; Mc 7.10; Lc 16.31; 24.27,44).
 
1.3 - Data e Estrutura. O livro do Gênesis foi escrito provavelmente por volta de 1445-1405 a.C. Ele se divide em duas partes: a primeira, do capítulo 1 ao 11, conta como Deus criou tudo o que existe, incluindo a raça humana. Encontram-se aqui as histórias de Adão e Eva, Caim e Abel, Noé e o dilúvio e a torre de Babel. A segunda parte, do capítulo 12 ao 50, conta a história dos patriarcas hebreus: Abraão, Isaque, Jacó e seus doze filhos que foram o começo das doze tribos de Israel. E o livro termina com a história de José, um dos filhos de Jacó, que fez com que os seus irmãos e o seu pai fossem morar no Egito.
 
1.4 - Assunto. “O assunto geral é “o princípio de todas as coisas”. Porém à luz do tema da Bíblia toda, seu tema é: “Deus começa a redenção escolhendo um povo”. O livro do Gênesis abrange uma época muito longa; desde as primeiras origens das coisas até ao estabelecimento de Israel no Egito. O esquema do livro é o seguinte: (a) a criação (1-2); (b) a queda e suas consequências (3-4); (c) o dilúvio (5-9); (d) a dispersão das nações (10-11); e, (e) história patriarcal (12-50)” (HOFF, 1995, p. 13).
 
1.5 - Propósitos. “O livro do Gênesis é a introdução à Bíblia toda. É o livro dos princípios, pois narra os começos da criação, do homem, do pecado, da redenção e da raça eleita. Tem sido chamado de “viveiro ou sementeiro da Bíblia” porque nele estão as sementes de todas as grandes doutrinas. Conquanto o Gênesis esteja estreitamente ligado aos demais livros do Antigo Testamento, relaciona-se mais ainda, em certo sentido, com o Novo Testamento. Alguns temas do Gênesis mal voltam a aparecer até que sejam tratados e interpretados no Novo Testamento. Incluem-se aí a queda do homem, a instituição do casamento, o juízo do dilúvio, a justiça que Deus imputa ao crente, o contraste entre o filho da promessa e o filho da carne, e o povo de Deus como estrangeiros e peregrinos” (HOFF, 1995, p. 13).
 
1.6 - Cristologia em Gênesis. Esse livro dos princípios também anuncia a vinda de Cristo. Mesmo veladas a mente secular, essas referências sutis alertam os crentes para aquele que cumprirá a promessa final. Essas referências cristológicas aparecem na forma de profecias ou de tipos velados, tais como:
(a) A semente da mulher (Gn 3.15). Um Filho de Eva (ou Maria) viria fatalmente ferir e ser temporariamente ferido pela “serpente” ou Satanás (Gl 4.4);
(b) A semente de Abraão (Gn 12.3). Um descendente de Abraão viria abençoar todas as nações com a oferta da justificação pela fé (At 3.25; Gl 3.7-9);
(c) O descendente de Judá (Gn 49.9,10). Um “Leão” da tribo de Judá seria levantado como o Soberano do mundo (Gn 49.9-10; Ap 5.5).
 
II – A IMPORTÂNCIA DO LIVRO DO GÊNESIS
2.1 - Do ponto de vista Teológico. “O livro de Gênesis contém grande teologia e deve ser considerado o “começo de toda teologia”. Os principais conceitos de Deus como um ser supremo, onipotente e extremamente sábio são introduzidos neste livro. Gênesis oferece também um tratamento teológico às questões da origem do mundo, do homem, do pecado, e aos problemas da queda do homem do estado de graça, do plano de redenção, do julgamento e da providência divina. O livro narra como um remanescente da raça humana foi providencialmente poupado e preparado de maneira tal para permitir o crescimento do plano de redenção, sob a direção do Pai, para toda a humanidade” (CHAMPLIN, 2004, p. 05 – acréscimo nosso). Abaixo destacaremos algumas doutrinas que podemos encontrar neste livro:
 
 
2.2 - Do ponto de vista Literário. “O livro de Gênesis é considerado uma das grandes obras literárias de todas as épocas. Seu autor descreve de maneira vigorosa as atividades de Deus como guia da criação e da história. As histórias individuais, verdadeiras obras-primas de narrativas interessantes e intensas, são entrelaçados inteligentemente, não prejudicando assim a unidade do tema. O livro segue um plano lógico e em geral evita detalhes desnecessários. Seus personagens são apresentadas não como figuras mitológicas, mas como seres humanos reais, passíveis de faltas e de virtudes. Quem escreveu Gênesis observou a vida de duas perspectivas: exterior e interior. Do lado exterior considerou as coisas materiais; do lado interior considerou os desejos, as ambições, as alegrias, as tristezas, o amor e o ódio” (CHAMPLIN, 2004, p. 05).
 
2.3 - Do ponto de vista Histórico. A história jamais poderá ter sentido no seu meio e fim senão tiver um começo, uma gênese. Partindo dessa premissa podemos calcular a importância do livro do Gênesis para compreensão de toda a Bíblia. Negar a literalidade e a historicidade do que está escrito neste livro, desencadeará na completa demolição de todo o restante das Escrituras. Disse certo teólogo: “A maneira mais rápida de demolir um edifício é atingir sua fundação. Se esta pode ser destruída a estrutura cairá. Não é surpreendente que alguns dos ataques mais acirrados que a Bíblia já, sofreu tenham sido contra os seus primeiros capítulos. Se alguém pode ser persuadido a tirar páginas da Bíblia, pode-se dizer que, não demorará muito, o mesmo sucederá em relação as últimas” (HALLEY, 1998, p. 560). As referências no NT aos personagens e eventos do Gênesis autenticam a sua veracidade. Por exemplo: Adão foi um pessoa real (Gn 1.26; Mc 10.6; At 17.26; Rm 5.12); como também: Enoque (Jd 1.14); e, Noé (Mt 24.37; Hb 11.7; I Pe 3.20). O dilúvio e a destruição de Sodoma e Gomorra também são fatos confirmados (Mt 24.38,38; II Pe 2.5; 3.6; Lc 17.28; II Pe 2.8).
 
III – A PERFEITA HARMONIA ENTRE O LIVRO DE GÊNESIS E O DE APOCALIPSE
No livro do Gênesis (o primeiro livro da Bíblia) encontramos o início de muitos assuntos e no livro do Apocalipse (o último livro da Bíblia), em particular, narra o cumprimento destes. Abaixo destacaremos alguns destes assuntos:
 
CONCLUSÃO
O Senhor Deus, em sua excelente e inescrutável sabedoria, nos forneceu através de Moisés, o registro do início de todas as coisas a fim de nos revelar que Ele é o Criador e que tudo o que foi feito, se constitui numa amostra da Sua grande bondade e incompreensível amor.

REFERÊNCIAS
CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento Interpretado – Gênesis a Números. HAGNOS.
HALLEY, Henry H. Manual Bíblico. VIDA NOVA.
HOFF, Paul. O Pentateuco. VIDA.
ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. CPAD.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

LIÇÃO 13 - A MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA DA SALVAÇÃO (Tt 2.11-14; 3.4-6) - 3º TRIMESTRE DE 2015

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524

LIÇÃO 13 – A MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA DA SALVAÇÃO (Tt 2.11-14; 3.4-6)
 - 3º TRIMESTRE DE 2015
 
INTRODUÇÃO
Escrevendo para o cooperador Tito em Tt 2.11-14, o apóstolo Paulo fala sobre a graça de Deus manifesta através de Cristo para salvar o homem pecador. Nesta lição traremos a definição desta palavra tanto no AT quanto no NT; destacaremos qual a perspectiva paulina sobre este favor de Deus; trataremos da questão bíblico teológica da graça de Deus e da responsabilidade humana; e, por fim, pontuaremos quais os principais benefícios da graça.
 
I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA GRAÇA
“O conceito de graça é multiforme e sujeito a desdobramentos nas Escrituras. No AT, 'hen', significa: 'favor' É o favor imerecido de um superior a um subalterno. No caso de Deus e do homem, 'hen' é demonstrado por meio de bençãos temporais, embora também o seja por meio de bênçãos espirituais e livramentos, tanto no sentido físico quanto no espiritual (Jr 31,2; Êx 33.19). No NT, é charis, que indica 'graciosidade', 'atrativo', 'favor'. Foi com a vinda de Cristo que a graça assumiu seu significado pleno. O seu auto sacrifício é a graça propriamente dita (2 Co 8,9). Esta graça é absolutamente gratuita (Rm 6.14; 5.15-18; Ef 1.7; 2.8,9). Quando recebida pelo crente, ela governa sua vida espiritual compondo favor sobre favor. Ela capacita, fortalece e controla todas as fases da vida (2 Co 8.6,7; Cl 4.6; 2 Ts 2.16; 2 Tm 2,1)” (WYCLIFFE, 2007, p. 876 – acréscimo nosso).

II – A PERSPECTIVA PAULINA SOBRE A GRAÇA
“O apóstolo Paulo foi o principal instrumento humano para transmitir o pleno significado da graça em Cristo. Por isso foi intitulado por alguns estudiosos da Bíblia como 'o apóstolo da graça'. A graça em sua mais completa definição é o favor imerecido de Deus ao nos dar seu Filho, que oferece a salvação a todos, e dá aqueles que o recebem como Salvador pessoal, uma graça acrescentada para esta vida e uma esperança para o futuro” (WYCLIFFE, 2007, p. 876 – acréscimo nosso). À luz de Tito 2.11-13 destacaremos algumas verdades bíblicas sobre a graça:

2.1 - A fonte da graça (Tt 2.11-a). No referido texto, Paulo nos diz que a graça procede de Deus: “Porque a graça de Deus[...]” (Tt 2.11-a). “No original grego é usado o genitivo possessivo, porque o favor lhe pertence; mas também 'vem' dEle, como sua fonte originária. Tal como por toda a parte da Bíblia, aprendemos que Deus é o grande benfeitor dos homens (I Co 15.10; I Pe 5.10)” (CHAMPLIN, 2006, p. 432 – acréscimo nosso).

2.2 - O canal da graça (Tt 2.11-b). Segundo a Bíblia Deus manifestou a sua graça em toda a sua plenitude na Pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo (II Co 8.9; 13.13; Gl 1.6; 6.18; Ef 2.7; Fp 4.23; Ap 22.21). O mediador da dispensação da Lei foi Moisés, mas o mediador da dispensação da graça foi Cristo Jesus (Jo 1.17). “A expressão 'manifestar' no original se relaciona ao substantivo 'epifania', ou seja, 'aparecimento' ou 'manifestação' (por exemplo, do sol ao amanhecer). A graça de Deus surgiu repentinamente sobre os que estavam nas trevas e na sombra da morte (Ml 4.2; Lc 1.79; At 27.20; Tt 3.4). Ela despontou quando Jesus nasceu, quando de seus lábios emanaram palavras de vida e beleza, quando curava os enfermos, limpava os leprosos, expulsava os demônios, ressuscitava os mortos, sofreu pelos pecados dos homens e quando deu sua vida pelas ovelhas para a reassumir na manhã da ressurreição” (HENDRIKSEN, 2001, p. 453).

2.3 - O propósito da graça (Tt 2.11-c). Paulo nos diz que a graça de Deus se manifestou através de Cristo com um propósito sublime “[...]trazendo salvação[...]”. “É usado aqui o adjetivo 'soterios', que indica uma graça que proporciona a salvação, e não meramente algum favor divino secundário, conforme há tantas manifestações dessa ordem (Sl 104.10-30; 145.16; Mt 5.45; At 14.16-17; Rm 9.22). A salvação mencionada nesse texto, consiste na transformação moral e espiritual segundo a imagem de Cristo para que sejamos aquilo que Ele é e para que compartilhemos de sua natureza essencial, chegando a ser possuidores daquilo que ele possui (Rm 8.17,29), para que recebamos 'toda a plenitude de Deus' (Ef 3.19), em suas perfeições, atributos comunicáveis e natureza, e para que participemos da própria natureza divina (II Pe 1.4)” (CHAMPLIN, 2006, p. 432).

2.4 - O alcance da graça (Tt 2.11-d). Desde o início, a proposta divina sempre foi estender a bênção da salvação a todos os homens indiscriminadamente (Gn 12.3; Gl 3.8). O sentimento ultranacionalista dos judeus fechou seus olhos a esta realidade de que, Deus os levantou a fim de serem uma nação evangelizadora para todos os povos (Is 42.6; 49.6; Rm 2.17-20). Todavia, a vinda do Messias mostrou claramente que Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34; Rm 2.11; Ef 6.9; I Pe 1.17). Sua graça alcança os judeus e os gentios (Rm 3.29; 9.24,30; Gl 3.14; Ef 3.6).

2.5 - O poder da graça (Tt 2.12). A graça tem poder transformador na vida daquele que a recebe por fé. O apóstolo Paulo diz que ela ensina a renunciar o antigo estilo de vida “[...]à impiedade e às concupiscências mundanas[...]” e a adotar um novo padrão de vida segundo a Palavra de Deus “[...]vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente[...]”. “A expressão “ensinar “no grego é o verbo “paideuo”, “treinar crianças”, embora também tivesse o sentido geral de “criar”, de “educar”, de “disciplinar” (CHAMPLIN, 2006, p. 432). “O verbo usado no original é do mesmo teor que o substantivo pedagogo que é alguém que conduz as crianças passo a passo. A graça educa ensinando (At 7.22; 22.3), disciplinando (I Tm 1.20; II Tm 2.25), aconselhando, confortando, incentivando, admoestando, guiando, convencendo” (HENDRIKSEN, 2001, pp. 454,455 – acréscimo nosso). As três virtudes que Paulo cita em Tt 2.12-b definem, sucessivamente, o relacionamento do cristão consigo mesmo, com o próximo, e com Deus, como veremos a seguir:
 

2.6 - A esperança da graça (Tt 2.13). O Aurélio define esperança como “o ato ou efeito de esperar o que se deseja”, “expectativa”, “fé em conseguir o que se deseja”. Esperança é a certeza de receber as promessas feitas por Deus através de Cristo Jesus (Rm 15.13; Hb 11.1) e uma sólida confiança em Deus (Sl 33.21,22). O termo deriva-se do grego “elpis” e significa “expectativa favorável e confiante” (Rm 8.24,25). Após alcançado pela graça, salvo e transformado, o pecador redimido passa a ter a expectativa da segunda vinda de Cristo para buscar a sua igreja (Fp 3.20; Cl 1.5; II Ts 2.16).

III – A GRAÇA DE DEUS E A PARTICIPAÇÃO HUMANA
 

IV – OS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA GRAÇA SEGUNDO A TEOLOGIA PAULINA

4.1 - Adoção. No NT, o vocábulo descreve o ato pelo qual Deus recebe, como filho, alguém que, legal e espiritualmente, não goza do direito de tê-lo como Pai. A partir deste momento, passa esse alguém a desfrutar de todos os privilégios que Deus preparou àqueles que aceitam a Cristo como único e suficiente Salvador (Rm 8.15,23; 9.4; Gl 4.5; Ef 1.5).

4.2 - Justificação. Processo judicial que se dá junto ao Tribunal de Deus, através do qual o pecador que aceita a Cristo é declarado justo (At 13.39; Rm 3.24; 5.1; I Co 6.11; Gl 3.24).

4.3 - Regeneração. Milagre que se dá na vida de quem aceita a Cristo, tornando-o participante da vida e da natureza divina. Através da qual o homem passa a desfrutar de uma nova realidade espiritual (II Co 5.17; Tt 3.5; I Pe 1.23).

4.4 - Santificação. É a forma pela qual o nascido de novo é aperfeiçoado à semelhança do Pai Celeste, por meio do sangue de Cristo, da Palavra e do Espírito Santo (Jo 15.3; 17.17; I Co 6.11; I Jo 1.7; Rm 8.1).

4.5 - Glorificação. No plano da salvação, a glorificação é a etapa final a ser atingida por aquele que recebe a Cristo como Salvador e Senhor de sua alma. A glória de Cristo será partilhada plenamente com seus santos no arrebatamento da igreja. (Fp 3.20,21; I Co 15.51-54).

CONCLUSÃO
Deus fez brilhar sobre os homens o seu favor através de seu bendito Filho, Jesus Cristo. Compete ao homem pela fé aceitar esta graça, reconhecendo que somente por ela, ele, poderá ser redimido da condenação do pecado.

REFERÊNCIAS
ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento. CULTURA CRISTÃ.
PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wyclliffe. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

LIÇÃO 12 – EXORTAÇÕES GERAIS (Tt 2.1-8) - 3º TRIMESTRE DE 2015

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
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LIÇÃO 12 – EXORTAÇÕES GERAIS (Tt 2.1-8)
3º TRIMESTRE DE 2015
 
INTRODUÇÃO
Na lição desta semana, estudaremos as “Exortações Gerais” do apóstolo Paulo a Tito. Quando Paulo escreveu o capítulo de número cinco da primeira carta a Timóteo, ele dissertou acerca do tratamento sentimental e harmonioso que deveria existir entre a família de Deus, isto é, o relacionamento interpessoal entre as diversas faixas etárias da igreja local. Já no capítulo de número dois da carta de Tito, o apóstolo da ênfase nas recomendações, a estas mesmas faixa etárias, nesta feita, sobre a conduta ética esperada por elas. Na visão paulina, exortar estes grupos da igreja local, a se portarem em conformidade com o Evangelho de Jesus Cristo, era um dos indicadores que deveriam ser observados para o êxito da organização da igreja.
 
I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA EXORTAÇÃO
Segundo o dicionário Aurélio, “exortação” é o ato de exortar, animar, estimular, incitar, encorajar” (FERREIRA, 2004, p. 855 – acréscimo nosso). Teologicamente, conforme Andrade, “exortação”, do latim, “exhortationem”, não significa necessariamente repreensão ou reprimida. Antes de mais nada, é o fortalecimento espiritual dos santos através da ministração da Palavra de Deus (2006, p. 180).

1.1 - A exortação é um dom de Deus (Rm 12.8). “Esta dádiva é a capacidade sobrenatural concedida pelo Espírito Santo, que capacita o líder cristão a chamar efetivamente outros a obedecer à verdade de Deus e a segui-la. Pode ser empregado de maneira negativa para admoestar e corrigir quando relativo ao pecado (2Tm 4.2), ou de maneira positiva para encorajar, consolar e fortalecer os cristãos que estão enfrentando lutas (At 14.22; 15.30-32; 2Co 1.3-5; Hb 10.24,25)” (MACARTHUR, 2010, p. 1514 – acréscimo nosso). Somos instruídos pela Palavra a exercer este dom, uns aos outros (1Ts 5.11; Hb 3.13). O apóstolo Paulo chega a dizer, por inspiração divina, que o dom de profecia tem como um dos objetivos, a exortação (1Co 14.3). Vejamos na tabela abaixo, alguns homens de Deus que exerceram este dom:
 
 
II – A PERSPECTIVA PAULINA QUANTO A CONDUTA CRISTÃ DOS CRETENSES
Paulo admoestou o seu representante em Creta, de que os membros desta igreja, deveriam ter uma conduta cristã, respaldada no Evangelho de Jesus Cristo. Ao requerer de cada um dos grupos que observe um alto padrão de conduta, o apóstolo está preocupado tanto com a boa reputação da igreja quanto com o avanço do evangelho num ambiente de moralidade duvidosa. “A família cristã era algo novo no mundo pagão. E era inevitável que certos maus costumes, maus hábitos e maus princípios viessem a desenvolver-se, na vida do grupo comunitário” (NOYES apud CHAMPLIN, 2002, p. 426 – acréscimo nosso). Em Tito 2.1-8 “o apóstolo comentou sobre vida prática que era essencial para o crescimento da igreja local. Ele não tentava mudar o sistema; em lugar de fazer isto, ele procurava transformar o comportamento das pessoas dentro dos sistemas. Por meio de Tito, Paulo estava plantando sementes de transformação significativa em cada aspecto da vida em Creta. Mas tudo dependia da verdade da mensagem do Evangelho (RIBAS, 2010, p. 556).

2.1 - “Quanto aos homens idosos...” (Tt 2.2 – ARA). Homens com mais de 60 anos de idade” (MACARTHUR, 2010, p. 1684 – acréscimo nosso); que “por serem membros maduros da comunidade e exemplos para os homens mais jovens, Paulo recomenda que estes devem ter os seguintes requisitos: (1) Sobriedade: No grego temos 'nephalios', isto é, 'moderado' em tudo... Sua forma verbal é 'nepho', 'ser sóbrio', 'ser auto controlado', 'ser bem equilibrado' (1Tm 3.2,11); (2) Gravidade: No grego é 'sermnos', isto é, 'respeitoso', 'nobre', 'digno'; (3) Prudência: No grego é 'sophron', que quer dizer 'prudente', 'refletido', auto controlado. Em sua forma nominal temos a famosa virtude grega da 'moderação', que deveria controlar todas as ações, impedindo os vícios de excesso e de deficiência” (CHAMPLIN, 2002, p. 426 – acréscimo nosso).

2.1.1 - A tríplice saúde dos homens idosos. No grego a expressão “saúde” é 'ugiaino' que significa 'saudável'; os homens mais experientes devem demonstrar saúde em três campos: (a) Na fé - 'fé objetiva'; aquilo em que se crê, 'credo', a saber, a 'teologia paulina ortodoxa', mais exatamente. Os homens mais idosos devem ser ortodoxos naquilo em que creem, porque isso e saudável, em contraste com a doutrina doentia dos hereges gnósticos; 'fé subjetiva', isto é, o próprio ato de crer, de confiar, de entregar a alma aos cuidados de Cristo (Hb 11.1); 'fé como uma virtude', o que é apenas a fé subjetiva na ação diária (Rm 1.17; Gl 5.22); (b) No amor - o amor é a mais elevada de todas as virtudes e qualidades espirituais do cristianismo, sendo fruto do Espirito (Gl 5.22); (c) Na paciência – Paciência aqui tem ideia de 'resistência', de 'constância', especialmente para indicar essa atitude de alguém que sofre a pressão das perseguições (Rm 5.3,4; 8.25; 15.4,5; 2Co 6.4; 12.12; Cl 1.11; 1Ts 1.3; 2Ts 1.4) (CHAMPLIN, 2002, p. 426).

2.2 - “Quanto as mulheres idosas...” (Tt 2.3 – ARA). Paulo admoesta que estas mulheres devem ter o seu estilo de vida apropriado, digno, merecedor de honra, próprio das mulheres cristãs. Elas precisam ser: (1) Sérias no seu viver: No grego é 'katastema', que aponta para 'conduta', 'comportamento', 'maneiras'. Portanto, as mulheres mais idosas deveriam ser 'reverentes em sua conduta', não se deixando levar ao redor pelo mundanismo; (2) Não caluniadoras: O original grego usa o vocábulo 'diabolos', um dos títulos dados ao próprio Satanás (1Tm 3.6); temos aqui o típico 'pecado feminino', em que tantas mulheres (mas também tantos homens) se deleitam em provocar a queda de outrem, para se sentirem superiores; (3) Não dadas ao vinho: O alcoolismo era um problema sério na sociedade pagã, e a igreja cristã não estava isenta deste problema, por isso a recomendação; (4) Mestras do bem: Em outras palavras, as mulheres idosas devem ser mestras de 'coisas boas', da 'sã doutrina', da 'correta conduta cristã', em tudo quanto nisso está implícito. E isso tanto na igreja (1Tm 2.11), como no lar, e também nos lares das mulheres mais jovens e de seus filhos (CHAMPLIN, 2002, p. 427).

2.3 - “… as mulheres novas...” (Tt 2.4). O apóstolo descreve o comportamento específico para este grupo de irmãs, além das mesmas demonstrarem prudência como os citados acima, de serem moderadas, submissas e leais aos seus maridos elas devem ser: (1) Amante da família: “... ensinem as mulheres novas... a amarem seus maridos, a amarem seus filhos” (Tt 2.4). “O desejo e o propósito de Deus para a esposa e mãe, é que a sua atenção se focalizem na família. O lar, o marido e os filhos precisam ser o centro dos interesses da mãe cristã; essa é a maneira que Deus lhe determinou para honrar a sua Palavra (Dt 6.7; Pv 31.27; 1Tm 5.14). As tarefas específicas que Deus deu à mulher, no que diz respeito à família, incluem:
 
(a) Cuidar do filhos que Deus lhe confiou (1Tm 5.14);
(b) ser auxiliar e fiel companheira do seu marido (Gn 2.18);
(c) ajudar o pai a formar nos filhos um caráter santo, e adestrá-los nas coisas práticas da vida (Dt 6.7; Pv 1.8,9; Cl 3.20);
(d) ser hospitaleira (Is 58.5-8; Lc 14.12-14; 1Tm 5.10);
(e) usar sua capacidade prática para atender às necessidades do lar (Pv 31.13,15,16,18,19,22,24); e
(f) cuidar dos pais idosos no seu lar (1Tm 5.8; Tg 1.27) (STAMPS, 1995, p. 1889).

2.4 - “Quanto aos moços...” (Tt 2.6 – ARA). O apóstolo passa recomendações aos rapazes acima de 12 anos de idade (MACARTHUR, 2010, p. 1680); que estes “... em todas as coisas, sejam criteriosos” (Tt 2.6 – ARA) a expressão “...em todas as coisas...”, alude 'no tocante a tudo'. “Em tudo eles deveriam ser “criteriosos”; no original o termo 'sophroneo', significa 'ser sério', 'ser sensato', 'ser auto controlado'. Crisóstomo aplica esse mandamento a necessidade de vencermos as tendências para os prazeres estranhos. Diz ele: “Nesse período de idade, nada é tão difícil como dominar os prazeres Indevidos”. Os jovens crentes devem controlar-se, devem refrear-se, para que possam dar um testemunho forte e coerente em favor de Cristo, não permitindo que qualquer excesso próprio da juventude leve-os a perder o controle sobre as próprias ações” (apud, CHAMPLIN, 2002, p. 428 – acréscimo nosso).

2.5 - “Exorta os servos...” (Tt 2.9). O comportamento esperado dos escravos que eram cristãos nos dias do apóstolo, são os mesmos esperados, nos dias de hoje, pelos funcionários com relação aos seus empregadores. Estes devem tratar os seus patrões com respeito e em tudo agradarem. Dizer que estes não deveriam contradizer significa que eles não deveriam ser teimosos, incontroláveis, ou resistentes à autoridade. Que não deveriam defraudar refere-se a qualquer tipo de roubo, mesmo aquele que possa ser classificado como um “pequeno roubo”. Eles poderiam ser tentados a se apropriar de “pequenos” itens necessários, mas como cristãos devem resistir a esta tentação, para mostrar toda a boa lealdade (RIBAS, 2010, p. 559 acréscimo nosso).

CONCLUSÃO
Como vimos nesta preciosa lição, as exortações que Paulo faz a Tito, para que este repasse à igreja local, é de valor imensurável. Cada um de nós somos responsáveis em demonstrar, por meio do nosso procedimento, a eficácia do Evangelho de Cristo. Aproveitemos esta lição para fazermos uma análise introspectiva e, avançarmos no nosso crescimento espiritual.

REFERÊNCIAS
ANDRADE, Corrêa de Andrade. Dicionário Teológico. CPAD.
CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado – Filipenses a Hebreus. HAGNOS.
MACARTHUR, John. Lucas: Jesus – o Salvador do Mundo. CULTURA CRISTÃ.
RIBAS, Degmar. Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

sábado, 12 de setembro de 2015

LIÇÃO 11 – A ORGANIZAÇÃO DE UMA IGREJA LOCAL (Tt 1.4-14) - 3º TRIMESTRE DE 2015

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524
 
LIÇÃO 11 – A ORGANIZAÇÃO DE UMA IGREJA LOCAL (Tt 1.4-14)
3º TRIMESTRE DE 2015
 
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos sobre a autoria, data de escrita, contexto histórico e destinatário da carta que o apóstolo Paulo enviou a seu cooperador Tito que estava dando assistência a igreja que estava na cidade de Creta. Veremos também, as qualidades deste servo do Senhor e quais os principais temas ou assuntos contidos nesta súmula.
 
I – INFORMAÇÕES SOBRE A EPÍSTOLA DE PAULO A TITO
Evidentemente, as falhas de caráter dos cretenses, em geral, tinham sido levadas às igrejas (Tt 1.10-16), de modo que Tito tinha que lutar com um grupo de crentes rebeldes e egocêntricos. Mas Paulo sabia que Cristo podia transformá-los em pessoas que “se aplicam às boas obras” (Tt 3.8). Abaixo elencaremos algumas informações sobre a epístola de Paulo a este jovem obreiro:
 
1.1 - Autoria. Como em 1 e 2 Timóteo, a primeira linha desta carta a Tito estabelece claramente sem nenhuma dúvida Paulo como sendo o seu autor. Paulo endereçou esta carta “a Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé (...)” (Tt 1.4-a). Parece que, depois da libertação de Paulo da prisão romana, aproximadamente em 62 d.C., ele viajou com Tito a Creta, onde eles ministraram juntos. Quando Paulo prosseguiu com suas viagens, deixou Tito ali como seu representante, para ajudar a organizar e fortalecer as igrejas dali (Tt 1.5). A localização de Paulo quando escreveu esta carta não é conhecida, mas ele pode ter escrito de Corinto ou Nicópolis onde ele teria decidido passar o inverno (Tt 3.12). Quando Paulo ouviu que Zenas e Apolo estavam viajando para Creta (Tt 3.13), decidiu enviar com eles esta carta (RIBAS, 2010, p. 549 – grifo nosso).
 
1.2 - Data. Paulo escreveu esta carta aproximadamente na mesma época que a sua primeira carta a Timóteo. Aproximadamente 64 ou 65 d.C., logo depois de 1 Timóteo. Investigadores do livro de Atos se perguntaram quando teria ocorrido esta visita, uma vez que o livro de Atos não registra uma visita de Paulo a Creta. É muito provável que Paulo e Tito tivessem ido a Creta depois da libertação de Paulo do seu primeiro aprisionamento em Roma (At 28.16). Paulo viajou e ministrou por dois ou três anos antes de ser novamente aprisionado em Roma (RIBAS, 2010, p. 547).
 
1.3 - Contexto histórico. Creta fica a sudeste da Grécia, no mar Mediterrâneo, ao sul do mar Egeu. Com 256 quilômetros de extensão e 56 quilômetros de largura, Creta é uma das maiores ilhas do Mediterrâneo. A montanha mais alta é o monte Ida, tradicionalmente considerado o lugar de nascimento do deus grego Zeus (…). Os cretenses tinham uma reputação dúbia, no mundo mediterrâneo. Epimênides (poeta e filósofo que tinha vivido em Creta seiscentos anos antes de Paulo) chamava os cretenses de “mentirosos, bestas ruins e ventres preguiçosos” (referindo-se à brutalidade sem limites e à vida sem controle), citado por Paulo estas características em Tito 1.12. Leônidas, outro filósofo que viveu 488 a.C. dizia que eles eram “sempre bandidos e piratas, e injustos” (…). A reputação dos cretenses era tão ruim, que a forma verbal do seu nome “kretizo” era usada pelos gregos como significando mentir. Os primeiros convertidos foram provavelmente judeus cretenses que tinham estado em Jerusalém por ocasião do Pentecostes (At 2.11), mais de trinta anos antes de Paulo escrever esta carta. Ao voltar para casa, eles levaram consigo a fé cristã (…) (RIBAS, 2010, p. 547 – grifo nosso).
 
1.4 - Destinatário - Tito. Tito deve ter sido um homem notável, porque Paulo confiava nele e lhe conferiu grande responsabilidade. Tito, um grego convertido (Gl 2.3) pela pregação do apóstolo dos gentios (Tt 1.4), tornou-se íntimo companheiro de Paulo no ministério apostólico (2Co 8.23). Parece surpreendente que um parceiro tão leal e confiável, e líder da igreja, não apareça no livro de Atos, e por isto alguns estudiosos supõem que Tito pode ter sido irmão de Lucas, e que Lucas omitiu o seu nome da narrativa. A fé de Tito deve ter sido forte, pois Paulo o apresentou aos líderes da igreja em Jerusalém como um exemplo excelente de um convertido gentio digno de ser aceito pela igreja (Gl 2.1-5; 2Tm. 4.10) (RIBAS, 2010, p. 548).
 
II – QUALIDADES DE TITO NA OBRA DO SENHOR
Também Tito goza de alta consideração por parte de Paulo (2Co 8.16-23). Ele já era colaborador do apóstolo antes de Timóteo, acompanhando-o com Barnabé ao concílio dos apóstolos (Gl 2.1). Se por um lado Paulo realiza a circuncisão de Timóteo para evitar escândalo desnecessário (At 16.3), por outro lado o apóstolo se nega terminantemente a permitir a circuncisão de Tito (Gl 2.3). Isso pode ser devido a diversas circunstâncias: no caso de Timóteo era uma questão da prática missionária (1Co 9.20), no caso de Tito estava em jogo uma controvérsia doutrinária fundamental sobre aquilo que é necessário à salvação e o que não é (BURKI, 2007, p. 7). Vejamos algumas qualidades deste jovem cooperador:
 
2.1 - Disposição. A primeira tarefa de Tito foi resolver as tensões entre Paulo e os coríntios (2Co 7.6-16; 12.18), algo que Timóteo aparentemente não tinha conseguido fazer (1Co 4.17; 16.10,11; 4.17). Tito foi tão bem-sucedido ali, que Paulo o enviou de volta para arrecadar uma oferta em dinheiro dos coríntios para a igreja que estava em Jerusalém (2 Co 8.6,16-24).
 
2.2 - Coragem. Aqui, na carta a Tito, descobrimos que Paulo tinha enviado Tito a Creta, uma região conhecida pela violência e imoralidade. A tarefa de Tito foi “por em boa ordem as coisas que ainda restam” (Tt 1.5). A expressão "porem boa ordem (…)" é um termo médico e se refere a “endireitar um membro torto”. Tito era o representante apostólico oficial de Paulo, com autoridade para realizar sua obra. Posteriormente, descobrimos que Tito visitou Paulo em Roma, durante o segundo aprisionamento, e foi então enviado à Dalmácia (uma região na costa leste do mar Adriático), outra região problemática (2Tm 4.10). Um grupo de falsos mestres tentava misturar a Lei judaica com o evangelho da graça (Tt 1.10,14) e alguns dos cristãos gentios abusavam da mensagem da graça, transformando-a em licenciosidade (Tt 2.11-15) (WIERSBE, 2007, vol. II, p. 337).
 
2.3 - Fidelidade. Tito era filho de Paulo por dever sua vida espiritual ao apóstolo como um instrumento nas mãos de Deus, embora não nos sejam revelados o tempo, o lugar e as circunstâncias de sua conversão. Apesar de Tito não ter sido uma testemunha ocular da vida de Cristo; como era um convertido gentio, e não um judeu. Ainda assim, teve um ministério fiel e profundo, que impactou profundamente a história da igreja. Por sua fidelidade e lealdade, Paulo confiou em Tito como seu representante legal para solucionar conflitos, arrecadar dinheiro, administrar e organizar as igrejas em Creta. De acordo com a tradição antiga, Tito voltou a Creta já idoso. Ele morreu e foi sepultado ali aos 94 anos de idade (…). Deus pode usar uma pessoa, independentemente dos seus antecedentes, nacionalidade, sexo, ou educação (RIBAS, 2010, p. 548)
 
III - OS PRINCIPAIS TEMAS NA CARTA DE PAULO A TITO
Diferentemente do assunto urgente dos falsos ensinadores ou pregadores que estava na mente de Paulo quando ele escreveu a Timóteo em Éfeso, a sua carta a Tito concentrava-se na fundação de igrejas saudáveis em Creta. Em ambos os casos, a identificação de bons líderes era uma prioridade. Líderes eficientes eram necessários para levar a igreja na direção correta. Os temas principais na carta de Paulo enviada a Tito incluem: Caráter; Relacionamentos na Igreja; um bom testemunho e uma boa cidadania. Analisemos cada uma delas:
 
3.1 - Caráter (Tt 1.5-16). Não obstante, a organização das igrejas em Creta estava longe de ser um assunto encerrado, e a indevida precipitação em designar homens para algum ofício era contrário aos princípios de Paulo (1Tm 3.6; 5.22). Por este motivo, Paulo deu a Tito uma lista de “qualidades para os líderes”. Estes deveriam ter um caráter excelente, evidenciado por uma forte vida familiar (Tt 1.6) e uma boa reputação na comunidade (Tt 1.7,8). Eles também deveriam ser firmemente enraizados na sua fé e capazes de ensinar a outros (Tt 1.9). Estas qualidades eram importantes devido ao mundo de pecado que rodeava a igreja em Creta (Tt 1.12) e por causa do potencial para heresia e divisões na igreja (Tt 1.10,11,13-16). Como representante de Paulo, com autoridade apostólica, Tito deveria se certificar de que os líderes da igreja exibissem um forte caráter moral e maturidade espiritual (RIBAS, 2010, p. 549 – grifo nosso).
 
3.2 - Relacionamentos na Igreja (Tt 2.1-10,15; 3.9-11). Parte da responsabilidade de Tito, durante sua permanência em Creta, como representante de Paulo, era ensinar os crentes como eles deveriam agir no mundo e entre si (Tt 2.15). Paulo incentivou Tito a ensinar com integridade e seriedade e a dar um bom exemplo para todos os crentes, especialmente os novos líderes da igreja (Tt 2.7,8). O apóstolo dos gentios, enfatizou a importância do ensino correto (Tt 2.1), e disse a Tito que repreendesse tudo o que pudesse tirar os crentes do caminho correto (Tt 3.9-11). Ele explicou a Tito como o seu ensino deveria se relacionar com os diversos grupos da igreja. Os cristãos mais velhos deveriam ensinar os homens e mulheres mais jovens e ser bons exemplos para eles (Tt 2.2-5). Os jovens deveriam ter auto-controle (Tt 2.6), e os escravos deveriam ser dignos de confiança (Tt 2.10). As pessoas de todas as idades e grupos têm uma lição para aprender e um papel a desempenhar na igreja, e todos devem ser testemunhas positivas de Cristo no mundo (Tt 2.2,8,10). Os cristãos que creem verdadeiramente na “sã doutrina” (Tt 2.1) vivem o que a Bíblia ensina nos seus relacionamentos (RIBAS, 2010, p. 550).
 
3.3 - Bom Testemunho (Tt 3.3-8,12-15). Paulo lembrou a Tito de que, antes de crer em Cristo, eles tinham sido desobedientes a Deus e escravizados ao pecado (Tt 3.3), mas Cristo os tinha transformado (Tt 3.4-7). A mensagem do Evangelho é que uma pessoa é salva pela graça, através da fé (Tt 3.5-7), e não vivendo uma vida dissociada da prática ortodoxa. Mas o Evangelho transforma totalmente a vida das pessoas, para que elas realizem boas obras (Tt 3.8) e se tornem completamente dedicadas a servir a outras (Tt 3.14) (RIBAS, 2010, p. 550 – grifo nosso).
 
3.4 - Cidadania (Tt 2.11-3.2). Paulo disse a Tito que instruísse aos crentes, dizendo-lhes que a maneira como eles viviam fora da igreja era muito importante. Os cristãos devem dizer “sim” a Deus e “não” à vida ímpia do mundo (Tt 2.12-14). Os crentes também devem ser bons cristãos na sociedade, obedecendo o governo (Tt 3.1) e trabalhando honestamente (Tt 3.2). A vida em comunidade de um crente deve refletir o amor de Cristo tanto quanto a sua vida na igreja o faz. O modo de vida de uma pessoa e os seus relacionamentos são uma janela para o seu bom caráter (RIBAS, 2010, p. 550 – grifo nosso).
 
CONCLUSÃO
Como podemos ver, Tito foi um grande exemplo de cooperador dando um bom testemunho na igreja de Creta servindo ao Senhor como um exemplar crente e fiel testemunho do evangelho. Aprendemos também que, como servos do Senhor, devemos procurar desenvolver um caráter cristão íntegro de modo a sermos dignos de toda aceitação.
 
REFERÊNCIAS
 HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento. CULTURA CRISTÃ.
 STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
 RIBAS, Degmar (Trad.). Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol 2. CPAD.
 BURKI, Hans. Cartas aos Tessalonicenses, Timóteo, Tito e Filemom. Editora Evangélica Esperança.
 

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

LIÇÃO 10 – O LÍDER DIANTE DA CHEGADA DA MORTE (II Tm 4.6-17) - 3º TRIMESTRE DE 2015

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524
 
LIÇÃO 10 – O LÍDER DIANTE DA CHEGADA DA MORTE (II Tm 4.6-17)
3º TRIMESTRE DE 2015
 
INTRODUÇÃO
Nos versículos finais da segunda epístola escrita por Paulo a Timóteo, vemos o apóstolo relatando ao jovem obreiro que a sua morte era certa. No entanto, apesar de estar ciente disso, o servo do Senhor se comporta de forma confiante e esperançosa. Nesta lição definiremos a palavra morte; destacaremos qual a postura do apóstolo diante do iminente martírio; pontuaremos quais foram os seus sofrimentos em Roma; e, por fim, que apesar destes o Senhor Jesus esteve sempre ao seu lado.
 
I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA MORTE
“No sentido físico, é o término das atividades vitais do ser humano sobre a terra. É vista, nas Sagradas Escrituras como a consequência primordial do pecado (Rm 6.23)” (ANDRADE, 2006, p. 270). A morte é também a separação da alma e espírito do corpo (Tg 2.26), pela qual o homem é introduzido no mundo invisível. A morte acontece apenas uma vez para cada ser humano (Hb 9.27) e, embora seja certa (Jó 14.1,2), ninguém sabe quando ela chegará (Tg 4.13-15); mas ela é universal para a humanidade (Gn 3.19; Rm 5.12; 1 Co 15,22). Essa experiência descreve-se biblicamente como: “dormir” (Dt 31.16; Jo 11.11); “o desfazer da casa terrestre” (II Co 5.1); “deixar este tabernáculo” (II Pe 1.14); “descer ao silêncio” (Sl 115.17); “expirar” (At 5.10); “tornar-se em pó” (Gn 3.19); e “partir” (Fp 1.23). Abaixo destacaremos algumas cosmovisões equivocadas sobre a morte e as devidas refutações bíblicas:
 
 
II – A POSTURA DE PAULO ANTE A CHEGADA DA MORTE
Paulo em II Tm 4.6-8 apresenta a sua mensagem final ao jovem cooperador Timóteo. O nobre apóstolo estava para ser martirizado por causa de Cristo logo depois de ditar essas palavras. No entanto, apesar de estar prestes a morrer, a postura do apóstolo nos mostra que ele não enxerga tal fato iminente como uma derrota. Suas palavras não são de um cristão frustrado ou deprimido, senão de um cooperador que está concluindo a sua vida física e seu ministério com intensa alegria e fervor. Abaixo destacaremos como o apóstolo reage ante a chegada da morte. Analisemos:
 
2.1 - Ele via seu martírio como um tributo a Deus (II Tm 4.6). A expressão “eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício”, “no grego é “spendomai”, vocábulo esse que indica “oferta de libação oferecida a Deus”. A libação era uma oferenda por si mesma, derramada no chão, em reconhecimento a Deus. Ou então era usada como parte do sacrifício, em que o líquido era derramado sobre o próprio holocausto, mas igualmente em honra a divindade a quem o sacrifício estava sendo oferecido (Lv 9.4; II Rs 16.13)” (CHAMPLIN, 2006, p. 401 – acréscimo nosso). O presente versículo nos mostra que o apóstolo encarava a sua morte, pela causa do evangelho, como um tributo a Deus. Pois ele o fazia de forma voluntária por amor ao Senhor e sua causa, como já havia dito em outra ocasião (At 20.24). “Paulo sofreu o martírio em Roma. De acordo com certa tradição, foi decapitado” (CHAMPLIN, 2004, p. 125 – acréscimo nosso).
 
2.2 - Ele estava convicto de que tinha realizado a vontade divina (II Tm 4.7). Ao fazer um retrospecto da sua vida e ministério, Paulo faz a seguinte declaração:
 
2.2.1 - Combati o bom combate (II Tm 4.7-a). “Para o apóstolo Paulo a verdadeira vida cristã é pintada aqui como uma luta, como uma competição atlética, como uma experiência árdua e testadora, embora o seu propósito seja elevado, pois há uma coroa a ser obtida. Mas essa coroa só pode ser conquistada por aqueles que lutarem de conformidade com as regras, e assim se saírem vencedores. Ora, isso exige a aceitação do verdadeiro Cristo, conforme é este exposto no evangelho e na doutrina de Paulo; e, por outro lado, exige a negação e a oposição contra os ensinamentos contrários. Também envolve o cumprimento fiel dos deveres cristãos e do ministério da Palavra, em que o crente observa todas as exigências próprias da vida cristã” (CHAMPLIN, 2006, p. 401 – acréscimo nosso).
 
2.2.2 - Acabei a carreira (II Tm 4.7-b). “No grego, o substantivo é 'dromos', que significa 'pista de corrida', onde é efetuada a competição. A vida cristã é retratada como uma longa carreira, como uma maratona, repleta de obstáculos e dificuldades que esmagam aos homens que não possuem a força conferida por Cristo. Nisso não pode haver vitória a menos que o corredor prossiga até a linha de chegada. Esta carreira exige dedicação e coragem, bem como o poder espiritual do Espirito Santo, pois, de outro modo, será inteiramente impossível concluí-la com êxito. Sabemos, com base de tudo quanto encontramos e sofremos, que correr com sucesso a carreira cristã não é coisa fácil. Cristo exige a total dedicação de nossas almas, a outorga da própria vida as suas mãos” (CHAMPLIN, 2006, p. 402 – acréscimo nosso).
 
2.2.3 - Guardei a fé (II Tm 4.7-c). A palavra guardar no grego é “tereo” denota: (a) “zelar ou velar por, cuidar de, preservar, guardar, vigiar”; (b) “observar, dar atenção a” (VINE, 2002, p. 685). “Portanto a expressão “guardei a fé” significa que Paulo guardou e preservou a mensagem do Evangelho. O apóstolo tinha convocado Timóteo para guardar o depósito que lhe havia confiado (I Tm 6.20). Ele tinha permanecido fiel à mensagem que lhe tinha sido confiada; ela também tinha sido confiada a Timóteo. Paulo nunca tinha vacilado na sua fé e tinha a confiança de que em breve viveria todas as promessas nas quais tinha baseado a sua vida e o seu ministério” (APLICAÇÃO PESSOAL, 2010, p. 541). A Bíblia exorta os cristãos a guardarem a fé, afim de de não perderem a salvação (I Tm 1.19; II Tm 1.13).
 
2.3 - Ele estava cheio de esperança (II Tm 4.8). Prestes a ser morto, Paulo nutria a esperança do encontro com o Senhor e da recompensa que receberia d’Ele por ter sido um servo fiel “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada”. “Sem dúvida alguma esta convicção iria servir de ânimo para Timóteo suportar as dificuldades como um bom soldado de Jesus Cristo, que há uma coroa da vida para ele, a glória e a alegria que abundantemente compensarão todas as dificuldades e privações do combate presente. Ela é chamada de 'coroa da justiça', porque será a recompensa dos nossos serviços, que o Senhor não esquecerá, porque não é injusto para esquecer (Hb 6.10). Essa coroa da justiça não era somente para Paulo, como se pertencesse somente aos apóstolos, aos ministros e aos mártires, mas para todos os que amarem a sua vinda” (HENRY, p. 2008, p. 720 – acréscimo nosso).
 
III – OS SOFRIMENTOS DE PAULO EM ROMA
3.1 - Males físicos (II Tm 2.9; 4.13). “Em 67 d.C. Paulo foi preso em Trôade e levado de volta a Roma algemado, acabando outra vez no chão frio de uma cela romana. O lugar é um buraco escuro e sinistro, impróprio para ser habitado por qualquer pessoa. Ela não só é pouco atraente, mas também os odores fortes de suor e de sangue seco, comuns em tais câmaras de tortura, ofendem qualquer visitante” (SWINDOLL, 2009, p. 362 – acréscimo nosso).
 
3.2 - Males emocionais (II Tm 4.10; 14-16). Além de sofrer fisicamente por estar preso, Paulo também estava padecendo emocionalmente. Alguns dos seus cooperadores o haviam abandonado, talvez por temerem sofrer ao lado do apóstolo (II Tm 4.10,14). Dos que estavam com Paulo, somente Lucas permaneceu com ele (II Tm 4.11). Por isso nesta carta ele solicita com urgência a presença de Timóteo e também a vinda de João Marcos (II Tm 4.9,11).
 
IV – A PRESENÇA DO SENHOR AO LADO DE PAULO
4.1 - O Senhor o assistiu (II Tm 4.17-a). “No grego é 'paristemi', que significa 'pôr ao lado', palavra que faz alusão ao advogado ou testemunha que se põe ao lado de um acusado qualquer e o defende. Era isso que os amigos de Paulo temiam fazer; e isso era o que Jesus, embora invisível aos seus olhos, vinha fazendo” (CHAMPLIN, 2006, p. 408). Como sempre, o Senhor Jesus Cristo nunca desampara aqueles que lhe são fiéis (Mt 28.20; Hb 13.5).
 
4.2 - O Senhor o fortaleceu (II Tm 4.17-b). Além do Senhor estar fazendo companhia ao apóstolo naquela horrenda prisão e no seu julgamento, Paulo assevera que o Senhor o fortalecia. A Paulo foi dada coragem interna a fim de nada temer na presença de seus julgadores; e isso se tornou manifesto em sua palavra e em seu testemunho ousado. Semelhante força em meio as mais árduas tribulações nos prometeu o nosso Senhor (Cl 1.11; I Pe 5.10).
 
4.3 - O Senhor o guardou para si (II Tm 4.18). “O apóstolo não esperava agora um livramento físico; pois sabia que seu tempo de partir era chegado (II Tm 4.6,8). Por isso mesmo, olhou para além dos perigos e das vicissitudes terrenas, contemplando o reino celeste, ciente de que Deus o tomaria para si” (CHAMPLIN, 2006, p. 409 – acréscimo nosso).
 
CONCLUSÃO
Para o verdadeiro cristão, a morte é lucro, pois é partindo para a eternidade que podemos estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor (Fp 1.21-23). A Bíblia nos ensina que não devemos enxergar a morte como uma derrota, pois o evangelho ressalta a esperança da ressurreição em Cristo quando a morte será vencida (I Co 15.51-54).
 
REFERÊNCIAS
APLICAÇÃO PESSOAL, Comentário do Novo Testamento. CPAD.
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico. CPAD.
CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. HAGNOS.
CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do Novo Testamento: Atos a Apocalipse. CPAD.
SWINDOLL, Charles. Paulo: um homem de coragem e graça. MUNDO CRISTÃO.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

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